Saúde

Langya henipavírus (LayV): o que se sabe sobre o novo vírus

Publicado em: 12/08/2022Última atualização: 12/08/2022
Publicado em: 12/08/2022Última atualização: 12/08/2022
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Em agosto de 2022 o governo Chinês anunciou que foi detectada uma nova zoonose em seu território, o Langya henipavírus, ou LayV. Os casos da doença vêm sendo acompanhados desde 2018 no país.

Apesar de ter gerado grande movimentação da mídia, muitos cientistas acreditam se tratar de uma doença pouco transmissível e não fatal. Contudo, os cuidados no país seguem sendo tomados para entender um pouco mais sobre sua transmissão e desenvolvimento em seres humanos.

Para saber mais sobre o vírus, seu hospedeiro, como a transmissão para humanos acontece e sintomas característicos, continue acompanhando o artigo!   

O que é e o que causa o Langya henipavírus?

Langya henipavírus é o nome dado à combinação de dois vírus já conhecidos pela ciência, Hendra e Nypa. Ambos são responsáveis por infectar animais, como morcegos, musaranhos e roedores, e acometer humanos com sintomas respiratórios graves e causar mortes.

A doença é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida de animais para humanos, como é o caso da Covid-19. Os primeiros casos foram detectados em 2018 após o acompanhamento de alguns (as) pacientes chineses (as) que apresentavam sintomas muito semelhantes, especialmente febre.

Contudo, em agosto de 2022 a doença foi finalmente identificada e anunciada para o mundo. Nesse período de três anos, 35 casos foram relatados.

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Transmissão do Langya henipavírus

Amostras recolhidas de animais que vivem próximos às pessoas infectadas na China sugerem que cães e cabras foram infectados por outros animais vetores (carregam a doença), como possivelmente é o caso dos musaranhos. 

Ainda não está claro se os vetores são responsáveis pela transmissão à humanos ou se algum outro animal é intermediário nesse processo. Contudo, segundo análise das informações recolhidas até o momento, é possível dizer que a contaminação de uma pessoa infectada para uma pessoa saudável é possível, mas rara.

A suspeita é que os musaranhos, pequenos mamíferos de hábitos noturnos, sejam os vetores da doença.

Leia também: Marburg: o que se sabe sobre o vírus ‘primo’ do Ebola

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Sintomas de Langya henipavírus

Os (as) pacientes acompanhados (as) por pesquisadores chineses apresentaram sintomas muito característicos. Entre eles estão:

  • Perda de apetite;
  • Mialgia;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Trombocitopenia (redução na produção de plaquetas pela medula óssea, causando aumento do baço);
  • Leucopenia (redução na produção de células de defesa no sangue);
  • Comprometimento do fígado e dos rins;

Vale lembrar que, assim como qualquer outra infecção viral, os (as) pacientes podem manifestar vários ou apenas alguns sintomas que variam de leves a graves.

É preciso se preocupar?

Segundo cientista entrevistado pela revista Nature em um de seus artigos, é preciso acompanhar de perto a doença e detectar possíveis "transbordamentos" para regiões próximas, a fim de evitar novas pandemias como vimos com a Covid-19.

Esse mesmo cientista alerta que as zoonoses, ou seja, doenças transmitidas de animais para humanos, estão se tornando cada vez mais comuns e que é preciso se atentar aos riscos que isso representa.


O desmatamento desenfreado e as mudanças climáticas são alguns dos principais responsáveis pelo surgimento de novas doenças. Isso porque, com os animais silvestres e selvagens saindo de seus habitats naturais, passamos a ter mais contato com eles na cidade e no campo.

Portanto, a preservação ambiental e o apoio à ciência são fundamentais, pois assim é possível nos antecipamos às doenças, preveni-las e desenvolver possíveis soluções.

Por fim, também é importante lembrar que doenças podem surgir em qualquer país, especialmente nos que tratam com descaso a preservação da natureza.

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Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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