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Vacina da febre amarela: reações, preço, quando e onde tomar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 25/01/2019Última atualização: 06/10/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 25/01/2019Última atualização: 06/10/2020
Foto de capa do artigo
Com o começo do verão o número de mosquitos aumenta em todas as regiões tropicais. A presença desses insetos pode trazer diversos riscos para a saúde, como a dengue, a zika e a febre amarela.Uma das maneiras de se proteger contra a febre amarela é através da vacinação. Ela é ofertada gratuitamente pelo SUS e garante imunidade total à doença.Saiba mais sobre como e onde se vacinar no texto a seguir!Índice — neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
  1. O que é a vacina contra febre amarela?
  2. O que é a febre amarela?
  3. Para que serve a vacina?
  4. O que é a dose fracionada?
  5. Como funciona?
  6. Quando deve ser tomada?
  7. Bebês podem tomar vacina?
  8. Quais os locais de risco de febre amarela?
  9. Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP)
  10. Como tirar o Certificado Internacional de Vacinação?
  11. Países que exigem o CIVP
  12. Quem não pode tomar a vacina da febre amarela?
  13. Riscos
  14. Reações da vacina de febre amarela
  15. Interação medicamentosa
  16. Preço: quanto custa a vacina contra febre amarela?
  17. Perguntas frequentes
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O que é a vacina contra a febre amarela?

A vacina contra a febre amarela é uma versão atenuada do vírus vivo causador da doença.Entre 10 e 30 dias, de 95% a 99% das pessoas vacinadas estarão protegidas contra a febre amarela.Ela é administrada de forma subcutânea, geralmente na região do braço, e é indolor. É distribuída de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em postos de saúde por todo o Brasil e, atualmente, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação de muitos estados.Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), vacinação é considerada a forma mais eficaz de prevenir e combater a febre amarela. Sobretudo, porque não oferece grandes riscos para o indivíduo.As chances de uma pessoa desenvolver febre amarela por causa da vacina são baixas, mas ocorrem porque a vacina nada mais é do que uma versão enfraquecida do vírus vivo.Ao entrar em contato com esse material, que é praticamente inofensivo, o corpo começa a criar proteções contra o vírus real.Entretanto, ainda que seja segura, a vacina é contraindicada para gestantes, idosos e crianças com menos de 9 meses de idade, exceto em situações de risco, quando esse prazo pode ser encurtado e a criança pode ser vacinada depois dos 6 meses.Até abril de 2017, o Ministério da Saúde do Brasil orientava a população a tomar 2 doses da vacina. A partir desta data, o país decidiu seguir as orientações da OMS e passou a adotar um esquema em que só 1 vacina é necessária para que se garanta a imunidade.Vale lembrar que a vacina, em si, não mudou, então quem já tomou a vacina e estava aguardando para tomar a segunda dose não precisa mais se preocupar, pois já está imunizado.
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O que é a febre amarela?

A febre amarela é uma infecção viral grave transmitida, normalmente, pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes (febre amarela silvestre) e mosquito Aedes aegypti (febre amarela urbana).A febre amarela do tipo urbano não ocorre no Brasil desde 1942, sendo que, atualmente, é o tipo silvestre que está circulando.Nesse caso, o mosquito pica os macacos e transmite a doença. A doença afeta os humanos quando uma pessoa não imunizada vai até alguma região de circulação dos mosquitos e é picada.Suas principais características são febre alta e amarelão no corpo (icterícia), razão pela qual recebe o nome.As pessoas que desenvolvem a doença podem apresentar, do dia para noite, sintomas como:
  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Náuseas;
  • Vômitos.
Ela é causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, e suas consequências podem ser fatais. Cerca de 15% dos pacientes que contraem o vírus da febre amarela desenvolvem, nas primeiras 48 horas, a fase mais grave da doença, conhecida como tóxica.Nela, podem ocorrer hemorragias internas, falência múltipla dos órgãos, sangue no vômito e nas fezes, insuficiência renal e hepática, delírios e convulsões. Essa variação da doença pode levar o paciente à coma ou então à morte.Por isso, não corra risco, esteja em dia com suas vacinas!
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Para que serve a vacina?

A vacina para a febre amarela nada mais é do que uma forma de imunizar o paciente contra o vírus da febre amarela. Segundo a OMS, é o método mais eficaz de se prevenir a doença. Através dela, a imunidade é adquirida em apenas 30 dias em 99% das pessoas vacinadas.Além de ser uma forma de imunizar o paciente individualmente, também é, de um ponto de vista estrutural, uma forma eficaz de se controlar epidemias.Já que é transmitida por um mosquito muito comum nas cidades, a febre amarela é uma doença que tem um potencial de se espalhar com muita facilidade. E como seu índice de fatalidade é alto, governos e instituições ao redor do mundo se preocupam muito em manter a doença controlada, evitando que ela atinja um grande número de indivíduos.A forma mais eficaz de evitar que a doença se espalhe para mais regiões e faça mais vítimas, afetando não só a vida das pessoas, mas também o funcionamento estrutural da sociedade como um todo, é através da vacinação.

O que é a dose fracionada?

A dose fracionada da vacina contra a febre amarela nada mais é do que uma dose menor e mais diluída do que a comum. Ela apresenta aproximadamente 1/5 da dose padrão (0,5mL) ou seja, 0,1mL, fazendo com que seja possível vacinar até 5 pessoas com uma única dose normal da vacina.Até o presente momento, acredita-se que a dose fracionada garante imunidade contra o vírus da febre amarela por até 8 anos, entretanto, esse número é questionado por infectologistas ao redor do país.Deve-se ressaltar que a dose fracionada não é menos eficaz do que a dose padrão. O que muda de uma para outra é o tempo de ação. Enquanto a dose comum é única, ou seja, é uma somente para toda a vida, a dose fracionada vai garantir a imunidade por um período menor de tempo.

Por que realizar o fracionamento?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que se faça a fraccionamento da vacina somente em situações emergenciais. Quando há a ocorrência de um surto de febre amarela em alguma região e é necessário que uma grande quantidade de pessoas sejam vacinadas, o fracionamento é uma opção eficaz para evitar o desabastecimento da vacina.Essa técnica é adotada porque, em situações de emergência, acontece uma espécie de histeria coletiva e todas as pessoas correm até os hospitais em busca da vacina. Isso pode fazer com que os estoques de vacina nos hospitais seja consumido do dia para noite, fazendo com que muitas pessoas fiquem sem acesso à devida proteção.Vacinar todas as pessoas com a dose única em situações emergenciais não é eficaz no combate à epidemia, do ponto de vista estrutural. Isso porque um número menor de pessoas vai ser imunizada, fazendo com que a doença se alastre para mais regiões com mais facilidade.É por essa razão que a dose fracionada foi adotada no Brasil no início de 2018. É melhor vacinar mais pessoas, mesmo que a imunidade seja garantida por um período menor de tempo, e ter certeza de que a doença não se espalhará para outras regiões, do que imunizar por completo uma parcela menor da população e correr o risco de aumentar a epidemia.

Quais as pessoas que devem receber a dose padrão mesmo nas cidades em que está ocorrendo o fracionamento?

As pessoas que devem receber a dose completa da vacina mesmo estando em lugares em que está ocorrendo o fracionamento são:
  • Portadores de HIV com contagem de CD4 superior a 350 por µL;
  • Pessoas que terminaram o tratamento de quimioterapia ou radioterapia;
  • Pessoas com doenças do sangue, como a talassemia e anemia;
  • Grávidas;
  • Crianças de 9 meses e menores de 2 anos de idade;
  • Viajantes internacionais, já que o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) não autorizou a utilização da dose fracionada para a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Nesses casos, no ato da vacinação, o cidadão deve apresentar o comprovante de viajem (boleto de passagem aérea ou hotel, convite para participação de eventos, entre outros) para países que exigem o CIVP.
Pessoas que receberam a dose fracionada e, por algum motivo, precisam receber a dose padrão, podem fazer a aplicação 30 dias após a primeira imunização.
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Como funciona?

A vacina nada mais é do que uma versão enfraquecida do vírus da febre amarela. A presença desse material no organismo estimula o corpo a produzir anticorpos para sua própria proteção contra o vírus real. É esse efeito que garante a imunidade.Ela é aplicada de maneira muito simples, indolor e rápida, proporcionando imunidade ao paciente depois de 10 dias da aplicação, que é feita de forma subcutânea, na região do braço, com a dose de 0,5mL.Na dose fracionada, uma quantidade menor do imunobiológico é aplicada, o que garante o efeito protetor por um período menor de tempo, mas que ainda é importante em situações de risco para evitar epidemias.

Quando deve ser tomada?

A vacina, em geral, deve ser tomada por todos os indivíduos maiores de 9 meses de idade e que vivem em regiões de risco ou que recebam recomendação para a imunização.Pessoas que não moram em região de risco mas que irão viajar para esses lugares também devem tomar a vacina. Além disso, pessoas que irão viajar para países que exigem o CIVP também são obrigadas a tomar caso desejem entrar no país. Veja quais são esses países no tópico “Países que exigem o CVIP”.Idosos, gestantes, lactantes e pessoas com alguma doença ou fazem uso de algum medicamento que cause imunossupressão só podem tomar a vacina depois de conversar com um médico e avaliar os riscos e benefícios relacionados à imunização.

Bebês podem tomar a vacina?

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês só sejam expostos à vacina contra a febre amarela depois dos 9 meses de idade. A exceção se encontra em casos de epidemia, ou seja, em que a criança se encontra em risco direto de contrair a doença.Nesses casos, o prazo pode se adiantar em até 3 meses e a criança pode ser medicada aos 6 meses de idade. Antes disso, os riscos envolvendo a aplicação da vacina ainda são evidentes e as chances de danos neurológicos devem ser consideradas.

Quais os locais de risco de febre amarela?

Regiões de matas e rios são os principais locais de risco. Quem não mora em uma região de risco deve ficar atento na hora de viajar para os seguintes lugares:
  • Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá e Tocantins);
  • Estados da região Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal);
  • Estado do Maranhão;
  • Sudoeste do Piauí;
  • Oeste e extremo sul da Bahia;
  • Estado de Minas Gerais;
  • Oeste de São Paulo;
  • Norte do Espirito Santo;
  • Alguns municípios da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul);
Pessoas que desejam viajar para fora do Brasil devem buscar a vacina caso desejem ir para:
  • Angola;
  • Argentina;
  • Benin;
  • Bolívia;
  • Burkina Faso;
  • Burundi;
  • Camarões;
  • Chade;
  • Colômbia;
  • Congo;
  • Costa do Marfim;
  • Equador;
  • Etiópia;
  • Gabão;
  • Gâmbia;
  • Gana;
  • Guiana;
  • Guiana Francesa;
  • Guiné;
  • Guiné Equatorial;
  • Guiné-Bissau;
  • Libéria;
  • Mali;
  • Mauritânia;
  • Níger;
  • Nigéria;
  • Panamá;
  • Paraguai;
  • Peru;
  • Quênia;
  • República Democrática do Congo;
  • República Centro-Africana;
  • Ruanda;
  • São Tomé e Príncipe;
  • Senegal;
  • Serra Leoa;
  • Somália;
  • Sudão;
  • Suriname;
  • Tanzânia;
  • Togo;
  • Trinidad Tobago;
  • Uganda;
  • Venezuela;
  • Zâmbia.

Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP)

Viajantes que tenham como destino países com áreas endêmicas de febre amarela podem acabar precisando do Certificado Internacional de Vacinação.A exigência desses papéis pode ser feita por países com ou sem áreas endêmicas, porque em algumas regiões, como o Subcontinente Indiano e o Sudeste Asiático, apesar da doença não existir, há transmissões capazes de iniciar uma epidemia.Você pode verificar a exigência do Certificado Internacional nas embaixadas ou consulados brasileiros dos países de destino. Sempre consulte as embaixadas antes de viajar, não somente para não perder uma viagem, mas também para se proteger contra possíveis infecções!

Como tirar o Certificado Internacional de Vacinação?

Obter o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) pode ser uma tarefa difícil, pois muitas cidades no Brasil não possuem centros de orientação da Anvisa, onde você deve ir para tirar o documento.Essa situação, entretanto, está prestes a mudar, já que a Anvisa, em parceria com a Secretaria de Tecnologia da Informação do Ministério da Economia (futura Secretaria do Governo Digital), pretende implementar, no fim de janeiro, um novo sistema, no qual o cidadão que deseja viajar poderá emitir o CIVP em casa.Entenda a seguir, como se tira o certificado hoje, e como será a alternativa online, cuja previsão de início de funcionamento é o dia 29 de janeiro de 2019:

Como tirar o CIVP presencialmente?

Para obter o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), os viajantes, hoje, devem ir a um centro de orientação mantido pela Anvisa em aeroportos e portos ou em serviços conveniados após tomar a vacina.Em alguns hospitais e clínicas privadas, a vacinação é feita no próprio local, e o documento é entregue logo em seguida.

Como tirar o CIVP online?

A partir do dia 29 de janeiro de 2019, data estimada para o lançamento da plataforma, após tomar a vacina, o cidadão deve se cadastrar no portal de serviços do governo e enviar a solicitação junto com comprovante ou carteira de vacinação.Em seguida, o pedido será analisado pela Anvisa, que checar a veracidade dos documentos e fará um cruzamento de dados, como CPF, número e lote da vacina. Se forem encontradas inconsistências, a agência poderá entrar em contato com a unidade de saúde responsável pela vacinação.Ainda não se sabe quanto tempo a Anvisa vai levar para analisar as informações, mas a expectativa, entretanto, é de que o processo dure até 1 dia. Após a aprovação, o usuário receberá o certificado online para que ele seja impresso em casa.Pessoas que tenha dificuldade no acesso ao processo digital, estrangeiros sem CPF, analfabetos e a população indígena devem tirar o CIVP presencialmente.

Países que exigem o CIVP

Os países se dividem em dois grupos: os que exigem o certificado somente de pessoas que vivem no Brasil e em outras áreas de risco, e os que exigem de qualquer viajante. Confira:

Países que exigem certificado de pessoas que vivem em áreas de risco

  • Afeganistão;
  • África do Sul;
  • Albânia;
  • Arábia Saudita;
  • Argélia;
  • Antígua e Barbuda;
  • Austrália;
  • Bahamas;
  • Barein;
  • Bangladesh;
  • Barbados;
  • Belize;
  • Benin;
  • Butão;
  • Bolívia;
  • Bonaire;
  • Botsuana;
  • Brunei;
  • Burkina Faso;
  • Cabo Verde;
  • Camarões;
  • Camboja;
  • Cazaquistão;
  • Chade;
  • China (exceto Hong Kong e Macau);
  • Cingapura;
  • Colômbia;
  • Coreia do Norte;
  • Costa Rica;
  • Cuba;
  • Curaçao;
  • Djibuti;
  • Dominica;
  • Egito;
  • El Salvador;
  • Equador;
  • Eritreia;
  • Etiópia;
  • Fiji;
  • Filipinas;
  • Gâmbia;
  • Granada;
  • Guadalupe;
  • Guatemala;
  • Guiné;
  • Guiné Equatorial;
  • Guiana;
  • Haiti;
  • Honduras;
  • Ilhas Pitcairn;
  • Ilhas Salomão;
  • Indonésia;
  • Irã;
  • Iraque;
  • Jamaica;
  • Jordânia;
  • Laos;
  • Lesoto;
  • Líbia;
  • Madagascar;
  • Malawi;
  • Malásia;
  • Maldivas;
  • Malta;
  • Martinica;
  • Mauritânia;
  • Maurício;
  • Mayotte;
  • Montserrat;
  • Moçambique;
  • Myanmar;
  • Namíbia;
  • Nauru;
  • Nepal;
  • Nicarágua;
  • Nova Caledônia;
  • Nigéria;
  • Niue;
  • Omã;
  • Panamá;
  • Paquistão;
  • Paraguai;
  • Polinésia Francesa;
  • Quênia;
  • Quirguistão;
  • Kiribati;
  • Reunião;
  • Ruanda;
  • São Bartolomeu;
  • São Cristóvão e Névis;
  • Santa Lúcia;
  • Saint Martin/Sint Maarten;
  • São Vicente e Granadinas;
  • Samoa;
  • São Tomé e Príncipe;
  • Santa Helena,;
  • Senegal;
  • Seychelles;
  • Somália;
  • Sri Lanka;
  • Sudão;
  • Suriname;
  • Suazilândia;
  • Tailândia;
  • Timor-Leste;
  • Trinidad e Tobago;
  • Tristan da Cunha;
  • Tanzânia;
  • Uganda;
  • Vietnã;
  • Wallis e Futuna;
  • Zâmbia;
  • Zimbábue.

Países que exigem o CIVP de todos os viajantes

  • Angola;
  • Burundi;
  • República Centro-Africana;
  • Congo;
  • Costa do Marfim;
  • República Democrática do Congo (ex-Zaire);
  • Guiana Francesa;
  • Gabão;
  • Gana;
  • Guiné-Bissau;
  • Índia;
  • Libéria;
  • Mali;
  • Níger;
  • Serra Leoa;
  • Suriname;
  • Togo.

Quem não pode tomar a vacina da febre amarela?

Ainda que seja segura e eficiente, a vacina contra a febre amarela deve ser evitada por alguns grupo. Nesses casos, a orientação para a prevenção é evitar picadas de mosquitos através do uso de camisas de manga comprida e calças compridas, mosquiteiros e repelentes.Confira quais são esses grupos de risco:

Imunossupressão

A principal contraindicação é para pessoas que estejam com o sistema imunológico comprometido, seja por razão de alguma doença, como a AIDS, doenças autoimunes e doença de Addison, ou então pelo uso de medicamentos imunossupressores, como os corticóides em altas dosagens ou os quimioterápicos.Isso porque, como a vacina da febre amarela é uma vacina atenuada, isto é, tem seu poder infeccioso diminuído, ela ainda tem chances, mesmo que muito pequenas, de levar a uma futura infecção pelo vírus da febre amarela.Em pacientes normais, essas chances são irrisórias, quase nulas. Já pacientes com o sistema imunológico enfraquecido estão mais sujeitos à desenvolver o vírus.

Gestantes e lactantes

Mulheres grávidas não devem receber a vacina, pois ela pode trazer sérias complicações para o desenvolvimento do sistema neurológico do bebê.Mães que amamentam suas crianças com menos de 6 meses de idade também não devem receber a vacina, a não ser em situações muito específicas, uma vez que, depois de recebida a dose, a mamãe deve ficar 10 dias sem amamentar.

Alergia grave ao ovo

Pessoas que possuem alergia ao ovo não devem tomar a vacina porque o vírus é cultivado em ovos embrionados de galinha.

Bebês com menos de 6 meses de idade

O vírus enfraquecido da vacina pode trazer problemas neurológicos para os bebês pequenos.

Idosos

Por mais que os riscos não sejam tão grandes, os idosos, assim como os bebês, costumam ter o sistema imune mais frágil, sendo recomendado que se pense duas vezes antes de tomar a vacina.

Riscos

Os riscos relacionados à vacina da febre amarela são baixos e envolvem o desenvolvimento da febre amarela, na maior parte dos casos.Para se ter uma ideia da segurança da vacina, números do Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, do Ministério da Saúde, coletados entre 2001 e 2003, mostram que houve apenas 7,6 casos de reações adversas causadas pela vacina registrados a cada 1 milhão de doses aplicadas.Além disso, o consenso entre os especialistas é de que o risco médio de complicações causadas pela vacina seja de 3 a cada 1 milhão de doses aplicadas, ou então 0,3 a cada 100 mil.Para as pessoas às quais a vacina é indicada, não existem chances relevantes da vacina gerar problemas e ela pode ser considerada completamente segura.

Reações da vacina contra febre amarela

A vacina contra a febre amarela pode ter uma série de efeitos colaterais, porém eles são extremamente raros. Somente cerca de 5% das pessoas que tomam a vacina acabam desenvolvendo algum efeito colateral.Eles normalmente começam a ocorrer entre 5 a 10 dias depois da vacinação. Sintomas como febre, dor de cabeça ou reações no local da aplicação são raros, mas podem acontecer.Uma reação alérgica grave após a vacinação, por exemplo, ocorre aproximadamente em 1 a cada 130 mil doses, enquanto uma reação no sistema nervoso central, chamada encefalite, ocorre em 1 a cada 250 mil doses, em média.Confira a seguir os efeitos colaterais que a vacina pode causar:

Reações brandas

Uma pequena parcela das pessoas que se vacinarem vão sentir alguns efeitos colaterais brandos, que normalmente aparecem por volta de 5 dias depois da vacinação e desaparecem naturalmente, como:
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Dor no local da aplicação;
  • Inchaço, manchas e vermelhidão no local da aplicação.
Os efeitos de dor de cabeça, mal estar e febre não costumam durar mais de 3 dias. No caso de surgirem dúvidas, entretanto, volte ao local da vacinação para averiguar as causas desses problemas.

Reações graves

Os efeitos colaterais graves são ainda mais raros! Na dúvida, entretanto, sempre contate o seu médico.Dentre os principais efeitos colaterais graves estão:

Reação alérgica grave

Ocorre em pessoas que possuem alergia à ovo, pois a vacina é cultivada na clara desse alimento. Ela é muito rara e acontece em 1 a cada 131 mil doses.

Reações no sistema nervoso central

Também muito rara, essa reação pode ocorrer 1 a cada 250 mil doses.

Comprometimento múltiplo de órgãos com o vírus da febre amarela

Ainda mais raro, esse efeito colateral pode ser constatado aproximadamente em 1 caso a cada 300 mil doses. Em pessoas acima de 60 anos, entretanto, esse número cai e afeta cerca de 1 a cada 50 mil doses.

Mortes por reação da vacina

Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, foram registrados apenas 3 casos de morte causada por reação adversa à vacina num período de 1 ano, entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018.Os pacientes que foram à óbito, segundo a instituição, não apresentavam indícios de doenças prévias e eram adultos menores de 60 anos.A vacina só leva à morte quando o corpo não consegue conter a multiplicação do vírus atenuado que foi injetado pela vacina, fazendo com que ele comece a atacar o organismo do paciente.Isso pode levar à doença viscerotrópica, que é quando a vacinação provoca uma disfunção em múltiplos órgãos. Essas reações podem evoluir para insuficiência hepática e cardíaca, provocar problemas de coagulação, levar à hepatite fulminante e, posteriormente, à morte.Esse tipo de problema tende a acontecer muito mais em pessoas imunossuprimidas ou imunodepressivas, entretanto, não é possível dizer que pacientes completamente saudáveis não podem sofrer esse tipo de complicação.Cerca de metade das pessoas que desenvolve a febre amarela em estágios graves não sobrevive.

Interação medicamentosa

Quimicamente falando, não existe interação medicamentosa com a vacina. Ela não interage diretamente com nenhum medicamento.Entretanto pessoas que tomam medicamentos imunossupressores não devem tomar a vacina, pois uma imunidade baixa pode favorecer o surgimento de efeitos colaterais perigosos que podem, inclusive, levar à morte.Apesar de não haver, quimicamente, interações medicamentosas, é de extrema importância que você consulte um médico antes de tomar a vacina e conte para ele sobre todos os medicamentos dos quais você tem feito uso para garantir que a vacina é segura para você.

Preço: quanto custa a vacina contra a febre amarela?

A vacina da febre amarela é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser tomada de graça em postos de saúde espalhados pelos municípios ao redor do Brasil. Para aqueles que não querem usar o Sistema Único, ela pode ser comprada em clínicas privadas com seu preço variando entre R$100 e R$180.

Perguntas frequentes

Se eu perdi o meu cartão de vacinação e não lembro se tomei a vacina, devo tomar mais uma dose?

Caso você tenha perdido o seu cartão de vacinação e não se lembre se tomou ou não as doses da vacinas, deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico.Se isso não for possível, a recomendação é que você faça a vacinação normalmente.

O que acontece se muitas pessoas decidirem tomar a vacina sem necessidade?

Individualmente, não existem grandes implicações ao tomar a vacina. Como dito anteriormente, os riscos envolvendo a vacinação são baixos.Entretanto, se as pessoas começarem a se deslocar em massa à procura da vacina, pode acontecer dos estoques da vacina diminuírem, fazendo com que pessoas que realmente precisam da vacina fiquem sem ela.Portanto, se você não mora numa região de risco e nem pretende viajar para nenhuma, não tome a vacina. Não há motivos para você se preocupar com isso no momento.

Doadores de sangue podem tomar a vacina?

Sim e não. Calma! É simples. Pessoas que pretendem doar sangue, na realidade, devem esperar 30 dias após a vacinação para realizar o procedimento.Esse tempo de espera serve para evitar que o vírus vivo inoculado, que circula na corrente sanguínea do doador por semanas após a vacinação, acabe em um paciente que esteja com o sistema imunológico comprometido, causando reações adversas.É uma ação de prevenção que faz parte dos protocolos internacionais e serve para garantir a integridade de pacientes em situação de risco.

Posso beber logo depois de me vacinar?

Sim! Não existem problemas em associar o consumo de álcool à vacina.

Existe interação medicamentosa?

Não há nenhum problema de interação medicamentosa entre a vacina e outros medicamentos, portanto você pode tomar sim qualquer tipo de medicamento depois.

É preciso evitar fazer movimentos bruscos com o braço após a vacinação?

Não deve haver nenhuma preocupação com os movimentos após a vacinação.

Quem contrai febre amarela obrigatoriamente fica com icterícia?

Não necessariamente. Existem formas mais brandas da doença que não causam icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos).

Pessoas que estiveram doentes há pouco tempo podem tomar?

Para pessoas que estiveram doentes há pouco tempo, é necessário fazer a avaliação médica.

Existe alguma relação entre as mudanças climáticas (vulgo “aquecimento global”) e o retorno da febre amarela?

Não se pode culpar as mudanças climáticas pelo reaparecimento da doença. Entretanto, quando há o aumento da temperatura e da quantidade de chuvas, a população dos mosquitos transmissores da doença tende a aumentar também.

Existe a necessidade de algum jejum para tomar a vacina?

Não. Não existe qualquer necessidade de jejuar antes de tomar a vacina.

Qual é a chance de uma pessoa contaminada morrer?

Se considerarmos a forma grave da doença, as chances são bem altas, chegando até 90%.Entretanto, considerando que a doença possui formas mais brandas, podemos dizer que o índice de mortalidade fica entre 20% e 50% entre as pessoas que desenvolver o tipo grave da doença.

Quanto tempo dura a vacina contra febre amarela?

Uma única dose padrão da vacina da febre amarela é suficiente para deixar a pessoa imune para o resto da vida. Pessoas que tomaram a dose fracionada estão imunes por 8 anos, devendo tomar a dose padrão para ficar imunes.
Apesar dos riscos baixos, a vacina contra a febre amarela não deve ser tomada por todas as pessoas. Não só porque certos grupos são mais sensíveis aos seus efeitos, mas porque é bom manter os estoques da vacina em dia para evitar casos de epidemia.E você? Já tomou a vacina contra a febre amarela? Conte-nos como foi nos comentários!Publicado originalmente em: 23/01/2018 | Última atualização: 25/01/2019

Fontes consultadas

Karina Lorena Meira Fernandes Chiuratto (CFR-PR 26256), graduação em Farmácia pela PUCPR (2013) e mestrado em Bioquímica pela UFPR (2016). Gestora da Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas, LABCEN (2016) e fundadora da Vacynare.
Imagem do profissional Karina Chiuratto
Este artigo foi escrito por:

Me. Karina Chiuratto

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