Saúde

Transtorno alimentar: saiba o que causa e como identificar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 05/06/2023Última atualização: 05/06/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 05/06/2023Última atualização: 05/06/2023
Pessoa sentada no chão com a cabeça baixa entre as pernas.Luta interna pela aceitação e equilíbrio na relação com a comida.
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Os transtornos alimentares são distúrbios graves e estão ligados a pensamentos e emoções. Todos eles têm em comum a preocupação com a alimentação, o peso e a forma física.

Esses transtornos podem ocorrer na infância e afetam a relação da criança com a comida, interferindo significativamente em seu processo de desenvolvimento. Exemplos desses transtornos são o de pica e a ruminação.

Contudo, quando surgem mais tarde, são chamados de transtornos alimentares propriamente ditos, como a anorexia e a bulimia nervosa.

Para saber mais sobre transtorno alimentar, o que causa, sintomas e como é feito o tratamento, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você encontrará:

  1. O que causa transtorno alimentar?
  2. Sintomas
  3. Como é feito o diagnóstico?
  4. Tratamento
  5. Como lidar com transtornos alimentares?

O que causa transtorno alimentar?

Existem vários fatores que podem influenciar no desenvolvimento dos transtornos alimentares, incluindo fatores ambientais, temperamentais, genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um deles:

Ambientais

No aspecto ambiental, comportamentos negligentes em relação à criança, falta de estímulo e encorajamento dos pais ou responsáveis com a alimentação, falta de supervisão e atraso no desenvolvimento infantil, além de problemas relacionais entre pais e filhos podem contribuir para o desenvolvimento desses transtornos.

Certas culturas, contextos, ocupações e trabalhos que valorizam a magreza também podem exercer uma influência direta nesse processo.

Temperamentais

Quando há uma preocupação excessiva com o peso corporal, estética e baixa autoestima, combinada com transtornos ansiosos ou depressivos, há um maior risco de desenvolver bulimia.

Genéticos e fisiológicos

Pessoas com parentes de primeiro grau com transtornos alimentares também têm um maior risco de desenvolver esses transtornos. A obesidade infantil e uma maturação puberal precoce também aumentam o risco de desenvolver bulimia.

Além disso, algumas pessoas podem apresentar refluxo, vômitos ou outros problemas médicos que predisponham a comportamentos alimentares restritivos e evitativos.

Obesidade e a relação com os transtornos alimentares

Com relação à obesidade, ela não faz parte dos transtornos psiquiátricos. Ela é definida como uma condição em que há excesso de gordura no corpo, e como resultado disso, há a prolongação energética no organismo com baixo gasto de energia.

Ela ocorre por diversos fatores, sejam genéticos, fisiológicos, comportamentais ou ambientais, e por isso não é considerada um transtorno mental. Contudo, existem grandes associações entre transtornos mentais com a obesidade.

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Tipos

Existem diversos tipos de transtornos alimentares, e cada um deles é classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais de acordo com os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes. A seguir, você confere alguns dos mais comuns:

Pica

Esse transtorno é caracterizado pelo consumo de substâncias não nutritivas, que não fazem parte da prática alimentar culturalmente aceita. Geralmente, as substâncias consumidas são cabelos, cinzas de cigarro, terra, barro ou fezes de animais.

Transtorno de Ruminação

Nesse transtorno, ocorrem repetidas regurgitações do alimento ingerido, ou seja, o alimento é trazido de volta à boca, podendo ser remastigado, cuspido ou engolido novamente. Esse comportamento persiste por no mínimo um mês e afeta cerca de 1% a 2% das crianças em idade escolar.

Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo

A principal característica desse transtorno é a evitação, restrição ou esquiva de certos alimentos, resultando na perda de peso, problemas nutricionais e, em alguns casos, dependência de alimentação alternativa, como suplementos alimentares ou alimentação por sonda.

Anorexia Nervosa

A anorexia nervosa é caracterizada pela restrição da ingestão de alimentos calóricos, medo intenso de ganhar peso ou engordar e alteração na percepção do peso e do corpo. Esse transtorno é mais comum em mulheres, com uma proporção de aproximadamente 10 mulheres para cada homem afetado.

Existem dois tipos de anorexia nervosa, a restritiva e a purgativa:

Restritivo

O(a) paciente apresenta comportamentos de restrição alimentar, evitando consumir diversos alimentos.

Purgativo

O(a) paciente recorre a comportamentos mais perigosos, como vômitos induzidos, uso de laxantes e diuréticos.

Bulimia Nervosa

A bulimia nervosa é caracterizada por episódios recorrentes e frequentes de ingestão excessiva de alimentos, nos quais o(a) paciente perde o controle. Além disso, há comportamentos compensatórios, como vômitos provocados, uso de laxantes e diuréticos, jejum ou exercícios físicos em excesso.

Transtorno de Compulsão Alimentar

transtorno de compulsão alimentar envolve a perda de controle em relação à alimentação, com grande ingestão de alimentos em um curto período. Ao contrário da bulimia nervosa, não há comportamentos compensatórios, como vômitos induzidos, jejum ou exercícios em excesso.

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Sintomas

Apesar de haver vários transtornos alimentares, alguns sintomas podem ser encontrados em todos, sendo eles:

  • Comportamento de se alimentar alterado;
  • Busca pela magreza;
  • Medo intenso de engordar ou ganhar peso;
  • Distorção da imagem corporal;
  • Autoestima baixa.

Com o tempo, outros sintomas podem surgir, como:

Pessoa sentada em frente a geladeira comendo diversos alimentos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta um ou mais sintomas, não deixe de buscar ajuda médica!

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico desses transtornos é realizado por um médico psiquiatra, que realiza uma avaliação do histórico de sintomas, comportamentos e sinais expressados pelo paciente.

Além disso, são considerados todos os fatores de risco mencionados anteriormente, que podem influenciar no desenvolvimento de um ou mais transtornos psiquiátricos.

Alguns transtornos podem ser diagnosticados com base em complicações médicas gerais, tais como:

  • Problemas no intestino, como obstrução, perfuração ou infecções;
  • Desnutrição;
  • Anemia;
  • Alguns pacientes podem ter baixo peso;
  • Irregularidade menstrual;
  • Lacerações no esôfago;
  • Arritmia;
  • Prolapso retal;
  • Obesidade mórbida.
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Tratamento

Existem diversas formas de tratamento para os transtornos alimentares, sendo que cada um deles é personalizado de acordo com os sintomas e necessidades do(a) paciente.

Também é considerada a presença de outros transtornos que possam estar desencadeando os sintomas, orientando o tratamento com base nessas avaliações.

É importante ressaltar que cada tratamento é único e não há uma abordagem universal para todos os pacientes. Portanto, é fundamental buscar um(a) profissional que faça uma avaliação adequada e indique o tratamento correto.

psicoterapia é um dos tratamentos recomendados, podendo ser realizada de forma individual ou em sessões familiares. Em casos de adolescentes com anorexia, por exemplo, os pais têm a responsabilidade de acompanhar a alimentação, fornecer instruções e incentivo.

Além disso, por meio da psicoterapia, é possível entender a origem do comportamento, bem como as distorções de pensamento que fazem com que aumentem a ocorrência dos sintomas.

Com a psicoterapia, é possível compreender a origem do comportamento e as distorções de pensamento que contribuem para a persistência dos sintomas.

Em alguns casos, o tratamento medicamentoso é recomendado e pode incluir:

Esses medicamentos auxiliam no controle dos sintomas de diversos transtornos psiquiátricos, incluindo os transtornos alimentares.

Além disso, em situações mais graves, como restrição alimentar severa, comportamento de evitação, purgação ou tentativa de autoagressão, a internação pode ser necessária para um acompanhamento mais intensivo dos sintomas e para promover a melhora física e psicológica do paciente.

Portanto, é importante ressaltar que a recuperação completa dessas condições é possível sim!

Como lidar com transtornos alimentares? 

No início, é bastante difícil identificar os sintomas e distingui-los de manias e comportamentos conscientes. No entanto, à medida que a intensidade dos sintomas aumenta, eles passam a ter um impacto maior na qualidade de vida do paciente.

É comum que os pacientes sintam vergonha, medo e frequentemente tenham a sensação de falta de controle sobre suas ações. Conviver com essa condição traz dores físicas e psicológicas.

Portanto, é indispensável buscar ajuda de profissionais de saúde mental, nutricionistasnutrólogos e um(a) médico(a) clínico(a).


Os transtornos alimentares estão diretamente ligados as nossas emoções, pensamentos e comportamentos. Eles são classificados de acordo com os sintomas e sinais que o(a) paciente apresenta.

Se você ou alguém que você se identifica com um ou mais sintomas dessas condições citadas acima, não deixe de buscar a ajuda médica!

Para mais informações sobre saúde mental acesse o portal e redes sociais do Minuto Saudável!


Referências

Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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