O que é eritema infeccioso?
O eritema infeccioso, também conhecido como a Quinta Doença, é transmitido pelo vírus parvovírus B19 através da respiração, espirros, tosse e secreções. É mais comum em crianças e se caracteriza por erupções cutâneas faciais que lembram uma bofetada no rosto e se espalham pelo corpo.
Propaga-se facilmente, mas o tratamento não é difícil. Frequentemente desaparece sozinho e quando o tratamento é necessário, costuma ser para a redução dos sintomas. Pode ser confundido com a rubéola ou o sarampo. Em mulheres grávidas, pode causar aborto e malformações do feto.
É conhecido como quinta doença pois foi a quinta doença exantemática (doenças infecciosas que causam pintas na pele) a ser reconhecida clinicamente, depois do sarampo, escarlatina, rubéola e a “doença de Dukes”.
Esta última, apesar de ter sido chamada de quarta doença, não foi confirmada como exantemática e perdeu sua classificação, mas o eritema seguiu com o nome de quinta doença.
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
- O que é eritema infeccioso?
- Causas
- Transmissão
- Grupos de risco
- Sintomas
- Como é feito o diagnostico do eritema infeccioso?
- Eritema infeccioso tem cura?
- Qual o tratamento?
- Medicamentos para eritema infeccioso
- Prognóstico
- Complicações
- Como prevenir o eritema infeccioso?
Causas
Eritema infeccioso é causado pelo vírus parvovírus B19. Existem outras variantes do vírus, como o parvovírus canino, felino, bovino e até suíno, mas o B19 é o único que afeta apenas humanos. Então, se seu cão pegar parvovírus, você não precisa se preocupar em ser contaminado ou em ter passado o seu vírus para ele.
Durante a primavera, o parvovírus costuma surgir e a doença é contagiosa antes mesmo de os sintomas aparecerem. Depois que eles aparecem, ela deixa de ser transmissível.
Transmissão
O parvovírus é transmissível através de secreções das vias aéreas. Espirros e tosse causados por outras doenças ou motivos, fala e a saliva, podem transportar o vírus de uma pessoa para outra. É especialmente comum em crianças e se espalha com facilidade, já que é transmissível antes dos sintomas mais claros na pele aparecerem.
Graças a sua transmissibilidade, a Quinta Doença pode causar pequenas epidemias em certas áreas e escolas. A doença costuma se resolver em poucos dias e o tratamento é para aliviar os sintomas.
Apesar de não existir vacina, após a cura, o paciente adquire imunidade.
Grupos de risco
Crianças
O eritema infeccioso garante imunidade após sua cura, mas é facilmente contraído por quem não teve a doença. Estudos apontam que 50 a 70% dos adultos já tiveram a quinta doença em algum momento da vida, portanto estão imunes. Já crianças tiveram menos tempo para contraí-la e o contato com outras crianças pode fazer com que ela seja contaminada, criando, depois disso, imunidade.
Quem nunca teve a doença
Se você nunca teve o eritema infeccioso, o contato com pessoas infectadas pode transmitir a doença.
Sintomas
Na maioria das vezes, não há sintomas e, mesmo quando há, eles podem passar despercebidos. Porém, quando a doença se apresenta sintomática, o paciente pode ter:
Erupções cutâneas
Sintoma característico de exantemáticas, o eritema infeccioso apresenta erupções avermelhadas que começam no rosto, dando a aparência de um tapa.
Este sintoma está presente em apenas de 15 a 20% das pessoas infectadas. Quando aparece, costuma ser 10 a 21 dias depois da infecção. Em 1 a 4 dias, as manchas avermelhadas passam para o tronco e membros, podendo afetar grande parte da pele.
O sintoma desaparece em até 10 dias, mas pode surgir novamente em contato com água muito quente, exposição à luz, altas temperaturas e estresse.
Palidez ao redor da boca
Pode haver, junto das erupções, uma palidez ao redor dos lábios. Este é um dos sintomas característicos do eritema infeccioso.
Dor de cabeça e de garganta
A infecção pode causar dor de cabeça leve no paciente. Também é possível que a garganta apresente dor, o que pode colaborar para a confusão da doença com um resfriado.
Coceira
A coceira na pele é comum nos pacientes que apresentam as erupções.
Dor nas articulações
Alguns pacientes, especialmente meninas, podem apresentar dor ocasional nas articulações. Este sintoma é mais comum em adultos infectados, mas pode afetar crianças. Esse sintoma pode durar de alguns dias até meses.
Febre baixa
Febre baixa (abaixo de 38ºC) é um sintoma que pode surgir em decorrência da infecção pelo parvovírus, apesar de raro. É um sintoma semelhante a uma gripe.
Mal-estar discreto
Assim como a febre, o mal-estar discreto pode ser um sinal de gripe, eritema ou dezenas de outras doenças.
Como é feito o diagnóstico do eritema infeccioso?
Como apenas 20% dos casos chega a apresentar as manchas cutâneas, muitas pessoas acabam nunca sabendo que contraíram a doença. Porém, quando surgem, as manchas podem causar preocupação. O clínico geral, pediatra ou médico dermatologista pode diagnosticar a doença.
Exame físico
Para o diagnóstico do eritema infeccioso, as erupções cutâneas são examinadas no exame físico e o médico pode identificar a doença através das características das manchas.
Exame de sangue
Para eliminar dúvidas sobre o vírus que está contaminando a pessoa e não haver confusão com rubéola ou sarampo, o médico pode pedir um exame de sangue para identificar anticorpos para o vírus B19.
Eritema infeccioso tem cura?
Sim, o eritema infeccioso tem cura. Frequentemente não é necessário fazer nada e o corpo cria os anticorpos necessários para lidar com a doença sozinho.
Anemia e doenças imunitárias
Pacientes com anemia falciforme, talassemia, HIV ou outras doenças que prejudicam o sistema imunológico podem ter problemas com a eliminação do vírus. O parvovírus B19 vai até a medula óssea e se multiplica nas células.
Normalmente, a velocidade de destruição do vírus é rápida demais para que ele consiga causar qualquer problema, mas em casos em que isso não acontece, ele pode causar anemia grave.
Qual o tratamento?
Tratamentos para o eritema infeccioso consistem em reduzir os sintomas, que podem ser incômodos. Ela costuma ser uma doença benigna e que não causa maiores problemas.
Quando o paciente se queixa de coceira ou dor articular, alguns medicamentos, como anti-histamínicos e analgésicos, podem ser receitados.
Anemia e doenças imunitárias
Nestes casos, em que existe risco maior para a saúde do paciente, o paciente pode ser tratado com imunoglobulina para a eliminação do vírus.
Medicamentos para eritema infeccioso
Os medicamentos recomendados para o tratamento do eritema infeccioso são, em sua maioria, para aliviar os sintomas.
Sintomáticos
Pacientes imunocomprometidos
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Prognóstico
Pode-se esperar a cura completa do eritema infeccioso depois de alguns dias ou semanas. Na maioria dos casos, nem é possível saber que a doença está lá. Apenas nos casos em que existe anemia ou doenças do sistema imunológico é que é necessário prestar atenção e fazer um tratamento mais cuidadoso, para evitar que a doença evolua em uma anemia grave.
Complicações
Anemia grave
Caso não seja tratada em pessoas com imunodeficiências, o eritema infeccioso leva à anemia grave. Se existe conhecimento de doenças que afetam o sistema imunológico como anemia falciforme ou HIV, é necessário buscar atendimento médico quando os sintomas forem percebidos.
Riscos na gravidez
Contrair eritema infeccioso durante a gravidez representa um risco para o feto. O vírus pode passar da mãe para o bebê, o que pode levar à eritroblastose fetal, um tipo de anemia grave que acomete fetos, hidropsia fetal (edema generalizado) e insuficiência cardíaca, além de reduzir a oxigenação da criança.
O vírus é mais perigoso para o feto na primeira metade da gravidez. No primeiro trimestre, pode causar aborto espontâneo e, no segundo, pode levar a hidropsia fetal. Também existem riscos de o bebê ser natimorto, que é quando ele morre antes de nascer.
Aproximadamente 50% dos adultos já contraíram eritema infeccioso antes, e caso isso tenha acontecido com a mãe, ela está imune e não irá passar o vírus para o bebê. Todavia, se isso não tiver acontecido e a mulher contrair a doença, a gravidez deve ser acompanhada de perto pelo ginecologista.
Como prevenir o eritema infeccioso?
A prevenção desta doença é difícil, já que não existe vacina e a fase infecciosa dela acontece antes da sintomática — isso quando há sintomas. Pequenas epidemias localizadas dela ocorrem na primavera, e o único jeito de evitá-la é não tendo contato com pessoas, o que dificulta sua prevenção.
Lavar as mãos
Apesar de não ser garantido, o jeito mais eficaz de prevenir a quinta doença é lavando as mãos da criança com frequência e ensinando-a a fazer isso. O contato com pessoas infectadas pode ser inevitável. Isso é especialmente necessário caso haja imunodeficiências e anemia.
Grávidas devem evitar o contato com doentes caso saibam da infecção e lavar as mãos com frequência mas, se já tiverem contraído eritema infeccioso em outra fase da vida, a preocupação com a doença é desnecessária.
O eritema infeccioso normalmente não é uma doença perigosa, costuma se resolver em pouco tempo e garante imunidade para o resto da vida. É mais comum em crianças e pode causar epidemias localizadas. Representa riscos apenas para grávidas que nunca pegaram a doença e pessoas com imunodeficiências.
Lembre-se de compartilhar este texto com seus amigos para eles aprenderem um pouco mais sobre essa doença!