A nidação é um dos sinais iniciais da gestação. Significa que o óvulo fecundado foi implantado na parede uterina. Quando acontece, pode provocar alguns sintomas, como um pequeno sangramento.
Muitas vezes, esse sangue da nidação não é reconhecido pelas mulheres, por ser confundido com um escape da menstruação.
A partir da nidação, começa todo o desenvolvimento de uma gravidez, como a formação da placenta e a produção de hormônios como gonadotrofina coriônica humana, o HCG. É com a presença desse hormônio que a gestação é confirmada.
Para saber tudo sobre a nidação, confira o texto a seguir!
Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
A nidação é um estado natural, caracterizado pela implantação do embrião no útero da mulher. Ela ocorre uma semana após o período ovulatório, sendo a fase inicial da gestação.
O sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários (que geram os óvulos), as tubas uterinas (que transportam os óvulos que atravessaram a superfície do ovário até a cavidade uterina), o útero (que recebe o óvulo fecundado, propiciando-lhe as condições necessárias para seu desenvolvimento), vagina e vulva.
O útero é um órgão vazio com paredes musculares espessas. Além de abrigar o embrião, o útero possui uma passagem que permite que o espermatozoide chegue à tuba uterina.
O embrião, por sua vez, corresponde à fase de desenvolvimento que dura até a 08ª semana de gestação.
A implantação pode causar um pequeno sangramento, que muitas vezes é confundido com a menstruação, conhecido como sinal de Hartman.
Apesar de todas as futuras mamães passarem pela nidação, nem todas apresentam os sintomas. Somente 20% delas possuem o sangramento quando ocorre a fixação do óvulo.
Os sintomas da nidação são brandos. No geral, apenas algumas mulheres conseguem reconhecer os indícios. Testes de gravidez e exames de sangue podem ser feitos para ter uma confirmação.
Antes de iniciar a implantação, ocorre o processo de fecundação ou fertilização, como também é chamado. A fecundação faz parte do processo de reprodução sexuada, no qual dois tipos de células reprodutivas sexuais ou gametas (óvulo e espermatozoide) se fundem.
As células sexuais contêm informações genéticas que possuem particularidades que serão passadas para a próxima geração. Cada uma delas possui metade do material genético da mãe (óvulo) e metade do pai (espermatozoide).
Quando as duas se fundem, o zigoto, ou célula-ovo, como também é chamado, é formado. Esse processo é denominado hereditariedade.
É a partir da relação sexual que os espermatozoides são enviados dentro do corpo da mulher para chegarem ao óvulo.
O gameta masculino é atraído por substâncias químicas liberadas pelo óvulo e tentam alcançá-lo. Substâncias no sêmen também favorecem seu deslocamento, pois incitam contrações na musculatura do útero.
Este movimento, combinado com os dos flagelos, (estrutura ligada à membrana plasmática das células com função locomotora) permitem o transporte dos gametas masculinos até a tuba uterina.
A grande maioria dos espermatozoides morrem no trajeto, pois a área vaginal é ácida, além de contar com células de defesa.
Quando o espermatozoide alcança a membrana vitelínica - camada mais externa do óvulo -, a membrana do acrossomo (vesícula com diversas enzimas digestivas, encontrada na cabeça do espermatozoide) se une à membrana do óvulo, liberando as enzimas.
As enzimas do acrossomo desmancham a membrana vitelínica, o que permite a passagem do espermatozoide. A fusão entre a membrana do gameta masculino e a membrana do óvulo possibilita que o núcleo do espermatozoide chegue ao óvulo.
Feito isso, a membrana do óvulo tem mudanças químicas e elétricas, passando a ser uma membrana de fertilização, impedindo que os demais espermatozoides entrem.
Com sua introdução, a fecundação se inicia quando as estruturas do espermatozoide se unem com a do óvulo, originando o zigoto. Este processo se dá 24 horas depois da entrada dos espermatozoides no útero.
O zigoto passa por diversas divisões celulares, gerando o embrião, que irá se desenvolver, formando um novo indivíduo.
O espermatozoide fica ativo no corpo da mulher por até 5 dias. Quando a mulher ovula, o óvulo gerado resiste em torno de 12 a 24 horas, que é o tempo que o espermatozoide tem para realizar a fecundação. Quando constituído, o zigoto se desloca por um período de até 5 dias para chegar ao útero.
A implantação do embrião ocorre em 3 estágios:
A implantação do óvulo assinala o começo da gravidez. No momento da aderência do embrião com a parede do útero, pequenas veias e artérias da membrana uterina podem se romper, resultando em perda de sangue.
A nidação ocorre quando o óvulo fecundado se implanta na parede uterina. Em média, leva 5 dias entre o ato sexual e a nidação. Porém, nem todas as mulheres têm sintomas evidentes quando ela ocorre, como o sangramento de nidação.
Na verdade, estima-se que apenas 20% das que engravidam experimentam esse sinal, sendo que na maior parte dos casos, ele é bem pontual. Porém, algumas vezes ele pode se prolongar, durando por até 3 dias.
Para que o bebê se desenvolva, é preciso que o útero de adapte para possibilitar seu desenvolvimento. É como se útero precisasse fazer uma caminha onde o embrião vai se alojar. Para fazer isso, o endométrio se “engrossa” e ele fica pronto com todos os nutrientes necessários para a implantação e nutrição do embrião.
Quando o embrião se fixa na “caminha”, ele pode desencadear a descamação do endométrio e se houver acesso, o sangue pode ser expelido pela vagina. Normalmente, o sangramento de nidação ocorre sem a presença de fluxo e durante um breve intervalo de tempo.
Os sintomas da nidação aparecem entre os 7 e 15 dias depois do período fértil (14 dias antes do início da menstruação, em um ciclo de 28 dias), variando sua intensidade para cada mulher. No entanto, os indicativos da nidação podem ocorrer no final do ciclo, próximo a data do início da menstruação.
Em situações de ovulação demorada, os sintomas podem surgir até 15 dias depois da ovulação.
Durante a gestação, a mulher desenvolve o hormônio Ganadatrofina Cariônica Humana (HCG) - que tem como finalidade evitar que o corpo lúteo seja destruído. O corpo-lúteo produz e libera a progesterona, que prepara o corpo da mulher para a gestação.
Os testes de gravidez medem a quantidade de HCG para um resultado assertivo. É através dele também que o tempo aproximado de gestação é determinado.
Os indícios da nidação compreendem:
1 a cada 3 mulheres apresentam os sintomas, que muitas vezes não são percebidos, pois variam de intensidade de acordo com cada pessoa. Outros sintomas que podem ocorrer nesse início da gestação são:
Além disso, as alterações hormonais são as principais responsáveis pelas mudanças no estado físico e emocional da mulher. Outros sinais podem ajudar a identificar uma gravidez:
Conforme os hormônios vão sofrendo alterações, os seios podem ficar inchados ou sensíveis.
Oscilações de humor, se tornar mais sentimental que o normal, são sinais bastante comuns.
O inchaço pode aparecer no início do período menstrual, mas também pode ser um indício de uma possível gravidez.
Sentir repulsa a determinados sabores ou odores, particularmente por alimentos.
Os hormônios podem causar inchaço nas membranas mucosas no nariz, tornando-as líquidas ou congestionadas. Sangramentos nasais também podem ocorrer.
As variações hormonais podem afetar o sistema digestivo da mulher.
A temperatura corporal basal (TCB) é maior durante a implantação e pode ser medida logo após despertar pela manhã. O nível de TCB é maior quando acontece a ovulação, devido ao aumento do hormônio progesterona e continua elevado na implantação.
A vontade de urinar se intensifica após uma semana da implantação. Entre as alterações corporais para abrigar o bebê, está o aumento de fornecimento sanguíneo na região pélvica, o que ocasiona pressão na bexiga. Essa pressão é o motivo pelo desejo acentuado de urinar.
Pouco frequente em processos de implantação, as ondas de calor normalmente duram 15 minutos no ato da implantação. Isto porque os hormônios sofrem oscilações rapidamente, culminando nas ondas de calor.
A contar pelo momento da fertilização, a célula-ovo percorre o caminho até o útero ao mesmo tempo em que se inicia a divisão celular.
O movimento de contração das trompas ao levar os óvulos ao útero, pode causar desconforto e a sensação de cólica.
Em geral, há algumas características do sangramento de nidação que o diferem do sangramento menstrual. Ele costuma ser mais aquoso e fluido, bem menos intenso. Por isso, costuma ter uma coloração mais rosada.
Também ocorre em menos quantidade, sem um fluxo pequeno e, na maioria das vezes, pontual — ainda que algumas mulheres possam apresentar sangramento por até 3 dias. Pode ocorrer leves cólicas junto à nidação, mas isso não é uma regra.
Não. O sangramento da nidação apresenta odor semelhante à secreção natural da vagina saudável. Dessa forma, se o sangramento ou corrimento vir acompanhado de uma mudança notável do odor, vale buscar orientação médica.
Ainda durante a gravidez, a mulher pode ser acometida por sangramento ocasionado por outros fatores, além da nidação.
Alguns deles são:
O término do processo de nidação corresponde com a data em que a mulher deveria ficar menstruada novamente, levando em consideração um ciclo de 28 dias. Por isso, a falha menstrual pode ser apontada como um dos primeiros sintomas da nidação.
O sangramento é um dos sinais mais comuns da nidação. Ele aparece de maneira leve, por um período de até 3 dias. No entanto, é apenas com o aparecimento do HCG no organismo que se pode garantir que o sangramento foi causado pela nidação.
Recorrente no início da gravidez, o sangramento devido às relações sexuais também pode surgir em qualquer período gestacional. Alterações hormonais podem estar relacionadas com o problema. No geral, o sangramento cessa sozinho.
Caracterizada pela implantação do embrião fora do útero, a gravidez ectópica pode desencadear sangramento acompanhado de dor e cãibras. Esta condição é muito perigosa. A consulta com um médico deve ser feita o mais rápido possível.
Em torno de 15% das mulheres sofrem aborto espontâneo nos primeiros meses. Os sinais geralmente são sangramento e cólica.
Vale ressaltar que nem todo o sangramento leve e de cor mais clara que aparece dentro do ciclo menstrual é originário da nidação. Outras possíveis causas envolvem:
Na maioria das vezes, o sangramento é resultante do processo normal de ovulação, que pode aparecer 14 dias antes da menstruação, mas que normalmente não é repetido.
Privação ou reação do organismo a determinados medicamentos, como anticoncepcional ou a pílula do dia seguinte podem causar sangramento.
Normalmente, os sintomas da nidação duram 1 semana, mas em casos raros, pode se estender por 2 semanas. Como é um processo normal, as mulheres não precisam se preocupar, pois os sintomas desaparecem sozinhos. Vale ressaltar que o sangramento de nidação não deve exceder o período de 3 dias, sem ocorrência de fluxo.
Níveis baixos do hormônio progesterona podem trazer riscos para a gestação. Por conta disso, a consulta com o ginecologista é necessária.
Sua coloração pode ser vermelho amarronzado, rosada ou de aspecto aguado. O sangramento também pode se apresentar como uma borra ou corrimento marrom. Vale ressaltar que ele não deve possuir volume e nem fluxo.
Alguns fatores podem prejudicar o processo de nidação. São eles:
As alterações nas estruturas do endométrio podem dificultar a gravidez.
O endométrio precisa ter uma espessura adequada para que o embrião possa se fixar. O endométrio trilaminar é definido por 3 camadas diferenciadas.
O endométrio precisa ter de 7 a 14 milímetros para propiciar uma gestação.
Endométrio fino ou Síndrome de Asherman, é quando a espessura do endométrio está abaixo de 6 milímetros na fase de implantação.
O problema dificulta a gravidez, pois o endométrio não possui a profundidade necessária para a implantação do embrião, por isso, o índice de abortamento nesses casos é muito grande.
Ele se torna fino pela descamação mensal quando não ocorre a implantação, o que resulta em paredes uterinas com sinéquias intrauterinas (ligações do tecido cicatricial com paredes uterinas opostas) e cicatrizes. Tais anomalias podem provocar a infertilidade feminina.
Endometriose é um distúrbio no qual o endométrio cresce fora do útero, podendo acometer regiões como trompas, ovários e intestino.
A causa da doença é desconhecida, mas se familiares próximos, como mãe e irmã tiverem endometriose, as chances aumentam.
Útero bicorno e septado podem atrapalhar a nidação.
Útero bicorno ou útero com dois “chifres”, como também é chamado, se refere a uma deformação no aspecto do órgão. Sua causa está relacionada a uma membrana que causa uma separação uterina, podendo ser parcial (em formato de Y) ou absoluta, dividindo o útero em duas partes.
Quanto à gravidez, há chances de abortos espontâneos e partos prematuros.
Assim como o útero bicorno, o útero septado apresenta divisão parcial ou total. Contudo, essa bifurcação é ocasionada por uma parede.
Por volta de 9 semanas de gestação, a menina possui seu útero formado. Para isso, os ductos de Muller (canais que formam as trompas uterinas, útero e a maior parte da região superior da vagina) devem se unir.
Durante esta etapa, dois ductos devem se fundir e formar uma única cavidade. Sem motivo aparente, em algumas meninas o processo é incompleto, o que resulta em uma membrana fina chamada septo. Esta membrana divide o útero.
O sangramento de nidação pode ter aparência amarronzada ou rosada. No geral, ele apresenta pequenos fragmentos de sangue. Sua quantidade é baixa, apenas sujando a calcinha ou mostrada no papel higiênico. As cólicas são contínuas, porém de forma moderada.
Já a menstruação se diferencia pelo volume de sangue, que é maior, e pela sua coloração, de um vermelho intenso. Além disso, o fluxo menstrual geralmente dura mais tempo, sendo as cólicas mais intensas.
Em casos de suspeita de gravidez devido ao atraso na menstruação ou presença de sintomas de nidação, a mulher pode recorrer a um médico a fim de tirar a dúvida.
Entretanto, alguns sinais indicam que há algo errado, que precisa ser avaliado e tratado. Alguns são:
O aborto é um tema que levanta diversas questões e opiniões, sejam elas contrárias ou favoráveis. No entanto, pela lei, a vida é amparada após a nidação.
Por isso, enquanto não houver a implantação do embrião, não é possível garantir a proteção através da lei penal.
A pílula do dia seguinte, por exemplo, é um composto com doses elevadas de levonorgestrel. É um artifício utilizado como emergência para evitar uma gravidez. Mesmo considerada abortiva, por não permitir a implantação do óvulo, não é vista como um crime.
Não. O sangramento originado pela nidação não possui odor forte e nem específico. Caso o corrimento apresentar um cheiro mais acentuado, pode ser um indicativo de infecção.
Colo do útero é uma parte inferior do útero, onde fica o orifício do órgão, situado no côncavo da vagina.
Seu formato é cilíndrico, com uma abertura na região central, chamada de canal cervical, por onde passa o fluxo menstrual e o esperma. Ele também separa os órgãos internos dos externos e permite a passagem do bebê durante o parto.
No geral, durante a nidação, seu estado permanece o mesmo: fechado, alto e com uma espessura mais grossa. Entretanto, seu aspecto pode variar conforme a pessoa.
Não, o sangramento de nidação não possui riscos. Porém, ele passa a ser alarmante se o sangramento continuar por mais de 3 dias e se coloração for de um vermelho vivo, semelhante ao da menstruação.
Não, pois ainda é muito recente para ter ocorrido a implantação do zigoto.
Em média, 1 a cada 3 óvulos fecundados evoluem para uma gravidez. Em tese, o teste de gravidez deve ser feito instantaneamente ou 24 horas depois do surgimento dos sintomas da nidação. Contudo, a reação do organismo é diferente para cada mulher.
No geral, o resultado positivo aparece no final da 5º semana sem menstruar.
Os níveis de HCG aumentam até o 20º dia depois da ovulação e diminuem de maneira gradual a datar a 10ª semana até o término da gestação.
Para o resultado dar positivo, os níveis de HCG devem estar acima de 5 UI/L.
Os sintomas são iguais ao de uma gestação única. Também não é possível distinguir quantos bebês há dentro do útero só pela nidação.
A melhor maneira de engravidar é saber as datas do ciclo e do período fértil. Manter relações sexuais durante o período fértil é uma das maneiras mais eficientes para conseguir o teste positivo.
Nidação é um processo natural, considerado o estágio inicial da gravidez. A implantação do embrião no útero pode desencadear sangramento e outros sintomas, mas nem todas as mulheres os apresentam. Fique atenta, pois a próxima futura mamãe pode ser você!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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