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Melatonina (hormônio): o que é, pra que serve e como tomar?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 03/04/2018Última atualização: 22/03/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 03/04/2018Última atualização: 22/03/2022
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A melatonina é um hormônio natural produzido pelo organismo que atua, entre outras funções, na regulação do sono e do chamado relógio biológico (que diferencia dia e noite). Porém, sua suplementação exige uma série de cuidados e só deve ser feita sob orientação médica.

Algumas pessoas apresentam deficiências na produção desse hormônio e por isso têm muita dificuldade para pegar no sono. Noites mal dormidas podem afetar o metabolismo, aumentar os níveis de estresse e diminuir a qualidade de vida de quem sofre desse problema.

Por isso, é fundamental procurar atendimento médico para identificar se há algum distúrbio do sono que necessita de tratamento específico ou se simples mudanças de hábitos já são suficientes para regular o sono. 

A seguir, entenda melhor o que é a melatonina, quando é preciso fazer a suplementação, como tomar e quais as contraindicações do uso! 

O que é melatonina?

A melatonina é um hormônio natural produzido na glândula pineal (na região central do cérebro) que é secretada, de maneira geral, à noite (cerca de duas horas antes do horário habitual de dormir)

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em 2021 o uso da melatonina como suplemento alimentar. 

A primeira vez que um registro da melatonina foi feito, foi em 1958 pelo dermatologista norte-americano Aaron Lerner. Nas décadas de 1960 e 1970, a comercialização da substância começou e teve um grande aumento de consumo na década de 1990.

Como melhora a qualidade do sono, muitas pessoas acreditam que a melatonina possui um efeito antienvelhecimento, o que não foi totalmente comprovado cientificamente, mas que explica a popularidade que a substância obteve na década de 90.

Apesar de ainda não ser completamente conhecida, a melatonina pode ser uma boa opção para pessoas que sofrem de distúrbios do sono. Descubra mais sobre a substância no texto a seguir!

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Para que serve?

A melatonina é um hormônio naturalmente produzido pelo organismo e responsável pela regulação do sono. Ela é normalmente indicada para trabalhadores noturnos, que precisam dormir em horários alternativos, ou para quem tem uma rotina fora do comum. Confira as principais indicações:

Insônia

Pessoas que sofrem de insônia podem não estar produzindo uma quantidade suficiente de melatonina. Por isso, esse medicamento pode ser uma indicação para ajudar essas pessoas a dormir melhor.

Doenças que diminuem os níveis de melatonina

A melatonina ainda pode ser indicada para pacientes portadores de doenças que diminuem os níveis de produção desse hormônio, como Alzheimer, Parkinson, autismo e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Pessoas que trabalham em horários alternativos

Quem trabalha de noite e dorme de dia normalmente tem problemas no sono, pois a melatonina é uma substância cuja produção natural é estimulada pela quantidade de luz no ambiente.

Quanto mais luz, menos melatonina é produzida e menos sono a pessoa sente. Daí vem a possível necessidade de suplementação.

Jet lag

Também pode ser usada por pessoas que sofrem com os incômodos do jet lag, condição em que a pessoa fica com o sono desregulado devido à mudanças abruptas no fuso-horário.

Vale ressaltar que uma simples dificuldade para pegar no sono não é suficiente para que a melatonina seja uma indicação para você. O melhor a se fazer é buscar a recomendação de um endocrinologista ou de médicos do sono que possam comprovar alguma deficiência na produção desse hormônio.

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Como atua no organismo?

O nosso organismo possui um “relógio natural” que regula a hora de dormir e a hora de acordar. A substância responsável por fazer esse “relógio” funcionar é a melatonina.

Produzida na glândula pineal, a melatonina age como um neurotransmissor, ou mensageiro químico, que tem como função ativar certas funções cerebrais.

Normalmente, os níveis de melatonina no organismo começam a subir conforme a noite cai e tendem a diminuir assim que o amanhece.

Isso acontece porque a luz é um fator essencial para que a produção de melatonina se dê de forma natural. Por isso, quando é inverno e os dias duram menos tempo, o corpo pode ficar, de certa forma, confuso e aumentar os níveis de melatonina mais tarde ou então mais cedo do que o usual.

A produção natural de melatonina diminui com a idade. Adultos mais velhos podem produzir quantidades menores dessa substância ou até mesmo nem conseguir produzi-las suficientemente. São nesses casos que a suplementação é indicada.

Pessoas que trabalham em turnos diferentes, em que dormem de dia e trabalham a noite, também podem receber a indicação de tomar melatonina para regular os níveis desse hormônio no corpo, afinal, essas pessoas dormem nos momentos em que há mais luz e em que o corpo não produz essa substância naturalmente.

A grande diferença da melatonina para outros remédios para dormir está no fato dela ser produzida naturalmente pelo organismo.

Outros estimulantes do sono podem trazer uma série de problemas, como o desenvolvimento de tolerância ao medicamento, que faz com que eles se tornem cada vez menos eficientes, sendo necessário aumentar a dosagem.

Por isso, a melatonina se mostra como uma alternativa. Mas devemos lembrar, entretanto, que o melhor a ser feito é tomar essa substância de acordo com a orientação médica.

Outras possíveis indicações da melatonina

Ainda não se sabe completamente sobre todas as possíveis ações da melatonina no organismo. Por isso, nos últimos anos, muitas hipóteses têm sido levantadas. Confira algumas delas a seguir:

Melhora a enxaqueca

Alguns estudos têm indicado que a melatonina pode ajudar a tratar a enxaqueca em pacientes que não respondem bem aos tratamentos comuns, que são feitos essencialmente com analgésicos e outras terapias.

Uma curiosidade interessante é que alguns desses estudos têm sido feitos aqui mesmo, no Brasil. Entretanto, ainda não se sabe exatamente os efeitos que ela pode ter. Por isso, ainda não foi adotado um protocolo para o seu uso e mais estudos são necessários.

Potencializa os efeitos da quimioterapia

Recentemente, foram feitos alguns estudos com camundongos que mostraram que a melatonina pode ter um efeito positivo e potencializar a efetividade da quimioterapia no tratamento do câncer.

Ainda não foram realizados testes em humanos, então não se sabe se ela terá o mesmo efeito.

Ajuda na prevenção ao câncer

O sono é um fator de grande importância para regulação do mecanismo de controle de células novas. Em outras palavras, ele ajuda o corpo a verificar se as células novas estão funcionando corretamente.

Por isso, muitos pesquisadores acreditam que a melatonina pode ajudar na prevenção do câncer e do aparecimento de tumores. Testes em humanos ainda estão sendo feitos e ainda serão necessários alguns anos para que tenhamos uma conclusão concreta sobre o assunto.

Tratamento da síndrome dos ovários policísticos

A melatonina é um hormônio muito importante para o organismo, pois, como já vimos, ela influencia a ação de diversos hormônios do corpo, inclusive alguns que estão relacionados à síndrome dos ovários policísticos.

Por essa razão, acredita-se que a melatonina e sua suplementação pode trazer benefícios para o tratamento dessa doença.

Entretanto, as pesquisas atuais não estão focadas em tentar ver a eficácia desse tratamento, mas sim em verificar a interação da melatonina com esses outros hormônios. Ainda serão necessários alguns anos para sabermos se ela pode desempenhar um papel positivo no tratamento da síndrome dos ovários policísticos.

Melhora os sintomas da cólica em bebês

Pesquisas recentes têm evidenciado a importância da melatonina e da serotonina na regulação do intestino. Segundo os especialistas, a serotonina desempenha um papel fundamental na contração das paredes do intestino, enquanto a melatonina auxilia no relaxamento desse órgão.

A ideia de que a melatonina pode ajudar com as cólicas está no fato de os bebês não possuírem uma glândula pineal bem desenvolvida, fazendo com que a produção de melatonina seja deficiente.

Por isso, estuda-se a hipótese de que uma suplementação desse hormônio em recém-nascidos pode ajudar com as cólicas. Infelizmente, ainda não temos conclusões sobre o assunto.

Tratamento para calvície

A calvície, também denominada alopécia androgenética, acontece, essencialmente, por duas razões: a diminuição de células germinativas no bulbo capilar e o estresse oxidativo que age sobre os fios.

Pesquisas recentes têm demonstrado que o uso tópico de melatonina pode ajudar a combater a calvície. Hoje, produtos manipulados com a substância já têm sua venda liberada no Brasil.

Evitar lesões cardiovasculares em pacientes com chagas

Uma pesquisa da USP de Ribeirão Preto vem investigando os possíveis benefícios da melatonina em doses terapêuticas para ajudar a prevenir lesões cardiovasculares em pacientes portadores da doença de chagas.

A doença de chagas tem como uma das suas consequências mais severas o surgimento de lesões no coração. Entretanto, a melatonina induz uma resposta imunológica anti-inflamatória que pode ajudar a proteger o coração dos danos causados pela doença.

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Como tomar?

O modo de se usar a melatonina vai variar de acordo com a indicação do seu médico. Entretanto, podemos dizer que o necessário, normalmente, é ingerir 1 cápsula da substância por volta de 30 minutos antes do horário que você costuma dormir.

Lembrando que a melatonina não induz o sono, mas somente melhora a sua qualidade.

As doses vão variar de 1mg a 5mg de acordo com a indicação para cada paciente. Geralmente, inicia-se o tratamento com doses baixas e ela vai aumentando gradativamente, conforme a necessidade.

Idosos são as pessoas que podem precisar de doses mais altas de melatonina, já que a substância vai parando de ser produzida com a idade. Nesses casos, é possível encontrar cápsulas com doses de até 20mg.

Esse suplemento, porém, só deve ser usado sob orientação médica.

Efeitos colaterais

Apesar da melatonina ter sua eficiência terapêutica comprovada cientificamente, ela ainda é um hormônio que possui muitos efeitos sobre os sistemas endócrino e nervoso central, podendo desencadear efeitos secundários e interagir com outros medicamentos e substâncias.

Como seus efeitos a longo prazo ainda não foram totalmente descobertos, ela deve ser tomada com cautela. Por isso, sua suplementação só é indicada quando existe uma deficiência hormonal dessa substância no organismo.

Caso o problema no sono seja causado por depressão ou ansiedade, a melatonina é contraindicada.

Alguns dos possíveis efeitos colaterais da melatonina incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Sono fragmentado;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Sonolência.

Contraindicações

A melatonina é contraindicada para mulheres grávidas, em fase de amamentação, pessoas com insônia causada por depressão ou ansiedade e para crianças menores de 12 anos de idade.

Interações medicamentosas e alimentícias

A melatonina pode interagir com as seguintes medicações:

Anticoagulantes

Os anticoagulantes podem agir retardando a coagulação. O uso desses medicamentos com a melatonina pode aumentar a possibilidade de hematomas e sangramentos.

Alguns medicamentos que diminuem a coagulação incluem:

Anti-hipertensivos

Os riscos de a pressão arterial aumentar a níveis preocupantes é maior quando o uso de medicamentos anti-hipertensivos é combinado com o consumo de melatonina.

Um anti-hipertensivo que pode ter interação medicamentosa com a melatonina é a nifedipina e o verapamil (Calan, Covera, Isoptin, Veralan).

Depressores do Sistema Nervoso Central (SNC)

A melatonina, por si só, pode causar sonolência e torpor. Quando usado em combinação com sedativos pode potencializar o efeito sedativo.

Confira uma lista com alguns medicamentos depressores do SNC que devem ser evitados quando se faz o uso de melatonina:

Cafeína

Tomar cafeína com suplementos de melatonina pode diminuir o efeito da substância, pois a cafeína reduz os níveis de melatonina no sangue.

Fluvoxamina

A fluvoxamina (Luvox) pode aumentar a absorção de melatonina pelo corpo, potencializando seus efeitos sobre o organismo.

Imunossupressores

O uso concomitante de melatonina com imunossupressores pode diminuir a eficácia desse medicamento.

Tratamentos complementares

Existem outros métodos para melhorar o sono. Entenda:

Meditação

A meditação é um método comprovado para diminuir os níveis de stress e melhorar a vida como um todo. A técnica consiste em focar em algum aspecto para deixar a mente limpa de qualquer pensamento. É uma técnica oriental que tem se mostrado bastante efetiva para melhorar a qualidade de vida.

Uma analogia que pode te ajudar a entender o porquê da meditação ser uma técnica preciosa é a seguinte: imagine um copo cheio de água e areia. Quando agitado, tanto a água quanto a areia se misturam e a água fica turva, sendo difícil observar a água de maneira translúcida dentro do copo.

A técnica da meditação é similar a deixar o copo parado, para que a areia comece a descer e se fixe no fundo do copo, deixando a água livre para se tornar cristalina.

Através dessa técnica, o foco melhora, assim como a paciência, e os níveis de stress e ansiedade diminuem. Dessa forma, você consegue “olhar para o seu interior” com mais facilidade, já que a água está cristalina.

Segundo seus adeptos, a meditação ajuda o indivíduo a ter um melhor entendimento de si mesmo e a resolver problemas pessoais.

Acupuntura

A acupuntura é uma técnica milenar do oriente que consiste na inserção de agulhas especiais em locais específicos do corpo. Ela serve para tratar diversos problemas, como dores no corpo, vícios e o stress.

Alimentação

Apesar de alguns alimentos não serem fontes diretas de melatonina, eles podem ajudar a estimular a produção dessa substância. Confira agora os alimentos ricos na substância e outros que ajudam a estimular sua produção:

Mel

Adicionar um pouquinho de mel ao leite ou chá algumas horas antes de deitar pode te ajudar a dormir melhor, pois essa pequena quantidade de glicose reduz os níveis de orexina, uma neurotransmissor que aumenta os níveis de alerta.

Grãos integrais

Um pedaço de pão ou torrada integral é outra boa opção para melhorar a hora do sono. Os grãos integrais incentivam a produção de insulina, o que ajuda as vias neurais a produzir triptofano, um aminoácido que funciona como um sedativo para o cérebro.

Iogurte

O iogurte contém grandes quantidades de cálcio, que é necessário para o processamento dos hormônios essenciais do sono, como a melatonina e o triptofano.

Folhas verdes

Seu funcionamento é similar ao do iogurte. As grandes quantidades de cálcio vão ajudar o organismo a processar os hormônios do sono.

Ovo

O ovo é uma grande fonte de triptofano, um dos aliados à noites de sono tranquilas. Se você servir com uma xícara de de chá ou com pão integral, seus efeitos serão potencializados.

Aves

Todas as aves contém uma grande quantidade de triptofano. Antes de deitar, se você estiver com fome, incluir um pedaço de frango ou peru fatiado em um sanduíche integral pode ser um aliado de uma boa noite de sono.

Uva

Estudos comprovaram que a uva é uma fruta com altas quantidades de melatonina. Apesar dos estudos terem analisado somente a fruta em si, alguns pesquisadores acreditam que a substância também possa ser encontrada no vinho. Entretanto, cuidado: o álcool pode atrapalhar, e muito, o sono de longa duração.

Cebola

A cebola, além de ser um vegetal rico em nutrientes que contribuem para a saúde, também ajuda a melhorar a produção de melatonina.

Conta com vitaminas, minerais e aminoácidos, cuja absorção facilita a regulação do ritmo circadiano (o ciclo biológico do sono). Seu consumo regular promove a eliminação de toxinas do corpo e também alivia o excesso de inchaço e a retenção de líquidos.

Banana

Comer uma banana antes de ir para cama já é um conhecido bom remédio para tratar da insônia. Isso porque a fruta fornece melatonina, além de ser uma fonte de triptofano e outras vitaminas e minerais essenciais, que ajudam a evitar as cãibras musculares.

Cereja

As cerejas são um dos alimentos mais recomendados para melhorar a qualidade do sono. Elas fornecem vitamina A, C e E, cujos efeitos antioxidantes diminuem a ação negativa do estresse oxidativo.

Nozes

Tanto as nozes quanto outras variedades de oleaginosas contém ácidos graxos essenciais, como o ômega 3, um tipo de gordura que combate a inflamação e outros problemas associados à saúde cardiovascular.

Elas contam com uma modesta dose de melatonina e aminoácidos, que ajudam a melhorar a qualidade do sono.

Entretanto, vale lembrar que a ingestão de calorias que esses alimentos promovem é significativa, não devendo, portanto, ser consumidas de maneira exagerada.

Gengibre

A raiz de gengibre, além de uma especiaria com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, é ideal para minimizar os efeitos dos radicais livres e melhorar a qualidade do sono.

Seus óleos naturais protegem as células contra toxinas e agentes nocivos do meio ambiente. Além disso, promove o aumento da melatonina, o que vai ajudar a melhorar a noite de sono.

Aveia

Considerado o cereal mais completo, a aveia fornece uma grande quantidade de triptofano, um aminoácido que ajuda a estimular a produção de melatonina.

Além disso, dentre seus benefícios, vale destacar:

  • Ajuda a melhorar a digestão;
  • Protege a saúde cardiovascular;
  • Controla a ansiedade;
  • Melhora as funções do Sistema Nervoso Central (SNC);
  • Ajuda a manter um peso saudável.

Abacaxi

O abacaxi é uma das frutas que melhor ajuda a melhorar o ciclo do sono, promovendo uma noite restauradora.

Ela também é indicada para qualquer pessoa que deseje ter um melhor funcionamento do intestino, visto que promove o equilíbrio dos níveis de serotonina e melatonina, substâncias envolvidas no relaxamento do corpo para dormir bem.

Chá de camomila

A camomila é conhecida por ter um efeito calmante. Por isso, ela é uma ótima aliada na hora de dormir. Beber uma xícara de chá sem cafeína antes de dormir pode ser a rotina perfeita para cair no sono com mais facilidade.

Perguntas frequentes

Melatonina induz o sono?

Não! A melatonina somente ajuda a melhorar a qualidade do sono. Trata-se de um hormônio natural produzido pelo corpo que, quando em falta, pode ser suplementado.

A melatonina vicia?

Não. A melatonina não possui qualquer potencial viciante e não cria dependência, já que é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo.

A melatonina fará com que eu me sinta mais cansado pela manhã?

Depende. Se a dosagem de melatonina sendo ingerida for correta para o seu organismo, ela não deve fazer com que você sinta cansaço. Pelo contrário, ela melhora o sono. Entretanto, se as doses forem superiores às indicadas, esse efeito pode surgir.

Crianças podem tomar melatonina?

As crianças, de modo geral, não devem tomar melatonina, pois a infância é a fase da vida em que o corpo produz melatonina com mais facilidade. A única ocasião em que uma criança pode tomar melatonina é se o médico pediatra ou endocrinologista indicar que essa é uma opção correta.

Vale lembrar que o médico só vai indicar o uso de melatonina se a criança tiver algum problema na produção dessa substância, o que é muito raro nessa faixa de idade.

A única exceção para essa regra, entretanto, pode ser crianças que sofrem de autismo e têm dificuldades para dormir. Entenda:

Melatonina emagrece?

É verdade que um sono saudável e regulado ajuda a emagrecer e a manter um peso ideal. Entretanto, não é possível afirmar com grau de confiança razoável que a melatonina ou a suplementação de melatonina ajudam a emagrecer.

Essa hipótese surge na cabeça das pessoas principalmente porque o sono de qualidade ajuda na regulação de hormônios que controlam a saciedade (grelina e leptina). Quando se dorme pouco ou mal, a atuação desses hormônios fica comprometida, fazendo com que a pessoa tenha que comer mais até se sentir satisfeita.

Então é verdade que o bom sono ajuda a controlar o peso e pode ser que a melatonina seja uma aliada nesse processo. Entretanto, a prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada ainda são as melhores e mais eficientes formas de emagrecer.


A melatonina é uma substância relativamente segura, que foi liberada pela Anvisa em 2021, e pode ajudar pessoas que têm deficiência desse hormônio a melhorar o sono e outros problemas relacionados a noites mal dormidas.

Imagem do profissional Francielle Mathias
Este artigo foi escrito por:

Dra. Francielle Mathias

CRF/PR: 24612CompletarLeia mais artigos de Dra. Francielle
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