Saúde

Coceira vaginal: quais são as causas? Como tratar o problema?

Publicado em: 26/05/2021Última atualização: 31/05/2021
Publicado em: 26/05/2021Última atualização: 31/05/2021
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Algumas mulheres, ao menos uma vez na vida, já podem ter sentido aquele incômodo da coceira vaginal. Assim como em qualquer parte do corpo, o prurido gera irritação em quem está sentindo, que nem sempre sabe como amenizar. 

Essa condição pode ocorrer em decorrência de diversos fatores, desde alergias até doenças, e sempre deve ser investigada para um tratamento correto e eficaz.

Por isso, neste artigo o Minuto Saudável irá explicar quais são as possíveis causas da coceira e quais os tratamentos disponíveis. Lembrando sempre que um(a) médico(a) deve ser consultado em caso de sintomas anormais.

Quais as causas da coceira vaginal?

A coceira vaginal é um sintoma bastante desconfortável, que pode também vir acompanhado de dor e ardência. Apesar de desagradável, na maioria das vezes, não significa uma condição de saúde grave. No entanto, é importante buscar ajuda de um (a) médico (a) ginecologista para ter um diagnóstico e começar o tratamento adequado.

causas da coceira vaginal

A seguir, veja quais são as principais causas da coceira vaginal.

Alergia a produtos/irritantes

Alguns produtos não são apropriados para ter contato com a região da vagina e podem causar coceiras na região. Esses irritantes desencadeiam uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea provocando a coceira. Entre os mais comuns estão: sabonetes, sprays, cremes, pomadas, amaciantes de roupa e papel-higiênico perfumado.

Doenças de pele

Problemas de pele, como é o caso de eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região genital. O eczema trata-se de um tipo de inflamação na pele em que há formação de bolhas e feridas que coçam bastante. Já a psoríase pode ser definida como uma doença inflamatória de pele crônica e não contagiosa que também causa coceiras pelo corpo.

Infecções fúngicas e bacterianas

Existem diferentes tipos de bactérias e fungos que vivem e crescem na pele. A maioria não é perigosa, mas alguns tipos podem causar infecções quando começam a se multiplicar de forma incontrolável. É o caso do fungo Candida, que causa a candidíase.

Geralmente, esse problema acontece quando há um enfraquecimento do sistema imunológico ou uso prolongado de medicamentos que alteram a microbiota genital. Entre os sintomas, destacam-se coceira intensa e irritação na região genital.

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)

Algumas doenças que são transmitidas durante a relação sexual desprotegida provocam coceira na vagina. Entre elas, podemos citar: clamídia, herpes vaginal e gonorreia. Em alguns casos, esses problemas de saúde também causam corrimentos de cores variadas e dores ao urinar.

Menopausa

As mulheres que estão entrando na menopausa ou não estão mais menstruando têm mais chances de ter uma coceira vaginal. Isso acontece porque há uma diminuição dos níveis do hormônio estrogênio, o que leva a redução da mucosa vaginal e causa um ressecamento na região. Com isso, surgem coceiras e irritações na vagina.

Estresse

Viver estressado aumenta o risco de coceira na vagina. Isso porque o estresse diminui a imunidade e a pessoa fica mais suscetível a infecções que causam o prurido vaginal.

Câncer na vulva

Apesar de raro, as mulheres que têm câncer na vulva, que é a parte externa dos órgãos genitais femininos, podem ter mais coceiras na vagina. Além disso, surgem sangramentos anormais ou dor na região.

Infecções do trato urinário

Uma infecção do trato urinário pode afetar rins, uretra, ureteres e bexiga. Geralmente, causa dor pélvica, uma forte vontade de fazer xixi e uma sensação de queimação. Também pode causar coceira na vagina, se a infecção estiver localizada perto da uretra.

Bronzeamento artificial

Além de aumentar o risco de desenvolver câncer de pele, o bronzeamento artificial pode causar queimaduras na pele ao redor da vagina. Por isso, pode provocar vermelhidão e descamação da pele, o que aumenta a coceira.

Irritação após depilação

As mulheres que realizam depilação na região da vulva podem irritar o local e causar vermelhidão e coceiras intensas locais. O ideal é evitar a depilação completa da região. Isso porque os pelos protegem a área, evitando o atrito direto com as roupas e os absorventes.

Absorventes diários

coceira vaginal
O uso contínuo desses absorventes pode causar coceira na região.

Usar diariamente absorventes diários também causa irritação e coceira na vagina. Essa atitude provoca um abafamento na área íntima, que irá suar e virar alvo de micro-organismos, o que facilita a irritação e coceiras.

Roupas apertadas

Vestir calças apertadas com tecidos pesados, como é o caso do jeans, todos os dias aumenta a umidade e o calor na região íntima. Esse hábito torna o ambiente ideal para a proliferação de alguns micro-organismos que causam o prurido vaginal.

Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana  é uma infecção bacteriana comum. Frequentemente, afeta mulheres em idade reprodutiva. Ocorre quando há um desequilíbrio das bactérias benéficas normais na vagina. Ela causa coceira, dor ou queimação dentro da vagina, além de corrimento vaginal e odor desagradável, principalmente depois do sexo. 

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Como aliviar a coceira vaginal?

Para aliviar a coceira é importante primeiramente saber o que está causando este sintoma. Por isso, se o sintoma for muito intenso, o (a) ginecologista vai solicitar alguns exames específicos para ter um diagnóstico correto e começar o tratamento adequado. No entanto, algumas medidas simples e caseiras podem ser eficazes para controlar a coceira vaginal.  

Evitar coçar

Por mais que seja tentador, o melhor a fazer é evitar coçar a vagina. Isso porque essa atitude vai aumentar o desconforto e também o risco de se machucar.

Banho de assento com camomila

Preparar um chá de camomila e fazer um banho de assento ajuda a aliviar as coceiras vaginais.

Banho de assento com vinagre

Um remédio popular é realizar um banho de assento com vinagre de maçã. Para isso, adicione meia xícara de vinagre diluído na água em uma banheira ou um balde por cerca de 20 minutos.

Óleo de coco

óleo de coco para coceira vaginal

O óleo de coco tem propriedades antifúngicas e pode combater os fungos que causam coceira na vagina. Ele pode ser aplicado interna ou externamente para aliviar os sintomas.

Água fria

Tomar um banho frio e deixar a água escorrer na região vaginal ajuda a diminuir a coceira momentaneamente.

Alecrim e sálvia

Uma boa forma de aliviar a coceira na vagina é lavar a região íntima com chá de alecrim e sálvia. Essa mistura possui propriedades antimicrobianas que eliminam bactérias e evitam o crescimento de fungos, que pioram a coceira.

Iogurte

Um remédio caseiro para diminuir a coceira é introduzir o iogurte natural na vagina. Ele diminui a acidez vaginal, impedindo o crescimento dos fungos que precisam de um ambiente mais ácido para se desenvolver. 

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Quais os tratamentos?

Logo após o (a) médico (a) identificar a causa da coceira vaginal, ele (a) recomendará as melhores opções de tratamento, que podem variar de pomadas, remédios a mudanças no estilo de vida. Isso muda conforme a causa específica do sintoma.

Apenas o (a) médico (a) especializado (a) poderá realizar uma avaliação do quadro e dar um diagnóstico correto. Com isso, ele (ela) indica o melhor tratamento e as recomendações mais adequadas para cada caso.

A seguir, veja os tratamentos disponíveis para eliminar a coceira vaginal:

Infecções fúngicas e bacterianas

Geralmente, indicam-se medicamentos antifúngicos que podem ser cremes, pomadas ou pílulas.

DSTs

São tratadas com antibióticos, antivirais ou antiparasitários. O medicamento precisa ser ingerido regularmente e a mulher não deve ter relações sexuais até que a infecção ou a doença desapareça.

Menopausa

O prurido relacionado à menopausa pode ser tratado com cremes e comprimidos.

Mudanças no estilo de vida

A maioria das causas da coceira vaginal pode ser prevenida por meio de bons hábitos de higiene e estilo de vida. Entre elas, podemos citar:

  • Usar água morna para lavar a área genital e evitar sabonetes perfumados, loções e banhos de espuma;
  • Evitar duchas vaginais; 
  • Trocar as roupas molhadas ou úmidas logo após nadar ou se exercitar;
  • Usar calcinha de algodão e trocar todos os dias após o banho;
  • Usar preservativos durante as relações sexuais;
  • Ao evacuar, sempre limpar com o papel-higiênico da frente para trás para evitar contaminação;
  • Evitar usar lenços umedecidos e sabonetes bactericidas, pois podem causar um desequilíbrio no pH da vagina, o que a torna mais suscetível a infecções;
  • Evitar calcinhas sintéticas e roupas muito apertadas, principalmente no calor, já que aumentam a umidade e abafam ainda mais a temperatura da região genital, contribuindo para a proliferação de bactérias e fungos.

Cuidar do corpo é ficar atento(a) a todos os sinais que ele apresenta. Às vezes, uma simples coceira pode não significar nada grave, mas mesmo assim deve ser investigada. 

Continue acompanhando o Minuto Saudável para ter acesso a conteúdos de saúde e bem-estar!  

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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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