Vermelhidão na face é um dos sinais mais relacionados à rosácea. Apesar de parecer simples, a condição pode ser mais complexa, dependendo do grau da doença.
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A rosácea (CID-10 L71) é uma doença inflamatória crônica da pele. Sua principal manifestação é uma vermelhidão que acomete a região central do rosto, juntamente com algumas lesões. Ela também pode atingir as bochechas, nariz, testa e queixo.
Pode ainda ser confundida com uma queimadura solar ou apenas uma sensibilidade pontual da pele.
Tanto homens como mulheres podem manifestar a doença. Apesar de ser mais comum em indivíduos do sexo feminino, dos 30 aos 50 anos, é nos homens que as formas mais graves aparecem, podendo evoluir para um quadro de rinofima (aumento gradual do nariz por espessamento e dilatação de folículos).
A presença da vermelhidão ocorre pela dilatação dos vasos sanguíneos. E essa, por sua vez, é resultado das inflamações do tecido vascular do rosto.
Por muito tempo se acreditou que a rosácea era um tipo de acne. O motivo desse equívoco ocorreu porque muitas vezes a rosácea vem acompanhada de acne, que é um sintoma da doença.
E, apesar das duas condições terem muitas manifestações em comum, elas possuem diferenças significativas:
Rosácea
Acne
Porém, as semelhanças permitem que alguns medicamentos sejam os mesmos para o tratamento de ambas.
No entanto, essa aproximação só pode ser feita a partir da orientação médica, porque também existem medicamentos que são utilizados no tratamento de acne e que não devem ser usados no de rosácea, podendo, inclusive, piorar o quadro da doença.
A rosácea é uma doença que tem suas manifestações exclusivamente físicas. Confira alguns dos sintomas mais comuns:
Vale lembrar que como a rosácea é uma doença crônica, os sintomas podem ir e vir ao longo da vida, tendo picos de crises e de amenização. Ou seja, a pele pode ficar normal por semanas, meses ou anos e depois entrar em erupção novamente.
Os tipos de rosáceas são definidos a partir dos sintomas característicos de cada um deles. Ao todo, são 4 classificações e cada uma delas se manifesta e possui características distintas, confira:
A eritemato telangectasia é o tipo de rosácea mais comum. Nela, a pele fica vermelha e com vasos bem dilatados e aparentes, mas restringindo-se apenas a região central do rosto.
Ainda, é muito comum que as pessoas portadoras desse subtipo sintam a sensação de pinicamento, queimação ou ardência na pele.
Há algumas situações que podem evidenciar esses sintomas, tais como: consumo de álcool, excesso de exposição ao sol, estresse, exercícios físicos e calor. Os sinais mais comuns são:
Já na pápula pustulosa, além da vermelhidão, há também o aparecimento de lesões, que são caracterizadas pela presença de comedões, pápulas vermelhas e inflamadas e pústulas (espinhas) com pus.
Por muito tempo esse tipo de rosácea foi confundida como a acne comum e até ficou conhecida como “acne rosácea”, porém ela não é acne justamente por não possuir algumas características expressivas, como os pontos negros e brancos dos cravos e espinhas.
Nessa categoria, os homens são os indivíduos mais afetados, alternando entre períodos de melhora e piora. Os sintomas incluem:
Esse tipo de rosácea causa uma inflamação que resulta em uma pele mais avermelhada, espessa, dura e apresenta muitos poros dilatados. Além de ser o tipo de rosácea menos comum, ela também é considerada um estágio mais avançado da doença.
Uma de suas principais características é o aumento e infiltração das glândulas sebáceas do nariz, sendo mais presente em homens acima dos 50 anos.
Nesses casos o nariz pode dobra de tamanho, podendo ser necessária uma intervenção cirúrgica, a fim de retirar o excesso de pele. Esse crescimento também pode afetar o queixo. Dentre os sintomas estão:
A rosácea ocular é o tipo mais perigoso dessa doença, isso porque, quando não tratada, pode evoluir e resultar na perda da visão.
Dentre as principais manifestações, a rosácea ocular é caracterizada pela vermelhidão dentro do olho e a descamação das pálpebras perto dos cílios (blefarite). Além desses sintomas, outros também podem aparecer:
Por possuir sintomas parecidos com de conjuntivite, as vezes o diagnóstico da doença pode demorar. Além disso, uma vez que haja suspeita da doença, também é necessário analisar se há manifestação na pele.
A rosácea granulomatosa, também chamada de rosácea lupóide, tem como principal característica o aparecimento de granulomas imunológicos.
Esse tipo de rosácea é uma variação agravada da pápula pustulosa, assim há o aparecimento de pápulas vermelho-acastanhadas, além da pele avermelhada e irritada.
Além disso, a principal peculiaridade desse tipo é a localização das granulomas, que normalmente aparecem nas extremidades laterais da rosto e logo abaixo da mandíbula, no início do pescoço.
Existem alguns sintomas que são determinantes para apontar a ocorrência da rosácea ou até mesmo o seu estágio. Se você possui alguma das manifestações abaixo, é importante que você informe ao médico para um possível diagnóstico, uma vez que a rosácea pode ser facilmente confundida com outras doenças de pele.
O surgimento de espinhas concomitantemente com vasos sanguíneos aparentes e vermelhidão pode ser um sinal de que sua rosácea está piorando. Além disso, também é importante ficar atento com linhas vermelhas, roxas ou azuladas no rosto.
Algumas pessoas que já possuem rosácea na pele também podem desenvolver a doença nos olhos. Assim, eles podem ficar secos, doloridos e irritados. Além disso, as pálpebras podem ficar avermelhadas e com prurido.
Problemas nos olhos são sempre mais graves, porque a sua evolução pode causar problemas na visão.
Existem alguns indícios de quando você pode estar desenvolvendo rosácea nos olhos:
O nariz pode ser uma parte do corpo muito afetada em casos de uma doença já mais desenvolvida, podendo surgir a rinofima — aumento do tamanho do nariz e alteração de sua textura.
A visita ao médico é de extrema importância, porque pode causar sérios problemas de autoestima.
Não há um consenso exato sobre quais são as causas do surgimento de rosáceas. Porém, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta alguns fatores como possíveis para a sua manifestação.
Dentre os possíveis causadores, destaca-se a predisposição genética. Além disso, a doença pode aparecer não só quando existem casos de rosácea na família, mas também em pessoas com determinados tons de pele — brancos e descendentes de europeus possuem mais chances de desenvolver a doença.
A SBD ainda levanta a possível participação do fungo Demodex folliculorum, que pode estar presente na flora da pele, e da bactéria Bacillus oleronius, que coloniza esse fungo.
Apesar de não haver uma consonância, existe uma teoria amplamente aceita. Nela, o sistema imunológico inato reage de forma bastante agressiva e anormal quando é exposto a fatores ambientais, traumas físicos e químicos ou germes presentes na pele.
Para se proteger, o sistema imunológico provoca uma inflamação, além de dilatar os vasos sanguíneos que se encontram na superfície da pele. Os sinais físicos dessa resposta são a vermelhidão, sensação de calor e o aparecimento dos vasos faciais.
Por não haver um consenso sobre a real causa da rosácea, é importante que o paciente observe quais hábitos desencadeiam quadros de melhora e piora da doença, desde a alimentação até as atividades que ele desempenha no dia a dia. Dentre os possíveis gatilhos estão:
Não há evidências científicas de que a rosácea possa ser transmitida, através da pele ou mesmo por objetos pessoais.
Por estar relacionada com fatores hereditários, pessoas que possuem casos de rosácea nos parentes mais próximos podem estar mais sujeitos ao aparecimento da doença.
Há também uma predisposição individual, mais comum em brancos e descendentes de europeus. Além disso, mulheres estão mais propensas a manifestar a doença, principalmente na faixa dos 30 a 50 anos.
Pessoas que possuem a pele mais oleosa e sensível também podem desenvolver mais facilmente a doença. No entanto, outros tipos de pele, como secas e mistas, também podem apresentar rosácea.
O primeiro passo para o diagnóstico é procurar um dermatologista. O profissional irá analisar a área para então chegar a uma conclusão.
Normalmente, o diagnóstico da rosácea é essencialmente clínico e muito difícil, pois os sintomas se assemelham com os de outras doenças de pele.
No entanto, alguns médicos solicitam alguns exames, como biópsia, raspagem cutânea ou hemograma, para que outras possibilidades sejam descartadas.
Por se tratar de uma doença crônica, a rosácea não tem cura, mas pode sim ser tratada.
O tratamento da rosácea, varia de acordo com o grau de evolução da doença e, em alguns casos, é possível até reverter os principais sintomas.
Além dos tratamentos por linhas gerais, há também aqueles mais específicos, de acordo com o tipo de rosácea que o paciente possui.
Confira agora os tratamentos mais populares para a doença:
Os casos de rosácea que possuem manifestações mais amenas, normalmente podem ser tratados apenas com o uso de tópicos, como pomadas e cremes. Os componentes desses produtos possuem ação anti-inflamatória, microbiótica e antibiótica.
Assim, a inflamação das feridas causadas tanto pela rosácea eritemato telangectasia quanto pela pápula pustulosa podem diminuir ou serem suavizadas conforme o uso do paciente.
Pra alguns casos, o médico pode achar necessário a utilização de medicações orais, seja por julgar que serão mais efetivas para o tratamento ou pelo próprio perfil do paciente, que pode preferir a administração oral à tópica.
Porém, o mais comum é que os tratamentos tópico e oral ocorram concomitantemente para um resultado mais significativo e reversão dos sintomas principais, como: vermelhidão, acne inflamada, vasos sanguíneos aparentes e etc.
Esse tipo de tratamento costuma ser utilizado para os casos de eritemato telangectasia e pápula pustulosa.
Normalmente, esse tratamento é utilizado em pacientes que possuem vasos sanguíneos muito aparentes, juntamente com o espessamento da pele.
Além disso, a técnica pode ajudar também na diminuição da vermelhidão presente no rosto e na eliminação de manchas causadas pela acne.
Os efeitos desse tratamento podem ser vistos logo nas primeiras sessões, entre a 1ª e a 3ª. Os pacientes que se submetem ao tratamento costumam relatar uma melhora de 50% a 75% dos sintomas, sendo que alguns identificam uma melhora de até 100%, embora isso seja menos comum.
As sessões precisam respeitar um intervalo de 3 a 4 semanas para serem realizadas e os seus resultados podem durar de 3 a 5 anos, quando associados a outros cuidados.
No entanto, apesar de os vasos sanguíneos já existentes serem eliminados, ainda assim, outros podem se formar e ficar bem aparentes.
Quanto ao espessamento da pele do nariz, o problema pode retornar mesmo após o tratamento. Mais uma vez, a solução para amenizar os sintomas é a combinação de mais de um tipo de tratamento.
Conheça as diferenças das técnicas:
Com a promessa de diminuir a vermelhidão e amenizar os vasos sanguíneos dilatados, a triniti SRA é caracterizada por possuir uma luz intensa pulsada em cima desses focos.
O número de sessões pode variar entre 2 e c5 por ano, sendo necessário um intervalo médio de 2 meses. O seu custo vai de 500 a 1000 reais.
Para os casos dos vasinhos mais dilatados e que se assemelham com microvarizes, a v-beam perfecta é ideal. A técnica consiste em criar um vácuo dentro dos vasos, pois dessa forma eles se fecham. Isso é feito por meio de um laser específico.
Assim como na triniti SRA, de 2 a 5 sessões são necessárias ao longo do ano. Já o seu custo é de 1,5 mil reais por sessão.
As multiwaves são luzes de LED, de baixa energia. Essas luzes são capaz de acalmar e diminuir a inflamação. Para essa técnica, são indicadas 2 aplicações por semana até que se complete um série de no mínimo 10 e no máximo 15.
O custo de cada sessão varia entre 120 e 300 reais.
Para casos mais avançados da doença, é necessária uma intervenção cirúrgica juntamente com uma dermoabrasão.
A cirurgia é o método utilizado para a redefinir as áreas deformadas do rosto. Enquanto que a dermoabrasão consiste em raspar a pele para retirar as manchas e irregularidades superficiais, causadas pela rosácea.
Para o caso específico da rosácea ocular, o tratamento mais eficaz é o uso de colírios e pomadas com esteroides que podem ajudar a diminuir a irritabilidade do olho e a sua vermelhidão.
Além disso, um tratamento “caseiro” também pode ser recomendado pelo médico, a fim de trazer maior conforto para o paciente. Assim, os portadores desse mal devem fazer compressas com água morna para manter a região das pálpebras sempre bem limpas.
Existem alguns medicamentos que podem ser prescritos pelo médico para iniciar o tratamento com a rosácea. Eles podem ser tanto de uso tópico como de uso oral:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
No geral, o prognóstico é positivo. No entanto, quando a doença não é tratada, ela pode avançar e se agravar em etapas, podendo inclusive ocorrer, ao mesmo tempo, mais de um tipo de rosácea.
Nesses casos, a condição pode dificultar a vida do portador, no sentido de deixar uma carga ainda mais negativa em sua autoestima.
Por ser uma doença que, apesar de não ter cura, possui muitas possibilidades de tratamento, as pessoas que têm rosácea convivem bem com a doença, mas precisam ter alguns cuidados.
No geral, quando a nossa pele desenvolve algum tipo de sintoma, ela também pode estar tentando nos alertar de que existe algum desequilíbrio no nosso corpo ou que ele pode estar intoxicado de alguma maneira.
Existem alguns cuidados que podemos nos atentar para diminuir a sua manifestação ou para evitar crises da doença.
Como a doença tem sua manifestação exclusivamente na pele, especialmente na do rosto, os cuidados que merecem mais atenção são com a cútis. Confira alguns fatores que devem ser levados em consideração:
É sempre muito importante estar atenta à composição dos cosméticos que você utiliza. Isso porque existem alguns componentes que podem desencadear ou provocar uma nova crise.
Veja aqui quais ingredientes podem funcionar como gatilhos:
Alguns produtos com adstringentes, géis esfoliantes e outros cosméticos também podem deixar a pele ainda mais sensível.
Além disso, as fragrâncias presentes em produtos é algo que sempre deve ser evitado. Isso porque os perfumes já possuem fama de funcionarem como um gatilho certeiro para a dermatite alérgica.
Nas peles mais sensibilizadas, esses efeitos podem ser ainda mais expressivos. Assim, cosméticos sem perfume e hipoalergênicos sempre devem ter preferência.
Outro cuidado fundamental para aquelas pessoas que possuem pele com rosácea é testar os produtos que deseja utilizar. Ou seja, toda vez que você iniciar o uso de um novo cosmético, é importante experimentá-lo em uma pequena área, como no pescoço, por exemplo, e ver como a pele irá reagir.
Caso o haja alguma reação, é importante ver a composição do produto e levar ao seu dermatologista na próxima consulta, assim ele vai conseguir levantar os possíveis desencadeadores da reação para que você evite produtos que contenham o componente.
As pessoas portadoras de rosácea precisam ter consciência que quanto menos produtos, que não são específicos para o tratamento da doença, forem usados, melhor isso será para a sua pele.
Portanto, é fundamental que o paciente sempre opte por produtos multifuncionais.
Adotar uma dieta saudável é sempre uma recomendação, independente se você possui algum tipo de doença. No entanto, quando se está com alguma disfunção, essa orientação se torna ainda mais relevante.
No caso da rosácea, é importante que você consuma mais vegetais e frutas secas, pois esses alimentos são ricos em nutrientes e vitaminas, além de ambos serem fontes de antioxidantes e promoverem a regeneração das células.
Veja algumas boas opções de alimento para você incluir no seu dia a dia:
O alho e a cebola também podem ser fortes aliados no combate à rosácea, isso porque ambos possuem propriedades antioxidantes, antifúngicas, antibacterianas e depurativas.
Da mesma forma que existem alimentos que devem ser incorporados pelas pessoas que possuem a doença, existem outros que devem ser evitados para que não haja uma crise. São eles:
Além de uma boa alimentação, também é essencial manter o seu corpo hidratado. Para isso, a ingestão de água é essencial.
A falta de água, que é o principal componente da pele, pode deixá-la ressecada e assim ela fica mais propensa para a desenvolver doenças e infecções.
O estresse está como um dos principais fatores que podem desencadear crises mais significativas da doença. Por isso é importante, na medida do possível, evitar que ele esteja presente na sua rotina.
Uma boa maneira para aliviar, uma vez que é mais fácil amenizar do que de fato prevenir o estresse, é praticar alguma atividade física de sua preferência.
O uso do protetor solar é indispensável. Com ele a pele ficará muito protegida do sol, que pode ser um inimigo para peles sensíveis e reativas.
Além disso, a exposição solar foi apontada como um dos fatores mais desencadeantes. Segundo a National Rosacea Society, os raios solares são os responsáveis por 81% das crises de rosácea.
Algumas pessoas, normalmente antes de receberem o diagnóstico de que possuem rosácea, tentam fazer alguns “truques” na esperança de que as pequenas acnes e outros sintomas desapareçam.
Dentre eles, o mais comum é o uso de esponja para esfoliar a pele. Apesar de ser muito importante manter a pele limpa, a esponja e a esfoliação formam a perfeita dupla vilã.
Isso porque a pele que possui rosácea já é muito sensível e avermelhada. Assim, o atrito gerado entre a esponja e a pele só fará com que esses sintomas piorem.
O ideal é usar algodões hora de promover a limpeza, pois tal produto é suave e não agride a região.
Manter a pele sempre limpa e livre de agentes agressores é sempre essencial para as pessoas que possuem a doença. Esse cuidado previne a piora do estado da pele, pois evita que microrganismos colaborem para o processo inflamatório que já é existe, por exemplo.
Além disso, a limpeza também é importante para retirar os focos de oleosidade, que pode ser uma das características dessa patologia.
É sempre importante se manter atento para escolher produtos que atendam as necessidades de cada tipo de pele, que mesmo possuindo rosácea, podem se diferenciar, confira:
Além dos vários tipos de tratamentos para diminuir os sintomas da doença, existem cosméticos que também são capazes de amenizá-los e deixarem a sua pele bem hidratada, mas sem ficar oleosa. Confira alguns deles:
Assim como os produtos citado acima, a maquiagem pode ser uma ótima alternativa para disfarçar a vermelhidão e as próprias espinhas causadas pela rosácea.
Ela também ajuda a devolver a autoestima para os portadores da doença, que muita vezes acabam se desanimando com a própria aparência por conta das manchas e aspecto avermelhado do rosto.
O primeiro passo é estar com a pele bem limpinha, assim a oleosidade terá sido eliminada. Na sequência, a hidratação também é bem importante. Essa rotina vai preparar sua pele para receber a maquiagem e ajudar a evitar reações que causem alergias ou mais sensibilidade.
Após esse passo, existem outros truques que podem ser feitos, veja quais são eles:
É isso mesmo que você leu! Apesar de a regra normal ser primeiramente a aplicação da base e só depois a utilização do corretivo, nos casos de peles com rosácea, essa sequência não funciona.
Assim, a melhor alternativa é optar pelo corretivo antes da base, a fim de neutralizar com perfeição e maior naturalidade as áreas avermelhadas. O corretivo verde é o ideal para causar esse efeito, as bases verdes também são uma ótima opção, apesar de serem mais difíceis de serem encontradas.
Para que esse processo resulte em um bom resultado, também é importante saber escolher qual é o melhor tipo de corretivo. As melhores opções são bases e corretivos que não possuam óleo na sua composição.
No momento de escolher um corretivo, sempre opte por um tom abaixo da sua pele.
Ah, e no momento de aplicação de qualquer maquiagem em peles com rosácea, também é importante utilizar um pincel antibacteriano para que sua pele sempre esteja livre de quaisquer agentes invasores.
Já no momento de escolha da base, o ideal é optar por aquelas que tenham uma coloração próximas a “cor de pele” ou, ainda, as que possuem fundos mais amarelados. A principal dica aqui é evitar aquelas que possuem pigmentos mais rosados, para não realçar a vermelhidão.
Para as mulheres que não são tão amantes do efeito causado pela base, o BB cream também pode ser uma ótima escolha. No entanto, assim como no caso da base, o corretivo deve ser aplicado antes, para que a cobertura das áreas vermelhas seja mais eficaz.
O pó mineral pode ser uma ótima opção para quem tem a pele com rosácea. Isso porque, em sua composição, normalmente não há ingredientes que possam ser agressivos para a pele.
Além disso, algumas tecnologias são formuladas especialmente para diminuir a vermelhidão característica da doença.
Na hora de investir em maquiagem na área dos olhos, é importantíssimo que você opte por produtos que sejam não só dermatologicamente testados como oftalmologicamente também.
Quando o assunto é rímel ou delineador, as melhores opções são aqueles que são laváveis. As versões à prova d’água podem causar sérios problemas na hora da sua remoção. Como a área já é muito delicada, fricções ou uso de outros produtos mais agressivos não são bem-vindos.
Para além dessas recomendações, também importante selecionar sombras que contenham menos pigmentos, pois essas normalmente são menos irritantes.
O batom vermelho costuma ser um grande amigo para a maioria das mulheres. Ele é capaz de trazer confiança, segurança e autoestima, no geral. Contudo, para as mulheres que possuem rosácea ele pode ser um grande vilão.
Como a pele já possui esse tom mais avermelhado, utilizar essa cor também nos lábios, pode dar a impressão do rosto estar ainda vermelho. Assim, nesses casos, esse tom pode trazer insegurança e baixa autoestima para as mulheres.
Mas não fique desanimada, existem várias opções de batons nudes que podem te deixar igualmente poderosa!
A principal complicação que pode ser afetada pela doença é a autoestima. Quando não se faz o tratamento, ou não se sabe ao certo quais são os fatores que desencadeiam as crises, as pessoas portadoras da doença costumam ficar com a autoestima baixa, devido a vermelhidão que se instala na pele, além das lesões, em alguns casos.
O quadro pode piorar, pois ainda há o estigma de que pessoas que possuem o rosto vermelho, principalmente o nariz, que são características da doença, são alcoólatras. Esse equívoco pode desencadear problemas ainda maiores na saúde mental dos pacientes.
Ainda, na rosácea fimatosa, a ausência de um tratamento adequado pode gerar a rinofima, podendo prejudicar ainda mais a autoestima do paciente.
Diante dessa situação, procurar um psicólogo e fazer o tratamento mais adequado também são de extrema importância, afinal a saúde mental é tão importante quanto a física.
Além disso, existem outras condições mais pontuais que podem ser consideradas complicações da doença: a rosácea ocular, quando não tratada da devida maneira, pode resultar em problemas graves na visão, inclusive cegueira.
Existem alguns estudos que apontam para a relação da rosácea com outra doenças. Alguns deles estão mais consolidados, outros nem tanto.
Dentre as possibilidades amplamente aceitas pelos médicos, está a relação da rosácea com a dermatite seborreica. Ainda há quem defenda a sua associação com enxaqueca, distúrbios gastrointestinais ou neurológicos, incluindo a doença de Parkinson.
Além disso, estudos recentes apontaram que pacientes que possuíam rosácea tinham um risco 41% maior de desenvolver colesterol alto.
Também se estabeleceu uma relação de que esses pacientes possuíam 35% a mais de chances de manifestar doença arterial e 17% de apresentarem hipertensão quando comparadas com as pessoas que não possuem a doença.
Como as causas da manifestação da rosácea ainda não foram claramente definidas, não há como falar em prevenção no sentido de evitar que a doença apareça.
No entanto, existem vários gatilhos que podem desencadeá-la. Assim, a melhor maneira de prevenir uma crise ainda maior de rosácea é ficar atento à esses fatores, que podem interagir de maneira diferente de pessoa para pessoa.
Ou seja, o mesmo fator pode ser desencadeante para uma pessoa com rosácea, e não ser para outra. Por isso, é importante ficar atento e sempre repassar essas informações para o seu médico.
Quando se trata de doenças é normal que tenhamos algumas ou muitas dúvidas, não é mesmo? Por isso aqui estão algumas das perguntas mais reincidentes quando o assunto é rosácea.
Não. Não há nenhum indício de que a rosácea seja uma doença infecciosa, assim como também não há evidências de que ela pode ser transmitida pelo contato ou pelo ar.
Não existe uma relação direta de idade e piora do quadro de rosácea. Mas, em contrapartida, estudos apontam que a ausência de tratamento da doença faz com que ela evolua muito rapidamente.
Tanto na frequência cada vez maior das crises como, até mesmo, na incidência de mais de um tipo de rosácea ao mesmo tempo.
Apesar de a porcentagem ser mínima, crianças podem sim desenvolver rosácea. Como a doença tem como sua principal causa a predisposição genética, crianças que possuem sintomas característicos, já devem iniciar tratamento, pois a tendência é o quadro se agravar.
Em alguns casos, é possível identificar sintomas pré-rosáceos em jovens de vinte e poucos anos, ou até mesmo em adolescentes. Normalmente, tais pacientes procuram dermatologistas se queixando de problemas com acnes e com um rubor insistente.
Uma vez que esse sintomas forem identificados pelo médico, ele poderá já dar algumas instruções e medicamentos que evitem que eles se transformem em crises mais expressivas.
Normalmente, elas aparecem separadamente, mas existem relatos de as duas ocorrerem ao mesmo tempo. Mas mesmo que isso aconteça, é importante ressaltar que por se tratarem de doenças distintas, os tratamentos também devem ser específicos.
Como já diferenciado, a acne comum está associada à obstrução dos poros, das glândulas sebáceas, enquanto que a rosácea é uma doença relacionada com o sistema vascular facial, na maioria das vezes.
Assim sendo, os tratamentos precisam ser distintos, apesar de poderem acontecer de forma concomitante.
Todo exercício ou atividade que exija um pouco mais de esforço, acarretando em superaquecimento facial, poderá provocar uma crise de rosácea. Isso porque essas atividades já causam rubor, mesmo em pessoas que não possuem a doença.
No entanto, você não precisa deixar de se exercitar por conta disso. Existem algumas recomendações para que a crise não seja tão aguda ou até mesmo não ocorra, tais como:
Apesar de não ser uma doença com muitos complicadores, a rosácea merece a devida atenção, principalmente por afetar muito a vida social dos portadores. Além disso, ficar atento e, acima de tudo, saber quais são os fatores que podem desencadear crises é primordial para que o portador possa ter uma boa qualidade de vida.
Se você possui rosácea, conte nos comentários como tem sido suas experiências ou compartilhe dicas de produtos e cuidados para que outras pessoas também possam se tranquilizar!
Referências
Rafaela Sarturi Sitiniki
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