O verão é a época mais esperada pelas crianças. Com certeza porque junto com esta estação vem muita coisa boa, festas de fim de ano em família, construção de boas memórias de brincadeiras com os avós e primos, roupas leves, brincadeiras ao ar livre, praia, piscina e sorvete... muito sorvete.
Quem não se encantaria?
Por todo o país têm crianças ansiosas para as férias escolares e tudo isso aí.
Mas é preciso falar sobre os cuidados que devemos tomar para que as crianças desfrutem das delícias do verão com saúde e segurança.
Para saber quais são os riscos que podem estar ligados a esse período, bem como se proteger contra eles, continue a leitura deste artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
Alguns problemas de saúde são mais frequentes nessa época do ano, onde o sol e calor, além de picos de chuvas torrenciais, reinam.
A pele da criança, imatura ainda, merece cuidados intensos. Hidratação e protetor solar são essenciais.
Pode parecer bobagem mas crianças, em especial as pequenininhas, desidratam com mais facilidade no verão.
Diversas condições enchem os prontos-socorros nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, como:
E não se pode deixar de falar sobre os acidentes com água, em parquinhos, bicicletas e patinetes, que acontecem muito mais nos dias quentes.
Então... o verão é uma delícia sim, mas é preciso estar atento aos cuidados com a criança nessa época e é sobre isso que este artigo vai falar.
É só pensar em férias e calor que logo vem à mente muitas guloseimas gostosas e sorvetes deliciosos.
E é natural que mães e pais tirem o foco da alimentação saudável nessa época porque também querem descansar, inclusive estarem mais distantes do fogão.
Mas as crianças precisam de rotina em qualquer época do ano e manter uma rotina alimentar saudável também nas férias de verão é muito importante para manter o bom funcionamento do corpinho.
Afinal, ele está em uma fase de muito crescimento e desenvolvimento. Não dá pra relaxar 3 meses no ano, não é?
Isso não quer dizer que você não possa permitir uma passada na sorveteria, até porque a vida é feita dessas memórias gostosas de verão em família também.
É só não exagerar. Mantenha o equilíbrio.
É natural também que crianças envolvidas em brincadeiras, correndo felizes pelo parque, construindo um castelo na areia ou escorregando num barranco de terra em cima de um papelão se esqueçam de comer – e beber água.
Então lembre-se de oferecer frutas e água com frequência, não espere que a criança peça.
Aproveite o calor para oferecer frutas da época, que são mais doces, saborosas e fresquinhas.
Não esqueça de colorir o prato da criança. As saladas são melhor aceitas no verão, então aproveite!
E lembre-se que o básico funciona muito bem. Sem frescura, sem precisar investir tanto tempo com receitas mirabolantes.
Fazendo tudo isso aí, o sorvetinho em família não fará mal algum.
Lembrando que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendam açúcar e alimentos ultraprocessados em crianças menores de 2 anos e como exceção em crianças maiores.
Bora aproveitar o verão sem esquecer de manter as crianças hidratadas e bem alimentadas?
Leia mais: Desidratação (em crianças, idosos): veja o que é e sintomas
A pele da criança é diferente da do adulto, é fina e mais sujeita às dermatites e irritações. E o sol pode trazer danos irreversíveis para a pele desse ser humano.
Cerca de 75% da exposição solar da nossa vida inteira acontece até os 20 anos de idade.
Envelhecimento precoce e câncer de pele são resultados dessa exposição solar inadequada que ocorre ao longo de toda a vida, em especial durante a infância.
Mas, não veja o sol como vilão ou algo ruim. Sol é vida, é luz, é necessário! Quem não se sente mais feliz com um dia lindo e ensolarado?
Crianças adoram o sol e o calor porque podem correr livremente, brincar fora de casa, pular na piscina ou até fazer guerrinha de balões cheios de água.
Mas precisamos pensar a longo prazo e proteger a pele. O protetor solar deve ser usado diariamente, mesmo em dias nublados.
Protetores solares infantis agridem menos a pele que ainda é imatura, por isso são os ideais.
FPS (fator de proteção solar) sempre acima de 30, lembrando de aplicar 30 minutos antes da exposição solar, em todas as áreas expostas – não esqueça orelhas, lábios e nuca – e reaplicar a cada 2 horas ou sempre após a pele ser molhada.
E pode passar uma quantidade generosa, viu? Não dá pra economizar nisso não, essa pele precisa estar protegida.
Além dos filtros solares, é importante caprichar nas barreiras mecânicas como chapéus, bonés e roupas com proteção UV.
Deixe a criança brincar embaixo do guarda-sol ou em local sombreado e evite o sol das 10h às 16h.
Bebês menores de 6 meses não podem usar protetor solar então é bem importante não expô-los ao sol diretamente. Nessa idade use somente as barreiras mecânicas.
Fala-se muito de protetor solar pensando em cuidados com a pele no verão, mas outras questões também são importantes. São elas:
Converse com seu médico(a) pediatra sobre os melhores produtos para a pele da sua criança.
O verão, o calor, o sol e as chuvas torrenciais dessa época do ano podem trazer doenças e problemas de saúde que são menos frequentes em outras estações do ano. Veja mais a seguir:
A exposição inadvertida ao sol pode causar dor de cabeça, tonturas, náuseas, desmaios e queimaduras na pele.
Lembre-se que crianças não vão se queixar do sol excessivo e de sede na grande maioria das vezes, pois estarão entretidos com a diversão toda. Cabe aos pais e/ou responsáveis, garantir que a exposição solar seja segura.
Causada frequentemente por quadros de diarreia ou por baixa ingestão hídrica. A desidratação deixa a boca seca, o olho fundo e a criança urina pouco.
Ela também pode ficar apática, sonolenta ou irritada. Desidratação é uma condição grave e pode levar ao óbito.
De longe é o mais frequente nos prontos-socorros durante o verão. É comum que durante férias e viagens as famílias façam refeições fora de casa e ingiram alimentos de ambulantes e vendedores na praia.
O calor favorece a contaminação desses alimentos por bactérias e toxinas. Intoxicação alimentar leva a quadros de diarreia, vômitos, náuseas e febre.
Ela pode desidratar a criança rapidamente. Para prevenir esse quadro, procure oferecer à sua criança alimentos in natura, carregue sempre frutas frescas e alimentos que não estragam com facilidade.
Micoses são mais frequentes no calor. Axilas, dobras, virilhas e entre os dedos são os locais prediletos dos fungos que crescem rapidamente nesses locais quentes e úmidos. A criança pode se contaminar com fungos em piscinas, praias e banheiros públicos.
Dermatites de contato, que ocorre pelo contato com a areia da praia, pode afetar crianças que estão susceptíveis.
Impetigos, que são infecções na pele, podem acontecer após picadas de insetos, mais comum também no calor.
Queimaduras solares podem ser evitadas com o uso do protetor solar e os demais cuidados que já foram mencionados anteriormente.
A água da piscina ou da praia pode favorecer a contaminação do conduto auditivo levando a um quadro de otite externa, que causa muita dor e choro na criança. Nesses casos é preciso avaliação médica para direcionar o melhor tratamento.
Dor, ardência, sensação de corpo estranho nos olhos, secreção amarelada e vermelhidão são características de conjuntivite bacteriana. É transmitida de pessoa para pessoa através de objetos contaminados ou uso compartilhado de piscinas e praias.
Dengue, zika, chikungunya e febre amarela são doenças virais transmitidas através da picada de insetos, que circulam com mais facilidade no verão. No caso do Aedes Aegypti é importante eliminar os focos de água parada.
Também não se pode deixar de mencionar os acidentes com crianças, que acontecem com mais frequência no verão e nas férias porque as crianças saem de casa para brincar e acabam se arriscando mais.
Crianças são imaturas e não calculam bem os riscos, então cabe aos responsáveis tentar prevenir o máximo possível estes acidentes.
Afogamentos podem acontecer em águas rasas também. Bastam poucos centímetros de água para que uma criança de 2 anos se afogue. Isso pode acontecer na banheira, num balde com água ou naquela piscininha inflável.
Acidentes com bicicletas, patinetes e skate são comuns nessa época do ano. Bem como atropelamentos e quedas.
Acidentes são “acidentes”, não há espaço para ficar procurando culpados. Mas há espaço para a prevenção! Então aqui estão algumas dicas:
Leia mais: Verão: 7 dicas para curtir a estação com saúde e segurança
O verão é uma época deliciosa. Ele é perfeito para construir boas memórias de momentos em família.
Todos guardam boas lembranças dessa época, seja de banhos de chuva com os primos nas festas de fim de ano ou pular ondas com a vozinha.
Permita que sua criança seja criança e viva coisas de criança. É só tomar os cuidados necessários e tudo vai ficar bem.
Também não esqueça de tirar eventuais dúvidas com um(a) pediatra de sua confiança.
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Dra. Maria Carolina de Paula e Silva
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