Saúde

Hepatite C: tem cura? Veja sintomas, transmissão, tratamento

Publicado em: 07/03/2019Última atualização: 16/08/2022
Publicado em: 07/03/2019Última atualização: 16/08/2022
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A hepatite C é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV) que pode ser classificada como aguda ou crônica. Segundo dados do Ministério da Saúde, a condição é responsável por cerca de 70% das mortes por hepatites no Brasil.

No artigo a seguir, você descobre as principais informações a respeito da condição, tipos, como ocorre a transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento. Confira!

O que é e o que causa a hepatite C?

A hepatite C é uma doença infecciosa causada pelo vírus HCV, que provoca uma inflamação no fígado. O período de incubação do vírus é de 2 semanas a 6 meses, tempo médio em que os primeiros sintomas levam para se manifestar.

Além disso, seus sintomas não são facilmente percebidos e a condição pode também ser assintomática (sem sintomas). Consequentemente, isso faz com que a maioria das pessoas só procure atendimento médico quando se encontra em estado avançado. 

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Tipos de hepatite C

Os tipos de hepatite C são classificados de acordo com a forma de apresentação dos sintomas, podendo ser de curto prazo (aguda) ou por um longo período de tempo (crônica):

  • Aguda: ocorre em até 6 meses após a exposição;
  • Crônica: infecção prolongada que ocorre quando os quadros agudos duram mais de 6 meses.

Ademais, a condição pode ser encontrada no CID-10 com os códigos:

  • B17.1: hepatite viral aguda C;
  • B18.2: hepatite viral crônica C.
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Qual a diferença entre hepatite A, B e C?

As hepatites são condições que provocam infecções no fígado e apresentam sintomas parecidos. Contudo, o que as diferem é o fato de que são causadas por diferentes vírus que afetam o organismo de diferentes formas. 

A maioria dos casos de hepatite A tem infecções de curto prazo, a recuperação é relativamente rápida e não há danos hepáticos duradouros. Além disso, há vacina para a condição.

Já a hepatite B pode se desenvolver de forma aguda ou crônica e os sintomas variam de leves a graves. Além disso, a condição é uma das principais causas do câncer de fígado e é transmitida pelo sangue ou sêmen. Assim como no caso do tipo A, também há vacina para a condição.

Por fim, o tipo C pode ser diferenciado entre agudo ou crônico e é considerado uma das principais causas de transplante de fígado e também de câncer hepático. Nesse caso, não há vacina para a condição.

Leia também: Hepatite aguda grave: o que é, sintomas e tratamento

Como ocorre a transmissão da hepatite C?

O vírus HCV possui 6 derivações de genes (genótipos), o que significa que ele pode se modificar e, consequentemente, dificultar que o sistema imunológico o identifique. 

A principal forma de transmissão da condição é por contaminação do sangue e pode ocorrer por meio de:

  • Utilização de agulhas e seringas contaminadas;
  • Utilização de materiais de manicure não esterilizados, como alicates e tesouras;
  • Contato com objetos médicos ou odontológicos infectados;
  • Contato com seringas de tatuagem não esterilizadas.

Em casos raros, a transmissão também pode ocorrer por meio de relações sexuais sem preservativo. Além disso, o vírus pode ser transmitido da mãe infectada para o (a) filho (a) durante a gestação (transmissão vertical). 

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Hepatite C é contagiosa?

Sim, a hepatite C é uma doença contagiosa e, como mencionado anteriormente, costuma ser transmitida pelo sangue de uma pessoa infectada ou por contato sexual. 

Em algumas práticas ou profissões, o risco de transmissão é ainda maior, portanto, manicures, tatuadores e profissionais da saúde precisam ter um cuidado ainda maior.

No entanto, é importante destacar que o vírus da hepatite C não se espalha por meio de beijos, abraços, tosses, espirros ou por meio de água e alimentos.

Grupos e fatores de risco

Existem diversos fatores de risco relacionados à hepatite C, porém, entre os mais comuns estão a transfusão sanguínea e as terapias invasivas com equipamentos contaminados. São considerados fatores de risco:

  • Compartilhar equipamentos não esterilizados;
  • Dividir utensílios como agulhas e seringas;
  • Ter realizado diálise renal por um período longo;
  • Receber doação de sangue contaminado;
  • Infecção pelo vírus HIV.

Além disso, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde, alguns grupos de risco devem ter prioridade na hora de realizar testes para comprovar a infecção. Entre eles estão:

  • Pessoas que utilizam álcool e drogas ilícitas;
  • Pessoas com mais de 40 anos;
  • Profissionais da saúde que tiveram contato com centros de hemodiálise, independente da época;
  • Crianças nascidas de mãe portadora de hepatite C;
  • Pessoas que estiveram em cárcere privado por muitos anos.

Quais os sintomas da hepatite C?

Como mencionado anteriormente, os sintomas da condição não são facilmente identificados. Portanto, é preciso ter atenção, uma vez que a condição é considerada silenciosa e de difícil diagnóstico. Entre os sintomas estão: 

Icterícia

O fígado é responsável por metabolizar a bilirrubina, uma substância de cor amarelada que é eliminada nas fezes e na urina.

Quando inflamado, o órgão não é capaz de eliminar corretamente a substância, acarretando em um acúmulo no organismo. Por consequência, a pele e a parte branca dos olhos (esclera) ficam com uma coloração amarelada, sintoma que recebe o nome de icterícia

A icterícia é um dos sintomas da condição.

Urina escura

Assim como a icterícia, a urina escura também é resultado do excesso de bilirrubina no organismo. A excreção da substância em excesso pode provocar uma alteração na coloração da urina, tornando-a mais escura.

Dores abdominais

A inflamação do fígado pode fazer com que alguns (as) pacientes apresentem dores no local devido ao inchaço do órgão. 

Outros sintomas

Os pacientes também podem apresentar sintomas inespecíficos, como:

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Dor nas articulações.

Diabetes e hepatite C: glicemia alterada é um sintoma?

A glicemia alterada não é, exatamente, um sintoma da hepatite C, mas há uma forte relação entre a infecção e a diabetes tipo 2. 

Pessoas sem qualquer alteração glicêmica que contraem a hepatite C têm maiores chances de desenvolver diabetes. Devido a mecanismos que, aos poucos, levam à resistência à insulina.

Isso ocorre porque a infecção altera a sinalização da insulina, que é o hormônio regulador do açúcar no sangue e, com isso, as taxas de glicose começam a ficar alteradas, levando a diabetes tipo 2. 

Além disso, pacientes que apresentam esse quadro tendem a acumular mais gordura no fígado (esteatose), favorecendo a evolução e gravidade da hepatite, podendo levar, inclusive, ao desenvolvimento de cirrose.

Por isso, é importante que pessoas com diabetes sejam testadas para a hepatite.

Hepatite C na gravidez

Apesar de raro, uma das formas de transmissão da hepatite C se dá por meio da gravidez, mais especificamente do parto normal. 

Por isso, para evitar esse risco de transmissão vertical, é importante que a gestante realize exames antes mesmo de engravidar, pois quanto mais precoce for esse cuidado, menores os riscos de contágio.

O (a) médico (a), além de pedir exames para diagnosticar a hepatite C, pode também orientar a gestante a manter uma alimentação equilibrada para reforçar seu sistema imunológico.A partir disso, o organismo da gestante estará mais fortalecido para combater a carga viral no sangue, reduzindo os riscos de transmissão para o feto.

Esses cuidados são importantes, pois os tratamentos existentes para a hepatite C não são considerados seguros durante a gravidez. Além disso, de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções, deve-se evitar engravidar durante o tratamento e nos seis meses seguintes.

Como saber se o bebê foi contaminado? 

Caso a gestante apresente a doença, o (a) médico (a) solicita exames para avaliar se o bebê foi contaminado nos primeiros 18 meses de vida.

Quando acontece a transmissão da mãe para o bebê, não há o surgimento de sintomas e nem prejuízos ao desenvolvimento da criança. Contudo, as chances de complicações no fígado na fase adulta são maiores.

É possível amamentar?

Sim, é possível amamentar! O leite materno não transmite a hepatite C para o bebê. 

A transmissão é um risco apenas quando há o contato com o sangue ou secreções genitais (transmissão via perinatal). Portanto, amamentar é apenas um risco quando a mulher apresenta machucados nos mamilos, pois o bebê pode entrar em contato com o sangue materno.

Diagnóstico

O diagnóstico da hepatite C é laboratorial e o (a) médico (a) adequado para realizá-lo é o hepatologista. Os exames que podem ser realizados para a confirmação da condição são:

Anti-HCV

O anti-HCV pode ser feito por meio de testes sorológicos, em laboratórios ou também como teste rápido, em contexto ambulatorial. O exame é um marcador que indica se o organismo já esteve em contato com o vírus anteriormente. 

Porém, ele não é conclusivo, uma vez que a infecção pode estar inativa mesmo que o resultado seja reagente. Ou seja, ele não diferencia se a pessoa tem uma infecção ativa ou apenas foi exposta ao vírus há muito tempo.

Portanto, caso positivo, é necessária a realização de outros exames para complementar o diagnóstico.

HCV-RNA

O teste de HCV-RNA, que está disponível no SUS, é um teste de carga viral (CV) e é capaz de identificar alterações no DNA que indicam a infecção. Caso esse exame apresente resultados positivos, é possível concluir que a pessoa possui hepatite C. 

Genotipagem 

O exame de genotipagem é importante para determinar a forma correta de tratamento. Nele, são identificados os genótipos, subtipos e se há populações mistas do HCV. 

Exames para avaliação do fígado (estadiamento)

Exames de estadiamento são realizados como forma de avaliar qual a extensão da fibrose e dos danos ao fígado. 

Apesar de todas as pessoas com hepatite C, aguda ou crônica serem orientadas ao tratamento, a presença de fibrose avançada ou da cirrose pode alterar o protocolo medicamentoso. Para isso, podem ser solicitados os seguintes exames:

Elastografia por ressonância magnética

Esse é um exame não invasivo que, por meio de imagens, apresenta um mapa de todo o fígado e indica se existe a presença de fibroses ou lesões referentes à hepatite C. 

APRI ou FIB4

APRI e FIB4 são formas não invasivas de calcular a fibrose no fígado e, para isso, usam valores obtidos nos exames de sangue, como AST (Asparto Aminotransferase), ALT (Alanina Aminotransferase) e Plaquetas do Hemograma Completo.

Elastografia transitória 

Esse exame é similar ao ultrassom e percebe vibrações do fígado a fim de detectar a rigidez do órgão. Além disso, é considerado um procedimento pouco invasivo e seu resultado é imediato. 

Biópsia hepática 

O procedimento tem como objetivo retirar uma pequena amostra de tecido do fígado por de uma agulha fina que atravessa a parede abdominal.

O processo todo pode ser acompanhado com o auxílio do ultrassom, a fim de garantir a segurança e a precisão do procedimento.

Hepatite C tem cura?

Sim, a hepatite C é uma doença que tem cura em 90% dos casos tratados corretamente. Porém, é importante ressaltar que o tratamento médico deve ser realizado o quanto antes para evitar possíveis complicações.

Qual o tratamento para hepatite C?

Assim que identificados, os quadros agudos ou crônicos da hepatite C devem ser tratados adequadamente.

Atualmente, o tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é recomendado para ambos os casos, a fim de garantir o tratamento adequado para os (as) pacientes, levando em consideração o quadro da doença. 

Descubra mais sobre os possíveis tratamentos a seguir:

Medicamentos antivirais

A hepatite é uma condição tratada com medicamentos antivirais, a fim de eliminar o vírus do HCV. Eles atuam na inibição da síntese do hospedeiro, impedindo as ligações do vírus e, consequentemente, sua multiplicação no organismo. 

Para indicar o medicamento correto, o (a) médico (a) responsável precisa saber qual o genótipo do vírus e quais são os danos causados ao fígado. Além disso, é importante que o (a) paciente liste suas condições médicas e outros tratamentos realizados anteriormente. 

Entre os medicamentos mais utilizados para o tratamento da condição estão:

Ribavirina

A Ribavirina é um princípio ativo utilizado no combate a infecções virais. Porém, é contraindicado para mulheres grávidas, pessoas com problemas cardíacos, hemoglobinopatias ou com disfunções hepáticas. 

Entre seus nomes comerciais estão:

Glecaprevir + Pibrentasvir

O Glecaprevir e o Pibrentasivir são substâncias antivirais de ação direta, que atuam em múltiplas etapas do tratamento da hepatite C. Ambas atuam impedindo a multiplicação do vírus e, consequentemente, melhorando a saúde do organismo.

É encontrada pelo nome comercial Maviret.

Sofosbuvir

O Sofosbuvir é uma substância ativa desenvolvida para o tratamento de infecções de hepatite C pelos genótipos 1, 2 e 3.

Os medicamentos com Sofosbuvir são comercializados com os nomes:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um (a) médico (a). Somente ele (a) poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

O tratamento pode ser feito com medicamentos antivirais.

Transplante de fígado

Em alguns casos, complicações relacionadas à hepatite C podem gerar a necessidade de um transplante de fígado. 

O procedimento visa retirar o fígado doente por meio de uma incisão no abdome e introduzir o órgão doado. Além disso, em alguns casos, também é preciso reconstruir a via biliar caso ela tenha sido comprometida. 

Uma das partes mais importantes do processo é perceber como o corpo irá reagir, pois o transplante introduz um corpo estranho no organismo, o que pode gerar uma rejeição. 

Para isso, é comum que os médicos receitem imunossupressores, medicamentos que atuam combatendo a rejeição. Durante o processo de recuperação, os (as) pacientes passam cerca de 2 dias no hospital caso não haja nenhuma complicação. 

Convivendo

Os (as) pacientes diagnosticados (as) com a hepatite C crônica precisam manter uma rotina médica com um (a) especialista como forma de monitorar a atividade e a saúde do fígado.

Além disso, alguns cuidados básicos podem ser introduzidos na rotina do (a) paciente, como manter uma rotina de sono adequada. 

Algumas dicas para conviver melhor com a condição são:

Mantenha sua saúde mental em dia

A saúde mental é um fator importante para uma maior qualidade de vida e bem-estar.

Manter bons relacionamentos afetivos e ter o suporte de pessoas próximas é uma maneira simples e importante que atua favorecendo o tratamento adequado da condição. 

Cuide da alimentação

Alguns grupos alimentares, se consumidos em grandes quantidades, podem causar sobrecarga no fígado e, portanto, devem ter seu consumo controlado. Entre eles, podemos citar alimentos e bebidas ricos em:

Evite o uso de álcool 

O álcool é extremamente prejudicial ao fígado, visto que pacientes com histórico de alcoolismo e hepatite C crônica têm mais chances de desenvolver cirrose e câncer.

Prognóstico

A hepatite C é uma condição que tem um alto nível de cura. Como mencionado, cerca de 90% das pessoas que realizam o tratamento corretamente conseguem se curar. 

Porém, em torno de 20% dos pacientes com hepatite crônica podem apresentar uma evolução no quadro, migrando para uma cirrose hepática. Além disso, entre 1% a 5% dos casos podem evoluir para câncer de fígado.

Complicações: quais os riscos da hepatite C?

Caso não seja adequadamente tratada, a hepatite C pode causar uma série de complicações no fígado. Entre as possíveis podemos citar:

Alteração glicêmica ou diabetes tipo 2

A infecção da hepatite C pode levar ao agravo ou desenvolvimento de alterações de glicemia relacionadas ao diabetes tipo 2.

Cirrose hepática

A cirrose é uma condição crônica decorrente de lesões e alterações do fígado que prejudicam suas funções. 

Normalmente, na fase inicial, a condição não apresenta nenhum tipo de sintoma. Porém, ao perceber fadiga, perda de apetite ou dores abdominais de maneira frequente, procure um hepatologista imediatamente. 

Esteatose (gordura no fígado)

Essa condição é ocasionada pelo acúmulo de gordura no fígado e pode ser encontrada de duas formas: metabólica e induzida, sendo que ambas aumentam os riscos de desenvolver câncer de fígado. 

Manter uma rotina de exercícios e uma alimentação balanceada evitam o desenvolvimento da esteatose. 

Câncer no fígado

Entre as possíveis complicações da infecção pelo vírus da hepatite C está o câncer no fígado. A condição pode ser considerada primitiva, ou seja, teve surgimento através das próprias células do fígado. 

Porém, o fígado possui uma grande capacidade funcional, ou seja, caso ele não esteja mais de 60% comprometido, continuará realizando suas funções normalmente. 

Insuficiência hepática

É considerada uma consequência grave caracterizada pela dificuldade desse órgão em desempenhar suas funções normais, podendo haver um comprometimento agudo ou crônico.

Existe vacina para hepatite C?

Não existe vacina para hepatite C. Atualmente, as vacinas disponíveis são apenas para as hepatites do tipo A e B. 

O vírus da hepatite C é altamente variável, ou seja, muta facilmente, o que dificulta o processo de desenvolvimento de vacinas contra ele. Atualmente são conhecidos cerca de 6 genótipos diferentes que resultam em mais de 50 subtipos.

Por isso, a melhor forma de prevenir a doença é seguir corretamente as medidas de prevenção. 

Qual a forma de prevenção da hepatite C?

As medidas de prevenção da hepatite C são as seguintes:

Não compartilhe objetos cortantes 

Como visto ao longo do texto, uma das maneiras mais comuns de transmissão da hepatite C é por meio do compartilhamento de seringas ou objetos cortantes. 

Por isso, tenha seus próprios alicates de cutícula, tesouras de unha e lâminas de barbear, não reutilize e compartilhe seringas e certifique-se de que está frequentando estúdios de tatuagem e piercing que usam materiais descartáveis.

Evite sexo desprotegido 

O uso correto de preservativos é eficaz para a prevenção de diversas doenças, entre elas, a hepatite C. 

Faça exames antes de engravidar 

Umas das formas de transmissão da hepatite C é por meio da gestação caso a mãe tenha a condição. 

Por isso, se você está pensando em engravidar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que seja feito um exame para verificar a possível presença dessa condição.

Perguntas frequentes

Listamos, a seguir, alguns dos principais questionamentos do público a respeito da condição:

Como saber se tenho hepatite C?

Na grande maioria dos casos (cerca de 75%), a infecção inicial pelo vírus da hepatite C é assintomática, ou seja, a pessoa não sente qualquer sintoma. 

Algumas pessoas podem apresentar quadros bastante genéricos, ou seja, poucos sintomas inespecíficos, como uma gripe. Já outros (as) pacientes podem desenvolver uma hepatite aguda: inflamação no fígado que se caracteriza por febre, icterícia (amarelão), náuseas e dor abdominal.

De acordo com o infectologista, “a melhor maneira para se diagnosticar a infecção pelo vírus da hepatite C é fazer o teste, mesmo que o (a) paciente não sinta nada. Atenção especial deve ser dada para os nascidos antes de 1993 e que receberam transfusão de sangue, pois antes disso os bancos de sangue do Brasil ainda não testavam as bolsas para a presença do vírus”.

Hepatite C tem cura espontânea?

O infectologista Rafael Mialski aponta que a cura espontânea da hepatite C é incomum e, em geral, ocorre antes de o paciente fazer o diagnóstico da infecção crônica. É importante ressaltar que a maioria dos casos de hepatite C cronificam (se tornam crônicos).

Normalmente, a pessoa descobre que teve hepatite C depois que já houve a cura espontânea, em média, até 6 meses após a infecção. 

Há riscos de contrair hepatite C compartilhando objetos pessoais, como escovas de dente e lâminas de depilação?

De acordo com o infectologista Rafael Mialski, há riscos de contrair hepatite C por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como escovas de dentes e lâminas de depilação. Por isso, é importante cada pessoa ter itens pessoais próprios.

A hepatite crônica (cronificada) tem cura?

A Hepatite C cronificada tem cura e o tratamento, atualmente, é simples e bastante eficiente. 

O problema maior reside no não tratamento da infecção, pois o quadro pode evoluir para a cirrose hepática, condição com tratamento mais complexo e cura mais difícil.

Quem tem hepatite pode doar sangue? 

As pessoas que possuem hepatites dos tipos B e C não podem doar sangue. Isso acontece porque esses dois tipos de inflamação no fígado são considerados mais graves e podem deixar resquícios do vírus no organismo. Dessa forma, há o risco de transmissão do vírus por meio da transfusão de sangue. 

Quem tem hepatite pode engravidar?

Sim, mas a principal recomendação é de que haja o acompanhamento médico correto, sendo imprescindível fazer o pré-natal. 

Hepatite C pode evoluir para um câncer?

Sim, em casos graves e, caso a condição não seja diagnosticada ou tratada propriamente, uma lesão hepática pode ser gerada e consequentemente evoluir para um câncer de fígado. 

Uma hepatite aguda pode se tornar crônica? 

Sim. Na maioria das vezes a hepatite C se torna crônica, chegando a cerca de 85% dos casos. Porém, o tratamento para o tipo crônico da condição é relativamente simples e com poucos efeitos colaterais.

Além disso, de acordo com o infectologista Rafael Mialski, o tratamento adequado também reduz os riscos de cirrose hepática.

Leia também: Hepatomegalia: o que é? Veja sintomas, causas e prevenção


A maioria das pessoas que possuem hepatite C não apresentam sintomas, por isso, é importante manter uma rotina de exames e acompanhamento médico regular.

Para mais conteúdos a respeito de doenças, sintomas, diagnóstico e tratamento, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!


Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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