Saúde

Micose na pele: coça? Como prevenir a infecção por fungos?

Publicado em: 15/05/2020Última atualização: 02/09/2020
Publicado em: 15/05/2020Última atualização: 02/09/2020
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Não é difícil que, ao menos uma vez, você (ou alguém próximo) já tenha sofrido com micose. Isso porque é uma condição bastante comum, além de ser uma doença que é contraída facilmente.

Quando atinge a pele, é normal sentir uma coceira intensa e até mesmo perceber o aparecimento de manchas. Mas como essa infecção afeta nosso organismo e como tratá-la? Veja a seguir:

O que é micose na pele (cutânea)?

A micose na pele é uma infecção causada por fungos e é facilmente transmissível. Esses microrganismos gostam de ambientes quentes e úmidos, por isso, as áreas afetadas geralmente apresentam essas características.

https://minutosaudavel.com.br/as-doencas-de-pele-mais-comuns/

Quando a micose afeta a pele (ou seja, é do tipo cutânea), os tipos mais comuns são: Pitiríase Versicolor, Onicomicoses e Tinhas. Mas, além de afetar a derme, comumente atinge também as unhas ou o couro cabeludo. 

Essa condição é bem fácil de ser identificada, já que provoca sintomas incômodos como a coceira ou o aparecimento de manchas. De forma geral, os tratamentos envolvem medicação e uso tópico de pomadas ou cremes específicos — podendo ocorrer variações conforme o tipo e quadro da micose.

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Sintomas: como identificar micose na pele?

O aparecimento dos sintomas da micose na pele é a forma comumente identificável da infecção, além disso, de maneira geral estes sintomas causam bastante incômodo — tornando difícil ignorar ou não percebê-los.

Entre os mais comuns estão:

  • Aparecimento de manchas vermelhas ou esbranquiçadas;
  • Coceira intensa na área afetada;
  • Inflamação ou descamação da pele;
  • Rachadura entre os dedos (quanto atinge os pés).
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Onde a micose de pele pode ocorrer? 

Quando a micose atinge a pele, ela costuma aparecer em regiões que são quentes e úmidas, como os pés, axilas e virilha — considerando que são regiões mais propensas ao suor, por exemplo.

Então, essas áreas são ideais para o desenvolvimento de fungos. Porém, também é possível que a micose afete locais que não apresentem essas características, como o rosto. 

Vale destacar, primeiramente, que a classificação da micose é feita com base na região afetada e não necessariamente pelo fungo causador. Isso porque a mesma espécie pode causar a infecção em diferentes partes do corpo — podendo variar também quanto aos sintomas.

Vamos entender melhor como essa infecção se comporta em diferentes partes da derme:

Virilha

A micose que afeta a área da virilha é chamada de tinea cruris, provocada por fungos dos gêneros Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton.

Ela é recorrente em pessoas obesas e atletas. Porém, muitas vezes se manifesta em pessoas que não pertencem a nenhum desses grupos, podendo ocorrer — por exemplo — devido ao uso de roupas muito apertadas, o que cria um ambiente quente e úmido.

Apesar da tinea cruris ser, no geral, uma infecção leve e inofensiva, se não tratada corretamente pode espalhar-se rápido para as áreas ao redor — atingindo as dobras das coxas e das nádegas.

Vale destacar que, naturalmente, esses fungos podem estar presentes na derme, mas nosso sistema imunológico só consegue mantê-los sob controle se a pele estiver limpa e seca, não sendo favorável ao desenvolvimento do agente infeccioso.

A micose no pé (também conhecida como pé-de-atleta ou frieira) é causada pelo mesmo grupo de fungos que afeta a região da virilha — Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton. 

Isso explica um fator curioso: é bastante comum que as pessoas sofram com micose na região da virilha e dos pés ao mesmo tempo.

O pé é uma área bastante propícia ao desenvolvimento de fungos, considerando que a micose geralmente afeta o espaço entre os dedos. Essa região normalmente é mais úmida, tanto pelo suor quanto por falta de cuidado — como não secar corretamente os pés após o banho, por exemplo.

Esses fatores, em conjunto com o uso de sapatos fechados por longos períodos e diariamente, podem facilmente (e de forma rápida) criar um ambiente propício ao desenvolvimento dos fungos, causando a micose.

Rosto

Quando a micose atinge a região do rosto, dificilmente está associada às condições mencionadas anteriormente (ambiente quente e úmido). 

Porém, como mencionado, a micose é facilmente transmissível. Isso pode ocorrer através de uso de toalhas compartilhadas ou ao tocar em alguma região contaminada e levar a mão ao rosto sem higienizar, por exemplo.

Além disso, a oleosidade da face favorece o proliferamento dos fungos — causando, normalmente, o aparecimento de manchas vermelhas ou esbranquiçadas.

Por fim, vale destacar que especialmente esse tipo de micose (relacionada à oleosidade) não é transmissível.

O que é micose de praia?

A micose de praia (pitiríase versicolor) é provocada pelo fungo Malassezia furfur que, no geral, pode já estar presente na pele e desenvolver-se devido às condições propícias: calor e umidade. Esse agente produz ácido azeláico, que inibe a produção de melanina e leva à despigmentação da pele, formando manchas esbranquiçadas.

Isso ocorre pois a melanina é a principal responsável pela pigmentação da pele. Então, visto que sua atuação é inibida pelo fungo, quando a pessoa se expõe ao sol, as partes despigmentadas ficam em contraste com a cor mais bronzeada da pele saudável.

O aparecimento das manchas esbranquiçadas é mais comum nas costas e nos ombros.

De maneira geral, o tratamento é igual a qualquer outro tipo de micose: pode ser através de medicamentos de via oral (comprimidos, cápsulas, etc) ou tópico (pomadas e cremes).

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Micose na pele coça? Quais os sintomas?

Sim. Um dos principais sintomas da micose na pele é a coceira, o que ocorre devido à presença do agente infeccioso (fungo) no local afetado.

Esse é, normalmente, o sintoma mais incômodo, pois se manifesta de maneira intensa. Por isso, é comum que sejam indicados cremes ou pomadas para o tratamento da micose, considerando que além de tratar os fungos, também podem trazer alívio rápido a esse e outros sintomas.

Vale destacar, ainda, que as lesões podem aparecer em qualquer lugar da pele e também podem ser únicas ou múltiplas (mais de uma), podendo surgir como manchas avermelhadas, escamosas e até mesmo como bolhas com pus. 

Em alguns casos, ainda é possível que apareçam marcas mais profundas que, no geral, estão relacionadas à resposta inflamatória do organismo.

É importante saber, também, que os ferimentos provocados pela micose facilitam a entrada de outros agentes prejudiciais à saúde, considerando a vulnerabilidade causada pela lesão. Isso reforça ainda mais a necessidade de tratar o problema.

Pois, por exemplo, uma frieira (micose que geralmente aparece entre os dedos dos pés) pode se transformar em erisipela — uma doença infecciosa que causa vermelhidão e inchaço na área afetada.

Micose na pele tem cura?

Sim. Assim que identificados os sintomas da micose, é imprescindível buscar um(a) médico(a) a fim de obter o diagnóstico correto.

Feito isso, o(a) profissional irá encaminhar o devido tratamento para o problema e, se feito corretamente, os resultados não demoram a aparecer. 

Porém, para a cura completa da micose (e de qualquer patologia) é necessário seguir o tratamento de forma correta e até o final, mesmo que os sintomas já tenham desaparecido. Caso contrário, há chances de que o problema volte a se manifestar.

Como tratar micose na pele e quais os remédios?

O tratamento para micose na pele inclui o uso tópico de pomadas, cremes e também a administração de medicamentos orais. 

Além disso, alguns tratamentos caseiros podem ser utilizados de maneira complementar para ajudar no alívio dos sintomas, desde que não substituam as orientações médicas

Confira quais são os remédios utilizados para tratar a micose e os possíveis cuidados caseiros:

Comprimido

Considerando que a micose é uma infecção, é normal que seja necessário o uso de medicamentos para o seu tratamento a fim de eliminar completamentes os agentes infecciosos (fungos). Alguns dos remédios que podem ser utilizados nesses casos são:

Lembrando que é indispensável o acompanhamento médico, a fim de receber um diagnóstico correto do problema e indicação de tratamento apropriado para o seu caso.

Remédio caseiro

Muitas pessoas gostam de fazer uso de “remédios” caseiros. Eles podem ser muito úteis para ajudar no alívio de sintomas de algumas patologias, inclusive da micose.

Porém, é preciso ter em mente que eles não substituem os tratamentos convencionais, nem excluem a necessidade de buscar ajuda médica em casos de problemas de saúde — mesmo os mais “simples”.

Sendo assim, as terapias caseiras podem ser utilizadas de forma complementar aos cuidados indicados pelo(a) médico(a).

Algumas opções de remédios caseiros utilizados para micose, são:

  • Spray antifúngico natural — feito com vinagre de sidra e óleo de alfazema;
  • Óleo de melaleuca — possui propriedades antifúngicas, podendo ser aplicado com um algodão na área com micose (diluir no máximo 4 gotas em água);
  • Chá de camomila — também pode ser aplicado com um algodão, seu efeito calmante pode aliviar a coceira;
  • Chá de folha de mandioca — aplicar com um algodão na área afetada pela micose.

Pomadas e cremes

Para alívio dos sintomas e auxílio na eliminação dos fungos, também é comum que o(a) médico(a) faça a indicação de uso tópico de alguma pomada ou creme, tais como:

Tem como prevenir?

Sim. Para prevenir a micose na pele, basta entender de que forma é possível ser contaminado pelos fungos causadores dessa infecção.

Dentre as formas mais comuns de pegar a micose estão:

  • Tocar na pele afetada por micose de outra pessoa;
  • Andar descalço(a) em banheiros ou locais públicos;
  • Utilizar toalha de outra pessoa;
  • Usar roupas ou sapatos de outra pessoa — principalmente calças e sapatos fechados;
  • Compartilhar objetos de higiene ou cuidado pessoal;
  • Usar jacuzzi ou piscinas com água quente (junto a pessoas que tenham micose);
  • Não enxugar corretamente o corpo — principalmente dobras, como entre os dedos, virilha ou mamas;
  • Usar roupas muito apertadas ou sapatos fechados por longos períodos.

Sendo assim, o ideal é sempre tomar cuidado com hábitos básicos, como não compartilhar objetos de cuidado pessoal e redobrar a atenção ao frequentar locais públicos como clubes, praias, etc.

Além disso, se você tem algum fator de risco, como baixa imunidade, diabetes ou obesidade, é ainda mais importante tomar atitudes preventivas, a fim de evitar o aparecimento da micose.


Apesar da micose ser uma infecção, se tratada corretamente, não costuma causar grandes problemas. Porém, lembre sempre de não realizar tratamentos de forma independente e sempre busque auxílio médico para um diagnóstico seguro.

Continue acompanhando o Minuto Saudável para mais conteúdos sobre doenças, medicamentos e saúde em geral!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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