Gravidez

DIU depois da gravidez: interfere na amamentação? É seguro?

Publicado em: 17/06/2020Última atualização: 03/08/2021
Publicado em: 17/06/2020Última atualização: 03/08/2021
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A gravidez é um período que traz muitas mudanças. E quando esse tempo passa, é normal que surjam muitas dúvidas relacionadas à saúde do bebê e da mãe. 

Um dos temas mais comuns nessa fase é a contracepção. Afinal, a mulher acabou de passar pela gestação e por isso, deve esperar um pouco para ter outros filhos, se ela assim desejar. 

Por isso, vamos falar sobre um método contraceptivo que pode ser usado depois da gravidez: o DIU. 

Quer saber mais sobre esse assunto? Então confere o texto: 

O que é e para que serve o DIU?

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é uma forma de tratamento para evitar a concepção. Se usado corretamente e com orientação ginecológica, ele tende a não prejudicar a saúde e a fertilidade da mulher, uma vez que ele é reversível e pode ser retirado futuramente. 

Em formato de “T”, o dispositivo é inserido dentro do útero da paciente e funciona porque libera substâncias que impedem o encontro entre o óvulo e os espermatozoides. 

Ele é eficaz em grande parte dos casos, sendo a sua margem de erro de 1 em cada 100 mulheres que optam pelo uso, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). 

Existem 2 tipos de DIU: o de progesterona e o de cobre. A principal diferença entre os dois é a presença de hormônios.

O DIU de cobre não contém hormônios. Sua ação ocorre por meio da inflamação que causa na parede uterina (mas que não causa nenhum dano ao organismo). Ele apenas impede que o óvulo fecundado pelo  espermatozoide (zigoto) se fixe na parede do útero. 

https://minutosaudavel.com.br/para-que-serve-anticoncepcional/

Já o dispositivo de progesterona é feito com hormônios, impedindo a fixação do zigoto na parede uterina por meio de uma liberação controlada de hormônios.

O DIU não atrapalha na hora da relação sexual e tem uma alta eficácia contraceptiva — sem falar que não há riscos de usá-lo, como acontece com anticoncepcionais em pílula, por exemplo. 

Em relação às desvantagens, o dispositivo pode causar bastante desconfortos para a mulher como sangramentos e cólicas. Além disso, ainda há a possibilidade do objeto ser rejeitado e expelido pelo útero.   

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Quanto tempo depois da gravidez pode usar DIU?

Se a mulher desejar, o DIU pode ser colocado em até 48h após o nascimento da criança, dependendo do tipo de parto. Nas mulheres que passaram pela cesária, o dispositivo poderá ser introduzido no útero a partir de 10 ou 15 minutos depois da cirurgia. 

Já aquelas que tiveram parto normal, deve-se esperar pelo menos 12 horas, uma vez que o útero “trabalhou” bastante para expelir o bebê para fora da barriga.  

Caso o procedimento não seja feito nesse período de tempo, é necessário aguardar pelo menos 4 semanas para evitar a expulsão natural do dispositivo. 

https://minutosaudavel.com.br/dna-falha-aniconcepcional/
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Quem está amamentando pode colocar DIU?

Sim, quem está amamentando pode colocar DIU tranquilamente, já que o dispositivo intrauterino não influencia na produção de leite materno. A única recomendação é que se faça esse procedimento com a supervisão de um(a) ginecologista para escolher o tipo de dispositivo indicado para cada caso.

Como é feita a colocação do DIU? É segura?

O implantamento do DIU não requer anestesia e dura cerca de 15 minutos. 

Para que seja feito com segurança, é necessário que a cavidade do útero seja de tamanho o suficiente para comportar o objeto. Essa análise é feita por um(a) ginecologista. 

Por isso, aqui vai uma dica bem legal: se a mulher ainda estiver grávida mas já souber que desejar colocar o DIU após o parto, converse com o(a) obstetra que fará o parto do neném. 

Assim, já é possível fazer todos os exames certinho e após o parto, colocar o dispositivo de maneira segura e saudável. 

Dói?

Sim, a colocação do DIU pode ser dolorosa, uma vez que o dispositivo é introduzido dentro do útero. 

Durante os primeiros dias, também é normal que haja cólicas uterinas. 

Caso a mulher esteja sentindo muita dor ou desconforto, o ideal é procurar conversar com um(a) profissional de medicina que poderá receitar um remédio analgésico. 

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O DIU afeta a menstruação?

O DIU de cobre aumenta o fluxo menstrual e tende a provocar mais cólicas, já que é capaz de gerar uma inflamação no útero. 

Nesses casos, pode acontecer do fluxo de sangue se tornar tão intenso que a paciente passa a apresentar até quadros de anemia, mas isso é avaliado por profissionais e, portanto, a ocorrência não é frequente.

Já o DIU de progesterona (também conhecido como Minera, que é uma marca desse produto) vai reduzir ou até mesmo cessar o fluxo menstrual. 

A diferença de tempo também varia. Bem, o DIU precisa ser trocado depois de um determinado período de tempo. 

O DIU de cobre pode ficar no útero até 12 anos, enquanto o DIU de progesterona precisa ser trocado com mais frequência, a cada 5 anos mais ou menos. 

Se essa troca não for feita no período correto, o dispositivo perde a sua eficácia contraceptiva e pode até causar inflamações.

Quais as contraindicações?

Mulheres como malformações uterinas, doenças como endometriose e câncer nos ovários, infecções ativas no útero e com suspeita de gestação não poderão colocar nenhum tipo de DIU, uma vez que o objeto poderá pior ainda mais esses quadros. 

Algumas dessas condições, as infecções por exemplo, podem aparecer durante a gestação ou até mesmo no pós-parto. 

Nesses casos, o mais indicado é conversar com o(a) ginecologista e obstetra que acompanha o caso e conversar sobre a possibilidade de colocar ou não o dispositivo. 

DIU substitui a camisinha?

Embora seja bem seguro, com índices de efetividade maiores que 95%, para ter mais certeza de que a concepção será realmente evitada, é importante usar um método anticoncepcional duplo: como o DIU e a camisinha.

Lembrando que além de evitar a gestação, usar camisinha também previne a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, gonorreia e sífilis.  


O DIU é um dispositivo seguro e que pode ser colocado logo após o parto, visto que ele não atrapalha na amamentação. 

Em casos de dúvidas, procure orientação ginecológica. A equipe do Minuto Saudável traz muitas outras informações sobre a saúde da mulher. Acompanhe as nossas postagens!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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