Como o próprio nome indica, o colo do útero curto ocorre quando o tamanho da estrutura do órgão é menor do que o normal. A estrutura, também conhecida como cérvix, faz parte do sistema reprodutor feminino e conecta o útero à região íntima da mulher.
É considerado curto quando o comprimento do colo é menor do que 2,5 centímetros (ou 25 milímetros).
Este artigo serve como um guia para sanar as principais dúvidas a respeito da condição, qual o tamanho normal da estrutura, como é feito o diagnóstico, complicações e tratamento.
O colo de útero curto não tem uma causa específica reconhecida ou fatores de risco que podem desencadear a condição. Ainda, a condição é considerada congênita, ou seja, a pessoa já nasce com o colo menor do que as proporções normais.
O tamanho normal do colo de útero costuma ser entre 3 a 5 centímetros (30 a 50 milímetros).
Ter um colo do útero curto não impede que a mulher fique grávida, no entanto, a condição pode trazer alguns riscos e complicações na gravidez.
Isso se dá porque a estrutura é responsável por manter o útero fechado, preservando a gravidez e por abri-lo para que o bebê passe do órgão para o canal vaginal durante o parto.
Na medida em que o bebê cresce e se desenvolve, ele pressiona o colo e, caso seja curto, é possível que ele se abra antes da hora, ou seja, antes do parto.
A grande maioria dos casos de colo do útero curto costumam ser assintomáticos, ou seja, se manifestam sem a presença de sintomas. Porém, algumas pacientes podem apresentar sintomas durante a gravidez como:
O diagnóstico do colo de útero curto é laboratorial e é feito por meio do exame de ultrassom transvaginal, também conhecido como endovaginal.
Além disso, é importante que a medida seja feita no segundo trimestre da gestação, devido ao fato de que o colo curto durante esse período está associado a um maior risco de parto prematuro.
Ademais, a medida do colo do útero não faz parte dos exames pré-natais de rotina. O (a) médico (a) apenas verifica a possibilidade quando há motivos baseados no histórico médico da paciente e quando a paciente apresenta fatores de risco para um parto prematuro (os fatores de risco incluem parto prematuro anterior ou histórico familiar).
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O principal risco de mulheres que apresentam um colo do útero curto é o de parto prematuro e o risco aumenta quanto menor for o tamanho do colo. Além disso, quando a estrutura é mais curta do que o normal, há risco de aborto espontâneo.
Por isso é importante fazer um acompanhamento de perto e relatar ao seu médico possíveis sintomas adversos.
O tratamento da condição pode ser feito por meio da reposição da progesterona, hormônio feminino com função importante na manutenção da gravidez. A terapia com o hormônio reduz em 50% o risco do parto prematuro.
Outra forma de tratamento é a realização de um procedimento chamado cerclagem cervical, na qual o (a) médico (a) dá pontos em volta da estrutura a fim de manter sua forma. A técnica costuma ser indicada nos casos de partos prematuros anteriores.
Ademais, o tratamento também pode ser feito com a inserção do pessário vaginal, um dispositivo ginecológico que previne o parto prematuro.
Entre os principais cuidados para manter uma gestação com colo curto e, consequentemente, diminuir o risco de parto prematuro e de aborto espontâneo estão:
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O acompanhamento pré-natal é fundamental para garantir a qualidade da gravidez e a saúde da mamãe e do bebê. No caso de maiores dúvidas a respeito do colo curto, entre em contato com um (a) médico (a).
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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