É bastante popular o uso do óleo de rícino para finalidades estéticas, sendo principalmente utilizado a fim de potencializar o crescimento capilar e até de outros fios (como a barba ou a sobrancelha, por exemplo). Isso, uma vez que age como um fortalecedor natural.
Porém, esse óleo também pode ser utilizado com fins terapêuticos. Confira e entenda melhor:
O óleo de rícino é extraído das sementes da mamona (Ricinus communis), o que faz com que também seja conhecido como “óleo de mamona”. Diferente da semente da qual é extraído, esse óleo não é tóxico — pelo contrário, pode trazer vários benefícios.
Suas ações positivas ao organismo estão atreladas, principalmente, aos seus ativos como a vitamina E e o ômega 6 e 9 (ácido ricinoleico). De forma que pode contribuir para o alívio de processos inflamatórios, dores e até ser usado para fins estéticos.
Razão pela qual esse componente está presente em diversos cosméticos, especialmente os de cuidados para o cabelo, a fim de garantir fortalecimento e crescimento mais rápido aos fios.
Além disso, outro benefício é a ação laxativa do óleo, uma vez que sua ingestão promove a irritação da mucosa intestinal e facilita a eliminação do bolo fecal em casos de constipação.
Cabe destacar que, quando se trata da extração do óleo de rícino para fins medicinais (como os mencionados), o processo é feito através de prensagem a frio. O que é feito para garantir um produto mais límpido, incolor, livre de ricina e sem acidez ou impurezas.
Dessa forma, proporcionando um uso seguro do ingrediente — desde que seguindo as recomendações e não desrespeitando as contraindicações, como é o caso de gestantes e crianças, para os quais o óleo pode apresentar riscos.
Dentre as propriedades terapêuticas do óleo de rícino, está a sua ação laxativa. Ou seja, atua como um estimulante do funcionamento do sistema digestivo, podendo ser indicado para casos de constipação (prisão de ventre).
Esse efeito se dá porque, quando o óleo entra em contato com o intestino, faz a liberação do ácido ricinoleico. Com isso, ele promove a irritação da mucosa intestinal (e o acúmulo de água), o que favorece a formação e eliminação do bolo fecal.
No geral, pode ser recomendado o consumo de até 1 colher de sopa do óleo para esse fim.
Mas é preciso destacar que isso não deve ser feito sem orientação médica, pois até mesmo ingredientes ou produtos de origem natural (como o óleo de rícino) podem ser prejudiciais à saúde — tanto quanto laxantes medicamentosos, por exemplo.
Isso, uma vez que o uso inadequado ou exagerado de substâncias laxativas pode causar dependência, efeito rebote (piorar a constipação), desidratação e/ou efeitos potencializados.
Sendo assim, deve-se lembrar que a ação laxativa só é desejável em casos de prisão de ventre ou como uma forma de procedimento prévio para a realização de exames, por exemplo. De forma que sempre há a necessidade de acompanhamento profissional.
Outra propriedade do óleo de rícino, associada ao ácido ricinoleico (principal ácido graxo do óleo), é a ação anti-inflamatória. O que faz com que possa ser indicado para o tratamento de problemas crônicos, como a artrite e artrose — bem como para outras doenças reumáticas.
Dentre os principais sintomas dessas condições está o calor nas áreas acometidas, além da dor e até limitação de movimentos devido à rigidez provocada pelos processos inflamatórios.
Nesse sentido, o uso do óleo de rícino pode proporcionar o alívio desses desconfortos, uma vez que minimiza o fator que está desencadeando o problema (ou seja, a inflamação).
Para isso, não é necessária a ingestão do óleo (como quando se deseja a ação laxativa, por exemplo). Apenas o uso tópico deve ser o suficiente para reduzir os sintomas em questão.
Uma forma de utilizar é aquecer no microondas, por cerca de 30 segundos, algumas colheres de sopa do óleo de rícino. Feito isso, basta aplicá-lo com um algodão (bastante umedecido) nas áreas afetadas pela artrite ou artrose.
Então, pode-se enrolar a região com uma faixa (sem retirar o óleo) e deixar por cerca de 40min a 1 hora, a fim de permitir uma maior penetração e liberação de ativos. Com isso, garantindo a redução (completa ou parcial) das dores e limitações provocadas pela doença.
Se desejar, pode ainda contar com uma bolsa quente sob o local durante esse tempo, visto que a alteração térmica é uma das técnicas que pode contribuir para o alívio das dores.
Uma vez que o óleo de rícino pode ser indicado como uma terapia complementar em casos de artrite ou artrose, duas doenças que têm como base um processo inflamatório crônico, ele também pode ser benéfico no caso de outras inflamações.
Como mencionado, essa ação é possível devido ao ácido ricinoleico, uma vez que esse ácido graxo possibilita efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Assim, sendo especialmente eficaz para alívio de dores (locais ou generalizadas).
Essa ação também não carece da ingestão do óleo, podem apenas ser feitas compressas e/ou massagens no local acometido pela dor (ou inflamação muscular).
Sendo assim, seu uso pode ser benéfico para alívio das seguintes condições, por exemplo:
Embora o óleo de rícino seja totalmente natural, ainda podem haver contraindicações de uso, como para pessoas alérgicas a esse ingrediente. Além disso, seu uso e/ou ingestão também não são recomendados para mulheres grávidas ou lactantes.
Uma vez que pode induzir o parto e provocar abortos espontâneos, ou interferir na produção e composição do leite materno (afetando diretamente a saúde e bem-estar do bebê).
Ainda, devido sua ação laxativa e impacto no funcionamento do sistema digestivo, esse óleo também é contraindicado para pessoas com cólon irritável, obstrução intestinal ou em caso de doenças que acometem esse sistema — exceto sob prescrição médica.
Quanto ao uso pediátrico, também não é recomendado, especialmente em crianças pequenas.
Cabe destacar, por fim, que quando usado em condições adequadas e por pessoas que não se enquadram nas contraindicações listadas, o óleo de rícino não costuma provocar reações adversas. Ainda assim, prefira sempre buscar orientação médica de forma prévia.
Isso, ainda mais considerando que esse óleo, em todos os seus usos benéficos, corresponde a uma terapia complementar e não deve substituir outro acompanhamento.
Saber os benefícios e formas de uso de um determinado produto, ativo ou ingrediente pode ser muito benéfico e evitar complicações devido a administração inadequada.
Por isso, para ter acesso a mais informações como essa, continue acompanhando o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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