A gravidez é um período que traz muitas mudanças. E quando esse tempo passa, é normal que surjam muitas dúvidas relacionadas à saúde do bebê e da mãe.
Um dos temas mais comuns nessa fase é a contracepção. Afinal, a mulher acabou de passar pela gestação e por isso, deve esperar um pouco para ter outros filhos, se ela assim desejar.
Por isso, vamos falar sobre um método contraceptivo que pode ser usado depois da gravidez: o DIU.
Quer saber mais sobre esse assunto? Então confere o texto:
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é uma forma de tratamento para evitar a concepção. Se usado corretamente e com orientação ginecológica, ele tende a não prejudicar a saúde e a fertilidade da mulher, uma vez que ele é reversível e pode ser retirado futuramente.
Em formato de “T”, o dispositivo é inserido dentro do útero da paciente e funciona porque libera substâncias que impedem o encontro entre o óvulo e os espermatozoides.
Ele é eficaz em grande parte dos casos, sendo a sua margem de erro de 1 em cada 100 mulheres que optam pelo uso, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Existem 2 tipos de DIU: o de progesterona e o de cobre. A principal diferença entre os dois é a presença de hormônios.
O DIU de cobre não contém hormônios. Sua ação ocorre por meio da inflamação que causa na parede uterina (mas que não causa nenhum dano ao organismo). Ele apenas impede que o óvulo fecundado pelo espermatozoide (zigoto) se fixe na parede do útero.
Já o dispositivo de progesterona é feito com hormônios, impedindo a fixação do zigoto na parede uterina por meio de uma liberação controlada de hormônios.
O DIU não atrapalha na hora da relação sexual e tem uma alta eficácia contraceptiva — sem falar que não há riscos de usá-lo, como acontece com anticoncepcionais em pílula, por exemplo.
Em relação às desvantagens, o dispositivo pode causar bastante desconfortos para a mulher como sangramentos e cólicas. Além disso, ainda há a possibilidade do objeto ser rejeitado e expelido pelo útero.
Se a mulher desejar, o DIU pode ser colocado em até 48h após o nascimento da criança, dependendo do tipo de parto. Nas mulheres que passaram pela cesária, o dispositivo poderá ser introduzido no útero a partir de 10 ou 15 minutos depois da cirurgia.
Já aquelas que tiveram parto normal, deve-se esperar pelo menos 12 horas, uma vez que o útero “trabalhou” bastante para expelir o bebê para fora da barriga.
Caso o procedimento não seja feito nesse período de tempo, é necessário aguardar pelo menos 4 semanas para evitar a expulsão natural do dispositivo.
Sim, quem está amamentando pode colocar DIU tranquilamente, já que o dispositivo intrauterino não influencia na produção de leite materno. A única recomendação é que se faça esse procedimento com a supervisão de um(a) ginecologista para escolher o tipo de dispositivo indicado para cada caso.
O implantamento do DIU não requer anestesia e dura cerca de 15 minutos.
Para que seja feito com segurança, é necessário que a cavidade do útero seja de tamanho o suficiente para comportar o objeto. Essa análise é feita por um(a) ginecologista.
Por isso, aqui vai uma dica bem legal: se a mulher ainda estiver grávida mas já souber que desejar colocar o DIU após o parto, converse com o(a) obstetra que fará o parto do neném.
Assim, já é possível fazer todos os exames certinho e após o parto, colocar o dispositivo de maneira segura e saudável.
Sim, a colocação do DIU pode ser dolorosa, uma vez que o dispositivo é introduzido dentro do útero.
Durante os primeiros dias, também é normal que haja cólicas uterinas.
Caso a mulher esteja sentindo muita dor ou desconforto, o ideal é procurar conversar com um(a) profissional de medicina que poderá receitar um remédio analgésico.
O DIU de cobre aumenta o fluxo menstrual e tende a provocar mais cólicas, já que é capaz de gerar uma inflamação no útero.
Nesses casos, pode acontecer do fluxo de sangue se tornar tão intenso que a paciente passa a apresentar até quadros de anemia, mas isso é avaliado por profissionais e, portanto, a ocorrência não é frequente.
Já o DIU de progesterona (também conhecido como Minera, que é uma marca desse produto) vai reduzir ou até mesmo cessar o fluxo menstrual.
A diferença de tempo também varia. Bem, o DIU precisa ser trocado depois de um determinado período de tempo.
O DIU de cobre pode ficar no útero até 12 anos, enquanto o DIU de progesterona precisa ser trocado com mais frequência, a cada 5 anos mais ou menos.
Se essa troca não for feita no período correto, o dispositivo perde a sua eficácia contraceptiva e pode até causar inflamações.
Mulheres como malformações uterinas, doenças como endometriose e câncer nos ovários, infecções ativas no útero e com suspeita de gestação não poderão colocar nenhum tipo de DIU, uma vez que o objeto poderá pior ainda mais esses quadros.
Algumas dessas condições, as infecções por exemplo, podem aparecer durante a gestação ou até mesmo no pós-parto.
Nesses casos, o mais indicado é conversar com o(a) ginecologista e obstetra que acompanha o caso e conversar sobre a possibilidade de colocar ou não o dispositivo.
Embora seja bem seguro, com índices de efetividade maiores que 95%, para ter mais certeza de que a concepção será realmente evitada, é importante usar um método anticoncepcional duplo: como o DIU e a camisinha.
Lembrando que além de evitar a gestação, usar camisinha também previne a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis como AIDS, gonorreia e sífilis.
O DIU é um dispositivo seguro e que pode ser colocado logo após o parto, visto que ele não atrapalha na amamentação.
Em casos de dúvidas, procure orientação ginecológica. A equipe do Minuto Saudável traz muitas outras informações sobre a saúde da mulher. Acompanhe as nossas postagens!
Rafaela Sarturi Sitiniki
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.