O parto é um momento bastante aguardado pela mãe. São alguns meses até conhecer o rostinho do bebê e esse processo é cheio de descobertas e vivências novas. Em geral, fala-se que o tempo normal e adequado de gestação deve ser de 40 semanas, ou seja, 9 meses.
Apesar de não ser tão exato assim, podendo variar um pouco para mais ou para menos, esse tempo é bastante importante para a criança nascer saudável. Assim, entre as 38 e 42 semanas, a gestação ainda está dentro do tempo saudável.
O parto prematuro, ou seja, nascer antes de 38 semanas, pode fazer com que o bebê necessite de alguns cuidados especiais, além de trazer riscos à sua saúde e desenvolvimento.
O parto prematuro acontece quando o bebê nasce antes de 37 semanas, segundo a Organização Mundial de Saúde. O quadro merece atenção, pois a criança ainda não completou todo o desenvolvimento, podendo estar mais vulnerável.
Na Classificação Internacional de Doenças (CID), o trabalho de parto que começa antes de 37 semanas é classificada pelo código 60.0 — Trabalho de parto pré-termo sem parto. Mas, nesse caso, não ocorre o nascimento.
Se a criança nascer prematura, o código usado é 60.1 — Trabalho de parto pré-termo com parto pré-termo.
Leia mais: Quais são os sintomas de parto na 37° semana de gestação?
Há alguns fatores que podem estar associados ao parto prematuro e favorecer o nascimento precoce do bebê.
A mãe pode sofrer com quadros de infecção durante a gestação (como a urinária ou respiratória), o descolamento da placenta, a pré-eclâmpsia (pressão alta durante a gravidez) ou quadros de diabetes gestacional podem estar envolvidos.
Além disso, comportamentos e hábitos, como o tabagismo, podem favorecer o parto prematuro, mães que já tiveram parto prematuro anteriormente, gestação de múltiplos e irregularidades congênitas podem ter relação.
Com a reta final da gestação, o útero está preparando-se para o momento do parto, mesmo que ainda faltem algumas semanas. Com o início do terceiro trimestre, muitas mulheres começam a sentir as contrações de Braxton Hicks, que são um treinamento para as verdadeiras contrações.
Elas não devem causar medo ou preocupação na mãe, pois são normais. Mas em casos de parto prematuro, as contrações também ocorrem, mas de forma intensa e, geralmente, mais dolorida.
É sobretudo a frequência e a intensidade dessas dores que indicam um nascimento antes do tempo. Elas são mais intensas e se repetem a cada 5 a 8 minutos. Além disso, podem surgir:
Se houver presença de sangue, corrimento rosado ou marrom intenso ou líquido aquoso, junto com os sintomas acima, é necessário buscar auxílio emergencial.
As mães podem ter contrações de treinamento desde o início do terceiro trimestre. Diferenciá-las das contrações verdadeiras pode ser determinante para perceber a antecipação do parto.
Para identificá-la corretamente é importante observar a intensidade e duração do quadro. Em geral, a mulher deve apresentar atividade uterina, ou seja, contração, com frequência de 5 a 8 minutos. Elas duram pelo menos 20 segundos e devem ocorrer por pelos menos 30 minutos.
Se o trabalho de parto iniciar de modo prematuro, é necessário que a mãe seja imediatamente atendida pelo médico ou médica obstetra, que indicará medidas para impedir ou retardar o nascimento.
Em geral, a internação é necessária para que a mãe seja devidamente acompanhada. Os cuidados hospitalares incluem manter uma boa hidratação, podendo ser por soro, e repouso.
Dependendo do quadro, podem ser administrados medicamentos que retardam o trabalho de parto. No entanto, somente o médico ou médica poderá avaliar as necessidades, pois alguns dos medicamentos podem trazer efeitos colaterais ou terem contraindicações.
Entre as substâncias que podem ser administradas na mulher estão:
Muitas vezes, o parto prematuro tem relação com fatores genéticos ou patológicos da mulher. Mas manter hábitos saudáveis e cuidados, além do pré-natal adequadamente, pode reduzir os riscos sobretudo para as mães que têm predisposição.
Por isso, além de fazer o acompanhamento médico adequado e seguir as orientações, a mulher deve dar atenção à:
Manter o organismo bem hidratado, com o consumo de água e sucos naturais é bastante importante para diminuir o risco do parto prematuro.
Ter uma boa alimentação é fundamental em todas as fases da vida. Mulheres que se alimentam corretamente, ingerindo alimentos nutritivos e naturais, contribuem para o fortalecimento da própria saúde e a do bebê também.
Reduzir o consumo de industrializados e fazer acompanhamento nutricional é uma boa maneira de favorecer o ganho de peso adequado — lembrando que o excesso ou o baixo peso podem ser fatores que favorecem o nascimento prematuro do bebê.
Manter hábitos adequados de higiene e cuidados com a alimentação auxiliam a imunidade e são importantes para evitar ou reduzir riscos de infecções.
Evitar manter-se perto de pessoas doentes, hospitais ou locais que favoreçam a contaminação por vírus e bactérias também é ideal. Isso porque infecções podem favorecer a ocorrência de partos prematuros.
Vale lembrar que infecções diversas (respiratórias, urinárias, por exemplo) estão associadas ao risco de um nascimento antecipado.
Manter a calma, prezar pela tranquilidade e manter a saúde mental equilibrada são boas formas de reduzir riscos na gravidez. Além disso, reduzir o estresse é uma boa maneira de aproveitar melhor esses meses, curtindo as mudanças que ocorrem no corpo e estreitando os laços com a criança.
Fazer atividades físicas é uma boa maneira de cuidar da saúde em geral. Fazer exercícios orientados pelo médico ou médica é uma boa maneira de manter o organismo saudável e fortalecido, sobretudo durante esses meses de intensas mudanças.
Conversar com o(a) obstetra e descobrir quais os melhor tipos de atividades é o mais adequado para planejar uma rotina ativa.
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O parto prematuro ocorre quando, por algum motivo, o nascimento da criança é antes das 37 semanas de gestação.
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar ou reduzir os riscos da antecipação do trabalho de parto, mas é importante manter o acompanhamento médico durante toda a gestação. Se houver dúvidas ou surgirem sintomas, é sempre necessário buscar orientação médica!
Para saber mais dicas e cuidados sobre gravidez e cuidados na maternidade, continue acompanhando o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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