O caju é uma fruta muito conhecida no Brasil, principalmente na região nordeste do país.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) os estados que mais cultivam o caju são, respectivamente, o Ceará, o Piauí e o Rio Grande do Norte.
Quer saber mais sobre essa fruta? Então confira o texto:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
O caju é formado pela a castanha (na parte superior) e pelo pedúnculo floral, que é a parte alaranjada, consumida como fruta. A origem do cajueiro são os litorais brasileiros mas as sementes chegaram na África e Ásia por meio dos portugueses.
Inclusive, o maior cajueiro do mundo está localizado no estado do Rio Grande do Norte. Essa árvore tem 8.200 m² e produz cerca de 2 toneladas de cajus todos os anos.
Falando sobre a árvore, existem 2 tipos: a anão que pode atingir cerca de 3 metros de altura e a comum que mede aproximadamente 11 metros.
Essas diferenças no pé também interferem no tipo de fruto. O caju provindo do cajueiro anão é mais redondo e tem casca vermelha. Já o nascido do cajueiro comum é alongado e com tons de laranja.
Se o caju ainda estiver com a casca amarela, ele foi retirado do pé antes da hora ideal e não completou o seu processo natural de maturação.
Todas as partes do Anacardium occidentale (nome científico do caju) são aproveitáveis. Isso porque o fruto é utilizado pela cosmética e pela gastronomia. A primeira usa o caju em cremes hidratantes e produtos capilares. Já a segundo se utiliza dessa iguaria para fazer vários pratos como sorvetes, sucos, licores e doces.
Em relação ao cajueiro, a madeira é aproveitada para a marcenaria e carpintaria e as folhas são usadas para fazer chás.
O fruto do cajueiro é a castanha. O caju (parte laranja), na verdade, é um pseudofruto (um fruto falso). Isso porque ele se assemelha a um fruto mas na verdade não é produzido pelo ovário da flor.
Para explicar um pouquinho melhor, vamos voltar aos conceitos da biologia. Para essa ciência, o fruto é uma parte carnosa que envolve a semente com função de protegê-la.
E onde é que está a semente do cajueiro? Dentro da castanha. Por isso, pela biologia, o fruto do cajueiro é o que conhecemos como a castanha.
Aproximadamente 100g de caju contém cerca de 43kcal. Uma das coisas mais positivas dessa fruta é que o seu índice de colesterol é de 0mg, quando consumida naturalmente, além de ter 17,7g de fibras alimentares. O caju ainda tem vitaminas e sais minerais. Saiba mais sobre as outras propriedades:
Em 100g de caju estão presentes 219mg de vitamina C, sendo uma fonte importante e bastante rica do nutriente.
Outras vitaminas como as do complexo B, a do tipo E e K também podem ser encontradas nessa fruta.
Em 100g de caju é possível encontrar:
Tipo de gordura: | Quantidade: |
Gorduras saturadas | 7,7g |
Gorduras poliinsaturadas | 8,1g |
Gorduras monoinsaturadas | 26,5g |
Cerca de 100g da fruta contém:
Mineral: | Quantidade: |
Cálcio | 37mg |
Sódio | 3mg |
Ferro | 0,2mg |
Fósforo | 16mg |
Cobre | 0,07mg |
Manganês | 0,12mg |
O consumo do caju, da sua castanha, madeira e das folhas apresenta várias vantagens para a saúde e a beleza.
Dividimos esse tópico de acordo com as partes dessa iguaria. Confira:
O caju (parte alaranjada) é muito bom para aumentar a imunidade do corpo e prevenir doenças e infecções bacterianas e virais, já que é rico em vitamina C.
A quantidade de magnésio presente no caju também pode ajudar a controlar a pressão arterial, principalmente se a pessoa sofre com hipertensão.
Além disso, cobre, selênio e fósforo são exemplos de nutrientes presentes no caju e que ajudam a manter a pele e os cabelos saudáveis, brilhantes e hidratados.
A castanha do caju é uma semente oleaginosa (nesse grupo estão todas as castanhas, a linhaça, a semente de girassol e de abóbora e o gergelim) . Mas o que é isso? Calma, que vamos explicar:
A primeira característica dessas sementes é serem revestidas por uma casta dura. Elas são famosas por ser uma fonte de “gordura boa”.
Essa “gordura boa” é a responsável pelo controle dos níveis de colesterol no sangue: aumentando o bom (HDL) e diminuindo o ruim (LDL).
Outra vantagem desse grupo de sementes é evitar a formação de coágulos nas veias, o que pode prejudicar a circulação sanguínea.
As oleaginosas também combatem os radicais livres, prevenindo o corpo do envelhecimento precoce.
A castanha do caju é rica em ferro e por isso o seu consumo é recomendado para pessoas que tenham problemas de falta de proteínas, anemia e cansaço.
O ferro também é de extrema importância para que os nutrientes cheguem a todas as parte do corpo, por meio do sangue.
Assim, essa parte da iguaria deve ser ingerida por quem tem complicações com as células sanguíneas (como os glóbulos brancos e vermelhos).
O cálcio da castanha ajuda a prevenir doenças como a osteoporose.
A saúde ocular também pode ser beneficiada com o consumo das castanhas de caju. Isso porque elas contêm substâncias como a Luteína e Zeaxantina que impedem a cegueira por exposição à luz e diminuem as chances de se desenvolver catarata.
Pesquisas feitas na Universidade Federal do Ceará mostram que uma resina presente no caule dessa árvore (chamada de cola do caju) tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias.
A sabedoria popular já utiliza as sementes de caju em pó para fazer pomadas usadas no tratamento de feridas e pele com rachaduras.
O ideal é conversar com o(a) médico(a) que poderá dar uma resposta com base em seu histórico clínico e seu quadro médico atual.
O caju (o ou suco dessa fruta) já é naturalmente crítico, ou seja, contém altos teores de ácidos, o que pode agravar as complicações intestinais (como a gastrite).
Mas em alguns casos, a ingestão da bebida pode ser permitida por gastroenterologistas.
Nessas exceções, a pessoa faz tratamentos para combater a gastrite, e o suco de caju também é diluído e misturado com outras frutas para neutralizar a acidez.
A forma mais saudável de consumir a castanha de caju é in natura e com a menor quantidade de sal possível. Usar essa iguaria moída ou triturada em massas de pães, bolos e bolachas integrais também é uma forma prática de ingerir a castanha. Além disso, é possível colocar a castanha em iogurtes ou misturar com frutas.
Em relação a quantidade, o ideal é comer no máximo 2 castanhas por dia (ou 10g). Isso já é o suficiente para usufruir dos benefícios dessa iguaria e promover uma sensação de saciedade, o que inibe a vontade de comer por impulso.
Já as versões caramelizadas ou salgadas tendem a ser ruins e devem ser evitadas, já que são ricas em sódio ou açúcar branco, o que tende a ser maléfico para a saúde.
O ideal é que o consumo da castanha de caju seja sempre feito após ela ser torrada ou assada.
Mas porque? Bem, a castanha-de-caju contém uma toxina conhecida como Urushiol.
Nos casos mais leves, essa toxina tende gerar dermatites e feridas na pele. Já em situações mais graves, ela pode causar alergias no sistema respiratório e até ser fatal para algumas pessoas.
A boa notícia é que o Urushiol não é resiste às altas temperaturas.
Ou seja, quando a castanha é submetida ao forno, por exemplo, essa toxina sai em forma líquida (nessa etapa, ela é conhecida como líquido da castanha do caju ou simplesmente LCC).
Depois dessa fase de “superaquecimento” da castanha, ela é quebrada e lavada, para tirar todo o excesso de LCC e cascas.
Somente depois de todo esse processo é que ela está pronta para o consumo.
O ideal é que se consuma até 2 unidades (cerca de 10g) de castanha de caju por dia. Ela é rica em gorduras e por isso o seu consumo exagerado pode fazer com que haja aumento de peso corporal. Outro mineral que está presente nessa iguaria e, quando consumido sem moderação, pode ser prejudicial é o Selênio.
O consumo da castanha de caju de forma mais natural o possível é ideal para aquele lanchinho ou complemento alimentar, reforçando a nutrição.
Essa iguaria tem proteínas similares a carne e muitas vezes é uma das opções consumida em dietas vegetarianas e veganas.
Apesar de proporcionar muitos benefícios para a saúde, o consumo exagerado do caju e da castanha tendem a trazer algumas consequências negativas. Entre elas está o excesso de oleosidade na pele e nos cabelos e o aumento da quantidade de calorias que, em excesso, é prejudicial para quem deseja perder peso.
Com a folha do cajueiro pode-se fazer chás usados de 2 formas: administração interna e externa. A sabedoria popular indica que essa bebida seja tomada (administração interna) para diminuir a pressão e os níveis de açúcar no sangue e tratar complicações intestinais (diarreia e enjoos).
A infusão de água quente com as folhas do cajueiro também é usada como xarope expectorante para os casos de tosse e catarro.
A casca, tanto do fruto como da árvore também pode ser aproveitada para matéria prima para chás. Nesse caso, a bebida é considerada afrodisíaca.
Já para o uso externo, esse chá pode ser aplicado na pele para tratar frieiras e inflamações. Em casos de aftas e feridas bucais, o recomendado é fazer gargarejos com a bebida.
O clima ideal para o plantio do cajueiro é quente e seco, com temperatura média de 27º C, típico da região do nordeste brasileiro.
Essa árvore frutífera requer pouco espaço físico (podendo ser plantada até mesmo em quintais) e poucos cuidados para se manter.
A distância ideal entre uma cova e outra varia entre 7 metros (para o tipo anão) e 10 metros (para o cajueiro comum).
Já a irrigação deve ser mais frequente durante o 1º ano da árvore, que precisa receber água a cada 15 dias.
Solos leves, ou seja, mais arenosos são o melhor tipo para realizar a cajucultura.
O cajueiro começa a produzir os seus primeiros frutos após 1 ano em solo e com cuidados propícios, geralmente entre os meses de agosto e janeiro.
O caju é uma fruta exótica ao redor do mundo, mas conhecida entre o povo brasileiro. O consumo dessa iguaria pode ser prejudicial para pessoas com complicações intestinais, como gastrite.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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