A celulite infecciosa é uma doença causada por algumas cepas de bactérias que adentram as camadas mais profundas da pele e desencadeiam uma série de sintomas. A condição não tem relação alguma com a celulite que conhecemos, que é causada pelo acúmulo de gordura e é chamada, cientificamente, de fibro edema geloide.
Para entender as especificidades da celulite infecciosa, o que causa, sintomas, tratamentos, entre outros, continue lendo o artigo!
A celulite infecciosa é uma doença que, como o próprio nome sugere, infecciona os tecidos subcutâneos de membros como pernas e braços. A condição é desencadeada pelas bactérias Staphylococcus e Streptococcus, que, quando em contato com ferimentos, picadas de insetos, micoses, furúnculos, úlceras ou dermatite, por exemplo, entram no organismo e provocam, além da infecção, outros sintomas característicos.
O quadro pode ser confundido, em algumas situações, com erisipela, contudo, são condições diferentes. Enquanto a celulite infecciosa atinge camadas mais profundas dos tecidos e é mais comum nos membros inferiores, a erisipela acomete superficialmente a pele e tende a aparecer, também, no rosto.
Pacientes hospitalizados, com insuficiência venosa e complicações na drenagem linfática são os com maior incidência da doença. Apesar de menos comum, pacientes diagnosticados com diabetes também podem desenvolver a condição com mais facilidade.
Entre os sintomas mais comuns dos pacientes diagnosticados com a condição estão:
Se você possui algum dos sintomas descritos acima, procure imediatamente um (a) médico (a). Quando não tratada de forma precoce e adequada, a celulite infecciosa pode causar infecção generalizada (sepse), condição caracterizada por uma resposta inflamatória que acomete todo o corpo e que causa outros sintomas, como a tromboflebite e até a morte.
Além da avaliação dos sintomas relatados e da área comprometida, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames de sangue ou biópsia para confirmar a infecção.
Já o tratamento é estipulado de acordo com o quadro atual do paciente, ou seja, levando em consideração a gravidade da infecção e os sintomas apresentados. O uso de antibióticos como oxacilina e cefalosporina de primeira geração são os mais recomendados para o tratamento da condição. Já para alérgicos à penicilina, podem ser receitados medicamentos como clindamicina e teicoplanina. Em casos avançados, pode ser necessário o internamento do (a) paciente.
Vale lembrar, mais uma vez, que esses medicamentos são receitados pelo (a) médico (a) levando em consideração o quadro atual do (a) paciente, portanto, nem todos os medicamentos são receitados como regra. Além disso, o tempo de tratamento varia de acordo com a necessidade de cada paciente.
Quando ingeridos em excesso ou de forma inadequada, os antibióticos podem causar resistência de várias cepas de bactérias. Isso quer dizer que, caso haja reinfecção ou você contraia outro tipo de infecção bacteriana, os antibióticos podem não dar conta de tratar a condição, pois o organismo já está familiarizado com alguns medicamentos.
Leia também: O que são antibióticos, tipos e principais exemplos
Só é possível contrair a condição se a pessoa acometida tiver contato muito próximo com diagnosticados com alguma doença de pele, como a dermatite, ou que possuam algum ferimento. Caso contrário, não é possível passar de uma pessoa para a outra. Mas é claro, todo cuidado é pouco.
A reinfecção é possível, mas geralmente acontece porque a primeira infecção não foi tratada adequadamente. Além disso, quando contraída mais de uma vez, os sintomas e as complicações tendem a ser mais graves.
Casos bem tratados e diagnosticados precocemente tendem a não deixar quaisquer sequelas. Contudo, casos avançados por demora de atendimento médico podem levar, como vimos anteriormente, à infecção generalizada e, consequentemente, à morte.
A infecção tende a ser tratada num período entre 7 e 21 dias, dependendo da gravidade e do estado em que o (a) paciente se encontra atualmente. Casos mais graves podem demandar internamento e levar um tempo maior.
A melhor forma de prevenir a celulite infecciosa é tratando bem os ferimentos e doenças de pele. Como vimos, quando essas e outras condições não são bem tratadas, as chances de contrair a doença são grandes.
E reforçando: o atendimento médico e tratamento precoce da condição são essenciais para evitar complicações mais graves e até a morte.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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