Saúde

Orquite: o que é, o que causa, sintomas e como tratar?

Publicado em: 09/03/2022Última atualização: 09/03/2022
Publicado em: 09/03/2022Última atualização: 09/03/2022
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A orquite, também conhecida como orqueíte, é uma inflamação que acomete um (unilateral) ou os dois (bilateral) testículos. A condição pode ser desencadeada tanto por traumatismos na região (torção ou pancadas), quanto por microrganismos, como bactérias, vírus e parasitas.

Grande parte dos casos da doença é desencadeada pelo vírus Paramyxoviridae, o causador da caxumba. Nesse caso, além de afetar as glândulas salivares, o microrganismo também atinge as glândulas escrotais, comprometendo a produção de espermatozoides.

Contudo, algumas Doenças (DSTs) e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também podem contribuir para o surgimento da orquite, como é o caso da clamídia e da gonorreia. A Influenza, vírus causador da gripe, e a mononucleose (doença do beijo), também são alguns dos causadores da doença.

Tipos de orquite

A orquite é classificada como aguda e crônica, sendo que cada uma manifesta sintomas e complicações diferentes. Entre as principais características de cada uma estão:

Aguda 

Na forma aguda da doença, há a manifestação de sintomas, como peso, inchaço e dor nos testículos.

Crônica

Assintomática na maioria dos casos, ou seja, sem manifestação de sintomas, a forma crônica da doença pode gerar desconforto apenas quando os testículos são manuseados. Nesse caso, o tratamento é comumente retardado pela ausência de sintomas, o que não favorece o paciente.

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Grupos de risco

Fazem parte do grupo de risco meninos e homens de qualquer idade, com as seguintes características:

  • Não vacinados contra a caxumba;
  • Ter diagnóstico de doenças congênitas ou de epididimite;
  • Ter infecções recorrentes no trato urinário;
  • Não utilizar preservativo nas relações sexuais;
  • Ter muitos parceiros (as) sexuais;
  • Ter contraído alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo da vida.
Uma das formas de prevenir a doença é se vacinando contra a caxumba na infância.
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Quais são os sintomas de orquite?

Os sintomas de são bem característicos e variam de acordo com o estado atual do paciente. Além disso, podem se iniciar alguns dias após a infecção.

Quando a complicação é causada pelo vírus da caxumba, por exemplo, os sintomas tendem a aparecer a partir do sétimo dia de infecção. O inchaço se inicia nas glândulas salivares e, em seguida, nos testículos.

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Inchaço e dor em um dos testículos e, em alguns casos, nos dois;
  • Febre;
  • Vômito;
  • Mal-estar;
  • Taquicardia;
  • Vermelhidão nos testículos;
  • Sangue no sêmen e na urina;
  • Dificuldade para ter uma ereção;
  • Dor durante a relação sexual.

Se você possui algum dos sintomas descritos acima, procure imediatamente um (a) médico (a) urologista! Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores serão as respostas ao tratamento e menor a chance de haver sequelas.

Como diagnosticar orquite?

O diagnóstico deve ser feito por um (a) médico (a), de preferência urologista. Além de levar em consideração os sintomas relatados pelo paciente, o (a) profissional pode solicitar alguns exames para fechar o diagnóstico de orquite, como o ultrassom escrotal.

Para confirmar a causa da condição e facilitar o tratamento, testes para ISTs também podem ser solicitados pelo (a) médico (a).

Leia também: Prostatite: a dor na próstata pode resultar em infertilidade

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Tratamento para orquite

O tratamento varia de acordo com o quadro atual do paciente e causa da doença, ou seja, se ela ocorre por microrganismo (vírus ou bactérias) ou por trauma na região. Portanto, além de tratar a condição, é preciso tratar a sua causa.

No caso de orquite bacteriana, pode haver a prescrição de antibióticos de amplo espectro para conter a infecção. Já no caso da viral e por trauma, medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios podem ser recomendados para aliviar os sintomas.

Além disso, para os três casos, repouso e compressas frias são recomendados para aliviar o inchaço e a dor na região.

Atenção: não utilize nenhum medicamento sem prescrição e acompanhamento médico! Além de poder agravar a doença, a automedicação pode causar intoxicação e complicações em órgãos como fígado e rins.

O repouso, além de medicação, é uma das recomendações pro tratamento da doença.

Quanto tempo a orquite dura?

A doença pode durar dias ou semanas, pois varia de acordo com a causa (viral, bacteriana ou por trauma). Contudo, quando tratada de forma adequada, levando em consideração a complicação ou condição causadora e quando o paciente segue à risca as recomendações do (a) médico (a), esse tempo pode ser reduzido.

Epididimite X Orquite: qual é a diferença?

Diferente do que muitos acreditam, a epididimite não é a mesma coisa que a orquite. Isso porque a condição causa inflamação de um ou dois testículos de forma geral, enquanto a epididimite acomete a estrutura responsável por armazenar e coletar os espermatozoides apenas. 

Orquite tem cura?

Se tratada da forma correta, tomando os medicamentos e repousando da forma como o (a) médico orientou, sim, a orquite tem cura!

Orquite causa infertilidade e sequelas?

Algumas sequelas podem sim surgir por conta da inflamação dos testículos, especialmente se o diagnóstico for tardio ou não for realizado. Algumas delas são a infertilidade, especialmente se a doença acomete os dois testículos, além de atrofia e abscessos na região.

Em casos avançados também é possível que haja a recomendação da remoção do (s) testículo (s) acometido (s) para conter o avanço da doença.

___________________

A orquite é uma doença que merece atenção de responsáveis por meninos e homens adultos, pois pode comprometer não apenas a fertilidade, mas também a autoestima.

Se você possui alguma dúvida ou se você se identifica com os sintomas relatados acima, consulte um (a) médico (a) urologista.

Para mais informações relacionadas à saúde do homem, continue acompanhando as redes sociais e o site do Minuto Saudável.

Referências 

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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