Com origem no latim depressus, o termo depressão significa “deprimir-se” e está classificado dentro do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5 (DSM-V) como transtorno depressivo.
A depressão tem sua origem a partir de fatores orgânicos, psicológicos e ambientais que interagem entre si. Como sintomas, a condição apresenta humor triste, apatia, choro persistente e perda do prazer e energia frente à vida.
Um dos ambientes que podem se manifestar ou serem fatores etiológicos para a depressão, são as mídias sociais (ms) como Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, WhatsApp e o Telegram.
Nesse espaço, o compartilhamento de informações sobre si mesmo, com a possibilidade de feedbacks negativos e opiniões que podem causar danos ao usuário, podem desencadear emoções repetitivas, até que um transtorno seja desenvolvido.
Muitas vezes, esses danos emocionais podem estar ligados ao cyberbullying, uma realidade presente em cerca de 70% dos jovens.
Para saber mais sobre as mídias sociais e os sintomas de depressão, o uso consciente ou problemático, continue acompanhando o artigo!
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
Considerada uma epidemia, a adicção pela internet cresce como problema de saúde mental em todo o mundo e tem como característica o comportamento desadaptativo em relação ao uso de internet de maneira excessiva.
Nesse caso, as pessoas apresentam preocupação intensa em estar conectadas, agem de maneira compulsiva, buscam informações constantemente e não controlam o tempo que permanecem online. Além disso, quando estão distantes do mundo virtual, entendem a realidade como tediosa e desinteressante.
Esse problema é prejudicial à vida social, causa alterações na rotina de sono, alimentação, atividades físicas, desempenho acadêmico e nas relações interpessoais. Na vida profissional, também se pode observar redução na produtividade no ambiente de trabalho.
Como consequência, há indicadores de que a saúde mental é afetada, causando maiores níveis de impulsividade, comportamentos agressivos e infelicidade por trás das redes. Além disso, também são observados padrões desadaptativos de uso aos transtornos de humor, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade e depressão.
O cyberbullying é um tipo de violência que ocorre nas relações interpessoais dentro do ciberespaço, que muitas vezes é entendido como um ambiente livre, sem regras e que transcende o espaço pessoal e físico, se mantendo infinitamente no espaço virtual.
No Brasil, cerca de 17% das crianças e adolescentes entre 10 a 14 anos foram alvo de cyberbullying por meio de celular, enquanto o restante foi atingido por textos e imagens enviados ou postados em redes sociais.
É comum que os jovens tenham acesso à internet sem controle, com isso, pessoas com intenções maliciosas conseguem facilmente ameaçar e insultar. Além disso, é comum que se neutralizem os ataques, justificando a violência com “todo mundo faz”, ou seja, transformam essa atitude violenta em algo comum e normal.
Portanto, nesse contexto, a vítima pode encontrar desafios, pois no mundo virtual o(a) agressor(a) pode se sentir menos inibido e de que não será responsabilizado pelas difamações e agressões realizadas.
Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação parecida, denuncie!
A comparação social e o feedback cresceram mediante a existência das mídias sociais, e isso se dá pela exposição de outras pessoas da maneira em que vivem, causando a comparação e o sentimento de desespero.
Porém, muitas vezes, as fotos e vídeos foram editados, ou até mesmo criados por softwares com o intuito de passar uma ficção sobre a vida perfeita, se distanciando da realidade e nisso, desencadear uma comparação da realidade com o irreal.
Com base nisso, esses instrumentos podem causar sentimentos de baixa autoestima, induzindo a busca por perfeccionismo incessante que, consequentemente, desencadeiam ansiedade ou fobia social.
Essa comparação e o feedback esperado estão fortemente ligados aos sintomas depressivos, tornando mais intenso o comportamento de jovens que são mais solitários, especialmente o gênero feminino.
O medo de ficar de fora, ou FoMO (fear of missing out), é uma expressão usada para descrever o desejo constante de se manter conectado às mídias sociais para não perder o que os outros podem estar fazendo.
Associado a esse desejo, é comum que usuários(as) apresentem arrependimento e tristeza ao sentirem que estão perdendo o evento que não puderam ir, o show que não conseguiram comprar o ingresso e todos os eventos sociais que estão acompanhando apenas pela tela do celular, gerando assim ansiedade e frustração.
Apesar de ser descrita como um fenômeno relativamente recente e não ser considerada uma doença ou transtorno, a FoMO é um risco para a saúde mental de jovens.
É difícil estabelecer quantas horas por dia gastas em mídias sociais seria o ideal. Porém, algumas mudanças de hábito podem ajudar as pessoas a terem uma relação mais saudável com essas tecnologias, sem ser necessário deixar de usá-las e sem as tornar um vício. Entre elas estão:
As mídias sociais são ferramentas que somam ao nosso cotidiano vários pontos positivos, facilitando a troca de informação, entretenimento e conhecimento. Mas, elas também podem ser perigosas quando utilizadas em excesso.
Se você ou alguém que você conhece apresenta os sinais citados acima, procure ajuda psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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