A amigdalite, também conhecida por tonsilite, é a infecção das amígdalas, que pode ser causada por diversas outras infecções. As amígdalas são tecidos linfoides, ou seja, fazem parte do sistema imunológico, auxiliando na proteção do corpo. Elas estão localizadas na região anterior da garganta.
Ao todo, são quatro amígdalas. Contudo, a olho nu, só se consegue enxergar duas: as palatinas, que ficam próximas ao céu da boca, na entrada da garganta. Por isso, grande parte das pessoas consideram que somente possuem duas amígdalas.
A função desses linfoides é proteger o organismo, evitando, assim, que outros tipos de infecções aconteçam. Porém, por ser um dos primeiros órgãos a entrar em contato com agentes patógenos, eles ficam infectados com frequência.Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), na maioria das vezes, a doença atinge as crianças. Em grande parte dos casos, a amigdalite é ocasionada por vírus, porém pode ter como causa bactérias e outras fontes desconhecidas.Por ser um tipo de infecção com muitas causas e sintomas incômodos (como dor de garganta e dificuldade em respirar), a amigdalite pode ser dividida em 4 tipos distintos:
A amigdalite pode ser bacteriana, viral ou, ainda, nenhuma das duas. São desconhecidos os fatores que desenvolvem a doença sem uma causa específica. Entenda:
Os vírus são a causa mais comum dentre os casos de amigdalite. Ela pode ser causada pelos seguintes agentes virais:
A bactéria que causa amigdalite mais comumente é a Streptococcus pyogenes, pertencente ao grupo A dos estreptococos. Porém, a doença também pode ser causada pelas seguintes bactérias:
Além da dor de garganta, que é um sintoma característico da amigdalite, a doença ainda pode ser caracterizada por diversos outros, divididos em mais e menos comuns:
Sim, a amigdalite é uma doença contagiosa, ainda mais quando ela é do tipo viral. A transmissão é feita pelo contato com a saliva do paciente infectado. Para que a transmissão do agente patológico seja evitada, aconselha-se tomar as seguintes precauções:
Primeiramente, é preciso ressaltar que, ao sinal de qualquer dor e/ou inflamação, a visita ao médico se faz necessária. No caso da amigdalite, quando sintomas como a dor de garganta começam a incomodar o paciente, o ideal é ir em busca de um diagnóstico com um médico otorrinolaringologista.
Uma vez no consultório médico, o diagnóstico pode ser dividido em 3 fases:
O especialista irá analisar o relato dos sintomas que você apresentar e/ou descrever com base em:
Para um tratamento correto, é necessário que o diagnóstico seja preciso. Para isso, pode-se realizar uma análise de uma amostra do tecido das amígdalas, que irá identificar se a infecção está sendo causada por bactérias ou vírus.
O médico poderá, ainda, solicitar um exame de sangue a fim de analisar as células do organismo do paciente. O resultado do exame pode identificar se ele possui faringite estreptocócica ou não. Em caso negativo, esse exame pode auxiliar, então, na determinação da causa da amigdalite.
Sendo a amigdalite viral ou bacteriana, os cuidados primários para a doença são os mesmos para todos os pacientes. Contudo, quando a causa é uma infecção bacteriana, antibióticos podem ser receitados para que o agente causador seja eliminado do organismo com maior eficácia.
Ao seguir esses cuidados da maneira correta, os sintomas costumam desaparecer em 2 ou 3 dias.
Dentre os cuidados básicos que você deverá seguir, pode-se destacar 6:
A cirurgia para a remoção das amígdalas, também conhecida por amigdalectomia, é sempre uma ótima opção para os pacientes que se enquadram em algum desses critérios abaixo:
Após receber alta, o paciente deverá ficar em casa por 7 a 10 dias, a fim de se recuperar totalmente da cirurgia. É normal a ocorrência de uma dor de garganta de intensidade variável durante esse tempo. Algumas crianças sentem, ainda, dores nas orelhas, mandíbula e pescoço.
Para aliviar essas dores, o médico responsável pelo caso pode indicar medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios.
Durante esse período de recuperação, os cuidados básicos para auxiliar em todo o processo são descanso suficiente e a ingestão de muito líquido. Quadros febris são recorrentes nessa fase, mas se for constatado que a febre está acima de 38ºC, o médico deverá ser consultado imediatamente.Alguns medicamentos podem ser prescritos pelo médico nessa fase dos cuidados primários. Eles auxiliam no combate à dor e febre causados pela doença e estão listados abaixo:
Como já explicado, em caso de amigdalite bacteriana, medicamentos antibióticos serão prescritos e deverão ser tomados por, no mínimo, 7 dias, ou pelo tempo que for prescrito.
Dentre esses antibióticos estão:Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.Normalmente, nos casos de amigdalite, é comum um abscesso se desenvolver lateralmente às amígdalas, caracterizado por acúmulo de pus. Esse abscesso recebe o nome de abscesso peritonsilar.
Além dessa complicação, para quem sofre de amigdalite do tipo crônico, é comum sofrer com problemas como roncos, respiração pela boca, problemas no sono e apneia do sono obstrutiva. Todos eles são causados pelo aumento exacerbado (hipertrofia) das amígdalas.
Há, ainda, algumas outras complicações desenvolvidas por conta da evolução da doença. São elas:Rafaela Sarturi Sitiniki
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