Saúde

Repelentes: tipos, como usar, indicações e qual é o melhor?

Publicado em: 05/02/2022Última atualização: 05/02/2022
Publicado em: 05/02/2022Última atualização: 05/02/2022
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Com a chegada das estações mais quentes do ano, aumenta a incidência de insetos, mosquitos e animais peçonhentos e, consequentemente, as picadas e acidentes causados por eles. Assim, cuidados básicos e o uso de produtos, como repelentes e roupas adequadas, podem ajudar, e muito, a curtir o verão com saúde e segurança. 

Como há muitas opções disponíveis, o Minuto Saudável preparou um guia completo com todas as informações que você precisa saber antes de comprar seu repelente. Então, confira! 

O que é e para que servem os repelentes?

Assim como o nome sugere, os repelentes servem para repelir insetos e mosquitos. Ou seja, eles  criam um tipo de barreira na pele, protegendo-a de picadas e possíveis doenças, como alergias, dengue, zika e chikungunya

Apesar do funcionamento parecer simples, é preciso se atentar a uma série de detalhes para garantir a segurança e efetividade do produto. Por exemplo, princípio ativo adequado para a faixa etária, tempo de ação, necessidade de reaplicação, entre outros. 

Por isso, antes de comprar um repelente, vale a pena entender como ele funciona, se é o mais indicado para você e para sua família e quais as vantagens e desvantagens de cada tipo.

Leia também: Pomada e remédios caseiros para alergia à picada de mosquito | MS (minutosaudavel.com.br)

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Quais os tipos de repelentes e para quem são indicados?

Antes de mais nada, vale dizer que há diferentes formas de apresentação dos repelentes que podemos utilizar na pele: loção, gel, spray, aerossol e ambiente. Nesse caso, além do gosto pessoal, leve em consideração as características do espaço, do clima e da incidência de insetos, por exemplo. 

Repelentes de uso tópico (aplicação na pele)

Se por um lado o aerossol e o spray deixam a pele menos oleosa, as loções e geis também podem colaborar com a hidratação da cútis. Portanto, dependendo do seu tipo de pele (seca, mista ou oleosa), a preferência pode mudar. 

Algumas orientações ajudam a fazer o uso do repelente de forma adequada, por exemplo:

  • A aplicação do repelente deve ser feita só nas áreas expostas da pele e não por baixo da roupa;
  • Para aplicar no rosto, passe o produto na mão e espalhe delicadamente com cuidado para não haver contato com os olhos e com o interior do nariz ou da boca; 
  • Aplique o repelente 15 minutos depois do protetor solar; 
  • Não aplique mais de três vezes por dia para evitar o risco de intoxicação;
  • Tome banho e remova todo o repelente do corpo antes de dormir. Para se proteger à noite, é possível utilizar repelentes elétricos no quarto (caso não tenha bebê ou crianças pequenas), ventilador ou ar-condicionado e, em alguns casos, repelente por cima da roupa/cobertor.
Uso de repelentes previne picadas de insetos e mosquitos

Além das diversas formas de apresentação, há três diferentes princípios ativos, recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos repelentes de uso tópico. Ou seja, há alternativas adequadas e específicas para diferentes indicações e a seguir, vamos entender melhor sobre cada uma:

IR 3535

Apesar de ter o menor tempo de proteção, de até 4 horas, o IR 3535 é o único princípio ativo que pode ser utilizado por crianças entre 6 meses e 2 anos (desde que com indicação e acompanhamento médico). Nessa faixa etária, pode ser utilizado apenas uma vez por dia; entre 2 e 7 anos, duas vezes; e a partir dos 7 anos, três aplicações por dia.

Icaridina 20 a 25% 

Com duração de até 10 horas, os repelentes com concentração entre 20 e 25% de  Icaridina possuem a maior proteção contra o Aedes Aegypti e podem ser utilizados por crianças entre 2 e 7 anos com duas aplicações por dia. A partir dos 7 anos, inclusive no caso de gestantes e idosos, pode ser aplicado 3 vezes ao dia. 

Leia também: Mosquito Aedes Aegypti: doenças, sintomas, ciclo de vida | MS (minutosaudavel.com.br)

DEET

O Diethyl Toluamide (DEET) exige uma atenção especial para sua concentração, sendo indicado para uso infantil entre os com 6 e 9% e adultos entre 10 e 15%. Assim, sua duração e indicação também diferem:

  • Infantil: com duração de 4 a 6 horas, a aplicação pode ser feita duas vezes ao dia para crianças entre 2 e 7 anos e três vezes entre 7 e 12 anos;
  • Adulto: podendo ser aplicado três vezes ao dia, os repelentes com DEET entre 10 e 15% têm uma duração de 6 a 8 horas. 

Repelentes caseiros e naturais

Alguns repelentes naturais colaboram nessa proteção da pele ou do ambiente e podem ser feitos em casa. Entretanto, é preciso levar em conta que eles têm menor tempo de duração e não são efetivos para todos os insetos e mosquitos, como por exemplo, o Aedes Aegypti. 

Por isso, é importante avaliar o contexto local, o clima, a incidência de insetos e mosquitos e se só repelente natural vai ser efetivo nos cuidados preventivos. 

Além da citronela e do cravo, que são as duas substâncias mais populares quando falamos sobre repelente natural, há também estudos e testes com relação ao potencial repelente de outras plantas, como eucalipto, lavanda, alecrim, verbena, manjericão, hortelã, alecrim, etc.

Essas plantas podem ser utilizadas em diversos formatos, sendo os mais comuns: óleo essencial em difusor, mistura em álcool de cereal (para uso como spray), incensos e velas. Mas só o fato de ter a planta em casa já pode colaborar para afastar mosquitos e insetos.

Caso queira fazer seu próprio repelente, confira duas receitas abaixo:

Repelentes de tomada (elétricos) 

Os repelentes que colocamos na tomada são efetivos e devem ser usados próximos a portas e janelas para evitar a entrada dos insetos. É importante, caso tenha crianças no ambiente, ter liberação médica para uso do produto para evitar possíveis acidentes e intoxicação. 

Por outro lado, repelentes ultrassônicos ou de luz azul não têm sua efetividade comprovada, não sendo recomendados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Protetor solar com repelente

Não é recomendada a utilização de filtros ou protetores solares formulados com repelente. Isso porque os repelentes devem ser aplicados, no máximo, 3 vezes ao dia, enquanto os protetores solares devem ser reaplicados mais vezes ao longo do dia. Ou seja, se usado menos de 3 vezes, a pele fica desprotegida contra os raios UV e se aplicado adequadamente como filtro, pode oferecer risco de intoxicação. 

Barreiras repelentes

Em casas com muitos insetos ou que há bebês, colocar barreiras que evitem a entrada dos mosquitos e insetos pode ser uma boa opção. Mosquiteiros, telas e resfriar o ambiente com ventilador ou ar-condicionado são algumas alternativas. Além disso, outra medida é usar roupas claras que cubram a maior parte possível da pele e reduzam a área exposta às picadas. 

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Contraindicações: quem não pode usar repelente?

Bebês de 0 a 6 meses não devem utilizar nenhum repelente. Portanto, caso more em lugares com grande incidência de insetos e mosquitos, é possível utilizar mosquiteiro ou tela como barreira de proteção. 

Crianças entre 6 meses e 12 anos, bem como grupos com mais restrições como gestantes e lactantes, podem usar repelentes específicos. Por isso, vale sempre consultar médicos de confiança, especialmente, médicos de família, dermatologistas, pediatras e obstetras, que poderão orientar cada caso da melhor forma. 

Além disso, é contraindicado o uso de repelentes humanos em animais de estimação, pois há riscos de intoxicação e irritações na pele. Há diversos produtos específicos para os pets, que devem ser indicados, exclusivamente, por um (a) médico (a) veterinário (a). Assim, seu animalzinho ficará protegido dos insetos e mosquitos, sem correr riscos de outros problemas de saúde. 

Veja também: Repelentes em Oferta e com Melhores Preços | CR (consultaremedios.com.br)


Agora que você já sabe tudo sobre repelentes, não tem desculpa para não se proteger. Aproveite seu verão com saúde e segurança, siga acompanhando o Minuto Saudável e se mantenha bem informado (a) sobre saúde e bem-estar para ter mais qualidade de vida! 

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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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