Na hora de escolher o remédio para refluxo, é importante buscar orientação médica e farmacêutica para não acabar piorando o problema. Para te ajudar, explicamos um pouco melhor sobre a condição e quando o medicamento se torna necessário!
O refluxo é uma condição comum, que, na maioria dos casos, não gera grandes problemas, pois ocorre de forma isolada. Mas se a frequência for alta, esse incômodo pode se tornar um problema de saúde. Em resumo, ele ocorre quando há um retorno do conteúdo estomacal para o esôfago, podendo chegar à garganta. Contudo, com o tempo, as mucosas podem sofrer agressões devido à acidez do suco gástrico.
Excesso de peso, tabagismo, consumo exagerado de álcool, presença de hérnia no sistema digestivo, gravidez, má alimentação e estresse são os principais fatores de risco para que o refluxo aconteça.
Você pode entender melhor sobre a condição em: O que é refluxo? Diferenças entre o digestivo e no coração.
Entre os sintomas mais relatados pelos paciente estão:
O Consenso Brasileiro da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) considera como portador de refluxo o paciente que tem uma dessas manifestações por, no mínimo, duas vezes por semana durante 4 semanas.
Para amenizar o refluxo, deve-se evitar alimentos gordurosos ou que tenham cafeína, álcool, pimenta, menta e hortelã, além de não consumir bebidas gasosas (como refrigerantes). Remédios antiácidos podem ser utilizados para aliviar os sintomas causados pelo refluxo, já que seu efeito neutraliza a acidez estomacal, reduzindo a queimação.
Os mais utilizados são os que contêm hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e carbonato de cálcio em sua composição. Outros medicamentos (Eno, Estomazil, Engov) que aliviam e combatem os sintomas também pode ser utilizados.
Entretanto, esses medicamentos podem provocar o “efeito rebote”, fazendo com que haja uma piora posterior dos sintomas. Ou seja, a utilização frequente deles, apenas amenizando os sintomas, pode provocar o aumento da acidez estomacal, o que agrava os sintomas.
Para evitar o efeito rebote e outras complicações, evite a automedicação. Sempre consulte um médico ou farmacêutico antes de ingerir qualquer remédio para refluxo ou outra doença/sintoma.
O refluxo na garganta apresenta sintomas como rouquidão, mau hálito, dor local e tosse seca.
Existem três tipos de remédio para refluxo nesse caso:
A grande maioria dos remédios é em comprimido que deve ser engolido inteiro, ou seja, sem mastigar ou quebrar. Quanto aos que são pastilhas antiácidas, a maioria deve ser mastigada ou dissolvida na boca.
Existem também opções em gotas (geralmente ministradas para as crianças) e injetável (que deve ser aplicado por um profissional da saúde).
Mas de maneira geral, a lista mais comum de remédio para refluxo é a seguinte:
O Omeprazol é um medicamento bastante popular, indicado para o tratamento de úlceras pépticas benignas, hiperacidez gástrica e prevenção do retorno dessas condições. Sua apresentação é em comprimidos, sendo um agente inibidor da bomba de prótons. A dosagem depende da orientação médica, mas a orientação é que seu uso seja feito antes do café da manhã.
A Ranitidina é um medicamento em comprimidos indicado sobretudo para tratar úlceras no estômago ou duodeno e problemas relacionados ao refluxo. A substância ranitidina reduz a quantidade de ácido que é produzida no estômago, reduzindo a irritação e os sintomas decorrentes.
O comprimido deve ser engolido inteiro, com água. A dosagem deve sempre ser orientada pelo médico ou médica, mas, em geral, o medicamento pode ser usado uma vez ao dia, preferencialmente à noite, ou ainda de 2 a 3 vezes ao dia, conforme a necessidade.
Dexilant é um fármaco (em comprimido) indicado para adultos (com mais de 18 anos), que combate a azia, a queimação e o gosto azedo causado pelo refluxo. Esse medicamento é indicado por reduzir a acidez no estômago e a posologia varia conforme o histórico médico e a gravidade de cada caso.
Pessoas que têm problemas no fígado, osteoporose, gestantes e lactantes não podem consumir esse remédio, que faz parte da categoria dos inibidores da bomba de prótons.
O Bromoprida pode ser encontrado em várias formas: comprimidos, injeções e gotas. Sendo que a posologia de cada apresentação pode ser prescrita por um (a) médico (a) conforme a necessidade de cada paciente. Pessoas com epilepsia e bebês com menos de 1 ano não podem ingerir esse fármaco, por ser um antagonista de receptor de D2 (dopamina).
O Lansoprazol é indicado para auxiliar a cicatrização das feridas no sistema digestivo que são causadas pelo ácido da regurgitação. Em suma, esse remédio leva, em média, 2 horas para agir e seu efeito dura quase 24 horas, já que é um dos inibidores da bomba de prótons e proporciona uma diminuição prolongada da acidez no estômago.
Consumidores frequentes de álcool e pessoas com problemas no fígado devem informar essas condições ao médico antes de tomar Lansoprazol.
Luftagastropo é um remédio antiácido que impede o refluxo durante 4 horas, aliviando os sintomas. É comercializado em frascos ou em sachês (ambos em líquido) e forma um gel quando chega ao estômago, por isso, começa a fazer efeito em 15 segundos após a ingestão.
Entretanto, crianças (com menos de 12 anos) e pessoas com problemas renais não podem tomar esse medicamento a não ser sob orientação médica.
Outro remédio para refluxo é a magnésia bisurada, que alivia a queimação, a azia e a dor cusada pelo quadro. Crianças, pessoas com problemas renais e de cálcio podem tomar esse remédio antiácido somente sob orientação médica.
Sua apresentação é em pastilhas (que devem ser mastigadas ou dissolvidas), que não precisam ser ingeridas com água. Porém, deve-se consumir, no máximo, 10 pastilhas por dia com intervalos mínimos de 1 hora.
Droxaíne contém substâncias que neutralizam os ácidos formados pelo estômago. Dessa forma, pode combater os sintomas do refluxo (dor, queimação e azia). Além disso, o medicamento auxilia na redução da dor devido à presença de uma substância anestésica em sua composição.
Esse medicamento antiácido não pode ser usado por crianças, gestantes, lactantes, pessoas com complicações renais ou suspeitas de apendicite, salvo se for sob recomendação médica.
Os refluxos em bebês são comuns, mas a maioria dos remédios para combater essa condição e seus sintomas tem restrições de idade, não sendo indicados para recém-nascidos e bebês com menos de 1 ano. Por isso, em caso de dúvidas, leve o (a) bebê ao pediatra, que poderá avaliar e receitar o melhor remédio para refluxo.
Em geral, a condição é comum, já que o sistema digestivo deles ainda está se acostumando a digerir o leite. Por isso, não deve ser motivo de preocupação se ocorre após a mamada ou com frequência baixa.
Por outro lado, se for frequente, prolongando-se após a mamada, ou for acompanhado de sintomas como regurgitação, irritação, choro e recusa em mamar, pode atrapalhar o desenvolvimento do bebê. Portanto, caso o refluxo seja persistente ou acompanhado de outros sintomas, é preciso avaliação médica.
Deve-se tentar evitar o refluxo antes que o mesmo aconteça. Por isso, evite balançar o bebê durante a amamentação, faça-o arrotar depois de mamar e deite-o de barriga para cima.
Embora não tenham sua eficiência comprovada pelos cientistas, alguns remédios caseiros (como chás e sucos) podem melhorar os sintomas do refluxo. Alguns ingredientes comuns (por exemplo, limão e gengibre) também podem ser acrescentados para combater esse problema no dia a dia. Confira algumas opções:
Tome entre 2 a 3 xícaras de chá de camomila por dia. Essa planta ajuda a acalmar o estômago e a controlar a digestão naturalmente.
O gengibre acelera a digestão fazendo com que a comida fique menos tempo no estômago. Por isso, ele pode ser consumido com frequência pelas pessoas que têm problemas de refluxo.
Se a temperatura estiver alta, coloque algumas lascas de gengibre dentro de uma garrafinha com água e consuma essa bebida ao longo do dia. Já se os termômetros estiverem mais baixos, pode-se fazer chá com a raiz ou ainda acrescentá-la em pratos quentes.
Assim como o gengibre, o limão pode ser utilizado de várias formas: sucos, temperos e preparos de vários pratos podem incluir a fruta.
Há quem consuma a fruta para auxiliar na produção e regulação do suco gástrico, mas nem sempre essa receita pode ajudar. Sua acidez pode aumentar a irritação nas áreas que já foram agredidas pelo refluxo.
Por isso, a regra que prevalece é perceber se há pioras dos sintomas com o consumo da fruta. Caso não haja, colocá-la na dieta está permitido.
A maçã ajuda a neutralizar os ácidos do estômago, o que contribui para diminuir os desconfortos estomacais causados pelo refluxo. Por isso, coma de 1 a 2 unidades da fruta todos os dias, principalmente depois das refeições mais pesadas (almoço e jantar).
A Aloe Vera melhora a flora intestinal e ajuda na desintoxicação e a circulação de sangue. Ela contém vitaminas (B e C), ferro, cobre, cálcio, potássio e manganês que atuam para aliviar a dor e a queimação causadas pelo refluxo.
Sempre que possível, consuma esse ingrediente. Beber dois copos de suco de Aloe Vera todos os dias, também combate o refluxo.
O refluxo é uma complicação que pode apresentar sinais como ardência e queimação. Cuidar da alimentação e mudar os hábitos comportamentais (tabagismo e sedentarismo, por exemplo) são medidas indicadas para combater o refluxo.
Mas, em alguns casos, os medicamentos podem ser necessários para trazer alívio aos sintomas. Sempre evite a automedicação. Antes de consumir qualquer fármaco, consulte um (a) profissional da saúde.
No Minuto Saudável você encontra muitos conteúdos sobre remédios, saúde, beleza e bem-estar. Confira nossas postagens!!!
Dra. Francielle Mathias
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.