Saúde

Masturbação (feminina, masculina, infantil, anal): é sexo?

Publicado em: 07/12/2018Última atualização: 13/02/2023
Publicado em: 07/12/2018Última atualização: 13/02/2023
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O que é masturbação?

A masturbação é a estimulação dos órgãos sexuais com o objetivo de prazer sexual. Não é necessário haver um parceiro, mas a atividade não é necessariamente solitária e pode ser realizada em casal com tranquilidade.

Mesmo se for realizada sozinha, é uma prática sexual e pode levar ao orgasmo. Além de prazerosa, ela é uma maneira eficiente de conhecer seu corpo e descobrir aquilo de que você gosta sexualmente.

É perfeitamente normal e frequente, mas não é uma fase obrigatória ou necessária da vida. Existem muitas pessoas que não sentem falta de se masturbar.

Existe muito tabu e mitos em torno da masturbação, em grande parte frutos de uma pressão social para que ela não fosse realizada. Mas se você se masturbar com moderação (excesso de qualquer coisa pode fazer mal), não existem efeitos colaterais ou riscos.

Então não se preocupe. Masturbação não dá pelos nas mãos, nem espinhas.

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é masturbação?
  2. Masturbação é sexo?
  3. Mitos sobre a masturbação
  4. Benefício da masturbação
  5. Masturbação com objetos
  6. Masturbação feminina
  7. Masturbação masculina
  8. Masturbação de casal
  9. Masturbação infantil
  10. Masturbação anal
  11. Masturbação faz mal?
  12. Masturbação na gravidez
  13. Posso perder a virgindade me masturbando?
  14. Masturbação e IST/DST
  15. Masturbação emagrece?
  16. Vício em masturbação
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Masturbação é sexo?

Sim… E não. Depende. As definições de o que é ou não sexo são pouco claras. Entretanto, pode-se dizer que um dos principais fatores é se existe ou não um parceiro.

A masturbação solitária provavelmente não deve ser considerada sexo. Biológica e quimicamente, o cérebro não interpreta a prática da mesma forma justamente porque muitos estímulos estão faltando, como o toque com outra pele ou os estímulos emocionais.

Já a masturbação em casal, assim como o sexo oral, pode sim ser considerada sexo.

Alguns estudos indicam que o contexto e a satisfação sexual é que define se o cérebro considera a masturbação como sexo ou como uma atividade sexual separada. Isso também varia entre homens e mulheres.

O que de fato é considerado sexo é a masturbação em casal.

Homens

Estudos apontam que no caso de homens, existe um fator compensatório. Isso significa que quando um homem está insatisfeito com sua vida sexual, existe uma tendência de ele se masturbar mais.

Entretanto, isso não quer dizer que um homem que se masturba está insatisfeito. É normal que as pessoas utilizem-na de maneira complementar ao sexo, tanto quando estão com parceiros quanto sozinhos.

Mulheres

Já para as mulheres, a masturbação possui um papel mais complementar do que compensatório. Se elas estão satisfeitas com sua vida sexual, existe a tendência de se masturbarem mais, já que a atividade complementa o sexo, não o substitui.

Mas da mesma forma que com os homens, essa variação é pequena e a presença da masturbação não é um indicativo considerável para medir a satisfação sexual.

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Mitos sobre a masturbação

Existem diversos mitos rodeando a masturbação. Grande parte em relação a coincidências, já que várias das coisas “causadas” pela prática aparecem naturalmente durante a adolescência, época em que a masturbação também começa a acontecer.

Masturbação causa acne?

Não, ela não causa acne. A associação existe justamente porque a adolescência é uma época em que muitos hormônios estão começando a agir no corpo, o que aumenta o desejo sexual e causa espinhas. Duas coisas separadas que acontecem ao mesmo tempo e pelo mesmo motivo.

O aumento do desejo sexual costuma ser o motivo para a descoberta da masturbação na adolescência. Como as espinhas também aparecem, as pessoas acreditaram por muito tempo que uma coisa levava a outra.

Mesmo um adolescente que nunca se tocou terá espinhas, que são decorrentes dos hormônios da idade.

Pelo nas mãos

Não, a masturbação não faz pelos crescerem nas mãos. Assim como no caso da acne, a adolescência é uma época em que pelos começam a crescer por todo o corpo, o que pode incluir as mãos, normalmente (mas não apenas) na região dos dedos.

Isso não tem relação nenhuma com a masturbação.

Impotência

A masturbação não tem relação com impotência masculina. O que pode causar isso são traumas físicos na região do pênis, o que pode dificultar o fluxo de sangue para o órgão, problemas hormonais ou questões psicológicas, que podem afetar a capacidade de ereção.

No caso de impotência, o certo é procurar um urologista para descobrir qual é o problema e o que pode ser feito quanto a ele.

Infertilidade

Outro mito relacionado à masturbação é o da infertilidade. Os testículos produzem espermatozóides constantemente, portanto, mesmo que você ejacule e a maior parte deles saia de seu corpo, a produção seguirá constante.

É verdade que se você ejacular duas vezes em um curto período de tempo (30 minutos, por exemplo), a segunda vez terá uma concentração menor de espermatozoides pois os testículos não tiveram tempo de repor o estoque.

Mas isso é só uma questão de tempo até os testículos restabelecerem o estoque, que ocorre bem rápido. A fertilidade não é afetada pela masturbação, não precisa se preocupar.

Ejaculação precoce

De maneira parecida com a impotência, a ejaculação precoce pode ser causada por questões físicas e psicológicas, mas não pela masturbação. É importante consultar um médico para esses casos.

Benefícios da masturbação

A prática da masturbação tem diversos benefícios que vão além do prazer sexual. Entre eles estão:

Alívio de dores

A masturbação é capaz de aliviar dores nas pessoas, inclusive aquelas relacionadas às cólicas menstruais. Isso acontece por causa dos químicos liberados pela masturbação (endorfinas e oxitocinas, por exemplo), que levam ao relaxamento, prazer e têm efeito analgésico.

Melhora da imunidade

Estudos indicam que um número maior de orgasmos está relacionado à um nível maior de imunoglobulina A no sangue, um anticorpo. Isso faz com que a imunidade do organismo seja melhorada.

Além disso, a masturbação feminina libera fluidos e mucosidades que realizam uma limpeza na região da vagina, e a masturbação masculina evita que bactérias entrem pela uretra. Isso faz com que as chances de infecção genital sejam reduzidas.

Protege do câncer

A masturbação frequente está relacionada com uma redução nas chances de desenvolvimento do câncer de próstata, que afeta principalmente homens a partir dos 40 anos e pode levar à morte.

Relaxamento

Também por conta dos químicos que o corpo libera durante masturbação, o corpo tende a relaxar. Isso pode ajudar tanto com estresse quanto com problemas de sono.

Há maior sensação de bem-estar, reduzindo o estresse e a agitação. Além disso, dormir pode ficar mais fácil depois de se masturbar.

Melhora o sono

A masturbação pode ajudar com insônia. Devido às endorfinas e hormônios liberados pelo orgasmo, o corpo relaxa e o sono pode ficar mais fácil.

No organismo masculino, estudos indicam que há liberação de prolactina (hormônio ligado ao cansaço), já nas mulheres, é o hormônio estrogênio que é mais secretado (contribuindo para o sono mais profundo).

Conhecer o próprio corpo

Conhecer o próprio corpo é extremamente importante para se ter uma vida sexual saudável e a masturbação é o melhor meio de adquirir esse conhecimento.

Através dela você pode descobrir do que gosta, onde gosta de sentir toques e como gosta deles. Assim, a comunicação com o parceiro ou parceira fica muito mais fácil.

Orgasmos

Claramente, um dos principais benefícios da masturbação é a sensação de prazer. Os orgasmos são, na maioria das vezes, o objetivo da masturbação. O prazer sexual, que pode ser alcançado tanto com parceiros quanto individualmente, é parte essencial da prática.

Orgasmos acontecem no cérebro em decorrência de estimulação sexual. Essa estimulação não precisa ser necessariamente na região genital e, apesar de estar intimamente ligada com a ejaculação — tanto feminina quanto masculina —, podem acontecer de formas separadas.

Quimicamente, o orgasmo acontece quando o cérebro libera diversos químicos como endorfinas, dopaminas, oxitocinas, entre outras substâncias.

O corpo apresenta contrações involuntárias que no homem são nos testículos, pênis, próstata, pernas e ânus, enquanto na mulher eles podem apresentar-se na vagina, útero, músculos pélvicos, pernas e também na região anal.

A parte lógica de nossa mente tende a ficar menos clara enquanto o orgasmo acontece, dando vez para as emoções e sensações de prazer.

Nos homens, o tempo de duração do orgasmo é entre 3 e 10 segundos, já nas mulheres dura em média 20 segundos.

Orgasmos múltiplos, seguidos, são possíveis. Eles são mais comuns nas mulheres já que elas não têm um período refratário, que é aquela pausa para “descanso”, que os homens têm. A quantidade de orgasmos múltiplos possíveis para uma mulher é indefinida.

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Masturbação com objetos

Não é só com suas mãos que você pode alcançar o prazer. Brinquedos sexuais podem ser uma opção tanto para o sexo masculino quanto feminino.

É importante que os acessórios utilizados sejam apropriados e feitos com essa finalidade, para que haja segurança.

Utilizar um brinquedo sexual fabricado para ser usado em regiões genitais evita que a pessoa sofra com infecções e ferimentos, tornando o sexo ou masturbação mais prazerosa e livre de riscos.

Saiba mais sobre alguns deles:

Dildos

Clássicos dos brinquedos eróticos, dildos são objetos em formato de pênis que são usados para a penetração e estimulação sexual. Costumam ser feitos de silicone, o que facilita a higienização, mas outros materiais podem ser utilizados como vidro temperado, plástico e até cerâmica.

Vibradores

Os vibradores são os brinquedos sexuais mais famosos. Podem ter formato fálico (de pênis mesmo) ou não e eles vibram, o que adiciona uma camada extra de estímulo. Existem versões controladas por controle remoto, que podem ficar nas mãos do parceiro ou parceira.

Lembrando que não é somente para a penetração que eles servem, mas também para a estimulação de diversas regiões do corpo.

Lubrificantes

Os lubrificantes não são necessariamente objetos, mas ajudam na experiência sexual, seja com ou sem parceiro. Eles lubrificam a vagina ou a ânus para facilitar a penetração de objetos ou de partes do corpo.

Existe uma grande variedade de lubrificantes, desde os com composições simples, até alguns com sabores específicos ou que possuem efeitos especiais — como dar sensação de calor, frio ou amortecimento.

Precisa usar camisinha?

Não necessariamente. A maioria dos objetos feitos para a masturbação utiliza material de fácil limpeza. Desde que você siga os procedimentos adequados de higiene, não será necessário. Entretanto, se estiver compartilhando um brinquedo sexual, pode ser uma boa ideia.

Também pode ser uma boa ideia usar a camisinha nos brinquedos — ou nas mãos — se estiver planejando alternar entre a vagina e o ânus, para evitar levar bactérias de uma região para a outra. Utilize camisinhas diferentes para cada região.

Mas se a masturbação for em casal, o uso de preservativos é fundamental para evitar riscos de IST.

Masturbação feminina

Muita gente associa masturbação à uma prática masculina, inclusive algumas mulheres e, de acordo com uma pesquisa de 2017 da Universidade de São Paulo (USP), aproximadamente 40% das mulheres não se masturbam.

A masturbação feminina ainda é um tabu. Existem diversos motivos para isso, como o estigma social de que a prática e liberdade sexual não se adéquam às mulheres.

Lembre-se de que não há nada de errado com a masturbação, não importa se você é homem ou mulher. É uma prática saudável e que só traz benefícios.

Orgasmo clitoriano e vaginal

O orgasmo clitoriano é aquele que acontece em decorrência da estimulação do clitóris, uma pequena protuberância que fica ereta quando a mulher está excitada. Este órgão possui inúmeras terminações nervosas e é o único do corpo que existe apenas para o prazer.

Uma dica para encontrar o clitóris é colocar o dedo na entrada vaginal e arrastá-lo diretamente para cima até encontrar a pequena elevação que é mais sensível devido às terminações nervosas.

A maioria das pessoas acha que ele é apenas aquela estrutura externa e visível (chamada de glande). Mas, na verdade, internamente ele é muito maior e se localiza pouco acima da uretra, que por sua vez fica logo acima da entrada vaginal.

Muitas mulheres dizem que o orgasmo clitoriano é mais fácil de alcançar do que o vaginal, pois o órgão é extremamente sensível e repleto de terminações nervosas.

O orgasmo vaginal por sua vez é aquele que acontece em decorrência da estimulação da vagina, frequentemente com penetração. Em geral, o estímulo precisa ser mais prolongado e em múltiplos pontos vaginais.

Mas na penetração o clitóris também não é esquecido, pois ele não é só aquela parte externa. Assim, pode haver estimulação dele por dentro.

Ponto G

O ponto G é uma região que proporciona prazer às mulheres e que fica na região interna da vagina, na parte de trás. Enquanto alguns estudos indicam que ele não existe, outros apontam que é uma cavidade pequena que pode causar orgasmos mais intensos do que as outras estimulações.

A dica para descobrir é: Explore seu corpo, descubra do que gosta e, se encontrar o seu ponto G, um local que é mais sensível ao prazer, divirta-se com ele.

Ejaculação feminina

Muita gente não sabe que mulheres também podem ejacular. Obviamente não é da mesma forma que os homens, que envolve espermatozoides, mas mulheres ejaculam sim. É o chamado squirt — jorrar em português.

Quando existe um estímulo sexual muito forte, o corpo feminino pode expelir um jato de um líquido composto por água e uma substância que, de acordo com estudos, se assemelha ao líquido seminal (que acompanha o sêmen e que é liberado pela próstata no caso dos homens).

Esta substância é liberada pelas chamadas glândulas de Skene, que ficam próximas da uretra.

Nem toda mulher consegue ejacular e, mesmo as que conseguem, apontam que é necessário muita estimulação, mas que ela vale à pena.

Dicas de masturbação feminina

Conheça seu corpo. O melhor jeito de fazer isso é praticando e se tocando. Descobrir o que te agrada ou não facilitará muito sua vida e aumentará seu prazer sexual.

O clitóris é um órgão localizado logo acima da uretra (esta, por sua vez, fica logo acima do canal vaginal) e fica cheio de sangue quando a mulher está excitada, mas pode ser que a estimulação direta ao clitóris seja muito intensa para algumas mulheres.

Você pode tocá-lo diretamente ou estimular regiões próximas, pode fazer isso com objetos ou jatos de água de ducha, pode tocar outras partes de seu corpo e da região genital. Aos poucos, você descobre do que gosta e do que não gosta.

Se você gostar de praticar a masturbação com companhia, não esqueça de conversar com seu parceiro ou parceira sobre que tipo de toques você gosta e ensinar como lhe dar prazer.

Faça experiências com objetos, com lubrificantes e divirta-se.

Masturbação masculina

Diferente da situação com as mulheres, a masturbação masculina é muito aceita socialmente. Homens costumam saber como dar prazer a si mesmos por ter praticado desde a adolescência, coisa que nem todas as mulheres fizeram.

Eles costumam ser mais afetados por estímulos visuais e são mais sensíveis ao toque do que as mulheres.

Dificilmente posso ensinar algo novo para os homens, portanto a dica que posso dar vai para a masturbação em casal. Conte para sua parceira ou parceiro o que você gosta.

Muitos homens sentem que não podem ou devem ser vocais durante o sexo, ou seja, fazer barulho ou gemer durante o sexo, mas isso é extremamente importante.

A comunicação nesse momento é essencial para que ambos alcancem o prazer, então escute a companhia e comunique como lhe dar prazer. Cada pessoa é diferente e gosta de coisas diferentes.

Não tenha pressa

Apesar de a maior parte dos homens conhecer o próprio corpo, é frequente que haja pressa para ejacular. Estudos indicam que homens tentam fazer do ato algo rápido, com o orgasmo em mente, mas uma dica é levar as coisas com calma.

Separe um tempo e aproveite o próprio corpo. A masturbação como um todo pode ser prazerosa, não apenas o final dela.

Leia mais: O pênis cresce até que idade? Qual o tamanho médio do pênis?

Masturbação de casal

Normalmente a masturbação é associada à uma atividade solitária, mas ela pode ser realizada em mais de uma pessoa.

Um casal pode usar a masturbação conjunta para complementar a atividade sexual, o que pode ser extremamente prazeroso e íntimo, trazendo novas maneiras de um dar prazer ao outro.

Lembre-se de escutar seu parceiro ou parceira e de comunicar-se com ele ou ela. Assim, vocês podem aprender mais sobre o que agrada um ao outro no toque e no sexo, deixando a experiência mais gostosa.

Além disso, vale lembrar de usar preservativos, evitando os riscos de doenças e infecções sexualmente transmissíveis.

Masturbação infantil

Isso acontece, é comum e não há nada de errado. Diferente da masturbação em adolescentes e adultos, a masturbação infantil não tem nada de sexual.

Quando nascemos, tudo é novo. Literalmente tudo é novidade. Os bebês e crianças exploram o mundo ao seu redor, cheios de curiosidade. E em meio dessa exploração, está o próprio corpo.

Você pode perceber que crianças pequenas podem estar, frequentemente, colocando mãos e dedos na boca. Isso é uma maneira que elas têm de conhecer o próprio corpo e testar os sentidos, como o tato e o paladar.

Mesmo para a criança que ainda não passou pela puberdade, a sensação física de mexer nos órgãos sexuais e se masturbar pode ser agradável. Isso não tem nada de sexual. A criança simplesmente gosta da sensação, do mesmo jeito que pode gostar de cafuné.

É importante que os pais ajam com naturalidade e eduquem seus filhos quando isso acontece. Dizer que “não pode”, que “é feio” ou que é “porquice”, por exemplo, ou pior, brigar com a criança por isso, só fará com que ela acredite que tocar no próprio corpo é errado.

Isso pode trazer consequências futuras na vida sexual. Além disso, a falta de educação sexual para crianças deixa mais difícil o reconhecimento por parte dela de uma possível violência sexual.

Por isso, é extremamente importante que os pais ensinem as crianças sobre sexualidade, contem do que se trata e, no caso da masturbação, ensinem que é um ato que deve ser feito apenas na privacidade, sozinhos, mostrando-se disponíveis e abertos ao diálogo.

A criança irá aprender sobre seu corpo de maneira saudável. Apenas se você reparar que ela está fazendo isso demais é que pode ser necessário buscar ajuda profissional.

Masturbação anal

A estimulação anal é um tipo de masturbação que pode ser realizada com ou sem objetos. O ânus é lotado de terminações nervosas e pode ser fonte de prazer também.

Além disso, por ele que é possível alcançar a próstata do homem, que pode ser tocada através da parede do reto.

O órgão é uma região erógena (áreas de estimulação sexual) masculina de difícil acesso, especialmente por causa dos tabus envolvendo penetração anal em homens. Mas há quem diga que a região pode ser chamada de ponto G masculino.

Entretanto, é necessário ter alguns cuidados extras para a estimulação da região. Diferente da vagina, o ânus não possui uma lubrificação natural, por isso a penetração pode causar feridas de maneira fácil, especialmente se o que for inserido for muito grande.

A utilização de lubrificantes para a estimulação anal é essencial para garantir que o prazer não causará dor.

Masturbação faz mal?

Não, pelo contrário, já vimos que ela tem vários efeitos positivos no corpo. Entretanto, exagerar faz mal. A masturbação compulsiva pode trazer problemas como esfolamentos e dores na região estimulada.

Mas se você parar por um tempo, tudo deve voltar ao normal. Só se lembre de tomar cuidado para não continuar exagerando!

Não existe uma quantidade de vezes “normal”. Varia de pessoa para pessoa. Mas se estiver atrapalhando sua vida de qualquer forma, vale procurar ajuda médica e psicológica. Se a masturbação se tornar algo compulsivo, ela trazer prejuízos.

Higiene

A masturbação em si não faz mal, mas se você não tomar cuidado, algumas coisas podem ser perigosas. Lembre-se da higiene. Lave bem as mãos antes e depois da masturbação, assim como os brinquedos.

A falta de higiene nessas áreas pode causar infecções graves, especialmente para mulheres, que estão mais suscetíveis a infecções genitais.

Masturbação na gravidez?

Vai fundo, amiga. A não ser que seu médico especificamente diga para não fazê-lo, nada na gravidez a impede de se masturbar. Claro que as precauções de sempre são importantes. Higiene e unhas curtas são essenciais, além de uma limpeza adequada nos brinquedos utilizados.

Entretanto, existem alguns casos em que a mulher grávida não deve se masturbar, como uma gravidez de risco. Nos casos de placenta baixa, o médico pode indicar evitar orgasmos.

Essa recomendação é feita pois os orgasmos liberam ocitocina no corpo feminino, um hormônio que normalmente é liberado no momento do parto e que pode fazer com que as paredes do útero se contraiam.

Mas, no geral, divirta-se com seu corpo e apenas evite a masturbação se seu médico obstetra indicar que você deve.

Benefícios da masturbação na gravidez

Além de ser perfeitamente saudável, a masturbação durante a gravidez também possui seus benefícios. O ato ajuda na dilatação vaginal o que, no decorrer dos meses, facilita o parto. Ela também ajuda a mulher a relaxar em uma época emocional e fisicamente intensa.

Posso perder a virgindade me masturbando?

Depende do que você considera virgindade, mas a princípio, não.

A diferença biológica entre um homem virgem e um não virgem é inexistente. Além disso, a masturbação, frequentemente praticada solitariamente, não é considerada sexo, portanto não.

Já para as mulheres, existe um indicador físico. Entretanto este indicador, o hímen, não é confiável. Diversas situações podem causar o rompimento do hímen sem nenhuma relação com sexo. Portanto não se pode utilizar esta barreira como um indicador de virgindade.

A masturbação entre parceiros pode ser considerada sexo, mas se você considerar a virgindade perdida apenas depois da penetração, então não, a masturbação não pode tirar a virgindade de ninguém.

Masturbação e IST/DST

É possível contrair infecções sexualmente transmissíveis (IST) através da masturbação apenas se for com um parceiro infectado, e mesmo assim é difícil, já que normalmente o contato entre as genitais é necessário e as mãos não costumam ter IST.

Claro que, se a pessoa se masturbar e utilizar a mesma mão para masturbar o parceiro, é possível que a doença seja passada.

No caso de masturbação solitária, apenas uma possibilidade existe. A herpes labial pode ser passada para a genitália, portanto se você possui herpes labial, evite utilizar saliva na masturbação. Também é recomendado que não toque a região genital depois de tocar na própria boca.

Masturbação emagrece?

Não muito. Em termos de exercício, a estimulação não gasta muitas calorias, porém  gasta mais do que ficar parada fazendo nada.

O coração e a respiração aceleram, mas é uma atividade que requer pouca energia, a não ser que seja uma sessão bem intensa e com muito movimento.

Sexo com alguém gasta mais energia, pois em geral há maior movimentação corporal. Por isso, o ideal para emagrecer é controlar a alimentação e fazer exercícios voltados para isso. A masturbação é muito mais útil para o prazer do que para a perda de peso.

Leia mais: Dicas para mudar os hábitos e emagrecer com saúde

Vício em masturbação

Existe vício em masturbação. O cérebro libera serotonina quando alcançamos o orgasmo e esta sensação pode ser viciante o bastante para levar a uma frequência masturbatória grande. Assim como qualquer excesso, pode trazer prejuízos, como:

Dor

O excesso de masturbação pode causar dores genitais, assim como feridas, assaduras e esfolamento. É importante ter controle sobre a prática e não deixar que um hábito se torne um vício.

Prejuízos sociais

Um dos principais indicadores de que se está lidando com um vício é quando a pessoa deixa de fazer outras atividades para se masturbar ou quando pensa compulsivamente nisso.

Por exemplo, se alguém resolve ficar em casa para se masturbar — algo que poderia fazer outra hora — ao invés de sair com os amigos, provavelmente é um vício. Especialmente se acontecer mais vezes.

Isso pode trazer uma série de prejuízos sociais, já que pode afastar a pessoa dos amigos, dos compromissos profissionais, dos estudos ou de outras situações.

Costume

Algo que pode acontecer em casos de masturbação compulsiva é o costume com um tipo específico de estimulação. Apesar de não haver evidência alguma de que o uso de vibradores, por exemplo, é capaz de reduzir a sensibilidade de alguém, o uso constante do mesmo estímulo pode causar um hábito ou costume inusitado.

Quando recebemos o mesmo estímulo de prazer, o corpo o interpreta como algo positivo.

Isso significa que se alguém utilizar o mesmo método de masturbação todas as vezes, o corpo pode associar aquele prazer ao método específico e não responder de maneira adequada a outros estímulos.

Usar sempre as mesmas técnicas pode fazer com que as outras percam eficácia, tornando atingir o orgasmo mais difícil. Entretanto, para lidar com isso, basta passar algum tempo — em torno de 6 semanas — variando os estímulos sexuais e permitindo que se alcance o orgasmo novamente.


A masturbação é natural e não faz nenhum mal, só traz diversos benefícios para quem a pratica. É um ato que ajuda a conhecer melhor o corpo e melhorar a vida sexual.

Divirta-se com o que aprendeu aqui e com o que pode aprender com o próprio corpo! Compartilhe este texto com seus amigos para que eles possam saber um pouco mais também!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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