Sempre que nasce um “carocinho”, pinta ou algo diferente no corpo, surge uma grande preocupação, apesar de cistos aparecerem comumente, é claro que é fundamental o acompanhamento médico. Mas nem sempre é algo negativo e o cisto sinovial é um bom exemplo disso.
Geralmente, esses cistos não causam dor e não tem causa conhecida, então conhecer bem seu corpo pode auxiliar a identificar e procurar atendimento adequado, quando necessário.
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
Cistos são qualquer bolsa que tenha material líquido ou semilíquido em seu interior, sendo que o sinovial é uma bolsa que contém o líquido de mesmo nome (fluido que atua nas articulações do corpo para lubrificar e amortecer impacto).
O cisto sinovial é um tipo de nódulo benigno que se desenvolve ao redor de qualquer articulação do corpo. No entanto, é mais comum nos pés, cotovelos, pulsos e mãos. Também há casos de cistos sinoviais que surgem na coluna.
É como se aparecesse um caroço mole, cheio de líquido no local e que pode se desenvolver sem causar sintomas. O tamanho do cisto pode variar bastante: em alguns casos é semelhante a um grão de feijão e também há tipos que parecem mais com uma bola de gude. Mas há também casos de cistos que são minúsculos e não são visíveis facilmente.
Os cistos sinoviais não oferecem riscos de causar câncer. Mas podem crescer e comprimir nervos, tendões e estruturas próximas, o que desencadeia dores e a diminuição ou perda da função da articulação atingida.
Na maioria das vezes, os cistos sinoviais não causam sintomas e por isso não requerem tratamento. Porém, se uma pessoa apresentar dores ou desconfortos após o surgimento do cisto é importante verificar com um (a) médico (a) o que pode ser feito.
Geralmente, o diagnóstico é realizado por um (a) médico (a) ortopedista, reumatologista ou clínico geral. Inicialmente, o (a) especialista vai apalpar o caroço, checar o histórico médico do (a) paciente, os sintomas apresentados e se há dor.
Para descartar outras doenças, pode ser necessário fazer uma punção para extrair amostra de seu conteúdo para análise (biópsia) e descartar o risco de câncer. Ou também exames de imagem como ultrassom ou ressonância magnética para determinar se é realmente um cisto sinovial.
As causas dos cistos sinoviais ainda não são totalmente esclarecidas. Mas sabe-se que eles surgem quando as articulações se degeneram por algum motivo e produzem líquido sinovial em excesso.
Antes de mais nada, vale destacar como funcionam as articulações, a sinóvia ou líquido sinovial é uma membrana fina que reveste as superfícies internas das articulações.
Essa membrana produz o fluido sinovial, que ajuda a lubrificar e proteger as articulações do desgaste. Algumas vezes, esse líquido vaza e pode se acumular dentro da membrana e causar um cisto sinovial.
Por isso, quem sofre algum tipo de trauma ou pequenas lesões nas articulações está mais propenso a desenvolver o problema. Além disso, quem realiza muito esforço repetitivo, como digitar, também corre mais risco.
Os cistos sinoviais são comuns em todas as idades, mas pessoas que têm algum tipo de doença articular, como é o caso da artrite, estão mais propensas a tê-los .
Esse problema de saúde é mais comum nessas pessoas porque as articulações tendem a degenerar mais rapidamente.
Além disso, o cisto sinovial pode crescer mais rapidamente dependendo de como a membrana sinovial se deteriora e da forma como o corpo tenta regenerá-la.
Os sintomas variam, já que dependem do tamanho e da localização do cisto. Além disso, algumas pessoas com cistos sinoviais não apresentam sintomas ou desconfortos por muitos anos.
Mas em resumo, o cisto sinovial costuma ter em média de 1 a 3 centímetros, ser visível e palpável. Entretanto, também p ir crescendo ao longo do tempo, desaparecer sem tratamento e reaparecer espontaneamente após um período.
Quando surge no punho ou mãos, não causa dor, apenas quando comprime algum nervo. São raros os casos em que há diminuição da força e da sensibilidade na região.
Além disso, há cistos sinoviais pequenos que não são visíveis e também tem os ocultos, que são diagnosticados apenas por exames de ultrassom.
Quando o cisto sinovial surge na coluna podem aparecer dores ou desconfortos na região lombar, dificuldade para andar, dormência ou formigamento nas pernas, entre outros sintomas.
Os cistos sinoviais podem surgir em diferentes partes do corpo. Os mais comuns são:
Ocorrem devido à tendinite (inflamação ou irritação de um tendão) e corridas frequentes com calçados inadequados. Na maioria das vezes, o tratamento envolve drenagem do cisto ou cirurgias, em casos mais graves.
Conhecido também como cisto de Baker, surge na parte posterior do joelho. Em geral, é uma alteração mais frequente em adultos, ocorrendo com maior frequência a partir dos 35 anos.
Conforme a pessoa envelhece, mais desgastada fica a articulação dos joelhos e fica mais suscetível aos cistos nos locais. Dessa forma, o tratamento envolve drenagem, aspiração e fisioterapia.
O problema aparece na mão, nos dedos ou nos punhos. O tratamento varia entre imobilização com uma tala, aspiração do líquido, fisioterapia ou até cirurgia.
Os cistos sinoviais da coluna vertebral não são fatais ou cancerígenos e, muitas vezes, não produzem sintomas. No entanto, eles podem causar problemas na coluna, como estenose espinhal(condição que causa estreitamento da coluna vertebral).
Os sintomas que podem ocorrer incluem dor nas costas ou dormência, formigamento e cãibras nas pernas.
Há diversos tratamentos que reduzem o desconforto, como medicamentos, modificação de algumas atividades e injeções.
Após o diagnóstico, há diversos tratamentos disponíveis que podem ajudar a reduzir os sintomas do cisto sinovial. Sendo que isso varia de acordo com o tamanho dos cistos e a gravidade dos sintomas.
Para sintomas leves, o (a) especialista pode sugerir um período de descanso e observação. Também pode indicar medicamentos para reduzir a dor e a inflamação local. Indica-se a aplicação de compressas de gelo na região afetada e até acupuntura.
Já em casos de sintomas mais graves, podem ser recomendadas injeções de esteroides, que ajudam a aliviar a dor e a pressão do cisto.
Outra opção de tratamento é a aspiração do líquido. Nesses casos, o procedimento é realizado com uma agulha em um consultório médico. Com anestesia local, retira-se o líquido acumulado na região da articulação. Em seguida, aplica-se uma solução de corticoides para ajudar na cura.
Se o problema não diminuir, o (a) médico (a) pode recomendar uma cirurgia para remover o cisto. O procedimento pode ser realizado com um equipamento que permite olhar para dentro da articulação e sem necessidade de anestesia geral. Assim, o paciente pode retornar para casa no mesmo dia, já que a recuperação é mais rápida.
Após o procedimento cirúrgico, podem ser indicados para agilizar a recuperação sessões de fisioterapia, alongamentos e exercícios de fortalecimento das articulações e dos tendões que foram atingidos pelo cisto.
Por fim, vale ressaltar que manter a rotina médica em dia é fundamental para identificar cistos ou outros problemas precocemente e poder tratar da maneira mais adequada.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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