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Botulift: veja como age no corpo, para que serve e os preços

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 02/12/2019Última atualização: 07/10/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 02/12/2019Última atualização: 07/10/2020
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A busca por mudanças estéticas tem sido cada vez maior e a popularização dos procedimentos de harmonização facial tiveram grande contribuição para esse cenário. 

Com isso, visando atender a essas demandas, os laboratório desenvolvem diversas substâncias que, além de fins estéticos, têm também um potencial terapêutico, capaz melhorar a qualidade de vida de pacientes.

Uma dessas substâncias é a Botulift, utilizada em procedimentos estéticos e em tratamentos como espasmos e contrações faciais. Confira, a seguir, mais informações sobre esse medicamento.

O que é Botulift?

O Botulift é um medicamento composto pela Toxina botulínica do tipo A, produzido a partir de uma bactéria patogênica (que pode causar doenças) chamada Clostridium botulinum. Ela bloqueia a comunicação entre os nervos e músculos, provocando o relaxamento muscular da face.

Por esse motivo, ele é indicado para o tratamento de problemas musculares, principalmente faciais, como espasmos e paralisias.

Além disso, Botulift também pode ser utilizado em procedimentos estéticos, visando suavizar a movimentação muscular que causa as linhas finas de expressão e rugas mais profundas.

A aplicação do Botulift deve ser feita somente por uma pessoa especializada, por meio de injeção intramuscular, que deve ser diluída em uma solução de cloreto de sódio (0,9%).

Ela deve ser administrada em pequenas quantidades em regiões específicas, de acordo com cada caso. Por exemplo, pode ser na face ou, em quadros de paralisia cerebral pediátrica, na perna.

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Para que serve o Botulift? 

O Botulift serve para tratar problemas como o blefaroespasmo (contrações involuntárias das pálpebras), espasmo hemifacial (contração involuntária dos músculos do rosto), deformidades infantis causadas pela paralisia cerebral, a qual aumenta a rigidez muscular, e para tratar sequelas faciais decorrentes do acidente vascular cerebral.

Além disso, ele é indicado para amenizar linhas finas de expressão e rugas profundas, como linhas verticais entre as sobrancelhas, pés-de-galinha e linhas horizontais na testa.

Ele também pode ser utilizado para reposicionar as sobrancelhas, enfraquecendo e relaxando o músculo da testa, diminuindo assim a contração e prevenindo a formação de novas rugas. No entanto, a bula orienta evitar a aplicação próxima ao músculo elevador da pálpebra, próximo à crista óssea supra-orbital (região das sobrancelhas).

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A toxina botulínica sempre teve fins estéticos?

Não. Há cerca de 30 anos, a toxina era utilizada pela oftalmologista canadense Dra. Jean Carruthers, com finalidade medicinal, para tratar os espasmos oculares.

Entretanto, alguns pacientes começaram a relatar que, com a aplicação da substância, as linhas de expressão faciais haviam sido atenuadas.

Ela conversou então com seu marido, o dermatologista Dr. Alastair Carruthers, sobre os relatos e começaram a estudar a possibilidade de utilizar a toxina botulínica para fins estéticos.

Concluíram, então, que a substância é eficaz para atenuar as linhas de expressão no rosto, pois relaxa os músculos que criam essas linhas, elevando as sobrancelhas e conferindo uma aparência facial mais uniforme.

No Brasil, a toxina é utilizada para fins terapêuticos desde 1992 e na estética, começou e ser usada somente nos anos 2000.

Como a toxina botulínica age no organismo? 

A toxina botulínica, ao ser injetada, atua impedindo a transmissão dos estímulos dos neurônios para os músculos por meio da inibição da liberação da acetilcolina (neurotransmissor que participa da contração muscular). 

Isso faz com que o nervo passe a mandar menos informações para o músculo, inibindo a contração muscular de forma parcial ou completa.

Porém, o efeito da toxina é temporário, pois o organismo consegue absorver a substância com o passar do tempo e encontrar outras formas de movimentar os músculos. 

O efeito inicial da aplicação da toxina pode ser observada em 3 dias e atinge seu pico máximo até 2 semanas após o tratamento. Ela relaxa a musculatura de forma crescente até atingir o efeito desejado.

No tratamento da contração muscular em crianças (de 2 a 10 anos de idade) com paralisia cerebral, a melhora clínica em geral ocorre cerca de 4 semanas após a aplicação.

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Marcas da toxina botulínica e preços 

Diversas marcas produzem a toxina botulínica e, portanto, ela pode ser encontrada com diferentes nomes comerciais. Confira alguns a seguir: 

  • Botulift: marca Bergamo. O preço pode variar de acordo com a quantidade (50U, 100U ou 200U) de R$850 a R$1.750*;
  • Botox: marca Allergan. O preço pode variar de acordo com a quantidade (50U, 100U ou 200U) de R$1.200 a R$4.833,10*;
  • Dysport: marca Ipsen. O preço pode variar de acordo com a quantidade (300U ou 500U) de R$1.200 a R$2.579,85*;
  • Xeomin: marca Biolab. O preço de 100U pode variar entre R$945 e R$1.117,65*;
  • Prosigne: marca Cristália. O preço pode variar de acordo com a quantidade (50U ou 100U) de R$1.462,50 a R$1.755*;
  • Botulim: marca Blau. O preço pode variar de acordo com a quantidade (50U, 100U ou 200U) de R$790 a R$1.700*.

No Consulta Remédios, é possível comparar os preços e comprar a toxina botulínica com receita médica.

*Preços consultados em Outubro de 2019. Os valores podem sofrer alteração sem aviso prévio.

Botulift ou Dysport?

A concorrência entre as marcas é benéfica para o mercado, pois isso faz com que elas melhorem as suas fórmulas e tornem os preços mais competitivos.

Para comparar as duas marcas, é necessário observar alguns pontos específicos. O Dysport, por exemplo, tem indicação para o tratamento de suor excessivo, enquanto Botulift não. 

Conforme a bula, a aplicação de Botulift também deve ser evitada em regiões próximas às sobrancelhas (próxima ao músculo elevador da pálpebra superior e próxima à crista óssea supra-orbital).

Outras especificações são:

  • Ambos são toxinas botulínicas do tipo A, aprovadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA);
  • Os dois são aplicados com a mesma técnica, por meio de injeção diretamente no local onde se deseja realizar o tratamento;
  • Ambos atuam da mesma forma, relaxando os músculos de forma a inibir as contrações e espasmos;
  • Tanto o Botulift quanto o Dysport têm efeito temporário e, portanto, devem ser reaplicados após cerca de 3 a 6 meses;
  • Os resultados de ambos se mostraram bastante eficazes, tanto para fins estéticos quanto terapêuticos, quando diluídos e aplicados de forma correta por profissionais;
  • O preço costuma ser aproximado, porém em consulta recente, foi verificado que o Botulift tem o valor um pouco abaixo do Dysport;
  • O Dysport contém lactose, portanto, não é indicado para pessoas com intolerância à lactose.

A escolha vai depender do valor que se pretende investir, indicação médica, intenção do tratamento (estético ou saúde) e possíveis alergias aos componentes da formulação. 

A partir dos pontos observados, o Botulift acaba tendo o melhor custo-benefício, pois tem o menor valor, além de não ter lactose na composição.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais de Botulift costumam ser mínimos  e podem aparecer dentro de algumas horas ou semanas. Com relação ao procedimento de aplicação (injeção local) para o tratamento de blefaroespasmo, podem ocorrer dor ou inchaço local e nas áreas ao redor. 

Alguns outros efeitos observados são: sensação de corpo estranho, irritação, lacrimejamento dos olhos, dificuldade em fechar as pálpebras, sensibilidade exagerada à luz, pálpebra virada para dentro ou fora, lesão da córnea e visão dupla.

Com menores probabilidades, alguns pacientes podem apresentar fraqueza temporária dos músculos próximos, dor de cabeça e sobrancelhas e pálpebras caídas temporariamente.

No uso para fins específicos, foram observados algumas reações adversas:

Blefaroespasmo

Um estudo realizado em pacientes com blefaroespasmo, que receberam injeções de toxina botulínica, identificou algumas reações adversas frequentes resultantes do tratamento, tais como pálpebra caída, lesão da córnea superficial e ressecamento ocular. 

As reações foram de intensidade leve à moderada, com exceção de um caso de pálpebra caída que foi classificado como grave.

Espasmo Hemifacial

Foram observadas as seguintes reações adversas com o uso de Botulift para o tratamento de espasmos hemifaciais: ressecamento ocular, fechamento incompleto das pálpebras e inchaço facial.

Tratamento em crianças com paralisia cerebral 

No tratamento em crianças com contrações musculares nos pés, decorrentes da paralisia cerebral, foram observadas as seguintes reações adversas em um estudo clínico realizado na Coreia com 60 pacientes:

  • Nasofaringite;
  • Infecção causada pela bactéria haemophilus;
  • Aumento da temperatura corporal;
  • Alteração da coordenação motora;  
  • Dor nas extremidades corporais;
  • Entupimento do canal lacrimal;
  • Transtornos musculares;
  • Convulsão febril;
  • Prisão de ventre; 
  • Pneumonia;
  • Fraqueza;
  • Rigidez nos músculos, articulações, tendões, ligamentos, ou na pele, restringindo o movimento normal da região;
  • Fraqueza muscular;
  • Conjuntivite;
  • Dor de cabeça;
  • Anemia.

Algumas das reações adversas podem ter ocorrido devido às características específicas dos(as) pacientes, apesar de muitas delas se assemelharem às demais apresentadas com o uso da substância por pacientes em geral.

Tratamento de linhas faciais 

No tratamento estético para atenuar as linhas de expressão da testa, foram observadas as seguintes reações adversas prováveis em pacientes na faixa etária de 18 a 65 anos de idade:

  • Queda da pálpebra;
  • Nasofaringite (resfriado);
  • Dor de cabeça;
  • Aumento da glicose sanguínea;
  • Entorse articular (estiramento ou rompimento dos ligamentos que ligam os ossos e as articulações);
  • Presença de glóbulos brancos na urina;
  • Doenças palpebrais (blefarite, terçol, calázio, etc).

Grande parte dos efeitos colaterais relatados foram temporários e de intensidade leve à moderada.

Tratamento de acidente vascular cerebral

Foram observadas reações adversas, de leve a moderadas, de forma temporária em pacientes com espasmos musculares decorrentes de AVC:

  • Nasofaringite;
  • Dor nas extremidades;
  • Tosse; 
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Lombalgia (dor na região lombar inferior);
  • Edema periférico (geralmente nos membros inferiores);
  • Distensão abdominal (inchaço e dilatação na região da barriga); 
  • Dispepsia (sensação de desconforto digestivo); 
  • Infecções no trato respiratório superior;
  • Dor musculoesquelética (nos ossos, músculos, tendões, ligamentos e articulações);
  • Hematoma na área de aplicação da injeção;
  • Febre;
  • Colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar).

Durabilidade: quanto tempo até Botulift sair do corpo?

O Botulift atinge o resultado esperado cerca de 3 dias após a aplicação, sendo que o pico de ação ocorre, em média, após 1 a 2 semanas do início do tratamento de blefaroespasmo.

Nos quadros de espasticidade em pacientes pediátricos com paralisia cerebral, estima-se a melhora clínica em, aproximadamente, 4 semanas após a administração.

O efeito vai desaparecendo gradativamente e o músculo vai recuperando a sua movimentação normal.

Com a aplicação contínua, em intervalos regulares de no mínimo 3 meses, pode ocorrer de o músculo enfraquecer gradativamente, fazendo com que o efeito passe a durar mais tempo.

No tratamento de blefaroespasmo feito com frequência maior do que a cada 3 meses, em alguns casos, pode ocorrer tolerância à substância. No entanto, raramente o efeito do medicamento é permanente.

O tempo de ação pode variar entre pacientes que tenham utilizado a toxina botulínica para os mesmos fins ou para fins diferentes (estéticos ou terapêuticos).


Pessoas que precisam fazer tratamento com o Botulift ou outras medicamentos de alto custo podem contar com o auxílio do Consulta Remédios na hora de conseguir um orçamento judicial.

O atendimento personalizado garante a melhor assistência para quem precisa ter acesso às medicações. Quer saber como funciona? Basta acessar o link!

Imagem do profissional Francielle Mathias
Este artigo foi escrito por:

Dra. Francielle Mathias

CRF/PR: 24612CompletarLeia mais artigos de Dra. Francielle
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