Saúde

O que é bom para refluxo? Chás e remédios para o tratamento

Publicado em: 15/06/2019Última atualização: 25/11/2022
Publicado em: 15/06/2019Última atualização: 25/11/2022
Foto de capa do artigo
Publicidade
Publicidade

Para tratar o refluxo gastroesofágico é necessário fazer algumas mudanças nos hábitos, como evitar alimentos que fermentam no estômago, refeições volumosas ou de difícil digestão.

Entre os tratamentos farmacológicos, ou seja, aqueles à base de remédios, pode-se usar os antiácidos, os inibidores de bomba de prótons e os protetores gástricos.

Eles agem diretamente no estômago, por exemplo, diminuindo a secreção de ácido gástrico ou equilibrando o pH estomacal (índice de acidez e alcalinidade do organismo). Isso auxilia na boa digestão e reduz os refluxos.

Mas é importante lembrar que nem sempre o refluxo precisa de tratamento medicamentoso. Alguns casos podem ser amenizados e evitados por meio de alguns cuidados simples, como:

  • Evitar refeições pesadas;
  • Fracionar as refeições, evitando grandes ingestões de comida;
  • Reduzir o consumo de gorduras;
  • Não deitar após comer;
  • Evitar alimentos agressivos ao estômago, como os cítricos.

Mas, quando necessário, há tratamentos farmacológicos que podem ser fundamentais para aliviar os sintomas.

Remédios: o que é bom para refluxo gástrico?

Existem diferentes classes de medicamentos que podem trazer alívio aos incômodos do refluxo. A escolha vai depender das causas e origens do problema.

Por isso, somente o médico pode auxiliar na correta escolha. Mas, entre as opções, há:

Antiácidos

Os antiácidos podem ser usados para tratar o refluxo, equilibrando a acidez estomacal e dando alívio mais imediato dos sintomas.

No entanto, o uso constante não é recomendado e, inclusive, eles podem causas efeitos reversos, chamados de rebote.

Entre as opções há:

Inibidor de bomba de prótons

Os inibidores de bomba de prótons são bastante recomendados para o tratamento de refluxo, pois auxiliam a controlar a produção de ácido gástrico.

Sua utilização é mais segura inclusive em longo prazo. Entre as opções há:

Antagonistas dos receptores H2 da histamina

Estes medicamentos também reduzem a secreção gástrica, mas agem por meio da inibição da histamina e gastrina.

Entre as opções:

Protetores gástricos

Os protetores gástricos auxiliam a evitar sintomas como queimação e ardência estomacal, causados pelo refluxo.

Muitos dos inibidores de secreção gástrica também funcionam como protetores gástricos, mas algumas substâncias agem isoladamente, promovendo o aumento do muco estomacal.

Esse muco é que evita os sintomas.

Entre as opções há:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Refluxo na gravidez: posso tomar remédio?

Sim, mas é preciso que seja somente com a orientação médica. Dessa forma, o profissional irá prescrever qual o medicamento mais adequado para o seu caso.

Em geral, os medicamentos para refluxo são seguros para a gestante e o bebê. Porém, assim como qualquer outro medicamento, o uso precisa de uma avaliação médica específica e cuidadosa.

O ideal é que medidas não medicamentosas sejam adotadas para reduzir ou evitar refluxos, como pequenas refeições, hábitos alimentares saudáveis e redução de estresse.

Mas, se for necessário, o uso de reguladores da secreção gástrica, antiácidos e protetores gástricos podem fazer parte do tratamento.

Publicidade
Publicidade

Dieta para refluxo gastroesofágico e azia

Não existe uma dieta precisa para evitar o refluxo. Isso depende de uma série de fatores, como a adaptação da pessoa, a intensidade dos sintomas e o comportamento alimentar já praticado.

Mas de uma forma geral, indica-se uma dieta baseada em frutas, fibras, legumes e alimentos integrais, pois facilitam a digestão.

Leia mais: Por que devemos comer fibras e qual a quantidade diária ideal

Também é necessário cortar outros alimentos que podem provocar a famosa “queimação”, além da azia, má digestão e ardência ou incômodo na garganta.

Em um estudo publicado na revista científica The Journal of the American Medical Association, indicou que a dieta tem tanta importância e eficácia quanto a medicação.

Nessa pesquisa, 54% das pessoas que se trataram fazendo apenas uso dos medicamentos tiveram uma redução dos sintomas do refluxo.

Mas 62% das pessoas que mudaram comportamentos, sem usar remédios, tiveram sinais de melhora.

Isso não significa que os remédios não sejam eficazes, mas sim que uma alimentação adequada também é importante para o tratamento.

Então, pensando nisso, separamos algumas dicas importantes para quem sofre com o refluxo:

Refluxo e dor de estômago: o que comer?

É importante adicionar alimentos na dieta que não agridam o estômago, por exemplo:

  • Frutas: prefira as que possuem acidez baixa, como mamão e a banana.
  • Verduras: alface e couve, por exemplo, são ricas em fibras e auxiliam a digestão.
  • Alimentos integrais: aveia e grãos integrais são bons para a digestão e não agridem a mucosa gástrica;
  • Chás: boldo e hortelã estimulam a digestão e facilitam o esvaziamento gástrico sem afetar ou irritar a mucosa do estômago;
  • Gengibre: contém propriedades anti-inflamatórias e pode ser um bom aliado na digestão;
  • Raízes e tubérculos: batata e batata-doce, por exemplo, possuem propriedades capazes de controlar a secreção de ácido gástrico.

Leia mais: Por que comer legumes e verduras?

Publicidade
Publicidade

O que evitar em casos de queimação?

Entre os alimentos que você deve evitar estão:

  • Cafeína: café, chás e chocolate;
  • Carboidratos simples: farinha, macarrão e pão;
  • Gorduras: frituras, carnes gordas (salsicha, linguiça e bacon);
  • Bebidas alcoólicas;
  • Temperos fortes: pimentas.
  • Bebidas gasosas: refrigerantes e água com gás.

Esses alimentos, de modo geral, agridem a mucosa estomacal, estimulam a secreção do ácido digestivo ou provocam o estufamento do estômago.

Todas essas condições favorecem o refluxo ou agravam os quadros.

Remédio caseiro: chá é bom para refluxo?

Os chás podem ser bons aliados para quem sofre de refluxo. Eles podem ajudar na digestão e melhor esvaziamento gástrico, reduzindo os quadros de refluxo.

Conheça alguns que possuem poucas contraindicações e que podem ser usados para complementar a sua dieta:

  • Hortelã: as folhas desta planta contêm substâncias anti-inflamatórias capazes de aliviar a agressão à mucosa estomacal;
  • Camomila: tem ação calmante e digestiva;
  • Gengibre: auxilia no esvaziamento gástrico e facilita a digestão;
  • Alcaçuz: capaz de amenizar os efeitos do ácido estomacal e também auxiliar no processo digestivo;
  • Boldo: estimula a digestão e melhora o trânsito intestinal.

Leia mais: Chá de hortelã: benefícios e contraindicações

Cuidados caseiros para evitar o refluxo

Para quem sofre com os refluxos gástricos, realmente os chás podem ser um aliado para evitar que esse problema interfira na rotina. Mas, além disso, adotar alguns hábitos é importante:

  • Na hora de fazer o prato, cuide para que ele não fique muito cheio, refeições volumosas são difíceis de serem processadas e ficam muito tempo paradas no estômago;
  • Evite a ingestão excessiva de líquidos durante as refeições, pois o suco gástrico fica diluído e isso dificulta o processo digestivo;
  • Prefiro refeições menores e mais frequentes ao longo do dia;
  • Já na hora de dormir, espere até duas horas depois de comer para poder cair na cama, pois é preciso que os alimentos presentes no estômago sejam digeridos.
  • Evite deitar após comer, pois isso facilita a ida do ácido para o esôfago.

O refluxo é bastante comum e pode ter uma grande impacto no bem-estar e na alimentação de muitas pessoas.

Por isso, deve existir todo um cuidado. Desde o acompanhamento médico à atenção com a alimentação, para controlar o problema.

Acompanhe mais conteúdos no Minuto Saudável!

Publicidade
Publicidade
Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
Publicidade
Publicidade

Compartilhe

Publicidade
Publicidade
Sobre o Minuto Saudável

Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.

Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.
Banner anuncie em nosso site
Banner anuncie em nosso site
Nos acompanhe nas redes sociais:
Atenção: O conteúdo do site Minuto Saudável, como textos, gráficos, imagens e outros materiais são apenas para fins informativos e não substitui o conselho médico profissional, diagnóstico ou tratamento. Se você acha que pode ter uma emergência médica, ligue para o seu médico ou 192 imediatamente. Minuto Saudável não recomenda ou endossa quaisquer testes específicos, médicos (profissionais de saúde), produtos, procedimentos, opiniões, ou outras informações que podem ser mencionados no site. A confiança em qualquer informação contida no site é exclusivamente por sua conta e risco. Se persistirem os sintomas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico. Leia a bula.

Minuto Saudável © 2024 Blog de Saúde, Beleza e Bem-estar
Política de Privacidade
Publicidade
Publicidade