Alterações autoimunes podem desencadear sintomas bastante diversos, dependendo de cada condição. O lúpus é uma delas. A doença tem incidência baixa, afetando cerca de 9 pessoas a cada 100 mil por ano, somente no Brasil.
Por vezes, ela se manifesta com quadros brandos por anos, mas pode comprometer órgãos e causar diversos sintomas.
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
O Lúpus Eritematoso, ou somente Lúpus, é uma doença crônica autoimune. Isso significa que, por razões ainda desconhecidas, o corpo produz mais anticorpos, e eles apresentam um comportamento anormal, atacando as células saudáveis do próprio organismo.
A doença pode desencadear manifestações em diversas regiões do corpo, provocando lesões e inflamações na pele, rim, pulmão, coração, cérebro e articulações, por exemplo.
O curso do Lúpus é bastante variável, podendo apresentar quadros brandos ou assintomáticos durante anos, ou ser altamente debilitante. Em relação aos sintomas, no geral, é comum haver manifestações como febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo.
Mas outros quadros vão depender do órgão acometido. Por exemplo, dores articulares, hipertensão, manchas na pele, problemas renais. Lembrando, ainda, que diversos órgãos podem sofrer danos, fazendo com que pacientes tenham diversos problemas secundários.
Apesar de não haver cura, é possível — e indispensável — tratar o lúpus. Para isso, podem ser utilizados medicamentos anti-inflamatórios, medicamentos de uso tópico ou injetáveis. Isso vai depender de cada quadro. Mas um acompanhamento médico multidisciplinar pode trazer melhorias significativas ao bem-estar de pacientes.
Pela CID-10, o lúpus pode ser encontrado nos seguintes códigos:
Doença autoimune é quando as próprias células de defesa do corpo (anticorpos) atacam células e tecidos saudáveis. Por motivos variados, eles confundem as proteínas de nosso organismo como invasores e as atacam.
O diagnóstico nem sempre é rápido. Em alguns casos, leva-se anos para identificar a doença como autoimune, logo que os sintomas podem ser brandos e indicar diversas condições.
As doenças autoimunes são, possivelmente, o resultado de uma série da fatores genéticos, hormonais e ambientais. Mas não se sabe exatamente o que pode desencadear uma resposta inadequada do sistema imune.
Lúpus é sempre citada quando falamos das principais doenças autoimunes conhecidas, juntamente com a esclerose múltipla, vitiligo, diabetes do tipo 1, doença celíaca, artrite reumatoide e outras.
Lúpus é uma doença com grande variação nos sintomas e se difere em alguns tipos. Os dois principais são o lúpus eritematoso sistêmico e o lúpus eritematoso cutâneo. No entanto, existem estudos que apontam outros desdobramentos da doença, apresentando também como um tipo o lúpus por indução de medicamentos.
Quando se trata do lúpus eritematoso sistêmico, estamos nos referindo aos casos em que a doença provoca inflamação em vários órgãos do corpo, principalmente rins, pulmões e coração. Dependendo do local afetado, os sintomas irão se manifestar de formas diferentes.
O segundo tipo de lúpus reconhecido é o cutâneo ou discoide. O principal sintoma, nesse caso, são as manchas na pele, comum nas áreas mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, braços e colo.
O lúpus cutâneo, no entanto, apresenta diferentes níveis:
É nessa fase que a lesão comumente conhecida como “asa de borboleta” aparece. O nome se dá pelo formato da mancha. Também chamada de eritema malar, essa lesão avermelhada está presente na região das maçãs do rosto do paciente ou sobre o dorso do nariz, mas pode também se distribuir por outras áreas do corpo.
Não é comum que apareça entre as articulações. Quando se espalha, acomete as superfícies dos braços e mãos. Entre as áreas suscetíveis ao surgimento dessas manchas estão também a área do pescoço e do colo (decote em V).
A exposição exagerada e sem proteção ao sol é um dos fatores que precedem esse tipo de lúpus. No entanto, sua permanência é menos prolongada. Algumas pessoas apresentam apenas algumas horas ou dias dos sintomas desse tipo de lúpus que, geralmente, não deixa manchas na pele nem cicatrizes.
As lesões desse tipo de lúpus ocorrem, dominantemente, nas regiões frequentemente expostas do corpo, como rosto, braços, pescoço e colo. Da mesma forma que o lúpus eritematoso cutâneo agudo, o lúpus subagudo também não deixa cicatrizes.
Geralmente, as lesões ficam mais sensíveis à luz, fazendo com que pacientes precisem evitar a exposição ao sol ou à muita luz. Além disso, o tempo de permanência dos sintomas tende a ser maior e sua evolução pode provocar manchas brancas na pele, semelhantes ao vitiligo.
As manifestações deste tipo de lúpus são mais agressivas que os tipos anteriores. Na sua forma crônica, também chamado por lúpus discóide, o LECC causa, inicialmente, manchas avermelhadas e algumas lesões parecidas com espinhas e placas vermelhas surgem na área afetada.
Além da aparição na região do rosto, essas lesões também são frequentes no couro cabeludo, orelhas, na região do colo (decote “V”) e nos braços.
Em 60% dos pacientes com o lúpus eritematoso cutâneo crônico, as lesões que acometem o couro cabeludo resultam em áreas com perda definitiva de cabelo. Essas erupções, inicialmente vermelhidões, evoluem rapidamente a uma lesão seca, deixando a pele áspera e com escamas.
É comum uma pigmentação mais vermelha na borda da lesão e, no centro, um tom mais claro. O agravamento dessas lesões pode deixar cicatrizes na área acometida. Também é possível a aparição dessas erupções nas mucosas (boca, nariz, genitais e pálpebras). Existem estudos que acreditam que a evolução desse quadro possa desenvolver o lúpus sistêmico.
Esse tipo de lúpus é uma forma mais incomum do lúpus cutâneo crônico. As lesões são mais profundas, avermelhadas, com atrofia e depressão na pele. Podem chegar até o tecido celular subcutâneo (panículo adiposo), a camada mais profunda da pele, abaixo da derme.
O desenvolvimento do lúpus por indução de medicamentos se apresenta como uma inflamação temporária. Esse tipo, em específico, desaparece quando o(a) paciente deixa de lado o uso do medicamento causador da inflamação e do desequilíbrio no comportamento dos anticorpos.
A causa do lúpus ainda é desconhecida, mas alguns fatores podem estar envolvidos no processos de anormalidade imune, sendo eles:
Ou seja, aspectos genéticos, somados às exposições ambientais ou infecções podem estar envolvidas na manifestação da doença. Além disso, causadores externos pode facilitar a doença. São eles:
O lúpus não é uma doença contagiosa. Uma dúvida comum entre as pessoas em relação a esta doença é sobre a possibilidade de contaminação, mas isso não ocorre. As causas do lúpus, como discutido, ainda são desconhecidas e entende-se seu desenvolvimento pela soma de fatores genéticos, hormonais e externos.
O grupo de pessoas que está mais suscetível ao desenvolvimento de lúpus e aos cuidados com os sintomas são as mulheres na faixa etária entre os 15 a 45 anos. As mulheres gestantes também fazem parte do grupo de risco. Isso acontece por alguns motivos.
As mulheres jovens estão entre as mais afetadas pela doença. Isso acontece porque é neste momento em que os hormônios estão mais ativos e sua produção é intensa.
Essa produção está relacionada ao estrógeno (hormônio feminino), que diferente do testosterona (hormônio masculino), tem alta produção de anticorpos.
Para as mulheres que sofrem com a doença, o que ocorre é um excesso da produção dos anticorpos, que respondem a esse desequilíbrio atacando as células saudáveis. Até que o diagnóstico de lúpus seja realizado pelo médico responsável (o reumatologista), o corpo apresenta os sintomas da doença autoimune de diferentes formas para cada paciente.
Existe também uma preocupação maior com as mulheres lúpicas grávidas ou que estão em busca de uma gestação. O que acontece não é uma dificuldade para as mulheres engravidarem, mas sim, uma gestação difícil e que exige muitos cuidados e seguimento pré-natal acompanhado por especialistas.
Para alguns médicos, existe um consenso de que as pacientes nesse quadro não devem, não podem e não engravidam por uma questão imunológica. O argumento levantado está relacionado a um tipo específico de anticorpos produzidos por algumas mulheres, chamado fosfolípides.
Essa é uma substância com radical fósforo do tipo gorduroso localizada na circulação. A presença dos fosfolípides para as mulheres gestantes é perigosa nesse momento pois esta é uma substância responsável pela incidência de abortos.
As mulheres com o LES que apresentam a síndrome antifosfolipídeo (anticorpos antifosfolipídeos), ou seja, quando o sistema imunológico ataca as proteínas saudáveis do sangue, apresentam um maior risco de perda da gestação. Por isso, podem necessitar usar anticoagulantes durante todo o período de gravidez.
Um dos pontos que provoca grande preocupação pela comunidade médica em casos de gravidez em mulheres lúpicas é o fato da formação de coágulos em várias partes do corpo. Isso resulta na formação de trombos (coagulação) no cérebro. Não são todas as pacientes que apresentam essa complicação e, nesses casos, a possibilidade de levar uma gestação normal e sem riscos é maior.
A ideia é que a doença esteja totalmente inativa, no mínimo, por seis meses. Alguns medicamentos para o controle da doença e dos sintomas serão suspendidos e para isso é preciso o acompanhamento médico.
Com exceção de alguns casos especiais, os bebês de mulheres com lúpus nascem saudáveis. No entanto, existe o risco do aborto, parto prematuro ou a criança nascer abaixo do peso ideal.
Algumas áreas do nosso corpo são mais afetadas pelo lúpus de acordo com os tipos da doença. Partes que têm maior exposição solar estão mais propensas a manifestar os sintomas como manchas no rosto, orelhas, nuca, colo e braços. Essas partes do corpo do paciente, normalmente, manifestam os sintomas do lúpus cutâneo.
Quando relacionados ao lúpus sistêmico, as áreas mais afetadas tendem a ser os órgãos internos, como por exemplo os rins e o coração. Eles são afetados por infecções nas pleuras e pericárdio, sintomas desse caso.
Também é comum, em mais de 90% dos casos de pessoas que possuem lúpus, em algum momento, sentirem dores e inchaços nas juntas, como dos pés, mãos, joelhos e punhos.
São vários os sintomas do lúpus. Eles se manifestam em diferentes níveis e nem sempre da mesma forma em todos os pacientes diagnosticados.
Além disso, em alguns casos, pode-se levar um longo período entre o surgimento de um sintoma e outro. Para outras pessoas, os sintomas podem surgir como grandes complicações e até mesmo ser letal.
Alguns sintomas são colocados como sintomas mais gerais. São sintomas comuns também em outras doenças e por isso dificultam a precisão e rapidez do diagnóstico de lúpus.
As alterações neuro-psiquiátricas são manifestações mais raras nas pessoas que apresentam o lúpus. Elas podem ser a causa das convulsões, um dos sintomas presentes em casos mais graves. Além disso, alterações de humor, depressão e ansiedade podem ser presentes como agravantes.
Quando as lesões causadas pela doença afeta os órgãos internos, problemas como arritmia — quando o coração apresenta anomalias no ritmo dos batimentos — podem surgir. Além disso, problemas no aparelho digestivo, como vômito, náuseas e desconfortos na região do abdômen, também podem ser sintomas, ainda que não tão frequentes.
O lúpus não é um tipo de câncer. Sendo uma doença inflamatória crônica autoimune, se difere do que o câncer provoca e manifesta no organismo.
No câncer, o que acontece é um crescimento desordenado de células malignas que invadem órgãos e tecidos do corpo, podendo se espalhar para outras regiões, o que é chamado de metástase. No caso do lúpus, o que ocorre é uma disfunção na produção dos anticorpos e na reação deles em nosso organismo.
O diagnóstico de lúpus pode ser difícil pela amplitude dos sintomas e as várias possibilidades de diagnóstico que oferecem, pois se comporta de diferente maneira nas pessoas que sofrem com a doença. No entanto, alguns critérios são levados em consideração.
Em 1971, a Sociedade Americana de Reumatologia reuniu 11 critérios para diagnosticar a doença. Como as mulheres estão entre as mais afetadas, após preencher quatro entre os onze critérios, é seguro dizer que ela está com lúpus, de acordo com esse sistema de diagnóstico.
Ainda não existe nenhum exame exclusivo para o diagnóstico de lúpus, mas o FAN (fator ou anticorpo antinuclear), junto aos sintomas, é um exame que permite o diagnóstico com mais precisão.
Esse teste é bastante utilizado para detectar doenças autoimunes. Ele é realizado em laboratório a partir de uma amostra de sangue do paciente. Para descobrir se alguém está com uma doença autoimune, um corante fluorescente é utilizado para marcar os tipos de anticorpos. Esse sangue coletado é misturado a uma cultura celular.
Cultura celular é o nome dado ao processo laboratorial responsável pelo controle de temperatura, umidade e outros fatores de sobrevivência de células - animais ou vegetais - de tecidos vivos. É uma espécie de criação artificial de células mesmo. Como o próprio nome remete, é um cultivo dessas células por meios laboratoriais.
Se houver anticorpos que atacam as estruturas das células humanas, o exame mostrará a migração em direção a cultura celular. Esses anticorpos acabam se fixando e tornam-se fluorescentes.
Quando os anticorpos atacam o núcleo das células, a amostra revela células com núcleos fluorescentes. Se os citoplasmas forem atacados, também acontece essa mudança.
Não é um exame imediato. Só é considerado positivo após, aproximadamente, 40 diluições e preocupante após 160 diluições. Para se ter uma ideia, existe mais de 20 tipos de imunofluorescência.
No caso do lúpus, como o núcleo das células é o mais afetado durante a doença ativa, é preciso que este fator seja levado em consideração, mas depende muito da interpretação correta dos resultados e da avaliação dos sintomas.
Além do FAN, outros testes possibilitam o diagnóstico do lúpus. Eles são bem específicos e tem a função de detectar alguns tipos de anticorpos presentes no paciente. Alguns dos anticorpos são o anti-Sm e o anti-DNA.
Os anticorpos anti-Sm e anti-DNA estão presentes, geralmente, entre 40% a 50% das pessoas com lúpus. O anti-DNA também funciona como um termômetro do estágio da doença no paciente. Realizar esses exames, entre outras precauções, auxilia a identificar se a doença está em atividade ou sob controle.
O lúpus ainda é uma doença que não tem cura. Ela passa por períodos em atividade e remissão, ou seja, a pessoa que possui lúpus pode passar anos sem a presença de nenhum dos sintomas, mas o acompanhamento médico e o tratamento deve ser contínuo.
A ausência dos sintomas, sendo assim, não significa a cura da doença, mas sim um controle ou uma inatividade. Por isso, é considerada uma doença autoimune crônica.
O tratamento para lúpus é contínuo e demanda o acompanhamento médico sempre, pois ainda não há cura para a doença. Seu papel é amenizar os sintomas e possibilitar uma boa qualidade de vida para as pessoas diagnosticadas nesse quadro.
Esta é uma doença muito singular, pois seus sintomas não são um padrão para todos, nem mesmo a periodicidade em que surgem. Diante do tratamento, se comporta da mesma forma. Em pessoas em que a doença se manifestou de uma forma mais grave, o tratamento também exigirá maior rigor.
Além dos medicamentos, existem algumas formas do paciente amenizar os sintomas, como mudanças dos hábitos e alimentação. Entenda:
O tratamento com medicamentos, dentro das outras possibilidades, estará presente na vida de todos os pacientes diagnosticados. Para amenizar os sintomas e deixar a doença em estado de remissão, os médicos reumatologistas deverão recomendar o uso de alguns medicamentos específicos.
Medicamentos antimaláricos, por exemplo, auxiliam na prevenção da doença, deixando-a inativa. Para as fases inflamatórias agudas, é recomendado o uso dos corticosteróides. Na fase inicial, o uso de antiinflamatórios é recorrente e, para as lesões na pele, o uso de corticoides em pomada.
É possível que os médicos também possam receitar imunossupressores. O objetivo é reduzir a atividade do sistema imunológico, diminuindo os danos provocados no organismo do paciente. Lembrando que somente o médico, após diagnóstico e acompanhamento dos sintomas, saberá qual será o medicamento adequado e o tempo de uso de cada um deles.
Levar uma vida mais saudável é sempre um fator positivo na luta contra qualquer doença. Com os pacientes de lúpus não é diferente.
Além do acompanhamento dos médicos e dos tratamentos com medicamentos, é possível levar uma vida mais confortável com alguns hábitos simples. O uso do protetor solar, abandonar o tabagismo, evitar a exposição ao sol em horários não indicados, praticar atividades físicas quando a doença estiver inativa e manter uma dieta equilibrada são alguns deles.
Os transplantes podem ser necessários nos casos mais graves como, por exemplo, em lesões renais que tiveram complicações. Um exemplo conhecido dentro desse caso é o da cantora Selena Gomez, que teve de passar pelo procedimento cirúrgico.
Alguns sintomas do lúpus afeta as pessoas psicologicamente, como em casos em que os pacientes apresentam depressão e ansiedade. Alguns médicos recomendam a participação do paciente em grupos de apoio, como uma forma de tratamento acompanhado da medicação e do repouso.
Existem alguns remédios utilizados no tratamento de lúpus com a função de inibir a doença e de tratar os sintomas, como as manchas na pele e as demais inflamações provocadas. É comum entre os médicos a indicação de antiinflamatórios, antimaláricos, corticoides e imunossupressores.
Alguns exemplos são:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Por ser uma doença crônica, a pessoa que for diagnosticada com lúpus terá de conviver com alguns cuidados e adotar uma rotina diferente.
No entanto, com a doença inativa, a pessoa lúpica deve levar uma vida normal, como qualquer outra pessoa. É importante compreender que será necessário alguns cuidados especiais, mas que a vida deve seguir normalmente quando tudo estiver sob controle.
Para os cuidados com o sol, o uso de alguns acessórios é uma boa dica para potencializar a tarefa já realizada pelo protetor solar, como chapéus e sombrinhas. Ter um cuidado especial as áreas mais expostas (rosto, pescoço, colo e braços) e evitar os horários inadequados de exposição solar são fundamentais.
As consultas costumam ser marcadas a cada 3 a 6 meses, variando de acordo com a gravidade dos casos. É importante não sair do consultório médico com dúvidas. Isso fará diferença durante a busca pela remissão do lúpus.
É importante se manter saudável, fisicamente e mentalmente. Buscar atividades prazerosas, aproveitar a companhia das pessoas que fazem bem e adotar os cuidados citados.
A alimentação também é um fator extremamente importante. Experimente pratos saudáveis e com ingredientes frescos. Quem sabe até se aventurar na cozinha?
Alguns alimentos são mais indicados para quem sofre com essa doença autoimune por suas propriedades anti-inflamatórias. Entre os alimentos que o paciente deve adicionar na dieta estão:
O lúpus pode apresentar muitas complicações, dependendo do estágio da doença e da ausência de um tratamento. Os próprios sintomas podem ser agressivos e mudar a rotina das pessoas acometidas.
Por provocar inflamações em vários lugares do corpo, podem ocorrer complicações como:
O lúpus pode causar danos nos pulmões, provocando falta de ar e enfraquecendo os músculos do diafragma.
A nefrite é uma inflamação que impede o filtro das toxinas e resíduos no sangue. Inchaço, pressão alta e sangue na urina são algumas das consequências que podem ocorrer dentro dessa complicação.
Lúpus pode aumentar as chances de outras doenças autoimunes surgirem, como tireoidite de Hashimoto, que afeta o metabolismo, altera os níveis hormonais, peso, ciclo menstrual, pele, entre outros sintomas.
Esse tipo de complicação é mais raro e a longo prazo. Coração, vasos sanguíneos e tecidos que protegem o órgão podem ser prejudicados.
Em alguns casos, tecido conjuntivo e nervoso podem ser comprometidos. É nessa fase que problemas como mudanças de humor e convulsões podem ocorrer.
O lúpus não tem uma forma exata de prevenção, mas adotar alguns hábitos pode ajudar a amenizar os sintomas e prevenir as crises. Funciona como uma balança: o equilíbrio de uma vida mais saudável pode contrapor o “desequilíbrio” provocado pelos anticorpos. Algumas dicas são:
Lúpus é uma doença crônica que pode levar a sérias complicações, mas, felizmente, existe tratamento. Com os cuidados certos e hábitos preventivos, é possível levar uma vida normal e confortável.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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