Saúde

Exame Gama GT (GGT): o que é, alto, baixo e para que serve

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 30/06/2017Última atualização: 23/11/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 23/11/2022
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Gama GT (gama glutamil transpeptidase ou GGT) é o exame de sangue que mede a quantidade da enzima gama glutamil transferase (GGT) no organismo. Essa enzima está presente principalmente no fígado e ductos biliares, mas também pode ser encontrada nas células dos rins, intestinos, pâncreas e baço.

O exame serve especialmente para fornecer uma análise do funcionamento do fígado e identificar possíveis alterações hepáticas, principalmente as relacionadas ao consumo de álcool. E, em alguns casos, pode detectar quadros de obstrução do ducto biliar.

Quando algum dos órgãos que contém a GGT não funciona de forma satisfatória, a quantidade da enzima no sangue pode sofrer alteração, evidenciando alguma falha funcional do organismo e permitindo investigação clínica para identificar a causa e, assim, realizar o tratamento.

Pelo fato desta enzima ser encontrada em diversas partes do corpo, o exame pode não conseguir especificar isoladamente qual órgão está com problemas, por isso, podem ser necessários exames complementares.

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. Como é feito o exame?
  2. Quando é solicitado?
  3. Afinal, o que é fosfatase alcalina?
  4. GGT e alcoolismo
  5. Resultados do exame
  6. Cuidados pré-exame
  7. Riscos do exame
  8. Exames complementares

Como é feito o exame?

O gama GT é um exame laboratorial realizado por meio da coleta de sangue pela venopunção de aproximadamente 5mL, semelhante à coleta realizada no exame de hemograma. O teste é feito em poucos minutos, não traz grandes complicações e dispensa hospitalização. Em média, seus resultados saem em aproximadamente 24 horas.

Gama GT costuma ser solicitado para identificar alterações no fígado

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Quando é solicitado?

Na grande maioria dos casos, o gama GT é solicitado em pacientes com suspeita de problemas no fígado, como cirrose e hepatite. Entretanto, o médico também poderá recomendar o exame quando identificar um nível elevado de fosfatase alcalina, indicativos de baixa vitamina D, suspeita de pancreatite, entre outros.

Alguns indicativos de anormalidade das funções hepáticas incluem:

  • Fezes com cores mais claras ou esbranquiçadas;
  • Urina escura;
  • Náusea acompanhada de vômitos;
  • Dor ou inchaço na região do abdômen;
  • Emagrecimento repentino;
  • Inchaço nas pernas ou tornozelos;
  • Perda de apetite;
  • Coceiras;
  • Icterícia (coloração amarelada na pele ou nos olhos);
  • Fraqueza;
  • Fadiga excessiva;
  • Sangramento digestivo.
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Afinal, o que é fosfatase alcalina?

Em síntese, a fosfatase alcalina (ALP) trata-se também de uma enzima, que possui relação direta com o gama GT e pode ser encontrada no sistema hepático e ossos. Níveis elevados dessa enzima podem indicar distúrbios na atividade óssea, bem como alterações hepáticas que atingem os ductos biliares.

Por isso, é bastante comum o exame de fosfatase alcalina ser complementar ao exame GGT. Por exemplo, em casos de doenças das vias biliares e do fígado, os níveis de ALP e GGT estarão altos. Porém, nas situações de ALP elevada e GGT normal, é provável que haja doença óssea.

GGT e alcoolismo: qual a relação?

Mesmo em pequenas quantidades, o consumo de álcool eleva os níveis da enzima GGT no sangue. Por isso, o exame gama GT pode ser utilizado na triagem ou monitoramento do uso/abuso de álcool em pacientes sob tratamento de hepatite alcoólica e alcoolismo. Além disso, vale destacar que em cerca de 75% dos bebedores crônicos, o nível da enzima estará elevado.

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Resultados

Como os valores de referência do gama GT podem variar conforme o laboratório, é indispensável a apresentação dos resultados para análise médica. De maneira geral, os valores considerados normais estão entre 8 a 61 U/L (homens) e 5 a 36 U/L (mulheres).

Gama GT alto

A elevação do GGT sugere que alguma doença ou condição está danificando o fígado, e, geralmente, quanto mais alto este resultado, maior será o dano. Alguns fatores que justificam a alta são:

  • Hepatites virais (hepatite A, hepatite B ou hepatite C), medicamentosa, alcoólica, tóxica ou  autoimune;
  • Abuso de bebida alcoólica, cigarro, medicamentos ou outras drogas;
  • Cirrose;
  • Obstrução dos canais biliares;
  • Uso de alguns medicamentos;
  • Diabetes;
  • Esteatose hepática (gordura no fígado);
  • Inflamações no fígado;
  • Infarto agudo do miocárdio (aproximadamente 4 a 10 dias após o episódio);
  • Hipertireoidismo.

Como diminuir?

O fator principal para a redução do gama GT é a identificação da causa e adoção de medidas para combatê-la, por exemplo, cortar ou reduzir o consumo de álcool, realizar a substituição de medicação e tratar as doenças causadoras.

Os profissionais responsáveis pelo tratamento do quadro clínico são os médicos gastroenterologista ou hepatologista. Além disso, nos casos de hepatites virais, também pode haver a necessidade de acompanhamento com um (a) infectologista.

O GGT alto sempre apresenta sintomas?

O aumento do GGT em muitos casos pode ser assintomático, ou seja, não apresentar sintoma algum. Esse quadro pode ter caráter temporário como no caso de consumo de álcool ou uso de medicações.

Caso outras enzimas não apresentem alterações, o médico pode solicitar um novo exame para confirmar o resultado e realizar uma análise de aumento temporário ou a causa da elevação.

Cuidados para evitar a elevação do GGT

Atentar-se a hábitos simples para prevenir a elevação do gama GT também pode ajudar na prevenção de outros problemas de saúde. Os cuidados incluem:

  • Prática regular de atividade física;
  • Alimentação equilibrada, consumindo todos os grupos alimentares (proteínas, fibras, carboidratos) e incluindo alimentos ricos em ômega 3 e anti-inflamatórios;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros;
  • Reduzir o consumo de gorduras e açúcares.

Gama GT baixo

Um valor baixo como resultado do gama GT indica improbabilidade de problemas hepáticos e consumo de álcool. Entretanto, se associado a um nível de fosfatase alcalina elevado, pode ser indicativo de deficiência de vitamina D, doença de Paget ou doença nos ossos.

Cuidados pré-exame

Algumas orientações antes da realização do exame são:

  • Suspender a ingestão de álcool ou cigarro 24 horas antes do exame;
  • Não ter realizado biópsia hepática nos últimos 5 dias;
  • Estar em jejum de, no mínimo, 8 horas (é necessária a confirmação junto ao laboratório que realizará o procedimento, pois sua necessidade pode variar).

O médico pode solicitar também a suspensão de alguns medicamentos que têm tendência de alterar o resultado do exame, tais como:

  • Hidantal,
  • Fenitoína,
  • Carbamazepina,
  • Anti-inflamatórios não-esteroides,
  • Antibióticos,
  • Antialérgicos,
  • Antifúngicos,
  • Antidepressivos,
  • Contraceptivos,
  • Medicamentos à base de testosterona.

Portanto, é fundamental informar ao profissional de saúde sobre as medicações utilizadas.

Riscos do exame Gama GT

Por se tratar de coleta de sangue, os riscos do exame gama GT são poucos, podendo incluir:

  • Sangramento no local da inserção da seringa (agulha);
  • Tontura;
  • Queda de pressão arterial (hipotensão);
  • Desmaio;
  • Infecção (muito raramente).

Exames complementares

Há casos em que é preciso alguns exames complementares, a fim de identificar a causa do aumento das taxas do gama GT:

  • Hemograma: realiza a análise dos parâmetros sanguíneos;
  • Exames de identificação das funções hepáticas e biliares: os mais comuns incluem os exames de fosfatase alcalina, bilirrubina alanina transaminase (ALT), desidrogenase láctica, albumina, tempo de protrombina;
  • Exame de urina tipo 1: analisa os indicadores de glicose, proteínas, leucócitos e hemácias, os quais indicam a funcionalidade dos rins;
  • Urocultura: assim como o exame de urina tipo 1, avalia o funcionamento dos rins;
  • Marcador tumoral CA 19-9: utilizado em pacientes com suspeita de câncer no pâncreas ou outras condições, como a pancreatite;
  • Amilase: responsável pela identificação de quadros de pancreatite;
  • Colonoscopia: verifica a existência de câncer nos intestinos delgado e grosso;
  • Ultrassonografia ou tomografia: exerce o estudo do aumento do baço.


O gama GT é capaz de identificar problemas no fígado. Assim que obtiver os resultados do exame, consulte seu (sua) médico (a) para que ele realize a interpretação e, caso necessário, indique o melhor tratamento.

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Imagem do profissional Luana Luz
Este artigo foi escrito por:

Esp. Luana Luz

CRM/SP: 157.333CompletarLeia mais artigos de Esp. Luana
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