O Ibuprofeno é uma medicação bastante indicada por profissionais da área da saúde para o tratamento de sintomas como dor, desconforto e febre. Nesse sentido, é recomendado para tratar diferentes condições: dor de ouvido, dor de dente, cólicas menstruais, etc.
Porém, mesmo uma medicação tão presente no cotidiano de algumas pessoas, precisa de atenção na hora do uso. Confira, na sequência, algumas informações importantes:
O Ibuprofeno é uma substância medicamentosa, presente em diferentes remédios como princípio ativo (fármaco). Trata-se de um anti-inflamatório não esteroide (AINEs), que bloqueia a produção de prostaglandinas (lipídios produzidos em locais de dano ou infecção tecidual).
Isso significa que ele faz parte de uma classe medicamentosa, normalmente utilizada para o tratamento de sintomas como febre, dor e desconfortos — recorrentes em processos inflamatórios.
Nesse sentido, algumas de suas indicações mais comuns são: dor de dente, dor de garganta, cólicas menstruais, dores musculares, condições reumáticas (tais como a artrite), etc.
As medicações que contam com o Ibuprofeno como fármaco estão disponíveis em versões para administração oral (gotas, comprimidos e cápsulas).
De forma geral, esse é um remédio bastante conhecido. Porém, é preciso ficar atento às indicações da bula para realizar um uso seguro: não é indicado para grávidas, pessoas com insuficiência cardíaca, entre outras condições específicas.
Não deve, também, ser usado por períodos prolongados (exceto com orientação médica). Pois pode causar irritação no estômago, problemas nos rins e até cardíacos — caso seja administrado de forma prolongada ou incorreta.
Além disso, portadores(as) da Síndrome de Steven Johnson não devem utilizar essa medicação em nenhum caso — considerando as sérias complicações que podem ocorrer, algumas irreversíveis.
Sim. De acordo com as indicações da bula, o Ibuprofeno tem ação contra processos inflamatórios (reação de defesa do organismo a uma agressão).
Esses processos podem ser causados por infecções de bactérias, vírus ou outros parasitas, mas também podem ter interferência direta por outros fatores: calor, traumas físicos, exposição à radiação e/ou produtos químicos irritativos.
Basicamente, a inflamação é um processo que se caracteriza pela ativação de células de defesa (leucócitos). Essas, saem do interior dos vasos sanguíneos junto com o plasma sanguíneo (líquido) para dar início ao processo reparatório de células e tecidos.
Assim, ao combater a inflamação em si, consequentemente diminuem os sintomas que essa alteração provoca no organismo. Ou seja, a medicação causa alívio da dor, desconforto e febre — o que é recorrente em casos inflamatórios.
Não. Os medicamentos que contêm o Ibuprofeno como PA (princípio ativo), e estão registrados na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são agrupados na categoria de anti-inflamatórios.
Por isso, o Ibuprofeno não tem como finalidade o tratamento de patologias causadas por bactérias, como é o caso dos antibióticos.
De acordo com as indicações da bula, o Ibuprofeno é indicado para o tratamento da febre e dores moderadas, causadas por gripes e resfriados comuns. Além disso, também pode ser recomendado em outras situações, como:
Leia mais: Dor de dente: quais remédios de farmácia e caseiros usar
Lembrando que é indispensável, em qualquer um dos casos, seguir a prescrição médica. Veja a seguir mais informações sobre a recomendação para alguns dos casos mais recorrentes:
A dor de ouvido pode ter diferentes causas. Porém, é bastante comum que se desenvolva devido a infecções virais ou bacterianas, em associação com resfriados ou inflamações na garganta.
Nesse caso, quando a inflamação passa da garganta para o ouvido (sobe através da tuba auditiva), o tímpano pode ficar inchado e inflamado — podendo causar dor e febre.
A partir desses sintomas e por uma análise clínica, o(a) médico(a) pode fazer a indicação de medicamentos como o Ibuprofeno, que atua nos sintomas dessa condição.
A dor de dente é uma complicação bastante comum e que pode ter diferentes causas:
Muitas dessas condições causam dores e quadros inflamatórios, o que consequentemente pode levar à febre. Então, quando a pessoa apresenta esse quadro clínico, o(a) dentista pode prescrever o uso do Ibuprofeno.
Lembrando que a automedicação não é recomendada. Busque, primeiro, ajuda profissional.
Diferente do que algumas pessoas imaginam, a dor de garganta não é causada apenas devido a uma infecção. Ela também pode ser consequência de uso excessivo de álcool, irritação devido ao ar seco ou fumaça, alergias, refluxo, etc.
Então, quando ocorre inflamação da garganta, a região normalmente fica inchada, com vermelhidão e pode ficar quente. Junto a essas características, costumam aparecer sintomas como a dor, desconforto e febre — típicos de um quadro inflamatório.
Quando esses sintomas aparecem, é importante buscar ajuda médica o quanto antes. Isso porque a complicação pode ocorrer de forma rápida.
Além disso, a partir da consulta com um(a) profissional, será possível obter um diagnóstico do problema e a indicação do tratamento mais adequado. Dentre eles, está a recomendação do uso do Ibuprofeno, que atua diretamente nos sintomas dessa condição.
De acordo com a bula, o Ibuprofeno pode ser indicado para o alívio das dores causadas pelas cólicas menstruais (dismenorreia).
Normalmente, essas dores aparecem no início do período menstrual, podendo durar mais alguns dias dependendo da pessoa. Assim, as mulheres sentem dores na região abdominal, às vezes fortes o suficiente para atrapalhar atividades cotidianas.
Sendo assim, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais como Ibuprofeno pode ser de grande ajuda, considerando que esse fármaco ajuda a reduzir a produção das enzimas que causam o desconforto.
Porém, lembre-se de seguir as orientações da bula para realizar um uso seguro da medicação.
A febre é um sintoma bastante comum de processos inflamatórios, como um tipo de sinal ou reação do corpo a um problema.
De acordo com a bula do Ibuprofeno, sua indicação principal é para tratar inflamações e seus principais sintomas (febre, dor e desconforto). Por isso, pode ser prescrito pelo(a) médico(a) para atuar como um antitérmico.
Vale destacar que diferentes inflamações podem levar ao estado febril. Então, não exite em buscar ajuda médica para obter um diagnóstico correto, antes de iniciar qualquer tratamento.
A bula do Ibuprofeno indica que ele pode ser usado para o tratamento de dores de cabeça, como enxaqueca e cefaleia vascular (envolve a dilatação ou o inchaço dos vasos sanguíneos).
Dentre as outras indicações, também está o uso em caso de dor muscular — o que pode incluir dor nas costas, lombar, etc.
Entretanto, é importante ressaltar que a automedicação nunca é recomendada. Por isso, ao aparecimento de sintomas, busque auxílio médico a fim de receber a indicação do tratamento correto.
Não. A Dipirona é uma medicação diferente do Ibuprofeno, classificada como antitérmico e analgésico — ou seja, atua aliviando a febre e dores leves.
Apesar do Ibuprofeno também atuar nesses dois sintomas, ele é uma medicação categorizada como anti-inflamatório não esteroidal. De maneira que pode ser indicado para o tratamento de diferentes processos inflamatórios — como problemas reumáticos, por exemplo.
Sendo assim, um não está presente na composição do outros, trata-se de dois remédios diferentes e que podem ter indicações similares.
Leia mais: Dipirona na gestação: quais são as recomendações médicas?
Ao iniciar o tratamento com uma medicação, o ideal é seguir com ela do começo até o final, sem substituir por outra — mesmo que tenham indicação semelhante.
Não há recomendação, nem contraindicação da bula com relação a intercalar o uso da Dipirona e do Ibuprofeno, visto que os usos são bastante aproximados.
Porém, isso não deve ser feito sem antes buscar auxílio de um(a) profissional. Além disso, é preciso prestar atenção à posologia da medicação e ao tempo entre cada dose, considerando que os remédios têm recomendações diferentes nesse sentido.
Vale destacar que, apesar da semelhança, a Dipirona e o Ibuprofeno têm um mecanismo de ação distinto. Isso faz, por exemplo, com que o Ibuprofeno tenha uma ação analgésica mais rápida e a Dipirona tenha um efeito antitérmico mais potente.
Por isso, mesmo que pertençam à mesma classe medicamentosa (AINE), são recomendados para casos diferentes e é ideal realizar o tratamento com o mesmo remédio, do início ao fim.
De acordo com as recomendações da bula, o Ibuprofeno (cápsula ou comprimido) não deve ser administrado em crianças menores de 12 anos ou em pessoas que se enquadrem nas seguintes condições:
O uso de toda medicação deve ser feito a partir de prescrição médica, a fim de realizar a administração de forma segura e eficaz. Procure sempre ajuda profissional.
A bula do Ibuprofeno recomenda que grávidas (especialmente no terceiro trimestre de gestação) e lactantes evitem o uso do Ibuprofeno.
Não há nenhum indício de que essa medicação possa ser abortiva, mas pode trazer riscos ao bebê. Sendo assim, não utilize a medicação por conta própria e, caso seja necessário o uso, deve ser feito sob prescrição e acompanhamento médico e/ou odontológico.
Em caso de outras dúvidas, procure auxílio com o(a) obstetra e pediatra responsável pelo acompanhamento de sua gestação e cuidados do bebê.
Sim. De maneira geral, o Ibuprofeno em comprimidos ou cápsulas só é indicado para maiores de 12 anos (exceto com orientação médica), idade em que se considera que o organismo já consegue metabolizar esse tipo de medicamento.
Porém, o remédio também é disponibilizado como solução oral (em gotas), a qual pode ser administrada a partir dos 6 meses — ou sob orientação médica.
Sendo assim, quando necessário o uso pediátrico dessa medicação, a recomendação da bula é optar pela versão em gotas, a fim de realizar um uso seguro.
Além disso, em todos os casos é necessário o acompanhamento médico para obter o diagnóstico e indicação apropriada de tratamento, de acordo com cada situação. Não pratique automedicação.
O Ibuprofeno está disponível em duas versões diferentes: gotas e comprimidos. Entenda melhor qual a diferença e a posologia indicada para cada caso:
A versão em gotas do Ibuprofeno é, normalmente, recomendada para uso pediátrico (crianças a partir dos 6 meses). Podendo ser usada para tratar condições como febre e dores leves à moderadas.
Com relação à dose, essa deve ser de acordo com o peso da criança. Respeitando um intervalo de 6 a 8 horas (conforme prescrição médica) entre cada uma, ou seja, de 3 a 4 vezes ao dia.
Normalmente, o(a) médico(a) pode indicar a posologia de 1 a 2 gotas/kg de peso corporal para uso infantil. Se for indicado para uso adulto (maior de 12 anos), recomendam-se 40 gotas por dose.
Vale destacar que, no uso pediátrico, a dose máxima não deve ultrapassar os 7mL.
O Ibuprofeno em comprimidos está disponível em duas miligramagens diferentes: 400mg e 600mg — devendo ser ingerido inteiro com um pouco de líquido. Já a versão em cápsulas líquidas, está disponível em 400mg.
A escolha da miligramagem deve ser feita pelo(a) médico(a) e precisa ser respeitada, considerando que as posologias são diferentes em cada um dos casos. Confira, a seguir:
Vale destacar que é imprescindível seguir a recomendação médica com relação aos horários e dosagens, a fim de realizar um tratamento seguro e eficaz. Não interrompa, nem modifique os cuidados prescritos.
Como toda medicação, o uso do Ibuprofeno pode causar efeitos colaterais — mesmo seguindo as recomendações prévias de uso.
No caso dessa medicação, a bula indica que as reações adversas mais comuns são: tontura, náuseas, dor no estômago e rash cutâneo (manchas cutâneas vermelhas, escamosas, causadas por uso de medicação ou infecções).
Existem também possíveis reações adversas do tipo raras ou incomuns. Se desejar saber mais informações sobre elas, pode procurar auxílio médico e ler a bula do Ibuprofeno.
Dentre os efeitos colaterais comuns do uso do Ibuprofeno, não há nenhuma indicação de que ele pode causar sonolência.
Entretanto, a bula menciona essa alteração como uma reação rara. De forma que é bem difícil sentir mais sono devido à administração do Ibuprofeno. Além disso, ele tende a passar assim que o medicamento deixa de ser usado.
Sendo assim, caso você sinta alterações no sono (tanto com relação ao aumento, quanto insônia), busque auxílio médico. Com isso, o(a) profissional pode realizar um diagnóstico correto para avaliar se o problema está, ou não, associado ao uso dessa medicação.
A prática da automedicação nunca é recomendada. Então, mesmo ao usar medicações popularmente conhecidas e comercializadas sem receita médica, como o Ibuprofeno, busque orientação médica e/ou odontológica.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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