A artrose é uma patologia degenerativa que acomete milhares de pessoas. Ela pode se manifestar em qualquer articulação do corpo, sendo bastante comum na coluna, joelhos e ombros.
Porém, não raras são as vezes que essa condição afeta os pés ou tornozelos. Confira como isso ocorre, quais os sintomas e possíveis tratamentos:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A artrose, ou osteoartrite (termo médico), é uma condição que causa degeneração da cartilagem — ou seja, um desgaste das articulações. O desgaste pode ocorrer de forma natural, devido ao avanço da idade, ou de forma precoce por conta do uso excessivo ou incorreto de determinada articulação.
Por isso, essa condição frequentemente causa dor e acarreta limitações e dificuldades na movimentação da área afetada. Entretanto, os principais sintomas ainda são a dor, inchaço, calor e vermelhidão no local acometido pela artrose.
Esses problemas ocorrem pois é função da cartilagem articular prevenir o atrito entre os ossos, fornecer sustentação e amortecer impactos. Sendo assim, quando ocorre o desgaste, essas funcionalidades ficam comprometidas.
De forma geral, as características da doença são as mesmas independente da região acometida. O que varia são as consequências: por exemplo, se a artrose atingir as mãos terá impacto apenas nessa área, dificultando movimentos com os dedos, etc.
Porém, quando atinge o tornozelo e o pé, normalmente compromete a forma de andar, resistência para atividades que envolvam ficar em pé por muito tempo, etc.
Vale destacar também que os pés são regiões afetadas com incidência muito menor que as grandes articulações do corpo humano: joelho e quadril.
A artrite e a artrose são distúrbios que fazem parte de uma categoria de patologias, chamada de Reumatismo, que engloba mais de 100 doenças que afetam os vários líquidos que compõem o corpo humano (líquido articular, sangue, etc).
O que diferencia as duas situações é que a artrose (ou osteoartrite) é a doença articular inflamatória. Já a artrite é a condição que gera inflamação da articulação — ou seja, ela é o sintoma comum a várias doenças reumatológicas. Assim, é ela quem faz com que ocorra o aparecimento de dores, inchaços e limitações.
Ainda, a diferença está atrelada ao fato de que a artrose é um distúrbio que se inicia na cartilagem, devido ao desgaste. Em contrapartida, a artrite começa na membrana sinovial (tecido que reveste as articulações) devido a condições autoimunes, bactérias, vírus, etc.
De forma geral, a artrose pode ocorrer como uma doença própria da cartilagem da área afetada. Nesses casos, geralmente está associada a questões como:
Quando o distúrbio é oriundo dessas condições, caracteriza a chamada artrose primária.
Mas, principalmente quando a patologia atinge os pés ou tornozelos, é comum que seja em decorrência de traumas (entorses, contusões e fraturas) que tenham alterado a estabilidade das juntas ou a relação normal entre os ossos. Nesse caso, caracteriza-se como artrose pós-traumática.
Geralmente, os sintomas de artrose aparecem apenas quando a doença já está em estado um pouco mais avançado. Ou seja, quando já ocorreu uma degeneração significativa.
Dentre os sintomas mais comuns, estão:
Esses são os principais indícios de artrose, que fica mais evidente quando os sintomas persistem por algum período de tempo. Assim, indicando que se trata de um problema crônico.
Por isso, é importante monitorar qualquer alteração no funcionamento normal do corpo. Sempre que persistirem os sintomas, é imprescindível buscar ajuda médica.
Sim. A artrose pode acometer qualquer articulação dos pés, inclusive os dedos.
Quando a patologia afeta o dedão do pé, provoca suas características comuns. Ou seja, deixa a articulação mais rígida e com menos movimento.
Além disso, em alguns casos os ossos podem aumentar de tamanho, o que pode gerar um nódulo ao lado da base do dedão, o qual é chamado de bunion (popularmente é conhecido como joanete) — quando esse nódulo aparece no dedinho do pé, é chamado de bunionette.
De forma geral, as primeiras evidências da artrose se dão a partir do aparecimento dos sintomas mais comuns (dor, inchaço e rigidez das articulações). Normalmente, quando essas características persistem por um determinado tempo, pode ser que a pessoa esteja em um quadro de artrose.
Porém, como qualquer patologia, essa também precisa de um diagnóstico médico. Sendo assim, se esses sintomas se manifestarem em uma determinada área e persistirem, é indispensável buscar ajuda de um(a) profissional.
A artrose é uma patologia que carece de um diagnóstico clínico, o qual é realizado por profissionais especializados(as) em reumatologia.
Nesse sentido, para garantir um diagnóstico preciso e confiável, é normal que sejam requisitados exames como:
Para alguns desses exames pode ser necessário algum cuidado prévio, como no caso da ressonância magnética — algumas vezes o paciente precisa ingerir um líquido chamado “contraste” antes de realizar o exame. Então, sempre siga as instruções médicas.
Não. Como vimos em tópico anterior, a artrose é uma patologia crônica e degenerativa. Então, somente é possível parar o avanço da doença mas não há como recuperar a cartilagem desgastada. Por isso, ainda não tem cura.
Apesar disso, a realização correta dos tratamentos indicados por profissionais da saúde pode reduzir significativamente a progressão da doença e, principalmente, aliviar os sintomas. Dessa forma, proporcionando uma maior qualidade de vida à pessoa portadora.
Considerando que a artrose é uma doença que ainda não tem cura, seus cuidados são paliativos. Isso significa que eles não visam eliminar a patologia, mas sim melhorar a qualidade de vida da pessoa portadora.
Em casos de artrose no pé são indicados, principalmente, os seguintes tratamentos:
O tratamento medicamentoso é de suma importância para casos de artrose, além de ser um dos mais comuns (senão o mais).
Porém, mesmo assim se faz necessária a intervenção multidisciplinar para melhores efeitos — ou seja, é preciso realizar mais de um tipo de tratamento ao mesmo tempo.
De forma geral, a primeira indicação de medicamento é um analgésico (como Advil ou Paracetamol). Isso porque atuam proporcionando alívio da dor. Mas em casos graves da doença não é recomendado o uso contínuo dos analgésicos, pois podem causar dependência.
Por isso, reforça-se a necessidade de sempre ter o acompanhamento de um(a) médico(a) e nunca realizar o tratamento de forma independente.
Vale destacar que, em alguns casos, pode ser recomendado o uso de anti-inflamatórios, como o Cataflam D — que também carecem de acompanhamento médico para sua administração, pois principalmente para os idosos (grupo de risco da doença) essas medicações podem causar problemas renais.
Além desses, existem remédios como o Dinaflex, que possui como princípio ativo o sulfato de glicosamina. Essa substância atua para que o processo degenerativo ocorra de forma mais lenta — o que é muito benéfico em casos de artrose.
Nesse sentido, alguns colágenos também podem ajudar. Porém, independente do caso, é importante saber que a automedicação é sempre desaconselhada.
Por ser um tratamento mais invasivo, a cirurgia geralmente não é a primeira opção de tratamento, sendo indicada quando o(a) paciente não responde de forma satisfatória aos mais conservadores — ou quando o quadro é intenso.
Então, em casos avançados de artrose na região dos pés e tornozelos, pode ser recomendada a cirurgia de fixação de dois ossos entre si: artrodese. Além de promover a eliminação completa da dor, esse método permite também corrigir as deformidades que possam ter ocorrido em decorrência da doença.
Há, ainda, a opção de realizar uma Artroplastia do Tornozelo, que consiste na substituição da articulação por uma prótese metálica — o que já é bastante usual em casos de artrose no quadril ou joelho.
Entretanto, apesar da artroplastia ser um procedimento seguro e eficiente, não pode ser realizada por todas as pessoas, considerando que são necessárias algumas condições ósseas e de alinhamento da perna, do tornozelo e do pé para atingir resultados positivos.
Os tratamentos fisioterapêuticos podem ser realizados com base em diferentes técnicas, tais como exercícios, estimulação elétrica transcutânea (TENS), terapia a laser, massagens fisioterapêuticas, etc.
No caso do tratamento de artrose, essas atividades são realizadas a fim de fortalecer os músculos ao redor das articulações. De forma geral, os(as) profissionais indicam exercícios leves e de baixa intensidade para melhorar o problema.
Além disso, a fisioterapia precisa sempre ser feita com acompanhamento profissional e de acordo com as indicações médicas. Vale destacar, também, que ela não não atua sozinha, mas sim de forma complementar com outros tratamentos.
Conforme mencionado no tópico anterior, os tratamentos para casos de artrose são sempre feitos de modo paliativo. Ou seja, têm o objetivo de proporcionar uma maior qualidade de vida à pessoa portadora.
Sendo assim, existem alguns cuidados que é possível ter em casa para ajudar na redução dos sintomas e fortalecimento das articulações. Mas não existe nenhum tratamento caseiro que pode realmente ser satisfatório por si só.
Por exemplo, a partir de recomendações médicas, você pode passar a fazer uso de palmilhas ortopédicas diariamente nos calçados. Geralmente elas são feitas sob medida, com o objetivo de corrigir uma pisada errada ou alinhar alguma deformidade nos pés. Com isso, auxiliam no alinhamento das articulações e em seu funcionamento.
Além disso, você pode pedir orientação de um(a) médico(a) ou fisioterapeuta para receber instruções com relação a exercícios que você pode fazer em casa.
Lembrando que é bastante normal que sejam realizados tratamentos de forma complementar, o que reforça a necessidade de sempre ter o auxílio de profissionais e nunca realizar tratamentos de forma independente.
Em alguns casos, sim. Não há uma lei que garanta a aposentadoria imediata em casos de patologias como a artrose.
Porém, a Lei 8.213/91 trata das condições e benefícios da Previdência Social — entre eles, há a aposentadoria por invalidez.
Mas é importante ter em mente que, nesses casos, é necessário que a pessoa passe por uma perícia. Então, é preciso apresentar exames e laudos médicos, a fim de comprovar a situação de invalidez.
Sendo assim, vale reforçar que a artrose em si não aposenta. A aposentadoria antecipada pode ocorrer em casos de invalidez ou em outras situações específicas.
Em muitos casos a artrose é uma condição que provém de predisposição genética ou simplesmente devido à idade avançada — o que naturalmente leva ao desgaste da cartilagem.
Porém, para prevenir a artrose precoce é possível tomar alguns cuidados:
Principalmente quando a artrose se manifesta nos tornozelos ou pés, pode estar associada com problemas que envolvam o sobrepeso.
Isso porque, dessa forma, as articulações ficam sobrecarregadas e passam a ter um desgaste mais rápido — o que pode levar à artrose precoce.
Sendo assim, esse é mais um motivo para manter uma dieta balanceada e realizar acompanhamento periódico com profissionais, a fim de manter um peso ideal para sua saúde, dentro de suas limitações e características individuais.
Não é novidade que a prática de exercícios físicos faz bem à saúde. Porém, para a prevenção de doenças como a artrose, é um passo fundamental.
Isso porque durante a prática de atividades físicas estamos trabalhando nossa musculatura e articulações — o que reduz os danos e impactos nas articulações, o que a protege e previne uma degeneração precoce.
Entretanto, é importante sempre ter o acompanhamento de um(a) profissional para te auxiliar, pois uma prática incorreta ou com alta carga de impacto pode agravar ou acarretar problemas articulares.
Mesmo que a artrose seja uma condição que não tem cura, seu tratamento é de suma importância e na grande maioria dos casos traz efeitos positivos ao(à) paciente.
Caso você tenha se identificado com um ou mais sintomas mencionados nessa matéria, procure um(a) especialista.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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