O chá verde possui diversos nutrientes importantes para o corpo. Ingerir a bebida pode trazer vários benefícios ao organismo, mas é válido lembrar que não basta consumir uma ou outra xícara em dias esporádicos.
Para que o chá verde possa ter efeitos, é necessário beber pelo menos 4 xícaras todos os dias.
Vale lembrar também que existem possíveis efeitos colaterais e algumas contraindicações. Por exemplo, a bebida não deve ser ingerida por gestantes, lactantes, pessoas com doenças crônicas etc. — consulte sempre seu médico!
Confira abaixo alguns dos benefícios que o produto pode trazer:
Um estudo publicado no periódico American Journal of Clinical Nutrition indica os benefícios de consumir o chá verde para potencializar a queima de gordura.
O estudo avaliou dois grupos em processo de emagrecimento que adotaram um cardápio com poucas calorias. Mas somente um grupo ingeriu o chá verde (entre 6 e 8 xícaras por dia). Os resultados mostram que os participantes que consumiram a bebida queimaram até 4% a mais de gordura se comparados aos que fizeram apenas dieta.
Outra pesquisa publicada no periódico Obesity Reviews mostra resultados semelhantes, indicando que os polifenois presentes na bebida aumentam a termogênese e a oxidação de gorduras.
Nesse caso, o estudo aponta que o organismo gasta mais calorias e recorre com mais facilidade às gorduras como fonte de energia.
Consumir pelo menos 5 xícaras diariamente, segundo o estudo, favorece a redução do tecido adiposo, promove uma aceleração do metabolismo e melhora a digestão.
Aliada de quem deseja reduzir medidas, o chá verde pode interagir com os receptores de leptina (que é o hormônio responsável pela sensação de saciedade).
Sabe aquela vontade de comer mais durante as refeições? Ela pode ser minimizada se os níveis de leptina estiverem adequados. Além de melhorar a alimentação, esse efeito pode reduzir suas refeições naturalmente e promover a diminuição do peso de modo saudável.
Os antioxidantes são substâncias capazes de inibir a formação de radicais livres, reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, obesidade e câncer. As catequinas podem minimizar a oxidação dos tecidos, o que pode diminuir os riscos de doenças cardiovasculares e de diabetes.
Em um estudo publicado no periódico European Journal of Clinical Nutrition apontam que o chá verde possui até 6 vezes mais antioxidantes do que o chá preto e até 10 vezes mais do que frutas e verduras em geral.
A ação antioxidante se deve sobretudo à presença de catequinas e polifenois. Para você entender a diferença (e os benefícios), para obter a mesma quantidade de antioxidantes de 1 xícara de chá verde você precisaria consumir 8 maçãs.
O chá verde tem efeito termogênico (aumento do gasto calórico), promovendo uma aceleração do metabolismo e fazendo com que o gasto calórico do organismo seja maior. Isso facilita o processo de emagrecimento.
A bebida também possui quantidades elevadas de epigalocatequina e cafeína, que são substâncias diretamente relacionadas à termogênese.
O chá verde possui componentes capazes de exercer ação protetora contra as doenças cardíacas. Entre elas, a bebida pode reduzir a oxidação do LDL e os níveis de colesterol plasmático, além de evitar alterações da vasoconstrição.
Estudos apontam que os riscos de câncer possam ser minimizados com o consumo regular do chá verde, sobretudo o câncer de mama. Aponta-se que componentes presentes na bebida possam reduzir ou inibir a formação de nitrosaminas, que são agentes cancerígenos.
O periódico científico Life Sciences publicou uma pesquisa em 2004 que reforça a ação do chá verde na prevenção ou inibição da proliferação de câncer.
De acordo com os resultados, os componentes presentes no produto podem evitar o sangramento de tumores de pele, diminuir os riscos de câncer de estômago, melhorar as respostas do organismo ao tratamento de câncer intestinal, além de reduzir a proliferação celular do câncer do pulmão.
Outros estudos indicam que a planta pode reduzir os riscos de mulheres desenvolverem câncer de mama quando costumam ingerir 5 xícaras da bebida por dia e em mulheres entre 40 e 70 anos, os riscos de câncer de colorretal podem ser diminuídos em até 57%. Já nos homens, há 58% menos chances de se desenvolver câncer de próstata.
A L-teanina é um aminoácido pouco disponível nos alimentos e plantas, mas a Camellia sinensis é uma das únicas plantas que apresentam a substância. A ingestão do aminoácido promove a produção de serotonina e dopamina, promovendo as sensações de bem-estar e felicidade.
Além disso, a L-teanina aumenta a produção de ondas alfa no cérebro. Essa ação resulta no relaxamento induzido, fazendo com que haja uma diminuição da agitação e ansiedade.
Um estudo publicado no periódico Journal of Medicinal Food indica que o consumo de chá verde pode ser benéfico ao humor e à memória. A pesquisa acompanhou pacientes que ingeriram a bebida e comparam com um grupo que ingeriu placebo.
Os resultados sugerem que a L-teanina presente no chá favoreceu a memória dos participantes e melhorou a capacidade de leitura e reconhecimento de palavras, ou seja, o consumo está associado à melhora da vigilância mental.
Um estudo publicado no periódico Arquivo Brasileiro de Cardiologia, em 2009, realizou análise de amostragem sobre a ação da Camellia sinensis e os efeitos no colesterol. Os resultados são semelhantes a outros estudos desenvolvidos anteriormente de que a L-teanina presente no chá pode reduzir as taxas de colesterol total e de LDL.
Há vários chás que melhoram a digestão estimulando a produção de suco gástrico. Apesar do chá verde auxiliar nos processos de degradação alimentar, ele atua de maneira diferente o organismo, pois estimula a microbiota intestinal.
Nosso intestino é composto de centenas de bactérias responsáveis pela degradação e absorção nutricional. Como o chá verde estimula a flora intestinal, os componentes presentes nas refeições são melhor aproveitados.
Estudos apontam que as substâncias fenólicas do chá verde podem proteger as células contra uma neurotoxina responsável pelo mal de Parkinson.
Consumir chá verde diariamente pode auxiliar no controle da pressão arterial. Um estudo realizado na população chinesa indicou que até 65% dos participantes com pressão alta tiveram os níveis reduzidos ao consumir o produto.
Outra pesquisa realizada em 2008 e publicada no acervo da Medline sugere resultados semelhantes, apontando que a planta Camellia sinensis pode reduzir as taxas de hipertensão e, até mesmo, diminuir os valores em quem não possui pressão alterada.
Os componentes do chá verde podem minimizar os riscos de infarto e AVC, pois a bebida pode reduzir a pressão arterial nos pacientes com hipertensão, que é um fator de risco para essas condições.
Cerca de 40% dos infartos e até 80% dos AVCs são causados ou favorecidos pela pressão alta.
Diversos fatores podem fazer com que o organismo comece a reter líquidos, como a alimentação, o estresse e o metabolismo. O resultado dessa retenção é o inchaço, o desconforto e o ganho de peso.
Como o chá verde tem propriedades diuréticas e digestivas, o consumo é ideal para eliminar os líquidos retidos e outras toxinas que podem causar inflamações no organismo.
Apesar de ainda necessitar de mais estudos e testes em humanos, uma pesquisa publicada no periódico científico Journal of Nutrition aponta que o chá verde pode reduzir a gordura visceral e os níveis de inflamação do organismo.
Essa gordura está presente entre os órgãos e é a mais perigosa, pois é associada ao riscos elevados de doenças crônicas e obesidade.
O consumo de chá verde tem sido associado à redução dos riscos de diabetes tipo 2. A bebida pode atuar através de 2 mecanismos: redução das taxas de glicemia (açúcar no sangue) ou promovendo o aumento da sensibilidade à insulina.
Em 2009, uma publicação científica no Journal of the American Medical Association apontou que pessoas que ingeriram cerca de 4 xícaras de chá todos os dias, tiveram até 20% menos chances de desenvolver diabetes.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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