O H3N2 é um subtipo do vírus da influenza A, responsável pelo maior surto de gripe nos EUA nos últimos anos, com mais de 47 mil pessoas infectadas. Recentemente, chegou no Brasil e chamou a atenção das autoridades da saúde.
Originalmente, o H3N2 não é um vírus que afeta humanos, sendo mais comum em espécies como aves e suínos. Contudo, a transmissão entre pessoas é possível. Dessa forma, fica conhecido como vírus variante.
O nome H3N2 corresponde aos dois tipos de proteína em sua superfície de revestimento, sendo elas a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N).
Em crianças e idosos o vírus se torna mais preocupante, mas deve ser prevenido por todas as pessoas, especialmente as que pertencem aos grupos de risco da doença, como mulheres grávidas, gestantes, trabalhadores da saúde e indígenas, por exemplo.
Por ser uma gripe sazonal, a campanha de vacinação se prepara para atender a população para que esteja prevenida durante os meses em que a doença tem maior incidência, entre maio e setembro.
Os sintomas da H3N2 são comuns ao da influenza A H1N1. É uma doença que possui tratamento e cura. Contudo, pode apresentar complicações sérias de saúde e levar à morte.
Continue a leitura para saber um pouco mais sobre esse vírus e os riscos que ele apresenta. Boa leitura!
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
Os vírus da influenza A, de agente etiológico Myxovirus influenzae, são os únicos capazes de provocar epidemias anuais frequentes e, em menor proporção, pandemias.
São capazes de atingir todas as faixas etárias em um curto período de tempo, característica possível devido ao seu grande poder de variabilidade e adaptação.
Por possuir material genético de natureza fragmentada, o vírus passa por várias mutações durante a fase de replicação. Nesse processo, as proteínas da superfície (hemaglutinina e neuraminidase) se modificam.
As mutações que o vírus influenza sofre acontecem de forma independente. Como consequência, uma variante do vírus pode passar a circulação entre a população e causar a doença, uma vez que a imunidade não está preparada para uma nova cepa.
O H3N2 e o H1N1 são subtipos do vírus da Influenza A, sendo os mais prevalentes em casos da doença. Em anos anteriores, quando se teve relatos de surtos da gripe, a causa era significativamente provocada pelo subtipo H1N1.
Recentemente, o quadro mudou e o número de casos da doença se tornou muito maior pelo subtipo de H3N2. Contudo, apesar das inúmeras variações que esses vírus podem sofrer, ambos são capazes de causar grandes epidemias e mortes.
Sendo assim, a única diferença é a de que pertencem a cepas distintas, isto é, vírus de diferentes estirpes que descendem de um mesmo tipo, no qual compartilham de semelhanças morfológicas ou fisiológicas.
É importante saber que o H3N2, nos últimos anos, vem sofrendo alterações antigênicas e que essas mutações podem ocorrer durante uma temporada de gripe.
Essas variações podem levar a uma atualização dos componentes vacinais anuais previstos. Por conta disso, até mesmo pessoas que foram vacinadas podem apresentar a gripe e complicações relacionadas ao vírus.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou SRAG e SARS (em inglês), é uma síndrome respiratória transmissível provocada por um coronavírus.
Os sintomas são semelhantes aos da gripe, mas nesta condição são mais graves. Essa é uma doença que pode ser provocada também pelo vírus H3N2.
No SRAG, os pacientes podem se recuperar dentro de uma a duas semanas, sem grandes complicações. Contudo, é preciso muito cuidado com essa condição. Algumas pessoas podem desenvolver grande dificuldade respiratória, podendo levar a morte.
São considerados portadores de SRAG pacientes com influenza que apresentam quadro febril com temperaturas acima de 38 ºC, tosse e dispneia, manifestações gastrointestinais, taquipneia, hipotensão ou qualquer quadro clínico, laboratorial ou radiológico semelhante ao de broncopneumonia.
A transmissão do vírus H3N2 ocorre da mesma forma que no H1N1. Acontece, sendo assim, por contato direto com as secreções das vias respiratórias, de pessoa para pessoa ou por contato indireto com uma superfície em que a pessoa infectada depositou o vírus.
No trato respiratório do infectado, os vírus se replicam nas células epiteliais colunares e se misturam as secreções. Através da tosse, espirro ou fala, se espalham por essas pequenas partículas de aerossol.
A entrada do vírus em nosso organismo se dá pela boca, olhos e nariz. Também pode acontecer pelo contato com objetos de pessoas infectadas ou superfícies em que o vírus se alojou.
Nesse aspecto, é importante tomar cuidado, pois o vírus pode sobreviver por 24 a 48 horas fora de um organismo vivo. Assim, se torna indispensável a higienização de superfícies como teclados de computador, maçanetas e mesas compartilhadas no trabalho.
Questões relacionadas ao ambiente também interferem na transmissão da doença. Em lugares em que a umidade relativa do ar é menor, maior será a chance de transmissão do vírus, devido ao clima seco.
Quando já instalado no trato respiratório do paciente, o período de incubação do vírus é bem curto, durando entre 1 a 4 dias.
De modo geral, a transmissão ocorre a partir de 1 dia antes do início dos sintomas até 7 dias após os primeiros sinais.
O seu período de transmissibilidade, no entanto, pode variar de acordo com a idade e condição clínica do paciente. Em crianças e imunossuprimidos, por exemplo, essa janela pode ser muito maior.
Uma única pessoa infectada é capaz de transmitir a doença para um número muito grande de pessoas e, assim, espalhar o vírus e aumentar o risco de uma epidemia.
Esse tipo de vírus pode atingir todas as pessoas, de um modo geral, mas existem alguns grupos que são classificados como de maior risco.
No Brasil, por exemplo, existem alguns grupos que devem ser vacinados como prioritários, de acordo com o Ministério da Saúde. Conheça quais são:
Crianças correm um risco maior em relação a doenças transmissíveis, e com a influenza A não é diferente. Elas devem sempre seguir corretamente o calendário de vacinação para que estejam protegidas em possíveis surtos da doença.
Essa faixa etária, especificamente, está relacionada justamente a este fator, onde se inicia as doses da vacina contra o vírus.
Pessoas com idade acima de 60 anos devem ser orientadas a vacinação, para se prevenirem de doenças virais como a influenza A. Nessa faixa, tida como grupo de risco, as complicações podem ser mais graves.
Mulheres grávidas devem tomar um cuidado maior em relação ao vírus H3N2 da influenza A, pois essa doença pode provocar complicações maiores na gestação.
Durante esse período, o corpo está passando por diversas mudanças nos sistemas imunológico, circulatório e pulmonar. Esses fatores fazem com que as mulheres grávidas se tornem mais propensas a doença, correndo riscos maiores em casos de infecção, incluindo necessidade de hospitalização e óbito.
Além disso, não é só a saúde da mãe que se torna mais frágil, a do bebê também. Assim, a influenza pode interferir na gestação, incluindo complicações no trabalho de parto ou parto prematuro.
Pelos mesmos motivos que mulheres grávidas estão no grupo de risco dessa doença, estão as mulheres que se encontram no período pós-parto (puerpério).
Todas as pessoas que pertencem a população indígena, após os 6 meses de vida, devem receber a vacina, de acordo com as recomendações de saúde. Elas são consideradas um grupo de risco diante do vírus.
Pelo contato direto com salas de aula e com fatores de risco, os professores da rede pública e privada estão inclusos dentro do grupo de risco da doença.
Devido as condições desses ambientes de cárcere, as pessoas se tornam mais propensas a transmissão de doenças. Como a influenza se espalha por secreções respiratórias, para essas pessoas esse fator também os colocam como grupo de risco.
Pessoas que sofrem de condições crônicas, como doenças cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas, diabetes, imunossupressão, obesidade; que passaram por algum transplante; ou são portadores de trissomias, como a Síndrome de Down, devem tomar maior cuidado com o vírus dessa doença.
A vacina é o fator que mais contribui na redução de complicações e mortalidade sofridas por esses grupos.
Pessoas que trabalham em hospitais ou laboratórios, que podem ter contato com pessoas infectadas ou com o vírus, estão dentro do grupo de risco por estarem mais suscetíveis a doença.
Não só médicos e equipe de enfermagem estão inclusos no grupo de risco, como também pessoas que atuam no atendimento, recepção, seguranças e motoristas de ambulâncias, por exemplo.
Os sinais de gripe não são novidade para a maioria das pessoas, mas quando se trata da influenza A, é importante relembrar todos os sintomas atentamente, para se prevenir do subtipo H3N2 e do já conhecido H1N1.
Entre esses dois subtipos, não há grandes diferenças entre os sintomas. Eles causam, na maioria dos casos, os mesmos efeitos no paciente.
No início, quando o vírus ainda está incubado, o paciente não sente os sintomas e não sabe que está infectado. Com o alastramento do vírus pelas vias áreas, os sinais iniciais se manifestam. Essa fase pode levar de um a quatro dias.
A principal característica da doença é a infecção aguda das vias áreas, com febre acima de 37 ºC e 38 ºC, sendo mais frequente em crianças. Outros sintomas iniciais são as dores musculares, dor de cabeça e cansaço.
Esse sintoma se mostra mais permanente durante a infecção, onde se tem um declínio após 2 ou 3 dias da temperatura, normalizando por volta do sexto dia da evolução da gripe.
Quando o paciente está com tosse seca intensa e nariz escorrendo, o seu corpo já está em uma fase mais avançada na luta contra os vírus invasores. O ato de tossir e espirrar é uma resposta do organismo para limpar esses detritos.
Com a percepção destes sinais, é possível distinguir a gripe de um resfriado comum. As dores e a febre são um sinal de que o organismo precisa de mais líquidos, pois o ataque dos anticorpos aos vírus provoca uma maior desidratação.
Nesse processo, é comum que a urina se torne mais escura e que o paciente sinta uma necessidade menor de urinar.
Outros sintomas presentes são:
Diante da possibilidade de ser influenza A, é fundamental que o paciente não ignore os sintomas listados. Muitas pessoas acabam tendo complicações por não reconhecerem os sinais como algo importante, interpretando apenas como um resfriado ou gripe comum.
Em crianças, sintomas como lábios e pele azulados, desidratação, respiração com dificuldade ou muito acelerada, sonolência, irritabilidade ou febre com erupções cutâneas, devem ser levadas ao médico de imediato.
As pessoas, de um modo geral, devem buscar ajuda médica diante de sintomas como vômito, dores no peito, falta de ar, dores abdominais, tonturas ou confusão repentina.
Se houver suspeita, procure ajuda médica para receber o diagnóstico adequado e nunca realize a automedicação.
Apesar de serem causadas por vírus diferentes, a Covid-19 pelo Sars-CoV-2 e a gripe H3N2 pelo vírus Influenza do tipo A, ambas apresentam sintomas semelhantes. Contudo, é possível fazer a diferenciação com testes laboratoriais ou de acordo com a manifestação de cada uma. Confira a seguir quais são os sintomas mais característicos em ambos os casos e que podem facilitar o diagnóstico médico:
A manifestação dos sintomas acontece em até 4 dias após a exposição ao vírus. Eles podem persistir por, aproximadamente, duas semanas e tendem a ter como principais características:
No caso da infecção por SARS-CoV-2, os sintomas, que são graves, podem aparecer em até 15 dias depois da exposição ao vírus. Além de durarem semanas, os sintomas podem incluir:
Como vimos acima, alguns sintomas são muito característicos de algumas cepas de vírus. Portanto, além da solicitação de um exame laboratorial, o (a) médico (a) deve analisar a persistência e a intensidade dos sintomas apresentados pelo (a) paciente e, após o diagnóstico, elaborar um tratamento medicamentoso personalizado às necessidades e quadro atual do (a) paciente.
É importante que, mesmo manifestando sintomas leves, como os de uma gripe ou resfriado, haja a procura de um (a) médico.
Os médicos que podem ajudar o paciente são o clínico geral, infectologista e pneumologista. Geralmente, o primeiro contato será com o clínico geral.
Basicamente, o diagnóstico é feito através de uma amostra de secreção da nasofaringe. Preferencialmente, essa amostra deve ser coletada durante os três primeiros dias desde o surgimento dos primeiros sintomas.
Além do exame laboratorial para identificar a presença do vírus, o médico também deve levar em conta os sinais da doença, como a febre alta, o sinal mais comum durante os primeiros dias da gripe.
Sim, a influenza A, do subtipo H3N2, tem cura. Apesar de já ter provocado grandes epidemias e números expressivos de mortes pela doença, a gripe tem tratamento e pode ser prevenida.
O principal tratamento da influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de Oseltamivir. Dentro de um quadro ideal, ele deve ser administrado ainda nas primeiras 48 horas após a manifestação dos sintomas da doença e com o diagnóstico confirmado.
Esse tratamento precoce reduz as chances de complicações e a mortalidade. Embora algumas pessoas possam apresentar resistência ao medicamento, geralmente ele demonstra ser eficaz na recuperação do paciente, no qual a maioria apresenta melhora dos sintomas dentro de uma semana.
Além da medicação, que deve ser feita somente sob orientação médica, o paciente pode seguir alguns passos para melhorar os sintomas:
Se tratando de uma doença transmissível e que deixa o paciente com sintomas que prejudicam suas atividades do dia a dia, uma das formas de tratar a doença é se manter em repouso.
Além de acelerar o processo curativo de seu organismo, a pessoa infectada impede que o vírus continue circulando e se espalhando. Por exemplo, se você desconfia que está infectado, procure um médico e fique em casa por alguns dias para melhorar totalmente e não correr o risco de passar para outras pessoas a doença.
Manter nosso corpo hidratado é importante sempre, mas quando estamos gripados é algo que faz parte do tratamento. Quando umedecemos as secreções, estamos deixando mais fácil de serem expelidas e de eliminarmos o vírus.
Além disso, quando o paciente está desidratado, os sintomas da doença podem se tornar mais intensos, como a febre e dores de garganta.
Durante o tratamento, o médico pode orientar o paciente a fazer uso de alguns antivirais, para amenizar os sintomas e reduzir os riscos de complicações.
O efeito dos medicamentos são mais eficazes quando administrados dentro das primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.
Dentro desse período, a eficácia dos medicamentos são de 25% a 30% para redução da duração da gripe e 40% para diminuir a gravidade dos sintomas.
Após as 48 horas, cabe ao médico analisar qual medicamento será o mais benéfico para o paciente.
Em alguns casos, em que o paciente não apresenta riscos de complicação, pode ocorrer de não ser recomendado nenhum antiviral.
Os medicamentos disponíveis para a influenza podem ser encontrados nas opções de medicamento oral, inalado e intravenoso. São eles:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
A influenza não é uma doença que passa muito tempo com o paciente, digamos assim. Em adultos e crianças saudáveis, por exemplo, dentro de 1 a 2 semanas já se tem uma melhora do quadro.
No entanto, durante esses dias, os sintomas não são nada agradáveis. Para a família, também se torna uma complicação, pois alguns cuidados devem ser tomados para que não sejam infectados pelo vírus.
Veja algumas dicas para tornar esse momento melhor e seguro para todos envolvidos:
Pessoas que estão com alguma doença transmissível, como é a influenza A, preferencialmente, devem evitar dividir o quarto. Nem sempre essa medida é possível, mas se for, prefira usá-la.
Assim, as outras pessoas que dividem a mesma casa que o paciente está ficarão mais seguras. Se houver mais de uma pessoa doente devido a influenza, elas podem dividir o mesmo quarto.
Em caso de crianças que estão com a doença ao mesmo tempo, convém mantê-las no mesmo espaço até que fiquem melhores. Se apenas uma delas está adoecida, é melhor mantê-las em quartos separados.
Usar máscara facial pode ajudar a reduzir em 70% as chances de transmissão do vírus. É uma das recomendações para que o paciente evite espalhá-lo durante esse período de recuperação.
Se após o diagnóstico médico, o uso de medicamentos antivirais for recomendado, siga corretamente as orientações médicas. Anote os horários e doses necessárias.
É fundamental, em uma casa onde se há um paciente doente pela influenza ou em qualquer lugar, que se mantenha o ar limpo.
Por isso, lembre-se de deixar janelas e portas abertas durante o dia ou sempre que possível, para o ar circular. No quarto onde o doente dorme também é indispensável.
Durante uma infecção viral como a influenza, nosso organismo perde muito líquido tentando se defender do vírus invasor. Durante o tratamento, beba muita água e fique atento aos sinais de desidratação.
Alguns sinais de desidratação, em adultos e crianças, são:
A febre é uma dos sintomas mais característicos da influenza A. Durante o tratamento, é importante seguir as recomendações médicas e tomar os medicamentos corretamente, para que ela não volte. Para isso, convém ter um termômetro em casa, para verificar a temperatura.
Além dos medicamentos, colocar uma toalha úmida e fresca na testa do paciente pode ajudar a deixá-lo mais confortável.
O prognóstico da influenza A, em seus subtipos (H1N1, H2N2 e H3N2) e no vírus tipo B causa quadros clínicos semelhantes. Contudo, nos quadros provocados pela influenza A, a ocorrência de infecções e complicações graves é maior.
Em adultos e crianças saudáveis, a infecção dura em média de 1 a 2 semanas, demonstrando consequências moderadas. Em idosos e pessoas com doenças crônicas, o vírus pode ser uma ameaça maior à saúde.
Nesses grupos, muitas vezes, o vírus pode provocar pneumonia viral e bacteriana e agravar sintomas pré-existentes.
Alguns estudos realizados com pacientes infectados pelo vírus H3N2, mostraram que, comparado à população mais jovem, o prognóstico da doença é menos favorável para pessoas com idade acima de 49 anos, sendo mais comum complicações graves para esse grupo.
Quando o paciente não recebe o tratamento adequado, pode acabar sofrendo algumas complicações causadas pelo vírus ou pela instabilidade do sistema imunológico.
As complicações são mais presentes em pacientes idosos, crianças e indivíduos com saúde vulnerável.
Nesse caso, a condição do paciente infectado pelo H3N2 pode evoluir para os seguintes quadros:
A infecção por este vírus pode causar no paciente pneumonia viral primária e secundária. Quando acontece de forma primária, a condição se dá pela presença da doença. Em casos secundários, a pneumonia tem causa bacteriana.
Na pneumonia, o paciente apresenta como sintoma febre alta e dores pelo corpo, principalmente na região do tórax. Nessa condição, se tem uma infecção agravada nos pulmões.
Quando essa infecção, que pode ser provocada pela influenza ou outro vírus ou bactéria secundária, alcança os alvéolos, o paciente pode apresentar dificuldade respiratória.
As complicações cardíacas e pulmonares que o paciente com gripe pode sofrer estão associadas ao agravamento do quadro de pneumonia. Com o tratamento adequado, essa doença não deve apresentar riscos como este.
O paciente deve buscar orientação médica ainda na manifestação dos primeiros sintomas da gripe, como a febre alta, para impedir que sua condição clínica possa apresentar esse tipo de complicação.
Crianças pequenas costumam apresentar como complicações sintomas semelhantes a sepse bacteriana, como febre alta. Cerca de 6% a 20% das crianças hospitalizadas por infecção do vírus da influenza manifestam essa complicação.
Devido a imunidade baixa que a infecção viral pode proporcionar no organismo do paciente, seu corpo se torna mais frágil a outras infecções, sendo mais comum em pessoas que já apresentam vulnerabilidade clínica e pessoas idosas.
Pneumonias bacterianas são mais frequentes, geralmente provocadas pelos agentes Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus ssp. e Haemophillus influenzae.
A prevenção da H3N2 não se distancia muito do que deve ser feito para evitar a gripe comum. Mesmo em épocas de surto, é possível seguir alguns passos para evitar essa doença. Conheça os principais:
É importante manter as mãos bem limpas. Lembre-se de higienizá-las com frequência, principalmente antes de qualquer refeição. Quando estiver em um ambiente em que não seja possível lavá-las, busque utilizar álcool gel.
Principalmente no inverno, carregar consigo o álcool gel facilita a higienização e ajuda a prevenir essa e outras doenças.
Após tossir e espirrar, também é importante lavar as mãos, para não espalhar o vírus pela superfície dos objetos.
Evitar ambientes lotados e com pouca ventilação pode ajudar a conter e prevenir a transmissão do vírus. Por essas condições, esses lugares se tornam um fator de risco para doenças transmissíveis por secreções respiratórias como a influenza.
Em casa, procure deixar portas e janelas abertas, para melhorar a circulação. Em transportes coletivos, também. Mesmo com temperaturas baixas ou com tempo chuvoso, priorize a saúde coletiva e mantenha sempre uma brecha para o ar circular.
Ter uma alimentação saudável ajuda a fortalecer o nosso sistema imunológico. Consumir de forma natural boas quantidades de vitamina ajuda a prevenir a gripe e traz inúmeros benefícios à saúde.
Apresentando algum dos sintomas ou não, evite compartilhar objetos pessoais que possam ser responsáveis pela transmissão do vírus como talheres, copos, garrafas e pratos.
Diante dos sintomas da gripe como tosse e espirro, use lenços descartáveis para higiene nasal. Além disso, cubra sempre o nariz e boca enquanto espirrar ou tossir, para não espalhar o vírus.
É recomendado que se evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Quando se há o contato, deve ser feita uma higiene adequada.
Para prevenir a sua saúde, é importante evitar o contato muito próximo com pessoas que apresentam os sintomas da doença. Durante o tratamento, uma das recomendações é que os pacientes mantenham repouso e evitem contato com outras pessoas saudáveis para não correr o risco de espalhar o vírus.
Se alguém próximo a você, como um colega de trabalho ou estudo, está com os sintomas da doença, oriente-o para que procure ajuda médica e tire alguns dias para repousar.
A vacinação é a forma mais eficiente de prevenção à doença e para se evitar complicações. Anualmente, se tem campanhas de vacinação para prevenção da influenza A.
As vacinas são disponibilizadas tanto por laboratórios particulares quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos laboratórios particulares, o preço médio é de 130 reais. Para os grupos considerados de risco, o SUS deve disponibilizar gratuitamente a vacina.
Nas campanhas atuais, as vacinas ofertadas são trivalentes, ou seja, capazes de proteger o paciente contra a influenza A (H1N1 e H3N2) e influenza B, considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os vírus de maior importância epidemiológica.
Considerando o quanto esse vírus passa por mutações, é necessário que se tenha, todo ano, uma atualização da vacina, para atender a necessidade da população naquele momento.
De acordo com a OMS, a vacina aplicada em 2018 será de acordo com as cepas do vírus que estão em circulação no mundo, o que inclui o H1N1, H3N2 e o vírus da influenza B.
A vacina, sendo assim, é o resultado da combinação de vírus similares aos três tipos de cepas.
Ainda que a campanha de vacinação tenha foco nos grupos mais vulneráveis ao vírus, é recomendado que todos que puderem receber o imunizante, o façam.
Todas as pessoas podem receber a vacina, mas para os grupos de risco, ela se torna indispensável. De acordo com a Ministério da Saúde, os seguintes grupos devem ser priorizados:
Os possíveis efeitos colaterais da vacina são divididos em dois tipos: locais e sistêmicos. Incluem os seguintes sintomas:
As manifestações locais, como dor no local e vermelhidão, são sinais considerados benignos. Acontecem entre 15% a 20% dos pacientes e tende a desaparecer dentro de 48 horas após a aplicação.
Os sinais como febre e mal-estar, identificados como reações sistêmicas, podem acontecer entre 6 horas a 12 horas após a vacina e permanecer por até 2 dias.
Dentro desse tempo, se os sintomas não melhorarem, o paciente deve procurar orientação médica. Não são efeitos colaterais comuns, sendo recorrentes em 1% dos pacientes que recebem, normalmente quando se refere ao primeiro contato com a vacina.
A vacina contra influenza tinha como contraindicação ser evitada por pessoas com histórico de alergia grave à proteína do ovo.
No entanto, de acordo com as novas recomendações do Centro de Controle de Doenças (CDC) e do Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP), nos EUA, é possível que essas pessoas sejam vacinadas.
Essas diretrizes, propostas no ano de 2016, colocam algumas condições para que os alérgicos recebem a vacinação com segurança.
Com essas novas recomendações, tem-se que não é mais necessário que pessoas alérgicas ao ovo permaneçam por 30 minutos em observação, como no antigo procedimento.
No entanto, como é recomendado para todo tipo de vacina injetável, que pode provocar tontura no paciente, todas as pessoas devem permanecer em observação por 15 minutos, até serem liberadas.
Pessoas que apresentam reação alérgica ao receber a primeira dose também são consideradas dentro do grupo de contraindicações e não devem receber novamente a vacina.
Sendo assim, vale lembrar, que mesmo com a nova revisão acerca da vacinação para alérgicos a ovo, é necessário tomar cuidado e seguir corretamente todo o procedimento.
A vacina também não deve ser aplicada em crianças menores de 6 meses de idade.
O vírus H3N2 ainda é pouco conhecido entre as pessoas e, com a possibilidade de surtos, causa grande curiosidade e preocupação em torno do assunto. Confira algumas dúvidas frequentes:
Não, não é possível a transmissão dessa forma. Embora muitas pessoas temam a ingestão da carne suína, diante de uma epidemia como esta, a carne que se chega ao consumidor não apresenta risco de contaminação, por dois fatores principais.
O primeiro se dá pela inspeção sanitária dos produtos, que deve ser feita durante todo o processo de produção dessa carne.
Outra questão é que ainda que o animal estivesse contaminado, após o cozimento a 70 ºC, nenhum vírus presente na carne crua sobreviveria. Portanto, não é preciso temer essa transmissão.
A campanha de vacinação contra a influenza A acontece anualmente, entre os meses de abril e maio.
A circulação do vírus acontece durante todo o ano, mas se torna mais frequente durante as estações de outono e inverno, onde as temperaturas caem. Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil se torna ainda mais comum a expansão do vírus.
A vacina, nesses meses, estrategicamente, é capaz de promover maior imunidade, pois durante esse período as pessoas se aglomeram em ambientes e não há tanta circulação do ar devido a portas e janelas mais fechadas
Após a vacinação, é possível identificar os anticorpos protetores contra a gripe dentro de 2 a 3 semanas. O corpo se mantém protegido por cerca de 6 a 12 meses. Dessa forma, é necessário a vacinação anual, para reduzir as chances de complicação da doença.
A vacina contra a influenza A só deve ser realizada em bebês após os 6 meses pois as mulheres grávidas fazem parte dos grupos de risco também, dessa forma, elas também recebem vacina.
Assim, a vacina protege a mãe, o feto e o recém-nascido até os seus 6 meses de vida.
Contudo, se a mãe suspeitar que o bebê ou ela mesmo esteja com algum dos sintomas da gripe, é recomendado que se procure ajuda médica para um diagnóstico.
Não, apesar da vacinação apresentar eficácia de 50% a 85%, o seu grau de proteção pode sofrer diversas alterações de pessoa para pessoa, pois está associado a diversos fatores como idade, exposição prévia ao vírus e aos antígenos.
Não, não existe esse risco. Por utilizar o vírus inativado, a vacina não é um perigo para as pessoas saudáveis e pode ser realizada sem essa preocupação.
De modo geral, as mulheres que estão amamentando podem sim receber a vacina, não há contraindicações que confirmem algum risco ao grupo. Contudo, cada caso deve ser avaliado individualmente.
Sim, não existem evidências de que a medicação antiviral da influenza afeta ou traz efeitos colaterais para mulheres que estão amamentando e nem para os bebês.
Sim, algumas pessoas podem sofrer desmaios (síncope) ao receber algum tipo de medicação injetável. Para prevenir que o paciente não sofra algum acidente, ele deve permanecer por pelo menos 15 minutos no hospital, sob observação. Após esse breve período, se estiver tudo bem, ele está liberado.
A vacina contra influenza deve ser realizada anualmente pois o seu efeito garante proteção de um período de 6 a 10 meses. Dessa forma, se torna necessário receber todo ano uma nova dose.
Além do tempo de efeito, essa periodicidade está relacionada às altas taxas de mutação do vírus, que ocorrem durante a fase de replicação. Com essas variações, a população se torna desprotegida, pois sua imunidade, mesmo tendo recebido doses anteriores, se torna incapaz de reconhecer o novo subtipo.
Essas mutações do vírus acontecem anualmente e são por causa desse ciclo que as epidemias acontecem. E por esse motivo é tão importante realizar campanhas de vacinação todo ano e atualizar os componentes da vacina para a cepa que estão circulando entre as pessoas.
Sim, interfere. Pessoas que receberam a vacina influenza, seja fragmentada ou inativada, podem ter o resultado de alguns testes laboratoriais para vírus com resultados alterados, tais como os testes para o vírus HIV-1, hepatite C e HTLV-1.
Diante da realização de algum teste laboratorial como estes, cabe ao paciente informar aos profissionais de saúde sobre a vacina da influenza recebida.
Sim, as vacinas para prevenção do vírus influenza podem ser administradas juntamente com as demais vacinas do calendário de vacinação, isso em qualquer faixa etária.
Sim, a vacina contra influenza A, quadrivalentes ou trivalentes, são aplicadas via intramuscular. Pacientes que sofrem com algum distúrbio sanguíneo podem receber a injeção via subcutânea.
Anualmente, enfrentamos as temporadas de gripes sazonais e, este ano, um vírus pouco conhecido entrou em pauta. O H3N2, subtipo da influenza A, deve ser prevenido e tratado como um perigo grave para a saúde.
Fique atento aos sintomas e procure ajuda médica o quanto antes. Com o tratamento, o paciente deve ficar bem dentro de poucos dias. Todavia, sem os devidos cuidados, essa gripe pode provocar complicações sérias ou até mesmo levar à morte.
Mantenha uma rotina de cuidados preventivos e não se esqueça de compartilhar esse texto para que mais pessoas possam ter acesso às informações sobre esse vírus!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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