A alimentação exerce papel importante durante toda a vida, principalmente nos anos de desenvolvimento da criança. E é por isso que o período de introdução alimentar gera tantas dúvidas aos pais ou responsáveis.
Pensando nisso, o Minuto Saudável preparou um conteúdo com as principais informações sobre o processo, o que é, sua importância e quais alimentos oferecer e quais evitar. Confira!
A introdução alimentar é o período no qual são oferecidos ao bebê, gradualmente, alimentos além do leite materno com o objetivo de complementar a demanda nutricional.
É importante ressaltar que a introdução aos alimentos é feita em conjunto com a amamentação, ou seja, a mãe não deve parar de amamentar o bebê quando ele começa a comer.
Existem alguns métodos de introdução alimentar, entre eles estão:
A introdução alimentar é importante para o desenvolvimento e crescimento adequado do bebê, para seu bem-estar e para prevenir problemas de saúde como a má nutrição, a desnutrição e a obesidade no presente e no futuro.
Além disso, o período é fundamental para o estabelecimento de hábitos alimentares e de vida.
É fundamental manter a alimentação exclusivamente com o leite materno até os 6 meses de idade. Isso porque o leite da mãe é o alimento ideal para a criança e oferece os nutrientes necessários para o desenvolvimento e crescimento, além de fornecer substâncias que a protegem de infecções.
Não é recomendado introduzir alimentos antes dos 6 meses de idade, visto que todas as necessidades do bebê durante este período são supridas pela amamentação. Além disso, o hábito também pode trazer prejuízos, pois interfere na absorção de nutrientes do leite materno.
Portanto, o processo da introdução alimentar deve começar a partir dos 6 meses de idade. Esse é o período em que grande parte dos bebês já conseguem realizar os movimentos de mastigação, têm o intestino desenvolvido, além de conseguirem sustentar a cabeça e se sentarem sem a necessidade de algum tipo de apoio.
A comida deve ser oferecida na consistência e quantidade adequadas para cada idade, mudando e aumentando gradativamente.
Ademais, o processo deve ser estipulado e acompanhado por um (a) médico (a) pediatra e um (a) nutricionista.
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De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde, os alimentos são classificados em in natura (ou minimamente processados), ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados.
Devem ser oferecidos para crianças em introdução alimentar os alimentos classificados como in natura, ou seja, minimamente processados. Portanto, fazem parte desse grupo alimentos que, ao saírem da natureza, não passam por processos de alteração. Entre eles:
Além disso, os ingredientes culinários processados, também podem ser utilizados, na menor quantidade possível, para o preparo e o tempero dos alimentos. Fazem parte desse grupo o sal, azeite, óleos, banha, manteiga e amido.
Os alimentos que devem ser evitados durante a introdução alimentar são aqueles classificados como processados e ultraprocessados, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Alimentos processados são aqueles que passam por um processo de adição de substâncias, como o açúcar ou o sal, para o aumento de sua durabilidade ou para transformar o seu gosto. Entre eles estão:
É importante ressaltar que alguns alimentos processados podem ser consumidos em pequenas quantidades, mas é importante evitá-los pois estão associados a um risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes.
Já os alimentos ultraprocessados não devem ser consumidos pelas crianças em introdução alimentar. Nessa classificação estão alimentos que sofrem processos drásticos de alteração, como:
Confira a seguir 4 dicas de receitas para a introdução alimentar dos pequenos:
Entre os 6 meses e 1 ano de idade, o café da manhã deve consistir no leite materno em conjunto com uma fruta como banana, maçã, melancia, laranja, abacate, mamão e pera.
A partir do 1 ano de idade, o cardápio do café da manhã pode ser incrementado e os pais podem alternar os cafés da manhã durante a semana com frutas e leite materno em um dia e cereais (aveia, pães caseiros, cuscuz de milho), tubérculos ou raízes (aipim ou batata doce) com leite materno nos outros dias.
O prato de almoço de crianças entre 6 meses a 2 anos de idade deve conter um alimento de cada um dos seguintes grupos: cereais, raízes ou tubérculos; feijões; legumes e verduras; carnes e ovos.
A quantidade total de alimentos no prato varia de acordo com a idade da criança e deve ser de:
Assim como o café da manhã, o lanche da tarde das crianças dos 6 meses a 1 ano de idade deve consistir no leite materno em conjunto com uma fruta de escolha dos pais.
Já a partir de 1 ano de idade, o lanche da tarde pode ser fruta e leite materno ou cereais (aveia, pães caseiros ou cuscuz de milho), raízes ou tubérculos (aipim, inhame ou batata doce) com leite materno.
O prato de jantar da criança em introdução alimentar deve seguir as mesmas orientações do almoço. Ademais, antes de dormir é recomendado que a criança seja amamentada.
Algumas medidas podem ser tomadas para que a introdução alimentar seja bem sucedida, entre elas:
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É importante levar em consideração que a introdução alimentar, o acesso à alimentos, os ingredientes e os hábitos alimentares sofrem alterações de acordo com os contextos econômicos, culturais, sociais e geográficos de cada família.
No caso de dúvidas, entre em contato com um (a) médico (a) pediatra ou um (a) nutricionista.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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