Saúde

Diabetes Gestacional: o que é? Quais os sintomas e riscos?

Publicado em: 21/08/2017Última atualização: 03/09/2020
Publicado em: 21/08/2017Última atualização: 03/09/2020
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O que é diabetes gestacional?

A diabetes gestacional é um aumento do nível de açúcar no sangue (hiperglicemia) durante a gravidez em mulheres que, antes de engravidar, não tinham diabetes. Costuma aparecer no 3º trimestre de gestação e se cura sozinha pouco tempo após o parto. Requer tratamento para evitar complicações.

O problema afeta cerca de 7% das mulheres, sendo que, muitas vezes, pode facilitar o desenvolvimento de diabetes tipo 2 entre 10 e 20 anos após a gravidez.

Vale lembrar que essa é uma doença exclusiva do período gestacional e, fora dele, a mulher pode sofrer com outros tipos de diabetes.

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é diabetes gestacional?
  2. E se eu já era diabética antes de engravidar?
  3. Causas da diabetes gestacional
  4. Fatores de risco
  5. Sintomas
  6. Como a diabetes afeta a gravidez?
  7. Como é feito o diagnóstico da diabetes gestacional?
  8. Diabetes gestacional tem cura?
  9. Como tratar a diabetes gestacional?
  10. Exercícios para diabetes gestacional
  11. Dieta para diabetes gestacional
  12. Medicamentos para diabetes gestacional
  13. Riscos para a gestante
  14. Ricos para o bebê
  15. Como prevenir a diabetes gestacional?
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E se eu já era diabética antes de engravidar?

Algumas vezes, mulheres recebem o diagnóstico da diabetes gestacional quando, na verdade, já sofriam de diabetes antes de conceber. Nesses casos, o problema não se resolve após o nascimento do bebê.

Há também mulheres que já sabem que possuem diabetes e desejam engravidar. Nesses casos, a futura mamãe precisará de orientação médica antes mesmo de tentar conceber. Isso porque alguns medicamentos para diabetes são contraindicados durante a gravidez e, além disso, uma diabetes mal controlada pode ser responsável por malformações no feto.

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Causas da diabetes gestacional

Para diminuir a quantidade de açúcar no sangue, o pâncreas produz um hormônio chamado insulina. Ele permite que o excesso seja armazenado, enquanto a outra parte é usada como fonte de energia.

A diabetes acontece quando o pâncreas não produz insulina o suficiente ou quando a insulina produzida é impedida de fazer o seu trabalho por algum motivo. Deste modo, existem duas possibilidades na diabetes gestacional:

O organismo não produz insulina o suficiente

Já ouviu falar que grávida tem que comer por dois? Pois bem, grávida também tem que metabolizar por dois! Quando você está grávida, há mais uma vida dentro de você, e ela depende do seu metabolismo.

Isso quer dizer que o bebê precisa da sua insulina para conseguir equilibrar os níveis de açúcar no seu próprio organismo. Assim, a demanda por insulina aumenta a medida em que o bebê cresce e, algumas vezes, o organismo da mãe não consegue acompanhar.

Nesses casos, o organismo continua produzindo insulina de boa qualidade que funciona perfeitamente, porém não é o bastante nem para a mamãe, nem para o bebê.

O efeito da insulina é dificultado por hormônios da gravidez

Uma outra possibilidade é a de que o festival de hormônios no corpo da mãe seja o problema. Isso porque alguns desses hormônios — em especial o lactogênio placentário — acabam interferindo na ação da insulina, bloqueando-a parcialmente, o que faz com que ela não consiga trabalhar adequadamente.

Embora isso seja normal em toda gravidez, muitas mulheres não apresentam diabetes gestacional, por quê? Aí nós voltamos ao tópico anterior: o organismo não consegue produzir insulina o suficiente para contornar a situação, como uma mãe saudável faria.

Fatores de risco

Alguns dos fatores que colocam a mãe em risco de desenvolver diabetes gestacional são muito parecidos com os fatores de risco da diabetes em geral. São eles:

  • Obesidade: O excesso de peso parece estar relacionado à falha na função da insulina;
  • Engordar rapidamente durante a gravidez: Embora seja normal engordar durante a gestação, se esse processo for muito acelerado, também aumenta as chances de diabetes gestacional;
  • Idade: Quanto mais velha a mãe, maior a possibilidade de apresentar a doença;
  • Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau com diabetes — de qualquer tipo — aumenta as chances de diabetes gestacional;
  • Histórico familiar de diabetes gestacional: Filhas de mães que sofreram com o problema têm mais chances de desenvolvê-lo;
  • Sofrer de intolerância ao açúcar (pré-diabetes): Futuras mães que já apresentam certa deficiência na função da insulina tem maiores riscos de sofrer diabetes gestacional;
  • Ter dado luz a bebês acima do peso: Mulheres que deram luz a bebês considerados grandes correm mais risco de desenvolver o problema nas gestações subsequentes;
  • Já ter tido diabetes gestacional: Já ter tido a doença aumenta o risco de reincidência em 6 vezes.
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Sintomas

Sintomas? Que sintomas? Se os sintomas da própria diabetes já costumam ser bem silenciosos, os da diabetes gestacional são mais ainda, visto que são muito parecidos com outras sensações que a gestante vivencia durante a gravidez.

A menos que as taxas de açúcar no sangue estejam muito elevadas, a mãe dificilmente irá sentir alguma diferença em relação aos sintomas normais da gestação. Alguns deles são:

  • Excesso de fome e sede;
  • Ganho de peso exagerado — tanto da mãe quanto do bebê;
  • Urgência para urinar;
  • Fadiga;
  • Inchaço nas pernas e pés;
  • Visão turva;
  • Candidíase e infecções urinárias frequentes.

Vale lembrar que esses sintomas também estão presentes em outras possíveis complicações da gravidez, como a pré-eclâmpsia.

Como a diabetes afeta a gravidez?

Quando mal controlada, a diabetes apresenta vários riscos para a gestante e para o bebê. Isso porque cerca de dois terços do açúcar na corrente sanguínea da mãe atravessa a placenta e chega até o bebê, fazendo com que seu pâncreas produza mais insulina do que deveria.

O problema é que a insulina é, também, um hormônio anabolizante, que faz com que o bebê cresça mais do que deveria dentro do útero. Além disso, ele também promove o crescimento de outros órgãos e tecidos, fazendo com que possa haver malformações nas estruturas viscerais do feto.

Assim, ele pode apresentar hipertrofia em vários órgãos, o que pode prejudicar sua função, como no caso do coração e do fígado. As passagens de ar também podem sofrer alterações, dificultando a respiração.

Essas alterações podem ser tão significativas que o bebê pode não conseguir sobreviver após o nascimento. Por isso, é de extrema importância que a futura mamãe tenha um diagnóstico correto e receba o tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico da diabetes gestacional?

Se os sintomas são tão imperceptíveis assim, como a gestante vai saber se precisa procurar um médico? Felizmente, isso não é preciso, porque no acompanhamento pré-natal, o ginecologista ou obstetra já busca por fatores de risco e realiza os exames necessários para se ter certeza que tudo vai bem.

Além disso, lá pelas 20 semanas de gestação — quando a diabetes gestacional geralmente aparece —, é comum que sejam pedidos exames para verificar a glicemia, mesmo que não haja fatores de risco evidentes para o problema.

Alguns exames que auxiliam no diagnóstico da diabetes gestacional são:

Ultrassom

Embora ele não possa medir a quantidade de açúcar no sangue da paciente, o ultrassom realizado nas consultas pré-natais é bem importante para detectar alterações na gestação que podem significar diabetes gestacional.

Quando detecta aumento do líquido amniótico e crescimento acelerado do bebê, pode ser um sinal de que o organismo da mãe está tendo problemas para controlar a glicose. O médico deve, então, pedir exames complementares para confirmar o diagnóstico.

Glicose em jejum

A glicose em jejum é um exame que mede a quantidade de açúcar no sangue após a mãe ficar entre 8 e 12 horas em jejum. É realizado como um exame de sangue normal, no qual o sangue é coletado por meio de uma punção na parte interna do braço.

Se o nível de glicose estiver muito elevado, pode ser um sinal de que a insulina não está funcionando corretamente.

Curva glicêmica

Quando a glicose em jejum dá um resultado alterado, o médico pode pedir um exame de curva glicêmica. Isso quer dizer que ele mede o quanto de glicose ainda há no sangue em determinados períodos após a ingestão de alimentos com açúcares.

Para realizar esse exame, a paciente deve beber um líquido doce e, após uma hora, será recolhida uma amostra de sangue. Após duas horas, outra amostra, e, na terceira hora, mais uma amostra. Desse modo, pode-se ver o quanto a glicemia decaiu no decorrer do tempo, gerando um gráfico em “curva” descendente.

Valores

Cada um desses exames possui valores referência.

Na glicose em jejum, o normal é que a glicemia não ultrapasse 85mg/dL. Já a curva glicêmica deve ser a seguinte:

  • Após 1 hora: menos que 180mg/dL;
  • Após 2 horas: menos que 155mg/dL;
  • Após 3 horas: menos que 140mg/dL.

Se colocado em um gráfico, o resultado do exame de curva glicêmica deve ser parecer com o seguinte:

Dá pra entender, então, porquê o nome é “curva glicêmica”, não é mesmo?

Vale lembrar que mulheres que são diagnosticadas com diabetes gestacional devem acompanhar o nível glicêmico realizando testes com frequência, a fim de evitar complicações.

Cerca de 1 mês e meio após o nascimento do bebê, os exames devem ser repetidos para se ter certeza de que se tratava de diabetes gestacional, e não uma diabetes que já existia que ainda não tinha sido diagnosticada.

Diabetes gestacional tem cura?

Sim, a diabetes gestacional tem cura! De fato, ela costuma desaparecer sozinha após o parto, quando o metabolismo da nova mamãe volta ao seu ritmo normal.

Se, por um acaso, a mulher continua apresentando sintomas da diabetes cerca de 1 mês e meio após o parto, pode ser que ela já fosse diabética antes mesmo de engravidar, e a situação só se agravou com a gestação. Nesses casos, ela deve procurar tratamento para a diabetes com um endocrinologista.

Como tratar a diabetes gestacional?

Quando constatado o diagnóstico da diabetes gestacional, a gestação é tratada como gravidez de alto risco, por conta das possíveis complicações ao feto.

Felizmente, no entanto, o tratamento da condição é bem simples, sendo baseada em mudanças na dieta e prática de exercícios físicos moderados, que ajudam a manter a glicose em um nível normal.

Exercícios para diabetes gestacional

Atividades físicas são benéficos para as gestantes também! Embora pouco se fale sobre isso por conta dos riscos para o bebê, a mulher grávida pode sim realizar algumas atividades físicas de baixo impacto que só vão fazer bem para sua saúde.

É importante que se procure ajuda profissional antes de começar os exercícios, visto que algumas atividades não são recomendados para esse período delicado por poder causar danos ao bebê. Procure um profissional de educação física qualificado para lidar com gestantes e planeje sua rotina de exercícios com a ajuda dele a fim de evitar qualquer complicação!

Caso você sinta qualquer sintoma desagradável como dores abdominais, corrimento ou perda de sangue pela vagina enquanto faz os exercícios ou algumas horas depois, contate seu ginecologista/obstetra imediatamente.

Alguns exemplos de exercícios que podem ser feitos são:

Caminhadas

Para mulheres que eram sedentárias antes de engravidar, as caminhadas são um grande apoio. Isso porque a falta de condicionamento físico seria um empecilho para realizar outras atividades mais pesadas, o que levaria a lesões mais facilmente.

Por isso, mamãe que não costumava fazer exercícios físicos, pegue seus tênis de caminhada, roupas leves e elásticas e uma bela garrafa d’água e dirija-se ao parque mais próximo para mexer um pouco esse corpo! Afinal de contas, tem outro corpinho dentro de você que precisa da sua saúde para vir ao mundo sem maiores problemas.

Recomenda-se caminhar de 3 a 5 vezes por semana, preferencialmente antes das 10 horas da manhã e após as 16 horas, horários em que o sol está mais fraco.

Corrida leve (jogging)

Mulheres que já costumavam fazer exercícios físicos antes de engravidar podem se beneficiar da corrida leve, que não é tão impactante e não apresenta riscos para a saúde do bebê.

Não se sinta culpada caso não consiga mais correr como antes. Isso é bem normal uma vez que, com o tempo, a barriga cresce e pesa mais. Apenas não deixe de se mover!

As dicas aqui são as mesmas da caminhada: roupas leves, sapatos adequados e uma garrafinha d’água para manter-se hidratada são imprescindíveis para que tudo ocorra bem.

Recomenda-se praticar a corrida leve (com baixa intesidade) 3 vezes por semana durante 30 minutos.

Pilates

Melhora na postura, respiração, frequência cardíaca e fortalecimento dos músculos são apenas alguns dos benefícios do pilates, que também pode ser praticado por futuras mamães 3 vezes por semana. No entanto, é de extrema importância que o instrutor tenha experiência com gestantes e saiba o que pode e não se deve fazer!

Hidroginástica

Uma das atividades mais recomendadas para pessoas que não podem fazer exercícios de alta intensidade, a hidroginástica pode ser realizada durante todos os 9 meses de gestação, de 2 a 4 vezes por semana.

Entre seus benefícios estão a redução de dores nos pés e na coluna lombar (porção inferior da coluna), além de auxiliar no inchaço das pernas.

Bicicleta ergométrica (spinning)

Sabe aquela bicicleta que não vai a lugar nenhum que muitas mulheres usam para definir melhor as pernas e o bumbum? Pois bem, ela também pode ajudar a futura mamãe a manter a forma durante a gravidez. No entanto, o exercício de spinning só deve ser realizado durante os 2 primeiros trimestres de gestação, porque depois a barriga cresce demais e pode atrapalhar a utilização do equipamento.

Atenção!

Já que a bicicleta não vai a lugar nenhum, não seja apressada! Pedalar com muita intensidade pode aumentar muito seus batimentos cardíacos, o que é prejudicial para o bebê.

Por isso, esteja atenta e nunca deixe o ritmo cardíaco ultrapassar 140 bpm. Tenha preferência por equipamentos que possam mostrar essa informação.

Alongamento

O alongamento é muito usado como aquecimento antes da prática de exercícios físicos e pode ser bom para a futura mamãe também! Isso porque impede que os músculos atrofiem e promove maior resistência contra lesões.

Conforme a barriga cresce, alguns tipos de alongamento vão se tornando mais difíceis. Nesses casos, procure aqueles que consegue realizar confortavelmente, sem prejudicar a região abdominal.

Exercícios proibidos durante a gravidez

Existem alguns tipos de exercícios que não devem ser feitos de jeito nenhum durante a gestação. Saiba quais são:

  • Exercícios abdominais;
  • Em grandes altitudes;
  • Lutas como jiu jitsu;
  • Saltos como aulas de jump;
  • Jogos com bola, como futebol, basquete e vôlei;
  • Corridas moderadas ou intensas;
  • Bicicleta, especialmente durante os últimos meses;
  • Musculação pesada.

Sinais de emergência

Quando alguma coisa dá errada durante os exercícios, o corpo manda um sinal. É importante que a mamãe se atente a esses sintomas e procure ajuda médica o mais rápido possível quando sentí-los ao praticar atividades físicas. São eles:

  • Visão turva ou embaçada;
  • Náuseas;
  • Falta de ar;
  • Palpitações;
  • Tontura;
  • Dor abdominal;
  • Sensação de desmaio;
  • Dor no peito;
  • Sangramento vaginal;
  • Contrações uterinas.

Contraindicações dos exercícios

Existem algumas condições que tornam os exercícios físicos perigosos para as gestantes. São elas:

  • Doenças cardíacas, pulmonares ou ortopédicas;
  • Gravidez de gêmeos, especialmente quando há risco de prematuridade;
  • Placenta prévia (placenta na parte mais baixa do útero) após 26 semanas de gestação;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Sangramento uterino ou vaginal;
  • Diminuição dos movimentos do feto;
  • Retardo no crescimento intrauterino;
  • Hipertensão e hipotireoidismo mal controlados.

Dieta para diabetes gestacional

A dieta da mamãe com diabetes gestacional é baseada em alimentos de baixo índice glicêmico, ou seja, não há um corte total do açúcar, mas uma diminuição significativa.

Os alimentos listados abaixo são apenas uma sugestão do que comer durante esse período. No entanto, recomendamos sempre que se procure um nutricionista ou nutrólogo com experiência em gestação a fim de planejar uma direta segura e completa com os nutrientes necessários para a sua saúde e a do bebê.

Alguns alimentos que podem ser consumidos são:

  • Frutas frescas pouco doces com casca e bagaço, preferencialmente acompanhadas de algo salgado como torrada ou queijo minas;
  • Vegetais crus como saladas, que diminui a entrada e saída do açúcar no sangue, ajudando a manter um nível glicêmico estável;
  • Legumes e verduras como acelga, berinjela, couve flor, espinafre, pimentão, repolho, salsinha, tomate, alho poró, brócolis, beterraba, cenoura, chuchu, entre outros;
  • Aveia e cereais ricos em fibras, sem adição de açúcar;
  • Carnes magras com pouca gordura como peito de frango (sem pele), peixes com carne branca, coelho, entre outras;
  • Leite o iogurte desnatados;
  • Queijo branco.

Atenção!

Os vegetais crus das saladas devem ser muito bem lavados antes do consumo a fim de evitar a toxoplasmose, doença que pode trazer consequências sérias para o feto.

O que eu não posso comer na gravidez gestacional?

Infelizmente, alguns alimentos são proibidos para mamães que sofrem de diabetes gestacional, sendo que muitos deles são objeto de desejo de muitas grávidas. Entenda:

  • Doces — caseiros ou industrializados, não importa o tipo;
  • Refrigerantes, bebidas alcoólicas (que não devem ser ingeridas durante a gravidez mesmo em mamães saudáveis) e sucos industrializados;
  • Frutas secas, como damasco, figos secos e uvas passas;
  • Qualquer tipo de fritura;
  • Manteiga;
  • Chocolate;
  • Qualquer alimento que contenha gordura hidrogenada, como bolachas e biscoitos;
  • Carnes gordurosas;
  • Leite e iogurtes integrais;
  • Queijos amarelos.

Atenção!

Por não poder ingerir açúcar normalmente, diabéticos tendem a usar adoçantes sintéticos para adoçar seus alimentos. No entanto, alguns tipos de adoçantes não são recomendados durante a gravidez e, por isso, devem ser evitados. Caso tenha dúvidas, consulte seu nutricionista e veja qual a melhor opção para você.

Medicamentos para diabetes gestacional

Raramente, nos casos mais graves, a mamãe terá que tomar doses de insulina para diminuir a glicemia e, às vezes, pode precisar de medicamentos hipoglicemiantes orais, embora isso não seja recomendado por conta da falta de evidências que esses medicamentos são seguros durante a gravidez.

A metformina, por exemplo, é um medicamento que gera polêmica sobre sua segurança para mulheres grávidas. No entanto, existem estudos que mostram que não há mudanças significativas entre o tratamento dietético e com o medicamento no quesito segurança do feto e da mãe.

Vale lembrar que apenas 20% das gestantes precisam de tratamento medicamentoso para a diabetes gestacional e que ela pode ser muito bem controlada apenas com dieta e exercícios.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Riscos para a gestante

Como qualquer doença, a diabetes gestacional traz alguns riscos para a mamãe. Alguns deles são:

  • Rompimento da bolsa amniótica antes da data prevista;
  • Parto prematuro;
  • Feto que não vira de cabeça para baixo antes do parto;
  • Aumento do risco de pré-eclâmpsia, condição caracterizada pela elevação súbita da pressão sanguínea que traz riscos para o feto;
  • Necessidade de cesárea por conta do tamanho do bebê;
  • Em caso de parto normal, pode haver laceração do períneo (porção de pele que separa a entrada do canal vaginal e do ânus) pelo tamanho do bebê;
  • Infecções genitais devido às alterações no pH vaginal durante a gestação e baixa na imunidade causada pela diabetes;
  • Desenvolvimento de diabetes tipo 2 nos próximos 10 ou 20 anos após o parto, pois o fígado já demonstrou não ser capaz de dar conta de grandes quantidades de glicose no sangue.

Riscos para o bebê

Como se já não bastasse a mãe, o bebê também sofre riscos sérios por conta de diabetes gestacional.

Vale lembrar, no entanto, que as chances dessas complicações acontecerem diminuem muito quando a mãe faz tratamento e está com a glicemia controlada.

Alguns deles são:

  • Síndrome da angústia respiratória, caracterizada pela dificuldade para respirar ao nascer;
  • Crescimento demasiado do bebê, o que aumenta as chances de ele se tornar obeso durante a infância ou adolescência;
  • Hipertrofia (aumento) do coração, levando a doenças cardíacas e circulatórias;
  • Hipertrofia do fígado;
  • Hipoglicemia após o nascimento devido a falta de glicose que vinha do organismo da mãe;
  • Aumento da gordura subcutânea;
  • Nascer morto ou morrer pouco tempo após o nascimento.

Como prevenir a diabetes gestacional

Não existe bem um método para prevenir a diabetes durante a gravidez, pois ela pode surgir tanto em pessoas saudáveis quanto pessoas com diversos fatores de risco para a doença.

No entanto, sabe-se que manter uma dieta equilibrada e realizar exercícios físicos são medidas importantes para manter os níveis glicêmicos normais. Portanto, as escolhas nutricionais da mãe devem estar de acordo com suas necessidades, sem haver exagero no consumo de açúcares e carboidratos.

Mulheres que sofreram de diabetes gestacional devem ter preferência por continuar a dieta equilibrada pobre em carboidratos, por conta do risco de desenvolver diabetes tipo 2 após alguns anos depois do parto.


Gostou de saber mais sobre a diabetes gestacional? Então compartilhe esse texto para que mais futuras mamães possam tomar os devidos cuidados e evitar complicações!

Caso tenha qualquer dúvida, pode perguntar que responderemos com prazer.

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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