Antes de mais nada, vale frisar que a ansiedade é um sentimento natural do ser humano, mas quando há uma desregulação do seu nível pode trazer diversos problemas para o bem-estar das pessoas, se tornando uma doença em alguns casos. Por isso, saber identificar melhor as emoções e quando se torna necessário buscar terapia (ou melhor, a psicoterapia) para ansiedade é a melhor opção para que ela não afete mais a rotina.
Apesar de muita gente pensar nos medicamentos para ansiedade como uma primeira opção, a terapia é geralmente a alternativa mais eficaz e sem contraindicação. Portanto, saiba mais sobre o papel da psicologia no tratamento da ansiedade!
Ao mesmo tempo que ajuda com técnicas para lidar com os sintomas ansiosos, o (a) psicólogo (a) atua na identificação de situações que desencadeiam a ansiedade, os chamados “gatilhos emocionais”.
A partir da identificação dos gatilhos que uma pessoa pode ter, é possível trabalhar para que essas situações não causem esses sentimentos de ansiedade além do nível normal. Além disso, a maneira que esse trabalho é feito depende da abordagem que cada psicólogo (a) segue, sendo possível criar estratégias do manejo da ansiedade de forma diferente.
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Assim, a psicoterapia para ansiedade é focada na identificação e no manejo de situações que desencadeiam os sintomas ansiosos. A ansiedade pode aparecer como uma queixa primária ou como queixa secundária. No primeiro caso, logo na primeira consulta, o (a) terapeuta irá pedir dados da queixa do paciente, bem como sua história de vida para tentar identificar quais momentos foram relevantes para o desenvolvimento do problema atual. No segundo caso, esse trabalho é feito ao longo do processo terapêutico.
Em seguida, o (a) profissional irá trabalhar técnicas para lidar com a ansiedade no momento em que ela se manifesta. Nesse sentido, são ensinadas técnicas de relaxamento e enfrentamento das situações gatilhos, por exemplo.
Uma técnica muito usada, é o exercício de treinar a respiração, pois ela auxilia no relaxamento do corpo e mente diante de situações ansiógenas. Cada abordagem trabalha de formas diferentes o manejo da ansiedade, buscando a origem, os aspectos cognitivos, os comportamentos e situações que geram a ansiedade.
Não é possível estabelecer um tempo exato de psicoterapia para ansiedade. Isso porque cada pessoa é única e tem um tratamento de acordo com a linha de psicologia seguida e a evolução do paciente. No entanto, cada paciente recebe alta da psicoterapia quando aprende a manejar sua ansiedade no dia a dia, mesmo diante das situações gatilhos.
Isso é importante para que o paciente não se habituem à esquiva. Frequentemente, pessoas com ansiedade sabem quais são seus gatilhos e passam a evitá-los a qualquer custo. A isso dá-se o nome de comportamento esquivo. Em alguns casos, esse comportamento não é um problema, mas em outros pode ser significativamente prejudicial.
Pessoas com fobia de elevadores, por exemplo, podem ter problemas com a acessibilidade em prédios com muitos andares, o que pode impactar a vida profissional, acadêmica e até mesmo familiar. Nesse sentido, o comportamento esquivo deve ser extinto e a pessoa precisa superar sua fobia.
Além da psicoterapia, o paciente também pode fazer outras coisas para controlar a ansiedade. Uma das técnicas que pode ser usada a qualquer momento é a respiração diafragmática, que envolve respirar profunda e lentamente. Essa técnica ajuda a acalmar, sendo útil tanto para o início de uma crise ansiosa quanto para lidar com o estresse e a raiva.
Práticas integrativas, também conhecidas como terapias alternativas, podem ajudar desde que estejam associadas à terapia convencional (chamada de psicoterapia). Entre as práticas integrativas mais conhecidas estão a yoga, a acupuntura e a meditação.
Do mesmo modo, a realização de exercícios físicos regularmente também ajuda no controle da ansiedade, pois há a liberação de hormônios que melhoram o bem-estar geral do indivíduo. Por outro lado, evitar alimentos como o café e o açúcar, também pode ajudar a manter a ansiedade controlada.
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Não, o (a) psicólogo (a) não pode receitar remédios para ansiedade ou demais condições, sendo apenas uma função dos médicos receitar medicamentos, na maioria dos casos, especificamente o (a) psiquiatra.
Entretanto, o psicólogo pode fazer uma avaliação do estado do (a) paciente e encaminhá-lo para um (a) psiquiatra se julgar necessário. Assim, o (a) psiquiatra poderá realizar uma consulta com o (a) paciente, fazer o diagnóstico e definir o tratamento adequado (que pode ou não envolver o uso de medicamentos).
Vale lembrar que nem todos os casos de ansiedade precisam de um tratamento conjunto, ou seja, nem todos precisam de psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico. Mas isso quem pode orientar melhor caso a caso, levando em consideração as particularidades, são os (as) profissionais da saúde mental.
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A psicoterapia para ansiedade traz inúmeros benefícios para o bem-estar e saúde mental das pessoas. Sendo que há diferentes abordagens da psicologia, mas, de forma geral, todas auxiliam na recuperação da tranquilidade e na manutenção da rotina saudável do (a) paciente!
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Esp. Cassiele Azevedo
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