Saúde

Aterosclerose: o que é, sintomas, tratamento e consequências

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 19/07/2017Última atualização: 29/09/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 19/07/2017Última atualização: 29/09/2023
Ilustração de um mulher com cabelo cacheado, profissional da saúde, analisando um coração. A aterosclerose é identificada pelo acúmulo gradual de colesterol e outros lipídios nas paredes das artérias.
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A aterosclerose é caracterizada pelo acúmulo progressivo de colesterol e outros lipídios nas paredes arteriais, é uma condição que, ao longo do tempo, pode restringir o fluxo sanguíneo e aumentar o risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outros problemas de saúde graves. 

No entanto, pesquisas e estudos médicos têm indicado que intervenções específicas podem contribuir para reverter esse processo.

Um dos principais fatores que influenciam a regressão da aterosclerose é a adoção de um estilo de vida saudável, gerenciamento do estresse e a adoção de técnicas de relaxamento podem ter um impacto positivo na saúde cardiovascular, uma vez que o estresse crônico pode contribuir para a inflamação e o acúmulo de placas. 

A cessação do tabagismo também é fundamental, visto que o tabaco pode causar danos às paredes arteriais e agravar a aterosclerose.

Os códigos ICD-10 da aterosclerose  pertencem à categoria I70, que trata de doenças arteriais ateroscleróticas. Os códigos específicos dentro da categoria I70 refletem diferentes locais e manifestações da aterosclerose no corpo, como:

  • Aterosclerose da aorta: CID 10- 170.0;
  • Aterosclerose da artéria renal: CID 10- 170.1;
  • Aterosclerose das artérias das extremidades: CID 10- I70.2;
  • Aterosclerose de outras artérias: CID 10- 170.8;
  • Aterosclerose generalizada e a não especificada: CID 10- I70.9.

Siga a leitura para saber as causas, sintomas, opções de tratamento e outras informações sobre a aterosclerose.

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é aterosclerose?
  2. Diferença entre arteriosclerose e aterosclerose
  3. Como a aterosclerose se desenvolve
  4. Causas e fatores de risco
  5. Sintomas
  6. Como é feito o diagnóstico da aterosclerose?
  7. Tem cura? Qual o tratamento?
  8. Como reverter a aterosclerose?
  9. Complicações e consequências
  10. Aterosclerose mata?
  11. Prevenção

O que é aterosclerose?

A aterosclerose acontece principalmente por excesso de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes internas das artérias, causando obstruções que impedem o fluxo sanguíneo. Trata-se da principal causa de infartos, acidentes vasculares e doença arterial periférica.

Capaz de afetar qualquer artéria do corpo, a condição geralmente tem início durante a infância/juventude e piora com o tempo. É assintomática durante a maior parte do seu desenvolvimento e muitas vezes só é descoberta após o surgimento de alguma complicação.

Homens têm um risco maior de sofrer do problema do que as mulheres. No entanto, após a menopausa, o risco para mulheres aumenta.

Também conhecida como “endurecimento das artérias”, a doença traz complicações sérias uma vez que o conteúdo das placas pode se soltar e formar um trombo (coágulo) na corrente sanguínea, que pode obstruir a passagem do sangue em artérias de calibre menor. Com isso, órgãos e tecidos param de receber oxigênio e podem morrer (necrose).

Leia mais: Placas de gordura nas artérias podem causar aterosclerose 

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Diferença entre arteriosclerose e aterosclerose

A aterosclerose é um subtipo da arteriosclerose, condição na qual as paredes dos vasos sofrem espessamento e endurecimento, perdendo a elasticidade e prejudicando o fluxo sanguíneo.

Trata-se de uma condição muito comum na idade avançada por conta de processos fisiológicos naturais, porém a principal característica da arteriosclerose é que ela se dá mesmo sem o depósito de placas de gordura nas paredes arteriais.

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Como a aterosclerose se desenvolve

As paredes internas das artérias são formadas por diversas camadas, uma delas é o endotélio, sendo que a camada mais interior, na qual o sangue tem contato, é lisa, regular e ininterrupta.

Quando ocorre alguma lesão ou doença no endotélio, células de proteção do sangue denominadas monócitos e células T entram em ação para repará-lo. Elas penetram essa parede e se tornam células espumosas (chamadas macrófagos) que absorvem os lipídeos da corrente sanguínea, em especial o colesterol de baixa densidade (LDL).

Nesse processo, ocorre uma inflamação na parede do vaso sanguíneo, que faz com que células do músculo liso entrem nessa camada intermediária, numa tentativa de criar um revestimento para proteção. Ali, as células se multiplicam, ao mesmo tempo em que as gorduras se acumulam nessa região. 

Além disso, outras substâncias passam a se acumular ali dentro: cristais de colesterol, detritos de células e cálcio, gerando uma placa fibrosa. Esse acúmulo de substâncias é denominado ateroma ou placa aterosclerótica. 

Quando essas placas se tornam muito grandes, expandem as paredes internas da artéria, diminuindo o espaço para o sangue fluir. Essas paredes também perdem a sua elasticidade e se tornam mais endurecidas.

Os ateromas podem ser classificados da seguinte maneira:

  • Estáveis: são placas que regridem, permanecem estáticas ou aumentam muito lentamente, sendo perigosas apenas quando crescem o bastante para causar uma obstrução da artéria;
  • Instáveis: são placas mais vulneráveis, que são facilmente quebradas e se soltam dentro da corrente sanguínea, fazendo com que o sangue forme um coágulo (trombo), que pode obstruir o fluxo em qualquer lugar do sistema circulatório.

Vale ressaltar que os ateromas podem se formar em qualquer artéria de calibre médio ou grande e são distribuídos irregularmente, ou seja, não se formam em apenas um lugar. 

No entanto, nota-se uma maior incidência nas ramificações das artérias, provavelmente por conta da maior probabilidade de lesões nessas áreas, assim como uma certa disfunção endotelial que prejudica o processo anti-inflamatório, responsável por prevenir maiores problemas dentro do vaso sanguíneo.

Causas e fatores de risco da aterosclerose

Acredita-se que as lesões nas paredes dos vasos são causadas por fatores como colesterol alto e hipertensão, em especial onde há bifurcações e o sangue sofre um turbilhão durante a passagem.

Alguns fatores de risco aumentam as possibilidades da formação de placas e muitos deles estão intimamente ligados e podem ser prevenidos. Assim, é possível focar em eliminar um dos fatores de risco e acabar eliminando vários. Isso é importante porque a melhor medida contra a aterosclerose é a prevenção.

Os principais fatores de risco são:

Colesterol elevado

Os níveis de colesterol no sangue têm um papel importante na aterosclerose, uma vez que as placas ateroscleróticas são formadas, em parte, por cristais de colesterol. Vale lembrar, no entanto, que certo nível de colesterol é saudável, pois ele tem funções importantes no corpo.

O colesterol não se dissolve no sangue e, por isso, deve ser transportado por lipoproteínas, denominadas por lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL). 

Valores altos de VLDL e LDL são prejudiciais à saúde pois fazem com que mais gordura se acumule nos tecidos, incluindo as artérias, aumentando as possibilidades de formação de placas ateroscleróticas. Enquanto isso, valores altos de HDL retiram as gorduras de onde há excesso, estabelecendo o equilíbrio.

O tipo de lipoproteína é determinado pelas gorduras que ela deve carregar. Gorduras saturadas e trans aumentam os níveis de LDL, enquanto gorduras poli e monoinsaturadas elevam o HDL.

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Hipertensão

A pressão arterial acima de 110/75 mmHg aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, quando já se tem aterosclerose, a hipertensão eleva as chances de complicações como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

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Diabetes

Os indivíduos com diabetes, tanto do tipo 1 quanto do tipo 2, apresentam uma predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose em artérias de grande porte. 

Além disso, aqueles que sofrem de diabetes mellitus tipo 1 também estão suscetíveis a uma condição que afeta as artérias de menor calibre, como as presentes nos olhos, nervos e rins. Isso pode culminar em complicações significativas, como perda de visão, neuropatia e insuficiência renal.

O descontrole dos níveis de glicose no sangue é a principal conexão entres as as causas, pois contribui para o processo de formação de placas de gordura nas artérias. Essas placas, compostas por colesterol e outros lipídios, podem obstruir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.

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Idade

A idade é um grande fator de risco pois sabe-se que, com o tempo, o nível de colesterol no sangue tende a aumentar, assim como as artérias sofrem processos fisiológicos que levam ao endurecimento de suas paredes (arteriosclerose), criando um cenário propício para a formação de ateromas.

Obesidade

obesidade, em especial a abdominal, aumenta a chance de desenvolver outros fatores de risco para a aterosclerose, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e níveis elevados de colesterol.

Tabagismo

Seja por meio do cigarro e tabaco de mascar, os meios aumentam os riscos de qualquer doença relacionada ao sistema cardiovascular, em especial a aterosclerose. Isso porque o tabaco diminui a quantidade de colesterol bom (HDL) e aumenta o colesterol ruim (LDL) no sangue. 

Além disso, o fumo aumenta os níveis de monóxido de carbono no sangue, o que eleva o risco de lesões nas paredes dos vasos sanguíneos.

Abuso do álcool

álcool aumenta os níveis de HDL da corrente sanguínea e diminui as chances de formar coágulos (trombos). Por isso, seu consumo pode parecer uma boa alternativa para a prevenção. 

No entanto, o consumo acima do moderado aumenta os riscos de doenças hepáticas, o que pode prejudicar os níveis de colesterol e elevar as chances de desenvolver aterosclerose.

Sedentarismo

O sedentarismo está ligado ao desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares, em especial a aterosclerose. 

Mesmo que em grau moderado, a prática de exercícios físicos regular reduz os riscos, reduz a pressão arterial, os níveis de colesterol e a resistência à insulina.

Leia mais: Dicas para evitar o sedentarismo e ter mais saúde 

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Sintomas

Até certo ponto, a aterosclerose é assintomática e o portador só desconfia que tem algo errado quando a obstrução na artéria já é grande o bastante para que haja dificuldade em levar oxigênio para os outros órgãos e células.

Como os ateromas podem se formar em qualquer parte de qualquer artéria, os sintomas dependem muito das áreas afetadas. O mais comum é que as placas se formam nas artérias carótidas, coronárias, femoral, poplítea e tibial e renais.

Artérias carótidas

São as artérias responsáveis por conduzir o sangue até o cérebro. Quando há placas em algum ponto delas, há um risco muito grande de acidente vascular cerebral (AVC) e os principais sintomas aos quais se deve prestar atenção são:

Artérias coronárias

Quando há obstruções nas artérias que irrigam o próprio coração, as consequências podem ser graves. Deve-se ficar atento aos seguintes sintomas:

  • Dor ou desconforto no peito;
  • Falta de ar;
  • Sensação de desmaio;
  • Braço e ombro doloridos/ dormentes;
  • Fadiga.

Artérias femoral, poplítea e tibial

Se a obstrução é nas artérias que irrigam as pernas, é possível que haja claudicação intermitente, um tipo de dor dos membros inferiores que se faz presente ao caminhar e durante exercícios, indicando a falta de oxigênio, podendo causar:

  • Formigamento na área afetada;
  • Dor;
  • Palidez;
  • Cianose.

Artérias renais

Nas artérias renais, a obstrução pode causar insuficiência renal. Assim, sintomas que aparecem com frequência nesses casos são:

  • Inchaço nas extremidades;
  • Hipertensão;
  • Dificuldade de concentração;
  • Perda do apetite.

Como é feito o diagnóstico da aterosclerose?

O diagnóstico da aterosclerose envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. Uma abordagem abrangente é essencial para identificar a presença e a extensão da doença nas artérias. 

Aqui estão os principais métodos utilizados para diagnosticar a aterosclerose:

Exame físico

Durante um exame físico feito dentro do consultório, o médico pode buscar por sinais de que as artérias estão estreitas e endurecidas, como:

  • Pulso enfraquecido;
  • Hipotensão nos membros inferiores;
  • Por meio de um estetoscópio, procurar sons diferentes nas artérias.

Exames Laboratoriais

Vários exames de sangue podem fornecer informações importantes sobre o risco e a presença de aterosclerose. Isso inclui medir os níveis de colesterol total, colesterol LDL (ruim), colesterol HDL (bom) e triglicerídeos. 

Além disso, testes como a proteína C-reativa (PCR) de alta sensibilidade podem ajudar a avaliar a inflamação, que está associada à aterosclerose.

Teste de estresse

Em alguns casos, um teste de estresse cardíaco pode ser realizado para avaliar como o coração responde ao esforço. Isso pode ajudar a identificar áreas do coração que não estão recebendo fluxo sanguíneo adequado devido à aterosclerose.

O médico, geralmente um cardiologista, pode solicitar uma bateria de exames para se certificar de que não há outras condições causando os sintomas. A escolha dos exames vai depender do local dos sintomas, que é a principal pista para se saber onde está a obstrução.

Glicemia em jejum

O exame de glicemia em jejum consiste na retirada de uma amostra de sangue do paciente após 12 horas de jejum, a fim de medir os níveis de glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Valores muito altos ou muito baixos podem indicar diabetes mal controlada, que é um fator de risco para a aterosclerose.

Leia mais: Glicemia em jejum: quando é indicado e cuidados antes do exame 

Lipidograma

lipidograma é um exame que analisa a quantidade de gorduras na corrente sanguínea, feito com a retirada de uma amostra de sangue, também em jejum. Esse exame mostra a quantidade de gorduras totais, HDL, LDL e triglicerídeos.

O ideal é que os níveis de gorduras totais estejam entre 140 e 200mg/dL. Quando o nível de LDL está abaixo de 130mg/dL e de HDL acima de 40mg/dL, há diminuição do risco de ataque cardíaco e doenças relacionadas ao aumento de colesterol na corrente sanguínea.

Valores altos do LDL podem indicar a aterosclerose, uma vez que é um dos fatores de risco da doença. Esse resultado pode, também, apontar uma hipercolesterolemia familiar, condição na qual o indivíduo naturalmente possui mais colesterol de baixa densidade na corrente sanguínea.

Ultrassom com Doppler

No ultrassom com Doppler, mede-se a pressão sanguínea em diferentes pontos das artérias e veias. Através desse exame, o médico pode determinar a severidade de possíveis obstruções, assim como verificar a velocidade do sangue nas artérias.

Índice Tornozelo Braquial (ITB)

Nesse exame, mede-se a pressão sanguínea de ambos os braços e tornozelos, a fim de detectar uma diferença entre elas. Uma alteração nessas medições é um forte indício de que há alguma obstrução no caminho.

Angiografia por ressonância magnética (MRA)

Por meio da aplicação de um contraste na circulação sanguínea, a MRA é capaz de criar imagens claras dos vasos sanguíneos. 

Ao analisar essas imagens, o médico pode detectar alterações na espessura das artérias, assim como ver partes onde o fluxo sanguíneo é menor por conta de obstruções.

Cateterismo cardíaco

Quando se suspeita que a obstrução é no coração, um cateterismo cardíaco ajuda a encontrar exatamente o local do ateroma. Nesse exame, um cateter é colocado em um vaso sanguíneo periférico no braço, coxa ou pescoço, e é guiado até o coração.

Esse cateter deposita um contraste nos vasos sanguíneos para que eles fiquem mais visíveis em radiografias. Através desse contraste, é possível observar se há placas ateroscleróticas nas artérias coronárias.

Leia mais: Cateterismo: para que serve? Quem precisa fazer? 

Tem cura? Qual o tratamento?

Ilustração de um profissionais da área da saúde atendendo uma mulher no clínica..

O melhor tratamento para a aterosclerose é a prevenção, uma vez que não há cura. Ao constatar os fatores de risco, o paciente deve buscar ter um estilo de vida com hábitos saudáveis para que possa evitar a formação de placas nos vasos.

A fim de evitar uma piora da condição, o paciente deve ter hábitos saudáveis como alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos frequentes que, por sua vez, combatem o sobrepeso. 

A dieta é um dos principais fatores para prevenir depósitos de gordura nas paredes arteriais. Uma alimentação balanceada é aquela que garante os nutrientes necessários sem haver aumento de substâncias nocivas no organismo, como é o caso do colesterol de baixa densidade.

Além disso, é recomendável também:

  • Exercícios físicos entre 75 e 150 minutos por semana, dependendo da intensidade; 
  • Para com o tabagismo;
  • Diminuir a ingestão de álcool;
  • Cuidar com os níveis de glicose no sangue.

Tratamento medicamentoso

Não existe um medicamento específico para a aterosclerose, assim como nenhum medicamento seria capaz de reduzir as placas ateroscleróticas já formadas. No entanto, os médicos costumam receitar medicamentos que combatem as complicações da doença.

Os principais medicamentos indicados pelos médicos são vasodilatadores, anticoagulantes, estatinas (ajudam a reduzir os níveis de LDL) e diuréticos.

Cirurgias

Em último caso, existem algumas cirurgias que podem ser feitas para melhorar a qualidade de vida do paciente. No entanto, vale ressaltar que nenhuma delas é capaz de curar a aterosclerose.

Angioplastia com stent

Na angioplastia com stent, um cateter é conduzido até o local da placa aterosclerótica, onde deixa um tubo de metal em forma de malha expansível que empurra a placa, expandindo o calibre da artéria e permitindo a passagem do sangue.

Endarterectomia

A endarterectomia consiste na abertura da artéria a fim de remover a placa aterosclerótica de sua parede interna. Costuma ser feita na artéria carótida, a fim de evitar acidentes vasculares cerebrais (AVCs), sendo chamada de endarterectomia carotídea.

Bypass vascular

Também conhecida como bypass arterial, a bypass vascular é um tipo de cirurgia na qual se constrói um novo caminho para o fluxo sanguíneo. 

O procedimento consiste em pegar um enxerto de uma veia (geralmente da perna, tórax e braço) ou um tubo sintético e conectá-lo à artéria onde há o bloqueio, contornando-o e gerando um desvio para o curso do sangue. Deste modo, o sangue chega aos tecidos sem maiores dificuldades.

Essa cirurgia pode ser feita em diversas artérias, porém a forma mais conhecida da operação é a Ponte de Safena, na qual uma parte da veia safena (da perna) é conectada a uma artéria coronária, evitando infartos.

Como reverter a aterosclerose?

Infelizmente, não existe uma maneira de reverter a aterosclerose, apenas meios de torná-la menos perigosa para a saúde do paciente. 

O tratamento medicamentoso, juntamente com a dieta equilibrada, é capaz de impedir que as placas ateroscleróticas se tornem maiores, porém não são o bastante para que elas diminuam de tamanho ou que os vasos recuperem sua elasticidade.

Alguns medicamentos são capazes de diminuir o nível de colesterol ruim (LDL) no sangue por meio de um bloqueio da função do fígado na síntese dessa substância. No entanto, isso apenas impede maiores depósitos de colesterol nas placas, sem haver garantia de que outras substâncias não se juntem ao ateroma e o tornem maior. 

Por isso a importância de, mesmo com o tratamento medicamentoso, manter-se ativo fisicamente e ter uma dieta equilibrada.

Complicações e consequências da aterosclerose

Por se tratar de uma doença vascular, a aterosclerose pode ter consequências muito graves e inclusive levar à morte. Algumas das consequências são:

Leia mais: Insuficiência renal: causas, sintomas e como tratar 

Aterosclerose mata?

Sim, a aterosclerose depende muito de onde a placa aterosclerótica se forma. Isso porque ela leva ao óbito através de suas complicações, como as doenças arteriais coronária e carotídea. Em geral, a aterosclerose é a principal causa de infartos e acidentes vasculares, condições que podem matar rapidamente.

Prevenção

Quando diagnosticada precocemente e gerenciada de maneira adequada, a doença pode ser controlada e seus efeitos adversos podem ser minimizados, proporcionando uma melhor qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações graves.

A prevenção da aterosclerose é feita da mesma maneira que a prevenção de qualquer doença cardiovascular: com atividade física e alimentação equilibrada. Além disso, algumas outras dicas para prevenir são:

  • Cessar o tabagismo e diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Controlar fatores de risco como obesidade, colesterol alto, hipertensão e diabetes;
  • Monitorar o colesterol fazendo exames periódicos a partir dos 40 anos de idade;
  • Praticar técnicas de relaxamento, como yogameditação, pois ajudam a manter a pressão sanguínea equilibrada.

Os exames de acompanhamento para monitorar a progressão da aterosclerose podem incluir: testes laboratoriais regulares para avaliar os níveis de colesterol, glicose no sangue, exames de imagem, como angiografia.

A educação e a conscientização também desempenham um papel significativo. Compreender os fatores de risco, os sinais de alerta e a importância do tratamento adequado motiva os pacientes a aderirem às recomendações médicas e a fazerem escolhas saudáveis no dia a dia.

Leia mais: Como interpretar a pressão arterial no aparelho digital? 


Por ser uma das principais doenças capazes de levar a um infarto ou AVC, existe uma maior necessidade de medidas preventivas da aterosclerose. Compartilhe este texto com os amigos e familiares para que todos conheçam a doença e saibam como se prevenir. Caso haja qualquer dúvida, pode perguntar que nós respondemos!


Imagem do profissional Kayo Vinicius Ferreira Forte
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Este artigo foi escrito por:

Kayo Vinicius Ferreira Forte

Formação em Biomedicina. Leia mais artigos de Kayo
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