A H. pylori é uma bactéria que se instala nas paredes internas do estômago, causando inflamações, azia, sensação de estufamento, refluxo, mau hálito e gastrite.
Estima-se que cerca de 50% da população mundial esteja infectada com essa bactéria, embora apenas uma pequena parcela desenvolva os sintomas da infecção.
Os países com o maior número de casos ficam na África, América Latina e Ásia, com uma taxa de 70% a 90% de infecções.
Embora não haja consenso entre médicos e profissionais da saúde, acredita-se que a H. pylori possa ser transmitida de pessoa a pessoa por meio da saliva.
Quer saber mais sobre a H. pylori? Então acompanhe o artigo até o fim e saiba como prevenir e tratar a infecção!
Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
A H. pylori é uma bactéria que se aloja nas paredes internas do estômago humano, causando azia, dor no estômago, sensação de estufamento e mau hálito. Caso não seja tratada, ela pode originar gastrites e até mesmo úlceras.
Diferente de outras bactérias, a H. pylori secreta uma substância química (urease) que neutraliza os ácidos produzidos no estômago humano, permitindo que ela viva nesse ambiente sem se prejudicar.
Essa bactéria afeta mais frequentemente crianças com menos de 6 anos, pessoas com fragilidade econômica e habitantes de regiões com problemas de saneamento básico.
O contágio geralmente ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada. Por este motivo, a infecção é mais frequente em regiões pobres e com problemas de saneamento básico.
O agravamento da infecção pode levar ao aparecimento de úlceras, além de ser fator de risco para o desenvolvimento de câncer no estômago.
Isso faz com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considere a H. pylori como um agente cancerígeno.
A H. pylori pode ser adquirida por meio da ingestão de água e alimentos contaminados com fezes, ou após exames feitos com instrumentos médicos contendo a bactéria. Apesar de não ser um consenso, é possível que algumas pessoas sejam infectadas por transmissão fecal-oral:
Em países pobres e com problemas de saneamento básico, a ingestão de água ou alimentos que tenham sido contaminados com fezes contendo a H. pylori é uma forma bem recorrente de infecção.
Nesses locais, não é incomum que a água utilizada para irrigar plantações esteja contaminada com resíduos vindos de redes de esgoto.
A falta de um tratamento eficiente da água fornecida à população também aumenta os riscos de contágio, colocando as pessoas em uma posição de vulnerabilidade.
Quando uma pessoa consome vegetais crus e sem higienização adequada, as bactérias que estão contidas na superfície desses vegetais acabam penetrando no organismo através da boca.
Dessa forma, ao entrar no organismo, ela se move pelo aparelho digestivo até alcançar o estômago ou chegar até o intestino delgado.
É também chamado de contágio iatrogênico e se refere a infecções causadas após procedimentos clínicos. No caso da H. pylori, normalmente acontece em decorrência de endoscopias realizadas com instrumentos mal esterilizados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa forma de transmissão é menos comum. Contudo, profissionais de saúde devem ficar atentos aos processos de esterilização em clínicas e ambulatórios.
Sim. Existem indícios de que a H. pylori pode ser transmitida por meio do contato com a saliva ou outros fluidos corporais de pessoas infectadas, como o vômito.
Porém, o modo como essa transmissão ocorre ainda não foi totalmente esclarecido.
Alguns estudos sugerem que quando uma pessoa sofre com refluxo, parte das bactérias que ficam no estômago sobem pelo canal digestivo junto do ácido gástrico, chegando até a garganta e boca do paciente.
Na boca, elas poderiam ser transmitidas por meio da saliva ou quando pessoas compartilham alimentos ou utensílios (colheres e copos). Porém, esses casos de infecção são mais raros.
Outro fator que parece contribuir para a transmissão da H. pylori é a falta de higiene pessoal, como o hábito de não lavar as mãos corretamente antes das refeições e após usar o banheiro.
Manipular alimentos com as mãos contaminadas pela bactéria pode causar infecção por via fecal-oral.
Embora qualquer pessoa possa contrair a H. pylori, moradores de regiões insalubres e sem saneamento básico são mais propensas à infecção. Saiba mais:
A infecção por H. pylori é mais comum na infância, sobretudo em países com problemas de saneamento básico.
Pesquisas mostram que enquanto a taxa de infecção em crianças com menos de 10 anos varia de 1% a 10% em países ricos, em regiões mais pobres esse número sobe para 50%.
Morar em locais sem saneamento básico e ter uma alimentação deficitária faz com que pessoas economicamente menos favorecidas corram um risco maior de contrair a H. pylori.
A porcentagem de infecção de moradores de orfanatos, asilos, hospitais e prisões é bem superior ao de pessoas de melhor poder aquisitivo.
A falta de alimentação adequada também aumenta as chances de infecção, pois reduz as defesas do sistema imunológico deixando as pessoas mais suscetíveis a doenças.
Como a transmissão ocorre através da ingestão de água contaminada com fezes, habitantes de regiões sem saneamento básico apresentam as maiores taxas de infecção pela H. pylori.
Segundo dados levantados pelo Instituto Trata Brasil em 2019, cerca de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável e 95 milhões estão sem coleta de esgoto.
A maioria dessas pessoas vive nas regiões do Norte e Nordeste, porém, grandes cidades da região Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro, também apresentam saneamento deficitário.
Como consequência, a população apresenta altas taxas de internação devido a infecções causadas por microrganismos, como o H. Pylori.
A maioria das pessoas infectadas pela H. pylori não apresenta sintomas. Porém, alguns pacientes podem sofrer com desconfortos estomacais, refluxo, mau hálito, arrotos, azia e problemas de digestão.
Além desses sintomas, as pessoas infectadas podem apresentar as seguintes condições:
Para viver no estômago humano sem se prejudicar com seu nível de acidez, a bactéria H. pylori secreta uma enzima chamada urease. Essa enzima quebra a ureia, substância presente no suco gástrico, e a converte em dióxido de carbono e amônia.
Tanto o dióxido de carbono quanto a amônia são prejudiciais para o estômago.
Além de causarem refluxos, arrotos e mau hálito no paciente, essas substâncias ainda neutralizam o ácido clorídrico envolvido no processo de digestão.
A azia é uma sensação de queimação que pode acometer tanto as paredes do estômago quanto a região do esôfago, quando o paciente sofre com refluxo.
A queimação é causada pela substância ácida produzida no estômago e geralmente se manifesta após as refeições.
Embora a H. pylori normalmente neutralize o ácido gástrico, ela também pode aumentar o nível de acidez do estômago.
Quando isso ocorre, o paciente pode desenvolver um quadro de hipocloridria, que consiste em um mal estar estomacal decorrente de problemas na digestão dos alimentos.
As principais manifestações da hipocloridria são inchaço, sensação de estufamento e gases.
Existem vários exames que ajudam a verificar a presença da H. pylori no estômago. Geralmente os médicos gastroenterologistas optam por métodos menos invasivos, como exame de sangue, exame de fezes ou teste de ar exalado.
Porém, em quadros graves de gastrite, o mais recomendado pode ser uma endoscopia ou biópsia do tecido estomacal.
Os exames mencionados acima só serão indicados após uma avaliação médica que levará em consideração a presença dos seguintes sintomas:
A infecção pela H. pylori pode ser detectada por meio de exames de sangue, de fezes ou do teste respiratório com ureia marcada.
Pacientes que sofrem de problemas estomacais graves, como gastrites crônicas ou úlceras, também podem detectar a H. pylori por meio da endoscopia e do teste da urease.
Entenda melhor cada exame:
É feito por meio de análise de uma amostra de sangue, com a finalidade de detectar a presença de anticorpos para a H. pylori no organismo.
Embora exames de sangue ajudem no diagnóstico inicial da infecção, eles não são capazes de informar se o organismo de fato eliminou a bactéria após o tratamento.
Isso ocorre porque mesmo após o uso de antibióticos, o sistema imunológico continua a produzir anticorpos para a H. pylori.
Assim, exames de sangue podem continuar acusando a presença dessa bactéria no estômago mesmo após o tratamento.
Para evitar resultados falso positivos, especialistas recomendam que outros testes sejam realizados após o tratamento, como o exame de fezes ou de ar exalado.
O exame de fezes pode ser feito para verificar a presença de bactérias nas fezes de pacientes com suspeita de infecção pela H. pylori.
Esse teste é vantajoso se comparado ao de sangue pelo fato de não apenas detectar a presença dos anticorpos no organismo, mas também de detectar outras possíveis infecções ativas.
Além disso, é também um exame que pode ajudar a prevenir o câncer colorretal.
Para fazer esse exame, é necessário que o paciente esteja há pelo menos 2 semanas sem fazer uso de medicação, como antibióticos e antiácidos.
Esse exame é feito para detectar a presença de substâncias secretadas pela bactéria no ar exalado pelo paciente.
O teste é realizado da seguinte forma: o paciente ingere uma substância contendo 75 mg de ureia e carbono em pó dissolvidos em água.
Após um período de aproximadamente 40 minutos, ele expira o ar em um recipiente contendo um marcador de pH (nível de acidez).
Caso seja registrada a presença das substâncias secretadas pela bactéria no ar exalado, há alteração na cor do marcador devido ao aumento do nível de acidez, o que significa resultado positivo para a presença da H. pylori.
Para que esse exame seja realizado, é preciso que o paciente esteja em jejum (mínimo de 6 horas) e que não esteja fazendo uso de antibióticos, uma vez que a atuação desses medicamentos pode interferir no resultado do exame.
Antes do procedimento, o paciente deverá consumir 200mL de suco de laranja ou 1g de ácido cítrico dissolvido em 200mL de água.
O exame de ar exalado pode levar em torno de 2 dias para ficar pronto.
A endoscopia é um exame feito com auxílio de um endoscópio, aparelho que permite ao especialista capturar imagens em tempo real das membranas internas do esôfago, estômago e intestino delgado do paciente.
O endoscópio é inserido pela boca, passando pelo esôfago até chegar ao estômago.
Além de ajudar no diagnóstico de inflamações nas membranas do estômago, o endoscópio permite que fragmentos de tecidos sejam retirados para biópsias.
Embora o procedimento possa causar leve desconforto no paciente, ele é feito com anestesia intravenosa e local, não causando dor.
O teste da urease é feito durante a endoscopia e consiste na análise de pequenos fragmentos de tecido retirados da parede interna do estômago.
Esses fragmentos são colocados em um recipiente contendo ureia e um marcador de pH. A presença da bactéria será medida com base no nível de acidez verificado na ureia, que mudará de cor caso o pH aumente.
Se a bactéria estiver presente nos tecidos retirados do estômago, a ureia reage mudando de amarelo para vermelho, acusando resultado positivo. Caso a ureia não mude de cor, o resultado é negativo para a H. pylori.
O teste pode levar de alguns minutos até horas para ficar pronto.
Assim como nos demais exames, o paciente precisa interromper o uso de medicação pelo período determinado pelo médico.
Sim. A infecção pelo H. pylori pode ser curada quando o paciente recebe o diagnóstico, faz o tratamento com antibióticos e adota hábitos alimentares saudáveis.
Para verificar se a bactéria realmente foi eliminada do estômago, o médico pode pedir que o paciente faça novamente o teste de fezes ou o exame de ar exalado.
O tratamento para a infeção por H. pylori dura de 10 a 14 dias e envolve o uso de antibióticos e medicamentos inibidores da bomba de prótons (IBP).
Esses remédios são usados no combate à infecção, atacando diretamente a H. pylori.
Para que façam efeito, é fundamental que sejam tomados no horário e pelo período correto
O tratamento com inibidores da produção de ácido gástrico, também conhecidos como inibidores da bomba de prótons, diminui os sintomas de azia, gastrite e refluxo.
Existem dois tipos principais de medicamentos utilizados no tratamento da infecção pela H. pylori: antibióticos e inibidores da bomba de prótons. Saiba mais:
Os antibióticos têm o papel de eliminar a infecção, atacando diretamente as bactérias presentes nas membranas do estômago.
Para que o tratamento tenha sucesso, o paciente deve seguir atentamente as orientações médicas em relação aos horários e por quantos dias deve manter a medicação.
Os remédios comumente receitados para o tratamento da H. pylori são:
Os IBP são medicamentos que suprimem em até 95% a secreção de ácido gástrico no estômago, aliviando os sintomas de azia, gastrite e refluxo gastrointestinal.
No caso de doença péptica, os IBP promovem a cicatrização das lesões e ulcerações presentes nas membranas estomacais.
Além disso, quando usados em conjunto com antibióticos no tratamento de pacientes com H. pylori, os IBP aumentam as chances de remissão completa do quadro infeccioso.
Geralmente, os remédios incluem:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Pessoas com H. pylori podem aderir a hábitos alimentares que aliviam os sintomas da infecção e ajudam na recuperação das mucosas internas do estômago, deixando o dia a dia até a recuperação total da doença mais confortável.
Algumas mudanças incluem:
De acordo com recomendações de médicos gastroenterologistas, a dieta para pessoas com a H. pylori deve incluir alguns alimentos específicos e outros devem ser evitados. Entre os que fazem bem estão:
Durante o tratamento, deve-se evitar o consumo de alimentos que aumentam a produção de ácido gástrico ou que causam irritação, como cafeína, frituras e produtos com excesso de sal, açúcar e corantes.
Outros alimentos que devem ser evitados incluem:
Além dos alimentos recomendados acima, destacam-se também os prebióticos e probióticos, que auxiliam no equilíbrio da flora intestinal e contribuem para a boa digestão.
Prebióticos são alimentos que devem ser consumidos para estimular a atividade dos microrganismos presentes naturalmente no nosso corpo.
Alguns exemplos de alimentos prebióticos são:
Já os alimentos probióticos são os que contém substâncias ricas em microrganismos vivos que atuam de maneira benéfica no organismo. Eles ajudam a manter o equilíbrio da flora intestinal e a absorver as vitaminas e nutrientes.
No Brasil, o alimento probiótico mais consumido é o leite fermentado enriquecido com lactobacilos vivos.
Esses microrganismos são encontrados naturalmente no intestino humano, cumprindo um papel muito importante no combate à agentes infecciosos, como a H. pylori.
Alguns alimentos probióticos são:
Tirar cochilos logo após as refeições pode parecer uma prática inofensiva, mas para o estômago e esôfago esse hábito é um verdadeiro veneno.
Segundo um estudo publicado no periódico médico Clinical Gastroenterology and Hepatology, os sintomas de refluxo e queimação no esôfago são piores em pacientes que tiram sonecas ao longo do dia, especialmente após refeições pesadas.
Deitar antes que o estômago tenha tempo para digerir os alimentos faz com que tanto a comida quanto o suco gástrico subam para a região do esôfago, causando irritação e incômodo.
Por isso, é importante que seja estabelecido um intervalo de tempo entre as refeições e as sonecas, além de evitar comer alimentos pesados antes de dormir.
As chances de cura após o tratamento com antibióticos e inibidores da produção de ácido gástrico são bem altas, mesmo para pacientes com complicações graves, como a úlcera.
De acordo com o CDC (Center of Diseases Control and Prevention), as taxas de cura podem ser ainda maiores caso o paciente faça a terapia tríplice, na qual são combinados 3 antibióticos distintos.
A alternância entre antibióticos impede que os microrganismos fiquem resistentes aos medicamentos.
Além do tratamento medicamentoso, dietas alimentares específicas para combater os sintomas da infecção também contribuem para que o paciente se cure por completo.
Caso a infecção pela H. pylori não seja tratada corretamente com os antibióticos, ela pode evoluir para problemas estomacais graves, como úlcera e até mesmo câncer.
A secreção de substâncias que atrapalham a digestão dos alimentos também pode originar quadros de anemia, uma vez que a absorção de proteínas e vitaminas fica comprometida. Saiba mais:
A gastrite é uma inflamação nas paredes internas do estômago causada pelo aumento do nível de acidez do suco gástrico.
Quando a H. pylori está presente no estômago, pode ocorrer aumento na produção de ácido clorídrico, substância necessária para a digestão dos alimentos.
O aumento de suco gástrico acaba contribuindo para o aparecimento de feridas nas membranas do estômago. Os sintomas são azia, falta de apetite, estufamento e refluxo.
Existe uma série de problemas estomacais que podem causar gastrite, por isso, é muito comum que pacientes só descubram estar com H. pylori após a realização de endoscopias.
Para sobreviver no estômago humano, a H. pylori secreta enzimas neutralizadoras das substâncias químicas responsáveis pela digestão dos alimentos.
Duas dessas substâncias são o ácido gástrico e a proteína chamada fator intrínseco, responsável pela absorção da vitamina B12 no organismo.
Quando a bactéria interfere na produção do fator intrínseco, o paciente desenvolve a anemia perniciosa, um subtipo de anemia relacionada à falta de B12 no corpo.
Como a produção do suco gástrico é essencial para digerir alimentos em geral, outras formas de anemia também podem se manifestar, como aquela relacionada à deficiência de ferro.
Alguns dos sintomas da anemia perniciosa são tontura, fraqueza, palidez, falta de apetite e indisposição.
A úlcera péptica ocorre quando há superprodução de ácido gástrico no estômago, o que leva à corrosão das membranas internas e aparecimento de inflamações graves.
O termo “péptico” vem de pepsina, uma enzima responsável pela digestão.
Os sintomas de azia e desconforto estomacal geralmente surgem após as refeições, momento em que o estômago secreta ácido gástrico para digerir os alimentos.
Os sintomas mais comuns da úlcera péptica incluem dores estomacais, azia, refluxo, dores abdominais e em alguns casos, fezes sanguinolentas.
As úlceras geralmente curam-se em pouco tempo, porém, também podem apresentar complicações, como hemorragia e câncer.
A associação da infecção por H. pylori com o câncer pode ser assustadora, porém, especialistas afirmam que apenas uma parcela muito pequena de pessoas infectadas de fato desenvolve a doença.
O câncer de estômago associado à H. pylori geralmente aparece como uma complicação da úlcera péptica, estágio em que há sangramentos no estômago e no duodeno (parte superior do intestino delgado), além de perfurações nas mucosas do estômago.
Os sintomas são parecidos com os da gastrite e úlcera péptica, embora apareçam com mais intensidade.
Quando o câncer estomacal é descoberto no início, as chances de cura chegam a 100%. Portanto, é fundamental que o paciente visite o médico periodicamente.
A infecção por H. pylori pode ser evitada por meio de medidas de higiene e melhoria das condições de saneamento básico da população. Cozinhar bem os alimentos e não beber água que possa estar contaminada são fundamentais para evitar a infecção.
Acredita-se que a H. pylori é transmitida principalmente por meio do consumo de água ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar bem os alimentos com água corrente e esponja antes de cozinhá-los.
Além da água corrente, o peróxido de hidrogênio a 3% (água oxigenada) também ajuda na eliminação de bactérias presentes na superfície de frutos e vegetais.
Para aplicá-lo nos alimentos, basta colocar uma colher de sopa de peróxido para cada 1 litro de água e deixar os vegetais de molho de 15 a 20 minutos.
Beber água de fontes desconhecidas pode aumentar os riscos de contágio da H. pylori, por isso deve-se evitar usar água de poços e fontes.
Pessoas que residem em regiões onde não há saneamento básico de qualidade devem optar pelo consumo de água mineral.
Se isso não for possível, é fundamental que a água da torneira seja fervida antes de ser consumida.
A H. pylori é transmitida por via fecal-oral, o que significa que pessoas infectadas podem acidentalmente transmiti-la caso não higienizem bem as mãos após ir ao banheiro.
Por isso, lavar as mãos antes das refeições com sabonetes e álcool gel 70% diminui os riscos de contaminação de alimentos ou de mucosas orais (boca e nariz).
A infecção por H. pylori pode ser evitada a partir de hábitos de higiene, como lavar bem as mãos antes das refeições, não comer alimentos crus e evitar beber água de procedência desconhecida.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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