A descoberta da doença de Alzheimer (DA) ocorreu no ano de 1906 pelo médico Alois Alzheimer, o que deu origem a pesquisas atuais sobre a doença. No final do século XX e início do XXI, os cientistas começaram a compreender o que acontece no cérebro de um paciente com essa condição graças aos avanços da neurociência.
A DA, como também é chamada, é entendida como uma perda progressiva e irreversível das funções mentais causada pela degeneração do cérebro. Isso ocorre devido à perda de células nervosas, resultando no acúmulo da proteína beta-amiloide.
Atualmente, a doença de Alzheimer afeta aproximadamente 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Cientistas especulam que, até 2050, o número total de pessoas afetadas chegará a 150 milhões.
Para saber mais sobre a doença Alzheimer, suas causas, fatores de risco e tipos, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará as seguintes informações:
As causas exatas ainda são desconhecidas, porém, estima-se que cerca de 5 a 15% dos casos envolvam pessoas com histórico familiar, sugerindo assim uma possível relação com anormalidades genéticas hereditárias. Além disso, há fatores ambientais que podem influenciar no desenvolvimento dessa condição.
Existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Entre elas estão:
A doença pode ser classificada de acordo com o início dos sintomas, como descrito abaixo:
O início dos sintomas ocorre após os 65 anos e é o tipo mais comum entre os pacientes. Geralmente é mais grave em pacientes com parentes de primeiro grau que já tiveram a doença.
O início precoce ocorre quando os primeiros sintomas da doença começam a se manifestar antes dos 65 anos. Esse tipo está diretamente relacionado à mutação de genes e é menos comum, porém, mais grave, devido à sua evolução mais acelerada.
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Os sintomas se manifestam com o tempo e, geralmente, nos estágios iniciais, podem passar despercebidos pela família e pelo próprio paciente.
Em média, as pessoas com Alzheimer vivem de 8 a 12 anos após o diagnóstico. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), os sintomas da doença são bem característicos e podem ser divididos em três fases:
Nessa fase, o(a) paciente pode apresentar algumas dificuldades, tais como:
O(a) paciente começa a apresentar mais dificuldades com a vida no dia a dia e pode:
O estágio avançado da doença é o mais próximo da dependência total e da inatividade. Nessa fase, a expectativa de vida varia de 1 a 5 anos. Os distúrbios de memória são muito graves e o lado físico da doença se torna mais evidente. Os sinais e sintomas são:
Os principais sintomas do Alzheimer são:
Para diagnosticar a doença de Alzheimer, é necessário acompanhamento com especialidades como geriatra, psiquiatra geriátrico ou neurologista. A partir disso, é realizada uma avaliação aprofundada das funções cerebrais, além de uma avaliação neuropsicológica que envolve testes para verificar o funcionamento cognitivo do(a) paciente.
Ao associar os resultados dos exames ao histórico médico, a história de vida do paciente e aos relatos dos familiares, é possível chegar a um diagnóstico mais preciso.
No entanto, a confirmação da doença só pode ser feita por um exame microscópico do tecido cerebral, sendo uma operação muito arriscada e só é realizada após a morte do(a) paciente para confirmar a suspeita.
Não, nfelizmente, ainda não há cura para o Alzheimer. Contudo, é possível adotar hábitos de vida que contribuem para a prevenção da doença.
Confira abaixo alguns hábitos que podem ajudar na prevenção do Alzheimer:
O tratamento inclui medidas gerais de segurança e apoio, como um ambiente seguro e com boa iluminação para ajudar na orientação do(a) paciente. Também é importante ter uma rotina bem estruturada, com tarefas de higiene pessoal, alimentação e sono para lembrar de suas atividades diárias.
Além disso, terapias que auxiliam o(a) paciente a construir confiança e segurança, reduzindo o estresse e a ansiedade causados pela doença, podem beneficiar cuidadores, pacientes e familiares.
Essas terapias baseiam-se na ideia de que uma pessoa com DA, caso tenha sofrido uma perda severa da memória de curto prazo e já não consiga utilizar o pensamento ou compreender o presente, tem mais propensão a reviver o passado.
Para o(a) paciente, isso pode ser uma forma de resolver conflitos não resolvidos, aliviar experiências traumáticas do passado ou afastar-se do presente, onde já não tem mais controle. Alguns pacientes podem oscilar entre momentos em que estão no presente e outros em que estão no passado.
Apesar de haver relatos positivos, muitos familiares e cuidadores expressam preocupação de que a validação envolva mentir sobre a realidade para a pessoa com demência. Contudo, uma descrição mais precisa dessa abordagem é que ela evita desafiar a realidade na qual o paciente com Alzheimer está vivendo.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais, oferece gratuitamente medicamentos que ajudam a retardar os sintomas nos estágios iniciais da doença, como a Galantamina e a Donepezila.
Em pacientes com confusão mental, agressividade e depressão, os médicos podem prescrever alguns medicamentos, como o Haldol e a Risperidona.
Conviver com a doença de Alzheimer é um grande desafio para o(a) paciente e para seus familiares e cuidadores. Conforme a doença progride, fica cada vez mais difícil para o(a) paciente se divertir e passar o tempo, especialmente se os hobbies forem tarefas mentais, como ler e escrever. Portanto, é recomendado realizar atividades como ouvir e cantar músicas.
Além disso, é necessário criar rotinas de higiene, preferencialmente em horários fixos. Também é importante que esses momentos sejam de relaxamento e promovam autonomia no(a) paciente. Para isso, é necessário que o banheiro seja seguro, com barras de segurança e assentos higiênicos.
É possível que o paciente com Alzheimer não seja capaz de se vestir por conta própria ou mesmo que perca o discernimento para fazer escolhas apropriadas de roupas. Independentemente de qual for a situação, a intervenção do(a) cuidador(a) pode ser importante para auxiliar o paciente diante de qualquer eventual incapacidade.
Também é recomendável que a família esteja por perto, monitorando sua rotina e verificando a presença de riscos, pois esses pacientes podem ter problemas de equilíbrio e coordenação motora, aumentando os riscos de quedas e fraturas.
Com o tempo, o paciente pode esquecer como se mastiga ou engole, aumentando o risco de inalar alimentos e bebidas e desenvolver pneumonia, por exemplo.
Para a interdição acontecer, é necessária a avaliação do(a) paciente por um perito médico, que irá atestar a sua capacidade de discernimento. O laudo emitido pelo(a) especialista(a) será encaminhado para o juiz, que pode decidir pela intervenção ou não.
Portanto, a interdição do paciente com a doença de Alzheimer é realizada por processo judicial, sendo necessária a atuação de um advogado. Em casos específicos, o Ministério Público pode atuar, sendo desnecessária a representação por advogado.
O(a) paciente pode ser levado até a presença do juiz (quando houver a possibilidade) para o magistrado poder conhecê-lo. Dependendo da decisão, o representante do paciente com Alzheimer é nomeado curador e passa a exercer todos os atos da vida civil do(a) paciente, administrando os bens, assinando documentos e tudo que se relaciona à vida cidadã.
É importante destacar que pessoas diagnosticadas com Alzheimer não são invalidadas por conta da doença, mas sim pode ter limitações em relação à sua capacidade de discernimento e autonomia. Em casos de necessidade de assistência permanente, o(a) paciente pode receber um acréscimo de 25% ao valor de sua aposentadoria para auxiliar nas despesas com cuidados.
A doença de Alzheimer é uma perda progressiva e irreversível causada pela degeneração do cérebro, após a perda de células nervosas.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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