O médico nefrologista é o especialista que realiza o diagnóstico e o tratamento clínico das doenças relacionadas aos rins. O termo nefros vem do grego e significa “rins” e a especialidade médica do profissional é a nefrologia.
Cuidar dos rins é essencial para a manutenção da saúde, já que eles têm a importante função de fazer a filtragem do sangue para posterior eliminação pela urina, dentre outras.
Neste artigo, o Minuto vai explicar qual é a real função do médico nefrologista e quando ele deve ser consultado. Acompanhe!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
O nefrologista realiza o diagnóstico e o tratamento de infecções urinárias, nefrites, pedra nos rins, doença renal crônica e doenças renais císticas. Além disso, é ele quem orienta, indica e acompanha o tratamento de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.
Os rins são órgãos responsáveis por eliminar o excesso de líquido e sal do corpo. Eles impedem a elevação da pressão sanguínea e também filtram o sangue, eliminando as toxinas por meio da urina.
Os órgãos também produzem alguns hormônios envolvidos diretamente no metabolismo da vitamina D e na produção de glóbulos vermelhos. Por isso, alterações renais podem afetar todo o organismo e causar diferentes doenças. O nefrologista é o médico que faz o acompanhamento das doenças renais e suas complicações.
O médico nefrologista deve ser procurado quando a pessoa apresenta problemas renais e sintomas urinários, como mudança na cor da urina ou no odor. E também quando sentem dor ao urinar e aumento ou diminuição na quantidade de urina.
Além disso, a pessoa pode ser encaminhada para um nefrologista quando apresentar alterações nos exames de urina, dores, inchaços, ter histórico familiar de alguma doença renal, diabetes com proteína na urina ou alterações nos exames de sangue, que mostram algum problema nos rins.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), pessoas com mais de 40 anos devem realizar uma consulta todos os anos com um médico nefrologista para realizar exames de dosagem da creatinina no sangue e de urina para detectar se há algum problema nos órgãos.
Já para as pessoas com diabetes, pressão alta, história familiar de problemas renais, pedra nos rins, história de nefrites ou infecção na infância, a recomendação é se consultar o quanto antes com o especialista para dar seguimento ao tratamento adequado.
Os nefrologistas podem tratar diversas doenças e acompanhar as pessoas que têm algum tipo de problema renal. A seguir, veja detalhes dos problemas renais mais comuns e a atuação do especialista.
Conhecido como hematúria, quando há sangue na urina isso pode significar problemas nos rins ou no trato urinário. O sintoma pode também vir acompanhado de ardência ao urinar.
O excesso de proteína na urina pode ocorrer devido a diversos fatores, como desidratação, estresse, exposição ao frio extremo, febre e exercício físico intenso.
A principal doença que o nefrologista trata é a insuficiência renal, ou seja, quando a função dos rins está bastante comprometida.
A insuficiência renal pode ser aguda, quando os rins subitamente sofrem alguma lesão e deixam de funcionar adequadamente. Já a crônica é quando há um processo de perda da função renal de forma gradual, mas permanente.
Entre os sintomas, há a diminuição da produção de urina, retenção de líquidos, inchaços, sono em excesso, falta de apetite e de ar, cansaço, náusea e vômitos. Em casos mais graves, surgem ainda convulsões e dores no peito.
O tratamento pode exigir a diálise, um procedimento que realiza a limpeza do sangue por meio de um aparelho. Deve ser realizado em ambulatório e as sessões duram de 3 a 4 horas, cerca de três vezes por semana. O sangue é filtrado por meio de uma máquina de hemodiálise.
Conhecida popularmente como pedras nos rins, a doença ocorre quando pequenos cristais que se formam nos rins ou na uretra. Em alguns casos, surgem dores intensas, já que os cálculos podem obstruir a passagem da urina. Também é comum que apareçam náuseas, vômitos, dores para urinar e o aumento do número de micções.
Quando os cálculos renais são grandes, eles não são expelidos sozinhos pelo organismo e precisam de procedimentos mais invasivos como cirurgias para serem eliminados.
A pielonefrite ou infecção renal é um problema sério de saúde que provoca inchaços, dores nos rins e atrapalha o funcionamento dos órgãos. A pessoa apresenta febre alta, dor nas costas e ao urinar, pus ou sangue na urina.
A doença aumenta a necessidade de ir ao banheiro e o cheiro da urina pode ser mais forte. Esse tipo de infecção começa no trato urinário inferior, quando as bactérias vão da uretra até a bexiga e os rins.
Conhecido como hipernefroma ou adenocarcinoma renal, o câncer renal é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Estima-se que o câncer de rim representa cerca de 2 a 3% dos cânceres em adultos, afetando 50% mais homens do que mulheres.
Entre os sintomas destacam-se dor lombar, sangue na urina e uma massa abdominal. Pode ser assintomático e ser descoberto em exames de rotina com o nefrologista.
Chamadas também de infecção do trato urinário, o problema atinge qualquer parte do sistema urinário como rins, ureteres, bexiga e uretra. No entanto, na maioria das vezes, as infecções envolvem a bexiga e a uretra.
Entre os sintomas, destacam-se: queimação ao urinar, aumento da micção sem urinar muito, alteração na cor e odor da urina. Geralmente, o problema é tratado com antibióticos.
É um problema hereditário que causa cistos que se desenvolvem principalmente nos rins, fazendo com que os órgãos aumentem de tamanho e percam a função com o tempo.
Pode causar o desenvolvimento de cistos no fígado e em outras partes do corpo. A doença pode provocar complicações graves, como hipertensão e insuficiência renal.
Entre os sintomas estão: pressão alta, dor nas costas ou nas laterais, sangue na urina, aumento do abdômen devido aos rins dilatados, dores de cabeça, pedras nos rins, falência renal e infecções renais.
É um tratamento indicado para os pacientes que sofrem de doença renal crônica avançada. Nesse caso, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente que tenha insuficiência renal crônica avançada.
O transplante renal é realizado por meio de uma cirurgia, quando o rim é implantado no paciente e passa a exercer as suas funções novamente.
Além disso, um nefrologista pode acompanhar pacientes que tenham doenças crônicas que afetam os rins como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e autoimunes como lúpus.
O nefrologista também orienta os pacientes a ter hábitos de saúde mais saudáveis para contribuir com a saúde renal. Assim, o indivíduo recebe informações durante a consulta para manter uma dieta equilibrada, controlar o peso, realizar atividade física regular e ingerir bastante água durante o dia.
Você sabe qual é a diferença entre um nefrologista e um urologista? Embora possam parecer semelhantes, cada um desses médicos pertence a diferentes áreas especializadas.
Os nefrologistas tratam especificamente doenças que afetam os rins e sua capacidade de funcionar. Já os urologistas tratam as doenças do trato urinário, incluindo aquelas que podem ser afetadas pelos rins, como cálculos renais e obstruções.
Além disso, os urologistas também cuidam de problemas anatômicos ou estruturais do trato urinário e seus órgãos relacionados. Por isso, podem tratar problemas que atingem a uretra, bexiga, ureteres, rins, próstata, vesículas seminais, entre outros.
Os urologistas também diagnosticam, tratam e previnem doenças e condições relacionadas ao sistema reprodutor masculino. Os urologistas tratam uma variedade de problemas, como incontinência urinária, disfunção erétil, pedras na bexiga ou nos rins que afetam o trato urinário, infecções do trato urinário e cânceres que atingem a bexiga, o pênis, os testículos e a próstata.
A escolha entre um nefrologista ou urologista pode ser um pouco confusa no início. No entanto, os nefrologistas se especializam em questões de saúde relacionadas aos rins. Na dúvida, busque indicação de um clínico geral para ser encaminhado para o especialista mais adequado para tratar o problema de saúde.
Cuidar da saúde muitas vezes envolve consultas médicas frequentes, em diversas especialidades. Por isso, fique sempre em dia com sua saúde indo ao médico anualmente para prevenir doenças.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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