Visto há algum tempo como um símbolo de rebeldia, o piercing caiu no gosto popular e é cada vez mais adotado por pessoas de diversos estilos e idades. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados antes de decidir aderir ao acessório.
Pensando nisso, listamos as principais informações para você que deseja colocar o acessório. Confira!
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
A palavra de origem inglesa, piercing, define tanto o ato de perfurar a pele para uso de adorno quanto a peça a ser colocada.
Não se sabe ao certo quando o piercing apareceu na história, mas ele foi usado por diversas civilizações pelos mais diferentes motivos. Os maias e os astecas, por exemplo, o utilizavam para finalidades religiosas, já os egípcios e os indianos adotavam o acessório como forma de sinalizar posições de hierarquia na sociedade. Os romanos o utilizavam apenas como um adereço.
Nos anos 60, 70 e 80, com os movimentos Hippie e Punk, o piercing reapareceu na sociedade moderna como uma forma de rebeldia e protesto. Atualmente, o objeto é utilizado como adorno corporal por pessoas de todas as idades, características e classes sociais.
Disponível em diversos formatos e estilos, o tamanho do piercing varia de acordo com a área onde será colocado. Confira abaixo os diferentes tipos de piercing existentes:
Populares tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Na narina, os modelos mais usados são o de argola ou de pedrinha, já na região do septo (piercing que fica localizado na cartilagem entre as duas narinas) os comumente aplicados são os de estilo argola e ferradura.
Tempo de cicatrização: 4 a 6 meses (narina).
O piercing no lábio pode ser colocado tanto no lábio superior quanto no inferior. Os estilos mais populares são os em formato de argola, labret ou espiral.
Ao colocar na língua, é recomendado cuidado extra, pois se trata de um local com terminações nervosas. O adorno pode ficar localizado na ponta ou no centro e os mais populares são em formato de bolinha com uma ou duas pontas visíveis.
O piercing no freio pode ser colocado em dois lugares, na pele entre o lábio superior e na gengiva, bem acima dos dentes (freio superior) ou na pele abaixo da língua (freio inferior). Antes de aderir a esse tipo de piercing, é necessário descobrir se você tem pele suficiente no local. Os estilos mais usados nessa região são o argola ou semi-argola.
Tempo de cicatrização: de 3 a 6 semanas na língua e de 6 a 8 semanas no lábio e freio.
Esse tipo de piercing é um dos mais usados, e, no passado, era colocado na intenção de conferir status da fortuna a quem o usava. A orelha é uma das regiões com mais possibilidade de colocação do acessório. Os mais populares são no lóbulo (o popular furo para colocar brincos), helix (na parte superior da orelha) e tragus (cartilagem na parte interna da orelha).
Tempo de cicatrização: 6 a 8 semanas nos lóbulos da orelha e de 2 a 4 meses na cartilagem da orelha.
A aplicação mais comum é feita na pele acima do umbigo, mas o adorno também pode ser colocado na pele abaixo ou ainda, acima e abaixo (conhecido como duplo). Os modelos mais populares são de bolinha e de pedra.
Tempo de cicatrização: até 6 meses.
O piercing microdermal não tem um ponto de saída, ou seja, é colocado de uma maneira que fica alojado na pele. Por uma de suas partes não ser de fácil acesso, é considerado o mais difícil de higienizar.
Não há nenhuma área “fora dos limites” para a aplicação deste estilo de piercing mas, a pele precisa ser grossa o suficiente para segurar o objeto. Os locais de colocação mais comuns são a bochecha, a nuca e as clavículas.
Tempo de cicatrização: 3 meses.
Nosso organismo está programado para se defender dos corpos estranhos que entram em contato com ele, e o piercing é visto por ele como um corpo estranho. Por esse motivo, é normal que a área de colocação fique dolorida e inchada. Para que maiores problemas não surjam, é importante manter o local sempre limpo e bem cuidado. Não importa o tipo de piercing, os principais cuidados a serem tomados são:
Quanto maior o tempo de cicatrização do local onde o piercing foi colocado, mais vulnerável ele estará às infecções. Portanto, antes de adquirir o piercing, pesquise sobre o material que reveste o objeto para evitar reações alérgicas. Alguns materiais, como o níquel, por exemplo, tem mais chances de dar alergia, portanto, fique atento (a).
Para piercings faciais ou na orelha, é recomendado dormir em um travesseiro coberto com uma camiseta limpa e para piercings no corpo, dê preferência por dormir com roupas soltas e confortáveis.
Leia também: Pomadas para ajudar na cicatrização da tatuagem: qual usar?
O furo feito para a colocação do acessório abre a barreira de proteção do corpo e o expõe a bactérias, por isso, complicações podem surgir. As mais comuns são reações alérgicas ao material do acessório e a formação de quelóides.
Pessoas com maior vulnerabilidade à infecções e com predisposição a hemorragias, como portadores de diabetes e que consomem anticoagulantes, têm maiores chances de ter algum tipo de infecção ao colocar piercings.
Atenção: Evite colocar um piercing se você estiver com a imunidade baixa.
As complicações mais graves são raras, mas podem acontecer. Há um risco enorme de infecções por hepatite B, hepatite C ou HIV caso o ambiente e os materiais não estejam esterilizados adequadamente.
Em casos extremos, a bactéria pode entrar pela abertura deixada pelo furo do piercing e alcançar locais mais delicados, como a cabeça e o coração. A má higienização de piercings na boca pode, por exemplo, gerar infecções na gengiva.
Diversas lojas online e físicas vendem piercings, mas antes de adquirir é recomendável fazer pesquisas e dar preferência para as mais confiáveis, seguras e especializadas. A aplicação deve ser feita em um local especializado, regulamentado, bem higienizado e por um profissional de confiança e com experiência.
É importante estar com a carteira de vacinação em dia para evitar doenças como as que vimos acima.
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Se você tem vontade de colocar um piercing mas não sabe se tem alergia a alguns materiais ou se a sua imunidade está baixa, consulte um (a) médico (a).
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Dr. Lucas Fustinoni
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