Os insetos nem sempre são vistos com “bons olhos” por algumas pessoas, seja por nojo, fobia ou por temer malefícios à saúde que a picada de certos membros deste grupo podem causar. E com toda razão! Já que diversas doenças são transmitidas por insetos.
Conforme o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), os mosquitos são os mais perigosos e capazes de desencadear infecções como a malária, dengue, febre amarela, zika e chikungunya.
Outra doença ocasionada por moscas é a berne, uma zoodermatose (doença causada por animais que afeta a pele) que costuma atingir animais, principalmente bovinos, mas também é diagnosticada em pessoas de todas as idades.
Por isso, é válido saber quais são os sintomas que a berne provoca em humanos e quando é hora de buscar ajuda médica. Confira!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A berne em humanos, também chamada de miíase furuncular, furunculosa ou bicheira, é uma doença parasitária que ocorre devido à picada da mosca berneira (ou mosca varejeira) e refere-se à espécie Dermatobium hominis.
Quando em contato com a pele, o inseto deposita ali seus ovos que eclodem liberando larvas sob a área. As larvas podem penetrar a camada cutânea (principalmente se houver feridas na pele) ou invadir orifícios naturais do corpo como nariz, ouvido, olhos, entre outros.
De forma geral, as larvas podem ser classificadas de dois modos, biontófagas, que utilizam do tecido saudável da pele para se alimentarem e proliferarem, ou necrobiontófagas que se alimentam do tecido necrosado (morto).
Os principais sintomas que a berne em humanos provoca podem ser notados, em média, após 6 dias. Já que após esse período as larvas são liberadas dos ovos e começam a invadir o tecido da pele (mesmo estando íntegra ou sem feridas).
Normalmente, é possível ver a área afetada devido a um nódulo avermelhado com um pequeno orifício central por onde é drenado um fluido. Os sintomas que acompanham a infecção são:
Na presença de algum desses sintomas, o profissional de saúde deve ser procurado, pois as larvas devem ser retiradas o quanto antes para o bem-estar do paciente. Dessa forma, durante a consulta com um (a) infectologista ou dermatologista, ele (a) irá analisar os sintomas para comprovar a berne. Em seguida, prescrever um tratamento para eliminar as larvas e restaurar o tecido cutâneo.
O tratamento para acabar com a berne é feito, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por meio da retirada manual das larvas da pele com materiais higienizados adequadamente.
Com o objetivo de facilitar a remoção, os orifícios podem ser fechados por um tempo com vaselina, esparadrapo ou toucinho e assim pinçar as larvas quando vierem à superfície respirar.
No entanto, se a lesão for muito extensa, pode ser necessário anestesia local. Também existem medicações orais que podem ser indicadas para complementar o tratamento como a ivermectina.
Para prevenir a berne humana é recomendado evitar locais em que mosquitos barbeiros ou varejeiros responsáveis pela doença costumam habitar, como campos e áreas costeiras (devido ao clima quente e úmido).
Dessa forma, se for necessário estar nesses ambientes, é importante ter cuidado, utilizando roupas que protegem a pele e o couro cabeludo (principalmente se houver feridas), como calças e camisas longas, sapatos fechados e chapéus/bonés.
Mesmo sendo tratada de forma relativamente simples, a berne pode trazer complicações à saúde da pessoa. Pois, se as larvas não forem retiradas logo, a vulnerabilidade do organismo aumenta, estando suscetível a outras doenças. Portanto, é essencial acabar com a berne o quanto antes.
Acompanhe o Minuto Saudável e saiba mais dicas sobre saúde, prevenção e tratamento de diversas doenças!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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