Manter um peso saudável é importante para reduzir riscos de vários problemas de saúde. Um dos principais pontos para isso é o cuidado com a alimentação, junto com hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividades físicas.

Então, a ajuda nutricional, feita por especialistas, é essencial. Isso, porque o acompanhamento correto ajuda a organizar uma dieta que vai muito além do peso, afinal, a alimentação não tem a ver só com o número da balança, mas também com o correto funcionamento do corpo.

Dessa forma, quem está querendo ou precisando reduzir alguns quilos precisa apostar na reeducação alimentar e esquecer de vez as dietas da moda — além de não terem resultados efetivos e duradouros nas medidas corporais, elas estão cercadas de possíveis riscos à saúde. 

Entenda melhor a importância de contar com especialistas em nutrição para emagrecer com saúde:

Índice — neste artigo você vai encontrar:

  1. Como fazer uma dieta para emagrecer com saúde?
  2. Por que nem todo mundo emagrece com a mesma dieta?
  3. Dieta rígida X dieta flexível: existe uma mais adequada para emagrecer?
  4. Quais os riscos de dietas radicais e sem acompanhamento profissional?
  5. Quais aspectos são levados em consideração na hora de montar uma dieta?

Como fazer uma dieta para emagrecer com saúde?

Ter uma alimentação saudável, ao contrário do que muita gente pensa, não é difícil e não precisa ser caro. Algumas mudanças simples no dia a dia já são suficientes para tornar as refeições mais balanceadas — e tudo isso sem sofrimento. 

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alimentação saudável é aquela que valoriza a variedade de alimentos, tem harmonia entre qualidade e quantidade, preza pelos alimentos naturais e é segura sanitariamente. 

Ou seja, comer bem se refere a pratos coloridos, saborosos, acessíveis e, claro, nutricionalmente ricos. 


Apostar em variedade de frutas e verduras, por exemplo, é uma ótima maneira de atingir as indicações diárias de ingestão de vitaminas e minerais. Reduzir produtos industrializados e fazer trocas saudáveis também auxilia para que as proteínas, carboidratos e gorduras sejam ingeridos adequadamente também.

Muitas vezes, apenas essas medidas já são capazes de provocar mudanças na balança. Mas para quem precisa de fato emagrecer, não há segredo: acompanhamento nutricional e reeducação alimentar.

Para emagrecer com saúde, é preciso passar longe das dietas populares na internet e dos cardápios que prometem milagres em 3 ou 5 dias. 

Reduzir o peso sem trazer prejuízos ao organismo é possível — e em alguns casos, é importante até para melhorar ou recuperar a saúde —, mas é preciso responsabilidade nisso.

Dessa forma, a orientação é que a dieta precisa ser adequada (isso inclui ser possível também!).

Esta última característica é fundamental, afinal, é muito difícil permanecer em uma rotina de refeições pobres nutricionalmente ou que façam a pessoa sentir fome — podendo ainda desencadear outros problemas, tanto físicos quanto psicológicos.

Por que nem todo mundo emagrece com a mesma dieta?

Uma série de fatores devem ser levados em consideração na hora de elaborar um plano alimentar. 

O objetivo da mudança alimentar é bastante importante para auxiliar nas escolhas — lembrando que a dieta pode ser parte de um tratamento médico (reduzir colesterol, por exemplo), pode ser para emagrecer, para engordar ou não ter nenhuma relação direta com o peso, apenas para cuidar melhor da saúde.

Mas se for considerado o objetivo de reduzir medidas, ainda assim é comum que as pessoas se perguntem o porquê nem todo mundo emagrece com a mesma dieta. É aquela história: alguém copia o cardápio de um amigo ou amiga, e mesmo fazendo tudo bem parecido, os resultados são bem diferentes.

Junto a isso, há outro ponto importante: o aspecto emocional ou psicológico da alimentação. Uma mesma dieta pode ser extremamente complexa de ser seguida por uma pessoa, mas pode ser simples e trazer mais bem-estar a outra.

Isso ocorre porque cada pessoa tem individualidades, especificidades e necessidades que podem variar, conforme explica a nutricionista Camila Machado. “É por isso que o plano alimentar de um não serve ao outro, tanto em questões de necessidade fisiológica, quanto de aderência, rotina, preferências e vivências”.

Considerando tudo isso, os resultados são mais promissores — seja pela eficácia do emagrecimento, seja pela facilidade em aderir à mudança alimentar.

Para Camila Machado, “um plano alimentar sempre busca incluir alimentos, não excluir, e incluir o prazer ao se alimentar. Também leva em consideração a memória afetiva, pois é trabalhado o comportamento alimentar, e a dinâmica dos grupos alimentares.”

Por isso, quem ainda acha que para emagrecer com saúde deve restringir diversos alimentos — ou, pior, passar fome — está bem enganado(a). Pois o objetivo do acompanhamento nutricional é elaborar uma rotina adequada, simples e funcional — bem diferente daqueles cardápios rígidos e difíceis de seguir. 

Dieta rígida X dieta flexível: existe uma mais adequada para emagrecer?

Não é incomum ver cardápios bem rígidos prometendo alguns quilos a menos na balança. Esse tipo de dieta costuma ser bem delimitada — ou seja, com quantidades e alimentos pré definidos, de modo que as refeições devem ser rigidamente feitas conforme o plano alimentar.

Já as dietas flexíveis são, de forma geral, aquelas em que há a possibilidade de fazer trocas, que são combinadas com o(a) nutricionista com base em algum critério.

Por exemplo, é possível trocar uma porção de alimento por outra do mesmo valor nutricional, mesma quantia caloria ou mesmo grupo alimentar.

Então, fica claro que são duas formas alimentares distintas, não sendo necessariamente uma melhor do que a outra.

Muitas vezes, é mais fácil e mais adequado para algumas pessoas seguir planos mais rígidos, sabendo exatamente o que comer. Já outras, muitas vezes, podem ter mais facilidade em adotar cardápios flexíveis, em que trocas alimentares são permitidas.

Dessa forma, Camila Machado aponta que “o plano alimentar mais indicado ao paciente é aquele que ele consegue aderir e manter constância, portanto, deve levar em consideração aspectos sociais, fisiológicos, ambientais e as preferências”.

Além disso, a nutricionista explica que é importante que o cardápio elaborado promova a conscientização de que, em geral, não é necessário excluir nada para ter uma alimentação saudável ou para emagrecer — essa é a tão falada moderação.

Quais os riscos de dietas radicais e sem acompanhamento profissional?

Não é difícil conhecer alguém que, ao decidir emagrecer, apostou em cardápios prontos ou dietas da moda. Apesar de ser tão comum, o comportamento geralmente não traz os resultados desejados — ainda pior, pode envolver riscos sérios à saúde.

Isso, porque há a dificuldade em manter o cardápio. Geralmente, as dietas radicais excluem boa parte dos alimentos, mesmo aqueles ricos em nutrientes. Isso faz com que as fontes alimentares fiquem restritas — tanto em quantidade quanto em qualidade.

Assim, ocorre que em grande parte das vezes as pessoas cortam mais da metade da alimentação, reduzindo drasticamente (e de modo não saudável) calorias e outros nutrientes importantes.

Por isso, é tão comum haver mal-estar ao iniciar as dietas da moda — o que, por consequência, traz riscos à saúde.

Camila Machado aponta que “quando se faz uma dieta sem acompanhamento, existe uma gama muito grande de restrição alimentar, cheio de “não pode”, e isso afasta o indivíduo de uma boa relação com o alimento”.

Vale reforçar que comer não é apenas um ato de nutrir o corpo, mas também cheio de significados culturais, afetivos e sociais. Por isso, as dietas sem ajuda profissional podem ter um efeito reverso bem generalizado, afetando todas essas esferas da vida.

Outro ponto a ser levado em consideração é que muitas pessoas são enganadas pelas promessas de emagrecimento acelerado (como aquelas dietas que prometem números a menos na balança em apenas 5 dias).

“Emagrecer diz respeito a diminuir a quantidade de gordura estocada no corpo. Nos protocolos pegos na internet mais restritivos, em grande parte, o que se perde nos primeiros dias é água. Por isso, tem a redução de número tão rápida, mas isso não significa que você diminuiu a quantidade de gordura no seu corpo”, indica a nutricionista.

Por que dietas restritivas não emagrecem?

A promessa de emagrecimento rápido e em pouco tempo é bem tentadora para muitas pessoas. Em duas semanas, às vezes em apenas 5 ou 3 dias, alguns cardápios prometem eliminar os quilos a mais.

No entanto, como aponta a nutricionista Camila Machado, o que ocorre geralmente é uma redução de líquidos do corpo, e não necessariamente a gordura.

Mas há outro ponto bem importante a ser considerado: a capacidade de persistir na mudança alimentar.

Camila indica que, com uma redução drástica na quantidade de alimentos ingerida, a pessoa “perde peso (não necessariamente gordura) mas não consegue manter a alimentação. Passa fome, acaba descontando em alimentos calóricos, frustra-se. A consequência é o reganho de peso”.

É por isso que vale a pena investir na reeducação alimentar, de forma que ela seja continuada e gere resultados efetivos de emagrecimento com saúde física e mental.

Quais aspectos são levados em consideração na hora de montar uma dieta?

A consulta com profissionais em nutrição vai possibilitar a elaboração de um plano alimentar balanceado e capaz de suprir as necessidades do(a) paciente. Além disso, vai ser um trabalho em conjunto para chegar à rotina que traga saúde e bem-estar.

Por isso a consulta com nutricionistas é tão importante. Para emagrecer, engordar, cuidar da saúde, ter mais bem-estar ou qualquer outro objetivo, não basta seguir um cardápio que promete incluir alimentos saudáveis.

É preciso considerar o contexto social, biológico, psicológico, afetivo e cultural de cada pessoa. É preciso entender a dinâmica alimentar e como é a relação com a comida, de forma que a mudança seja benéfica e gere os resultados desejados.

“Cada nutricionista tem a sua dinâmica de consulta, não existe um certo e um errado, mas no geral, a ideia é conseguir o máximo de informações do(a) paciente para que o plano se adeque a rotina e as necessidades dele(a)”, aponta Camila Machado.


É possível emagrecer com saúde, apostando em uma alimentação balanceada, nutritiva e adequada. Cuidar do que se põe no prato é uma forma de cuidar de si.

O Minuto Saudável, junto com especialistas em nutrição, traz informações sobre saúde e alimentação!

Fontes consultadas

  • Camila Machado (CRN: 12313) — formada em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Especialização em andamento em Emagrecimento e metabolismo pela Faculdade Uniguaçu;
  • Guia Alimentar, Ministério da Saúde;
  • Alimentação Saudável, OPAS/OMS.


Minuto Saudável: Somos um time de especialistas em conteúdo para marketing digital, dispostos a falar sobre saúde, beleza e bem-estar de maneira clara e responsável.