Provavelmente você já ouviu falar na Taurina, principalmente se já parou para ler o rótulo de algum energético (um dos produtos mais conhecidos que contêm a substância).
Sendo assim, podemos dizer que é um ingrediente presente na rotina de muitas pessoas e, assim, bastante popular. Pensando nisso, separamos informações sobre o que é a taurina, quais seus benefícios, origem, possíveis malefícios, entre outras curiosidades. Confira:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A taurina é um aminoácido que está presente em abundância no corpo humano — apesar de não ser um dos mais importantes para o organismo. Sua sintetização ocorre, principalmente, no fígado e no sistema nervoso central (SNC). Além disso, ela pode ser encontrada especialmente no coração, músculos, retina e cérebro.
A substância taurina foi isolada pela primeira vez durante o século XIX. Inicialmente, era obtida através da bílis e do sêmen de bois. Felizmente, na atualidade é obtida por processos laboratoriais e sem crueldade.
Mas é possível obtê-la por meio de uma dieta balanceada. Para isso, basta fazer o consumo de alimentos como carnes (de porco, frango, bovina ou frutos do mar).
Ah, apesar dos inúmeros benefícios presentes nos vegetais, no caso da taurina, eles não são uma boa escolha, pois contêm baixíssimos níveis da substância.
Mas outra fonte bastante conhecida da taurina são os energéticos — que devem conter, no máximo, 400mg da substância a cada 100mL da bebida.
Dentre as funções dela, está o auxílio a processos biológicos, tais como a conjugação dos ácidos biliares, manutenção do cálcio e osmorregulação. Em alguns casos, também pode ter um efeito protetor contra distúrbios cardiovasculares agudos, além de ação antioxidante no organismo.
A taurina é, como mencionado no tópico anterior, comumente consumida por meio do uso de bebidas energéticas. E ela está lá porque, na dose certa, essa substância pode sim apresentar benefícios para a saúde (principalmente se consumida através de alimentos ou suplementação). Confira alguns:
Além desses, há estudos sendo desenvolvidos a fim de comprovar os benefícios da taurina para o tratamento de distúrbios como epilepsia, insuficiência cardíaca, fibrose cística e alzheimer.
A taurina é uma substância sintetizada no fígado e no cérebro a partir da metionina e cisteína (aminoácidos compõem proteínas), juntamente à vitamina B6 — que ajuda no metabolismo das proteínas. Ela atua, principalmente, auxiliando as funções hepáticas.
A nutricionista Carolina Lane Alves Faria explica que “a taurina é um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano. É encontrado principalmente no coração, sistema nervoso central (SNC) e nos músculos”.
Ela menciona, ainda, que “no SNC ela (a taurina) exerce funções neuronais importantes, como neuroprotetor, regulador da excitabilidade (capacidade de reagir a estímulos) neuronal, formação da memória e anticonvulsivante, melhorando o desenvolvimento do sistema nervoso central”.
Não. Por se tratar de uma substância natural, não há comprovações de que a taurina possa fazer mal ao organismo ou ter algum nível toxicidade.
Entretanto, vale destacar que tudo em excesso pode fazer mal, de forma que é necessário sempre realizar o consumo de acordo com as doses diárias indicadas (máximo de 3g diárias). Além disso, crianças, gestantes e idosos precisam de atenção redobrada e só devem ingerir a taurina com orientação médica.
Originalmente, a taurina era obtida de maneira unânime dos testículos, urina, secreção biliar e sêmen de bois/touros.
Esse processo, além de toda a crueldade animal, também é extremamente caro. Não há registros oficiais que garantam que ele deixou de ser realizado. Entretanto, hoje a ciência já tem acesso a técnicas de sintetização em laboratório, tornando a via de obtenção inicial bastante rara — se não, extinta.
Assim, permite-se o uso da substância mas sem altos custos e, principalmente, livre de crueldade animal.
Vale destacar que há diferentes formas de encontrar a taurina para consumo. As principais formas são através da alimentação — dando preferência ao consumo de carnes (bovina, suína, aves ou frutos do mar).
Ou, ainda, em suplementos que contenham a substância (podendo ser em pó ou cápsula) e também por meio de energéticos, o que já é o consumo mais tradicional da taurina. Lembrando sempre de buscar orientações médicas ou nutricionais para fazer um consumo seguro.
Quando a taurina é consumida por meio de bebidas energéticas, geralmente há uma quantidade de 750mg a 1.000mg por porção. Já quando encontrada em cápsulas, pode variar entre 500mg e, algumas vezes, até superar os 1000mg.
Em uma dieta normal, o consumo de taurina fica entre 40mg a — no máximo — 400mg por dia.
Entretanto, o consumo seguro da substância pode chegar até 3g por dia, mantendo seus efeitos ergogênicos (estimulantes) sem causar reações adversas.
Em geral, a taurina do energético é produzida a partir de processos químicos. Sendo assim, essa substância é sintetizada em laboratórios.
Após realizada essa sintetização, a taurina é utilizada como um dos ingredientes principais de muitas bebidas energéticas. Além disso, essa mesma substância sintética é utilizada em alguns cosméticos, rações para gatos e até em soluções para lente de contato.
Sim. Primeiramente, voltamos à regra de que tudo em excesso pode fazer mal ao organismo, por isso, o mesmo se aplica ao consumo de energéticos.
A taurina e cafeína são substâncias que agem como estimulantes ao cérebro, mantendo-o em constante estado de alerta, aumentando os níveis de atenção e concentração. Além disso, diminuem a fadiga mental e a perceção do cansaço.
Sendo assim, quando consumidas em excesso, essas substâncias podem causar danos devido suas ações altamente estimulantes. Alguns exemplos são problemas como tremores musculares, gastrite, erosão dentária, insônia e até AVC ou infarto.
A taurina pode ser muito benéfica à saúde, de forma que seu consumo através de suplementação pode ser, muitas vezes, indicado por especialistas.
De forma geral, o consumo é de 1 cápsula 2 vezes ao dia. Mas é imprescindível seguir a recomendação do(a) profissional responsável pelo seu caso.
Essas orientações são para a suplementação (em pó ou em cápsulas). Para o consumo da taurina através de energéticos não há uma recomendação prévia, basta consumir de acordo com a quantidade diária segura e evitar ingerir durante a noite — pois os altos níveis de substâncias estimulantes podem causar insônia.
Não há estudos que atestem malefícios da taurina para ansiedade. Em contrapartida, há pesquisas relacionadas aos possíveis benefícios da substância para esses casos.
A nutricionista Carolina Lane Alves Faria explica que a perspectiva farmacológica para esse uso se baseia no possível efeito antidepressivo e ansiolítico da taurina.
Segundo ela, “tal efeito pode ser obtido pelo fato da L-Taurina interagir com receptores GABA (ácido gama-aminobutírico) — um neurotransmissor que promove o relaxamento e a calma no nosso corpo”.
Por fim, ela ainda explica que “a Taurina atua desacelerando a atividade cerebral”, mas que “vale ressaltar que pouco se conhece sobre esses efeitos em humanos e acredita-se que o efeito ansiolítico seja obtido com o uso de doses baixas de taurina (inferior a 250mg)”.
Sendo assim, em casos de tratamentos para ansiedade, é necessário buscar orientação médica para realizar usos seguros de taurina ou qualquer outra substância.
O preço* da taurina varia conforme sua versão — considerando que o mais comum é consumir energéticos ou suplementos em cápsula. Alguns exemplos são:
*Preços consultados em março de 2020. Os valores podem sofrer alteração.
Você pode comprar produtos à base de taurina, ou a substância propriamente dita, em casas de produtos naturais e em alguns sites — como o Consulta Remédios.
Muitas vezes não temos ideia da ação de algumas substâncias em nosso corpo, mesmo aquelas que por vezes ingerimos diariamente. Pode ser que esse seja o caso da Taurina para você.
Gostou de saber mais sobre como essa substância age no organismo, seus benefícios e riscos? Então continue acompanhando o Minuto Saudável para mais conteúdos como esse!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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