Tumor ocular: tipos, o que causa, sintomas e tratamentos

O que é e o que causa o tumor ocular?

O tumor nos olhos é uma lesão desencadeada pela proliferação acelerada de células malignas na região. Pacientes com tumores em outros órgãos do corpo, especialmente adultos, também tendem a desenvolver a condição ocular, isso porque as células malignas se espalham pelo corpo por meio da corrente sanguínea.

Quando classificado como maligno, o tumor ocular passa a ser considerado um câncer.

Além de hábitos, há alguns fatores genéticos que influenciam no desenvolvimento da doença, os conhecidos até então pela ciência são:

• Exposição solar sem proteção (uso de óculos com proteção UVB e UVA);
• Predisposição genética e hereditariedade (casos na família);
• Pessoas brancas, com olhos com pequenas pintas, manchas e claros (verde e azul, por exemplo);
• Idosos.

Vale lembrar que nem todas as pessoas que se encaixam nos fatores acima irão desenvolver tumor ou câncer nos olhos. Contudo, a incidência nesses grupos é muito mais comum.

Quais são os sintomas de tumor ocular?

Os sintomas tendem a variar de acordo com a localização do tumor. Confira na lista abaixo os mais comuns de cada região:

• Na órbita: nessa região, a doença tende a provocar deslocamento do globo e alterar a posição de uma ou das duas pálpebras;
• Interno: alterações na visão, como embaçamento, dificuldade para enxergar de longe ou de perto e visualização de manchas e flashes;
• Externo: presença de nódulos e de manchas nos olhos.

Dores intensas, vermelhidão, terçol (inflamação externa ou interna que surge ao redor dos olhos) e inchaço nos olhos também são sintomas característicos de tumores na região. Portanto, fique atento(a) e, em caso de suspeita, procure um(a) médico clínico geral ou oftalmologista o quanto antes. O diagnóstico precoce, logo após as primeiras manifestações, pode prevenir a progressão da doença para um quadro maligno (câncer).

Tipos de tumor ocular

Alguns tipos de tumores são mais comuns em determinadas faixas-etárias e grupos, como idosos e pacientes com diagnóstico de tumor em outros órgãos do corpo. Somente um(a) médico(a) ou oftalmologista e exames específicos poderão identificar e diagnosticar precisamente. Abaixo você confere os mais comuns e sinais característicos:

1. Retinoblastoma

Comum em crianças de até cinco anos de idade, o retinoblastoma é um tumor maligno de causas desconhecidas, apenas alguns casos dessa classificação estão ligados à hereditariedade (casos prévios na família). Pode ser detectado por fotografias feitas com flash, pois pessoas acometidas com retinoblastoma ficam com a pupila branca.

2. Melanoma de coroide

O descolamento de retina está comumente relacionado ao melanoma de coroide, tumor localizado na conjuntiva ou dentro das pálpebras. Comum em pessoas com mais de cinquenta anos e em apenas um olho, esse tipo de classificação é silenciosa e nem sempre desencadeia sintomas.

3. Linfoma intraocular

Comum em pacientes com imunossupressão e em adultos e idosos, o linfoma intraocular tende a atingir apenas um dos olhos. Entre os principais sintomas estão visão embaçada ou, até mesmo, perda definitiva da visão, pressão e sensibilidade quando em contato com a luz.

4. Carcinoma da conjuntiva

Se desenvolve na superfície do olho e tem como principais sintomas lesões e inflamações visíveis a olho nu. Acredita-se que a exposição aos raios solares sem proteção (óculos com proteção UVA e UVB) é o principal responsável pelo carcinoma conjuntivo.

5. Metástase intraocular

Comum em pacientes que estão tratando ou já trataram outros tipos de câncer, como câncer de mama, pulmão e próstata. Isso acontece porque as células malignas têm potencial de se espalharem por todo o corpo por meio da corrente sanguínea.

Se você possui algum dos sintomas descritos acima, procure imediatamente um(a) clínico geral ou um(a) oftamologista.

Como é feito o diagnóstico e quais exames detectam?

Além de levar em consideração o relato de sintomas do(a) paciente, o médico(a) ou oftalmologia pode recomendar alguns tipos de exames, entre eles estão:

• Ressonância magnética: diagnostica não apenas a condição, mas também se ela está se alastrando para outros órgãos;
• Tomografia computadorizada: ideal para analisar partes específicas do corpo e para analisar se o tumor está se espalhando para outras regiões;
• Ultrassom: diferente dos dois exames mencionados acima, o ultrassom não utiliza radiação. É ideal para analisar não apenas os olhos, mas também para avaliar se a condição está se expandido para o fígado ou órgãos próximos a ele.
• Angiografia fluorescente: uma pequena quantidade de corante fluorescente é injetado nos olhos para avaliar os vasos sanguíneos da região e a parte interna dos olhos. Além do tumor, é possível descobrir outras condições intraoculares.

Quais são os tratamentos?

O tratamento para tumor nos olhos varia de acordo com o tipo de tumor, quadro atual do paciente e grau de severidade (benigno e maligno). Radioterapia, quimioterapia, laserterapia, cirurgia local e imunoterapia são alguns dos tratamentos mais comuns para evitar a progressão da doença.

O(a) médico(a) apresentará ao(à) paciente as alternativas disponíveis, os riscos, efeitos colaterais e probabilidade de sucesso. 

Além disso, pode ser que haja recomendação de alguns medicamentos para complementar o tratamento ou amenizar dores e desconfortos, sintomas comuns em pacientes com a condição e, especialmente, durante os tratamentos mais invasivos.

Tumor no olho tem cura? 

Tumor no olho pode ter cura sim, desde que diagnosticado corretamente e precocemente. Acompanhamento médico regular, conforme as instruções médicas, e seguir a risca todas as recomendações do profissional, também contribuem para o sucesso do tratamento e, consequentemente, para a cura.

Em casos avançados, com progressão para câncer, as chances de cura são muito menores. Segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional de Câncer Americano em 2019, as chances de sobrevida cinco anos após o diagnóstico em quadros localizados (onde o câncer não se espalhou), é de 85%. Quando a condição é regional (se alastra para regiões próximas), a porcentagem cai para 66%. Já em casos onde a doença é considerada à distância (quando se dissemina para outros órgãos), a estimativa cai para apenas 19%.

Como vimos no texto, procurar um(a) médico(a) ou oftalmologista já na manifestação dos primeiros sintomas é decisivo para um tratamento eficaz e previne uma série de complicações não só físicas, mas também emocionais.

Caso tenha notado que seus olhos apresentam algumas das características descritas acima, não hesite em procurar ajuda profissional. Sintomas que podem parecer inofensivos, como visão embaçada, inflamação, inchaço e vermelhidão frequentes podem ser um indício de tumor ou de câncer ocular.

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Fontes consultadas:

• Taxa de sobrevida para câncer de olho — Oncoguia;
• Tratamentos para câncer do olho — Oncoguia;
• Exames de imagem para câncer do olho — Oncoguia;
• Tratamentos do câncer do olho  — Oncoguia;
• Melanoma ocular tem cura? —  Hospital de Olhos de São Paulo; 
• Tumores oculares: 4 sintomas mais comuns — Hospital de Olhos de São Paulo;
• Linfoma intraocular: o que é, sintomas e tratamento — Revista Abrale;
• Tudo sobre tumores oculares  — Hospital de Olhos de Sergipe;
• Câncer nos olhos: sintomas, tipos, causas e diagnóstico — Viva Oftalmologia;
• Quatro sinais que podem indicar a existência de de um tumor ocular — Centro Oftalmológico Città.