Saúde

Disidrose: o que é, sintomas, o que causa e como tratar?

Publicado em: 05/04/2022Última atualização: 05/04/2022
Publicado em: 05/04/2022Última atualização: 05/04/2022
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A disidrose, ou eczema disidrótico (CID-10 - L30.1), é um tipo de eczema crônico e raro que acomete a pele das mãos e pés. Ela tem como principal característica a formação de bolhas que possuem secreção incolor em seu interior.

Crônica, a condição tende a reaparecer várias vezes ao longo da vida, o que torna o tratamento e um diagnóstico preciso super importantes para melhorar a qualidade de vida da pessoa e amenizar sintomas mais intensos.

Para mais informações, como o que causa, tipos e como tratar a condição, continue acompanhando o artigo!

O que causa a disidrose?

A causa da disidrose ainda é desconhecida pelos cientistas, mas grande parte dos casos são desencadeados após contato com algumas substâncias ou como consequência de alguma condição prévia de saúde. Entre elas estão:

  • Estresse;
  • Alergias;
  • Consumo de alguns alimentos;
  • Uso de alguns medicamentos;
  • Dermatite (tanto tópica quanto de contato);
  • Contato constante com substâncias químicas;
  • Exposição a cobalto, cromo e níquel caso haja alergia a algum desses químicos;
  • Imunoglobulina injetável;
  • Suor excessivo nas mãos e pés (hiperidrose);
  • Higienização em excesso das mãos;
  • A partir de uma micose, especialmente nos pés;
  • Histórico familiar (nesse caso, as chances de desenvolvimento são grandes).
A disidrose pode ter diversas causas e é muito importante para o tratamento que o gatilho seja descoberto.
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Tipos de disidrose

Existem duas classificações de disidrose: a leve a moderada e a grave. A seguir, você confere algumas informações e características de cada uma:

Leve a moderada

As bolhas acometem apenas uma pequena porção da pele e podem ficar esparsas ou amontoadas. Além disso, não há dor ou queimação e a região fica levemente avermelhada.

Grave

Toda a região dos pés ou mãos é acometida pelas bolhas, o que prejudica o (a) paciente de exercer, até mesmo, suas tarefas diárias mais simples, como caminhar ou pegar objetos. A dor e a vermelhidão, nesse caso, são intensas.

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Como se contrai a disidrose? Ela é contagiosa?

Como vimos acima, a condição se desenvolve após o contato com substâncias, alimentos ou por conta de condições prévias, por exemplo. Por esses motivos, a disidrose não é uma doença contagiosa.

Portanto, mesmo que haja contato com as bolhas ou sua secreção, não é possível contrair a doença dessa forma.

Quais são os sintomas da disidrose?

Os sintomas da condição variam muito de acordo com o grau dela, se é leve a moderada ou grave. Contudo, as variações possuem sintomas em comum que vão além da formação de bolhas com secreções. São eles:

  • Vermelhidão, dor e coceira na região acometida;
  • Descamação das bolhas;
  • Ressecamento e rachaduras nos locais acometidos pelas bolhas, especialmente nos pés;
  • Suor excessivo na região em que se encontram as bolhas.

Se você se identifica com algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda médica imediatamente!

Bolhas e coceira são alguns dos sintomas de disidrose.
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Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico deve ser feito por um (a) médico (a), que perguntará ao (à) paciente os sintomas e o tempo de duração deles. Além desses questionamentos e de analisar a pele, o (a) profissional também pode pedir alguns exames para complementar e reforçar o diagnóstico.

A Biópsia, ou seja, a retirada de um pedaço da pele acometida e raspagem podem ser solicitados. Só após a confirmação do diagnóstico é que o (a) médico (a) poderá recomendar tratamentos e prescrever medicamentos.

Disidrose tem cura?

Por se tratar de uma doença crônica, a disidrose não possui cura. Isso porque ainda não se sabe o motivo de seu surgimento, apenas que ela pode ser causada por alguns fatores, como os que vimos ao longo do artigo.

Contudo, a condição possui tratamento que ameniza os sintomas e proporciona uma qualidade de vida melhor ao (à) paciente. 

Leia também: Saiba a diferença entre eczema, dermatite e psoríase

Tratamento para disidrose

Por se tratar de uma doença que persiste por anos, o tratamento adequado é fundamental para que o (a) paciente tenha uma qualidade de vida melhor e que não sofra tanto com os sintomas.

Contudo, primeiramente, é preciso identificar a causa da reação e evitá-la, para impedir que novos episódios ocorram.

No geral, é recomendado que haja um cuidado maior com a pele, como:

  • Usar água morna;
  • Usar produtos hidratantes prescritos pelo (a) médico (a);
  • Fazer compressas frias para diminuir possíveis desconfortos;
  • Não usar sabão para higienizar a região acometida;
  • Secar bem a região acometida;
  • Proteger as mãos com luvas em estações frias ou ao mexer com produtos químicos;
  • Não utilizar acessórios que tenham níquel e cobalto.

Nos casos desencadeados por doenças ou condições prévias, como estresse e alergias, é essencial tratar e controlar a condição causadora da disidrose.

Caso esse tipo de cuidado não seja suficiente para impedir a manifestação da doença, a prescrição de medicamentos é recomendada pelo (a) médico (a).

O tratamento medicamentoso varia de acordo com o quadro atual do paciente e grau de severidade. Em casos leves a moderados, o uso de corticoides tópicos de classe I (alta potência).

Já em casos graves, os corticoides são recomendados, mas na versão oral. Aqui também é necessário conciliar o tratamento medicamentoso com os cuidados listados acima para maior efetividade.

Outra opção de tratamento é o uso de radioterapia superficial, que pode conter radiação ionizante ou não. O tratamento tende a ser eficaz quando feito na frequência e de acordo com a recomendação médica.

Atenção: os corticoides devem ser usados apenas pelo tempo recomendado pela bula ou pelo (a) profissional. Esse tipo de medicamento pode causar complicações se usado de forma indiscriminada.

A aplicação de cremes tópicos é uma das formas de tratar a condição.

Dieta para pacientes com disidrose

Além do tratamento medicamentoso, alguns pacientes que têm a disidrose desencadeada por alimentos que possuem cobalto e níquel precisam tomar cuidado e deixar de lado os que causam a reação. 

Além disso, utensílios usados de cozinha que possuam os dois componentes também precisam ser evitados para não haver contaminação no preparo dos alimentos.

Entre os alimentos com quantidades significativas de cobalto (Co) estão os ricos em vitamina B12, que são:

  • Damasco;
  • Amendoim;
  • Feijão;
  • Ervilha;
  • Cerveja;
  • Beterraba;
  • Manteiga;
  • Couve;
  • Chocolate;
  • Sardinha;
  • Salmão;
  • Café;
  • Fígado;
  • Nozes;
  • Vieiras;
  • Farinha de trigo integral.

Já os alimentos mais comuns que consumimos e que são ricos em níquel são:

  • Frutas como banana, pêra, pêssego, cereja e tomate;
  • Leguminosas como soja, feijão e amendoim;
  • Verduras como aspargos, cogumelos, alface, couve, espinafre, entre outros;
  • Derivados do leite;
  • Peixes e crustáceos;
  • Alimentos enlatados e em conserva no geral;
  • Café;
  • Cacau;
  • Suco de frutas.

Como muitos dos alimentos que consumimos possuem níquel e cobalto, é praticamente impossível fugir deles, portanto, o mais indicado é que você consulte seu (a) médico (a) e um (a) nutricionista para encontrar a melhor solução para você.

Não pare de consumir alimentos por conta própria, pois isso pode ser nocivo à sua saúde tanto quanto a própria disidrose.

Consequências da disidrose

Quando não tratada de forma adequada, a condição pode desencadear lesões e favorecer infecções bacterianas, como celulite infecciosa. Além disso, a disidrose também pode acometer as unhas e alterar seu formato e coloração. 

Como prevenir a disidrose?

Como ainda não se sabe ao certo que processo desencadeia a condição, não há como prevenir a disidrose. Contudo, os (as) pacientes que sofrem com a doença podem adotar, com auxílio médico, algumas das medidas listadas acima e atuar na causa.


A disidrose é uma condição que gera uma série de desconfortos, inclusive sociais, mas é possível amenizar a condição e sua ocorrência com o tratamento médico correto e acompanhamento regular.

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Referências:

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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