Saúde

Vulvovaginite: o que é, causas, tipos, sintomas e tratamento

Publicado em: 02/04/2018Última atualização: 09/10/2020
Publicado em: 02/04/2018Última atualização: 09/10/2020
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O que é vulvovaginite?

A vulvovaginite, também conhecida pelos especialistas como Síndrome do Corrimento Inferior, é uma inflamação na vulva e vagina ao mesmo tempo. É uma doença comum e atinge mulheres de todas as idades. Normalmente é causada por uma infecção por vírus, fungos ou bactérias. Contudo, pode ocorrer devido a falta de higiene pessoal e à alterações hormonais.Índice - neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
  1. O que é vulvovaginite?
  2. Tipos de vulvovaginite
  3. Vulvovaginite infantil
  4. Causas
  5. Fatores de risco
  6. Sintomas
  7. Como é feito o diagnóstico?
  8. Vulvovaginite tem cura?
  9. Qual o tratamento?
  10. Tratamento caseiro
  11. Medicamentos para vulvovaginite
  12. Convivendo
  13. Complicações
  14. Como prevenir a vulvovaginite?
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Tipos de vulvovaginite

A doença se classifica como infecciosa e não infecciosa. São elas:

Infecciosa

Vaginose bacteriana

Causada por bactérias, em especial a Gardnerella vaginalis, não é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), pois algumas dessas bactérias podem ser encontradas regularmente no ser humano. Contudo, o contágio pode ocorrer através do contato íntimo ou relação sexual.

Candidíase vaginal

Geralmente ocorre em mulheres em idade fértil, causado pelo fungo Candida albicans, que reside na pele ou no intestino, podendo se espalhar até a vagina. Mulheres gestantes e diabéticas são mais propensas a ter este tipo.

Tricomoníase

A infecção genital surge em razão do protozoário Trichomonas vaginalis, disseminado através de relações sexuais ou contato íntimo com secreções de uma pessoa infectada, podendo ser mulher/homem e mulher/mulher. O protozoário causa dano no tecido vaginal, progredindo para a formação de úlceras microscópicas que favorecem a contaminação de outras DSTs.

Não infecciosa

Vaginite atrófica

Vaginite atrófica ou atrofia vaginal é caracterizada pela secagem e inflamação das paredes vaginais devido à falta de produção de estrogênio - hormônio responsável pelo controle da ovulação e do desenvolvimento de características femininas.O distúrbio é mais frequente após a menopausa, mas pode aparecer durante a amamentação ou em qualquer outro momento em que houver a diminuição da produção de estrogênio no corpo da mulher.

Vaginose citolítica

Por apresentar sintomas parecidos com a candidíase vaginal, são facilmente confundidas. Este tipo de vulvovaginite é a mais comum na 2ª fase do ciclo menstrual. Ela está relacionada ao aumento do número de Lactobacillus Sp (bactéria responsável pela manutenção do pH ácido da vagina) no trato genital inferior, colo uterino e vagina.

Vulvovaginite inespecífica

Este tipo é recorrente em garotas que não iniciaram a puberdade. Especialistas creem que isto se deve ao baixo nível de estrogênio. No início da puberdade, a vagina se dispõe a tornar-se mais ácida, e as infecções param.
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Vulvovaginite infantil

Dentre as doenças que mais atingem crianças e adolescentes, a vulvovaginite é a principal razão de consultas ginecológicas, totalizando cerca de 87% dos casos analisados. Meninas entre 2 e 7 anos são as que mais sofrem com o problema.Normalmente, a vulvovaginite inespecífica é a causa de corrimento vaginal em crianças, sendo 70% das ocorrências. O acontecimento e a apresentação da patologia vão depender do nível de estrogênio, menstruação, atividade sexual e uso de métodos contraceptivos.A menina pré-puberal tende a ter infecções devido à fisiologia anatômica do trato genital e falta de higiene pessoal. Nesta fase, a vulva é vulnerável, pois não possui os grandes lábios totalmente desenvolvidos e nem pelos. A pele vulvar é fina, tornando-a mais vulnerável às agressões físicas. Além disso, a vulva é muito próxima ao ânus, aumentando o risco de contaminação.A avaliação do problema será feita através de uma inspeção na parte externa da vagina. Dependendo das circunstâncias, será necessária uma visualização mais detalhada do canal vaginal.Os tabus que se têm em relação à genitália feminina dificultam o diagnóstico. Por isso, é preciso que haja uma colaboração entre o ginecologista e os pais da criança, para que o problema seja resolvido de forma mais agradável. Assim, a menina ficará menos ansiosa e constrangida no momento do exame.

Causas

Bactérias

O crescimento desmedido de algumas bactérias, como Gardnerella e Staphylococcus, causam a vulvovaginite. Metade das mulheres que possuem este tipo de infecção não apresentam sintomas.

Fungos

O uso de antibióticos pode ser apontado como um dos causadores de infecção por fungo, já que eles chegam a matar as bactérias que conservam o equilíbrio da flora vaginal.

Vírus

A infecção na região íntima pode ter origem também por meio de um vírus, como a do herpes simples e do papiloma humano (HPV).

Parasitas

Vermes comuns, sarna e piolhos são parasitas que podem causar a vulvovaginite.

Fatores Externos (ambientais)

Alguns fatores, como a falta de higiene, alergias e roupas apertadas, provocam irritação na pele, contribuindo para o surgimento da doença ou adiando a recuperação da mesma.

DSTs

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), entre elas a tricomoníase, clamídia e a gonorreia, também podem causar a infecção na região íntima feminina. Caso ocorram em crianças, pode ser indício de abuso sexual. Contudo, a doença pode ser passada para as meninas sem o contato sexual.

Químicos

O uso de substâncias que causam alergias ou produtos de higiene íntima que contenham perfumes, como sabonetes, banhos de espuma, absorventes, cremes e látex das camisinhas, favorecem o surgimento da vulvovaginite.
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Fatores de risco

Alguns fatores favorecem o surgimento da vulvovaginite:

Alterações hormonais

Níveis muito baixos ou altos de estrogênio afetam o canal vaginal. Se o pH estiver abaixo ou acima do considerado ideal, há um desequilíbrio, possibilitando o surgimento de infecções, alergias e odores fétidos. Em razão disso, no período fértil da mulher, as alterações hormonais produzem um corrimento anormal aquoso, mucoso ou branco leitoso. A quantidade e aspectos da secreção dependem das fases do ciclo menstrual.Após a menopausa, o revestimento interno da vagina e dos tecidos da vulva diminuem sua espessura, a fluidez natural também é reduzida em consequência da falta de estrogênio. Por conta disso, a região íntima pode ficar contaminada e lesões ocorrem com maior frequência.

Relação sexual

A vulvovaginite é mais comum em mulheres que já iniciaram a atividade sexual, visto que a proximidade física facilita o contato com bactérias.

Ter uma DST

As bactérias que causam a Candidíase, a Tricomoníase e Clamídia também podem desencadear a vulvovaginite.

Uso prolongado de medicamentos

O uso contínuo de antibióticos podem eliminar as bactérias que mantêm estável a flora vaginal.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da vulvovaginite são:
  • Irritação e vermelhidão na região íntima;
  • Dor ao urinar;
  • Coceira contínua;
  • Inchaço na vulva e vagina;
  • Corrimento vaginal anormal;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Secura vaginal;
  • Sangramento pela vagina.

Como é feito o diagnóstico?

Os relatos dos sintomas apresentados pela mulher por si só são um forte indício de vulvovaginite, o que facilita o diagnóstico do ginecologista. Contudo, em alguns casos é necessária a coleta de secreção. Com o material analisado, é possível descobrir o tipo de vulvovaginite e, assim, determinar o tratamento mais adequado.Para um diagnóstico mais preciso, a vulvoscopia pode ser utilizada, que nada mais é do que um exame de imagem ampliada da vulva.

Vulvovaginite tem cura?

A vulvovaginite pode ser curada num período de uma a duas semanas se tiver um tratamento apropriado.No caso candidíase vaginal, a mulher pode transmitir para seu parceiro através de relações sexuais. Porém, como ele não apresenta os sintomas, pode provocar novamente a infecção à mulher mesmo após o tratamento. Por isso, é importante que seu par também seja tratado.

Qual o tratamento?

O tratamento a ser aplicado está sujeito à causa e tipo da vulvovaginite, podendo ser de uso tópico ou oral - em alguns casos, utilizam-se os dois. Entre as possibilidades, estão os antibióticos, pomadas e cremes específicos.

Tratamento caseiro

É possível, ainda, realizar tratamentos caseiros, que podem aliviar os sintomas e aceleram o procedimento recomendado pelo médico. Eles possuem ação anti-bacteriana, anti-inflamatória e diurética, que auxiliam na melhora da infecção na região genital.Vale ressaltar que a eficácia não é comprovada e pode ser prejudicial à saúde. A consulta com o especialista é indispensável.

Dica 1

Ingredientes

  • 1,5 litros de água;
  • 2 colheres de sopa bem cheias de salsa seca;
  • 2 de tomilho seco;
  • 2 de alecrim seco.

Modo de Preparo

Em uma panela, coloque a água para ferver. Assim que a água entrar em ebulição, adicione todos os ingredientes e deixe cozinhar entre 20 a 30 minutos. Depois, coe e deixe esfriar. Lave a região íntima com a mistura duas vezes ao dia até os sintomas desaparecerem.

Dica 2

Ingredientes

  • 1 xícara (chá) de água;
  • 1 pepino descascado;
  • Suco de 1 limão.

Modo de Preparo

Bata todos os itens no liquidificador e beba em seguida.

Dica 3

Ingredientes

  • 1 litro de água;
  • 2 colheres (sopa) de folhas de acelga picadas;
  • Mel a gosto.

Modo de Preparo

Em uma panela, ferva as folhas de acelga com a água. Coe e adoce com o mel de acordo com sua preferência. Beba uma xícara (chá) 3 vezes ao dia.

Convivendo

Durante o tratamento, é recomendável o uso de roupas íntimas de algodão e roupas largas que ajudam a arejar a região genital, o que contribui para a redução do agravamento da infecção.Outra medida é lavar a vagina com um produto adequado à higiene íntima, tomando o cuidado de secar bem depois de tomar banho. Caso o paciente tenha tricomoníase, que é uma DST, deve-se evitar as relações sexuais.

Complicações

O distúrbio geralmente não apresenta complicações. Porém, em gestantes, a vaginose bacteriana e a tricomoníase estão relacionadas à partos prematuros e bebês de baixo peso ao nascer. As mulheres que possuírem tais doenças, ainda estão sujeitas a contrair HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Como prevenir a vulvovaginite?

Alguns hábitos diários são capazes de dificultar o aparecimento da doença. Evite:
  • Ducha vaginal (que tiram a camada protetora da mucosa vaginal);
  • Roupas justas;
  • Roupa íntima de tecidos sintéticos;
  • Sexo sem camisinha;
  • Sabonete perfumado e com pH elevado;
  • Absorventes diários;
  • Uso desnecessário de antibióticos.
Outra prática que ajuda é limpar a vagina em um movimento de frente para trás após urinar, pois impede a proliferação fungos e bactérias do ânus para a vagina. Manter uma dieta equilibrada e dormir sem calcinha também são uma forma de prevenção.
A vulvovaginite é uma doença que pode se desenvolver por diversos motivos, inclusive por DST. Por isso é importante ter uma higiene pessoal adequada e buscar ajuda médica.Caso tenha alguma dúvida, entre em contato conosco e ajudaremos a esclarecer!
Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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