O Baricitinib, ou baricitinibe, é um medicamento inibidor seletivo e reversível das enzimas janus quinase (JAK) – enzimas com função em processos como a inflamação, resposta imunológica e hematopoese (formação das células do sangue).
Indicado para o tratamento de condições crônicas de saúde, o medicamento age sobre a resposta inflamatória.
No artigo a seguir, você encontra mais informações a respeito do medicamento, para que serve, seu papel no tratamento da Covid-19 e da alopecia e seus efeitos colaterais. Confira!
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
- Para que serve o Baricitinib?
- Como o Baricitinib age?
- Composição
- Tratamento para Covid-19
- Tratamento para alopecia
- Como usar o Baricitinib?
- Contraindicações
- Efeitos colaterais do Baricitinib
- Preços e onde comprar
Para que serve o Baricitinib?
Baricitinib é um fármaco recomendado para o tratamento das seguintes condições:
- Artrite reumatoide ativa moderada a grave, individualmente (monoterapia) ou em conjunto com o metotrexato (medicamento antineoplásico);
- Dermatite atópica moderada a grave;
- Covid-19 em adultos internados que precisam de oxigênio.
Como o Baricitinib age?
O medicamento atua no sistema imunológico, bloqueando a atividade da enzima JAK e, consequentemente, prevenindo e reduzindo o processo que resulta na inflamação causada por algumas doenças.
Além disso, Baricitinib tem rápida absorção pelo organismo, levando cerca de 1 hora para iniciar sua ação no corpo.
Composição
A fórmula do fármaco é composta por seu princípio ativo baricitinibe e excipientes (ingredientes inclusos no medicamento para atingir a forma farmacêutica e estabilidade) que incluem manitol, lecitina de soja, óxido de ferro vermelho e outros.
Ainda, o medicamento pode ser encontrado na apresentação de comprimidos revestidos de 2mg e 4mg.
Tratamento para Covid-19
Estudos realizados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) indicam que a utilização do Baricitinib pode auxiliar na diminuição do número de mortes por Covid-19 de adultos hospitalizados e que tem a necessidade de suplementação de oxigênio (por máscara, cateter nasal, alto fluxo ou ventilação não invasiva).
A ação do medicamento no tratamento da infecção é a redução da inflamação. Um estudo realizado pela Lancet, com pacientes da Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul, verificou que o medicamento reduziu a taxa de mortalidade em cerca de 38%.
Em abril de 2022, o Baricitinib se tornou o primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19 incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS).
Tratamento para alopecia
Em junho de 2022, o medicamento foi aprovado para o tratamento de casos graves da alopecia areata, uma condição que causa a perda de cabelo ou pelos do corpo, pela agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA).
Para a aprovação, foram realizados dois estudos (AA-1 e AA-2), com pacientes diagnosticados (as) com a condição e que apresentavam pelo menos 50% de perda de cabelo no couro cabeludo há mais de seis meses.
O resultado de eficácia de ambos os estudos concluíram que os (as) pacientes atingiram 80% de recuperação da cobertura capilar em 36 semanas de tratamento com o medicamento. Além disso, também foram observadas melhoras em pacientes que apresentavam perda de pelos das regiões dos cílios e das sobrancelhas.
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Como usar o Baricitinib?
O Baricitinib deve ser administrado por via oral, com ou sem alimentos e a posologia do medicamento é de 4mg, uma vez ao dia. Para alguns grupos, como o de pacientes a partir dos 75 anos, com histórico de infecções ou para aqueles com a doença controlada, pode ser prescrita a dose reduzida de 2mg, uma vez ao dia.
Além disso, o medicamento é de uso contínuo e o tratamento só deve ser interrompido mediante orientação médica. O comprimido não deve ser fragmentado, aberto ou mastigado.
Contraindicações
O uso do medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer outro componente da fórmula.
Além disso, não é indicado para mulheres grávidas e para crianças e adolescentes, pois não há dados suficientes sobre a segurança e a efetividade do uso do medicamento para pessoas entre 0 a 18 anos de idade.
Efeitos colaterais do Baricitinib
Assim como ocorre com outros medicamentos, o uso do Baricitinib pode causar efeitos colaterais. Entre os mais comuns estão as infecções do trato respiratório como sinusite, epiglotite, laringite, faringite, rinite, amigdalite e o aumento do colesterol LDL para ≥130mg/dL.
Já os efeitos comuns são náusea, gastroenterite, infecções do trato urinário e herpes.
Para acessar a lista completa de efeitos colaterais, consulte a bula do medicamento.
Preços e onde comprar
O medicamento pode ser encontrado em farmácias físicas e online. Na plataforma Consulta Remédios, maior marketplace de farmácias do Brasil, você compara preços, verifica se o medicamento está disponível nos estabelecimentos mais próximos a você, compra online e recebe os produtos no conforto de casa.
Baricitinib é comercializado com o nome comercial Olumiant e o preço varia de acordo com a dose do medicamento. A caixa com 30 comprimidos de Olumiant 2mg custa a partir de R$4.044,20, enquanto a caixa com 30 comprimidos de Olumiant 4mg pode ser encontrada a partir de R$5.749,00.
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A automedicação é perigosa e pode trazer diversos malefícios à saúde, portanto, não faça o uso deste ou de outros medicamentos sem prescrição e acompanhamento médico.
No caso de maiores dúvidas a respeito do Baricitinib, entre em contato com um (a) médico (a) ou farmacêutico (a).
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Referências
- Alerta Monitoramento do Horizonte Tecnológico: Baricitinibe para o tratamento da Covid-19 — Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec);
- Bula do Baricitinibe — Consulta Remédios;
- Bula do Olumiant — Consulta Remédios;
- FDA Approves First Systemic Treatment for Alopecia Areata — U.S. Food and Drug Administration (FDA);
- Relatório de recomendação medicamento: Baricitinibe — Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec);
- Two Phase 3 Trials of Baractinib for Alopecia Areata — The New England Journal of Medicine.