Glicose 150 mg/dL é normal? Veja valor em jejum e após comer

Glicose 150 mg/dL é normal? Acima de quanto é diabetes?

Depende da hora. Por exemplo, no exame de glicemia em jejum, se o resultado for acima de 125 mg/dL é considerado um indício de diabetes. Porém, é preciso que o exame seja repetido para confirmação e interpretação médica. No entanto, um resultado considerado normal está, na maior parte dos casos, abaixo dessa faixa.

Os valores que indicam um índice saudável de glicose em jejum estão entre 70 mg/dL e 99 mg/dL. Ou seja, quando o exame resultar em valores diferentes, pode-se solicitar um novo exame de sangue ou um teste de tolerância oral à glicose (TOTG).

A repetição do  exame pode ser indicada  para evitar erros de diagnóstico, logo que diversas condições podem afetar a glicemia temporariamente, sem que isso signifique um quadro de diabetes.

Entretanto, se o valor do segundo exame de glicemia em jejum estiver acima de 125 mg/dL, a pessoa pode ter diabetes. Da mesma forma, se o exame solicitado for o teste de tolerância oral à glicose um resultado igual ou maior que 200 mg/dL (em 2 horas) faz o diagnóstico da doença.

O que significam os outros valores?

Também é preciso ter atenção se o resultado for abaixo de 70 mg/dL. Nesse caso, a pessoa tem ou está com hipoglicemia, que é quando as taxas de glicemia estão muito baixas, o que pode ocorrer por condições patológicas ou até devido a um jejum prolongado.

Por outro lado, resultados entre 99mg/dL e 125mg/dL em jejum podem indicar pré-diabetes, um estágio potencialmente reversível da doença.

Mesmo assim, sempre é aconselhável levar os resultados dos exames para avaliação médica. Após a confirmação, deve-se iniciar o tratamento o quanto antes.

Glicose 150 mg/dL na gravidez é normal?

Enquanto uma glicemia de 150mg/dL pode ser considerada normal fora da gestação, na gravidez esse nível é considerado elevado, mesmo quando se trata do período pós-prandial (após a refeição). Em jejum, pode indicar um quadro de diabetes gestacional.  

Durante os meses de gravidez, a mulher pode ter algumas variações hormonais próprias dessa fase, entre elas, o diabetes gestacional. Geralmente, a condição não apresenta nenhum sintoma. Por isso, entre as 24 e 28 semanas (6º mês), a gestante deve fazer o teste da curva glicêmica. O exame não é muito agradável, mas é extremamente importante para a saúde da mãe e do bebê. 

Basicamente, os valores de referência para o teste oral de tolerância à glicose (com ingestão de 75g de glicose) em gestantes são:

• Em jejum: até 92mg/dL;
• 1 hora : até 180mg/dL;
• 2 horas : até 153mg/dL.

Mas vale frisar que todos os resultados devem ser avaliados pelo (a) médico (a) obstetra, ou pelo (a) endocrinologista, ao longo do pré-natal.

Além disso, você pode ler mais sobre este exame em: Curva glicêmica na gestante: o que significam os valores? | MS (minutosaudavel.com.br).

Qual o valor normal da glicose?

O valor normal da glicose varia ao longo do dia. Em jejum, o aconselhável é que esteja menor que 100 mg/dL. No entanto, se a pessoa se alimentou há duas horas, a glicemia deve ser menor que 140 mg/dL. Sendo assim, pessoas portadoras de diabetes podem ter esses valores alterados.

Em jejum

Antes de mais nada, vale dizer que considera-se jejum o período entre 8 e 12horas sem ingerir nenhum alimento. Desse modo, os valores normais da glicose em jejum podem variar:

• Pessoas sem diabetes: até 99mg/dL;
• Pessoas com diabetes: até 130mg/dL.

No café da manhã

Em pessoas saudáveis a glicose antes do café da manhã deve estar entre 70 mg/dL e 99mg/dL. No entanto, 2 horas após uma refeição, o resultado do teste deve ser menor que 140mg/dL.

Quando os valores forem superiores, recomenda-se fazer um novo exame em um dia diferente. Sendo assim, se o resultado do segundo teste também for acima do ideal, é muito importante o acompanhamento médico.

A glicose não deve apresentar valores menores que 70 mg/dL em nenhum momento do dia, já que esse resultado indica hipoglicemia ou “baixa de açúcar”.

Depois de comer

Ao dosar a glicemia 2 horas após uma refeição, consideram-se normais os seguintes valores:

• Pessoas sem diabetes: até 140 mg/dL;
• Pessoas com diabetes: até 180 mg/dL.

Mas vale reforçar que dependendo do alimento ingerido esse valor pode variar também, não sendo suficiente para caracterizar um quadro diabético, por exemplo. Dessa maneira, vale sempre conversar e seguir as orientações de um (a) profissional de saúde.

Como diminuir a glicose?

Quando a glicose está alta, é preciso buscar formas para diminuí-la. Por isso, siga as orientações médicas e tome os remédios receitados corretamente. Além disso, para evitar que ocorram picos, mantenha uma rotina saudável com atividade física regular, alimentação equilibrada e uma boa ingestão de água. 

Em síntese:

Movimente-se

A prática de exercícios físicos é recomendada porque a glicose é a primeira fonte queimada quando a pessoa precisa de energia. Isso significa que a prática de atividade física regular, permite que o corpo mantenha taxas mais baixas de glicemia.

Além disso, os exercícios físicos ajudam a diminuir o peso corporal e fatores como obesidade e sedentarismo, que são possíveis desencadeadores do diabetes.

De acordo com os especialistas, recomenda-se que as pessoas portadoras de diabetes façam pelo menos 30 minutos de atividades aeróbicas quase todos os dias (150 minutos por semana), além de praticarem exercícios de resistência pelo menos 2 vezes por semana. Isso porque essa sequência de movimentos pode ajudar a reduzir os níveis de glicemia no sangue.

Leia mais em: Dicas para evitar o sedentarismo e ter mais saúde | MS (minutosaudavel.com.br)

Siga uma alimentação saudável

Muitas pessoas acreditam que quem tem diabetes deve comer menos, mas não é bem assim. Acontece que é preciso que a pessoa faça mais refeições ao longo do dia, por isso diminuir as porções acaba sendo uma consequência natural. Além disso, é importante seguir uma dieta mais adequada: 

• Frutas, verduras e legumes devem ser priorizados na dieta;
• Aveia, quinoa, cevada, lentilha e feijão são exemplos de alimentos que possuem baixo índice glicêmico (IG) e podem ser acrescentados ao cardápio. Sendo que a vantagem é a absorção do carboidrato ser mais lenta em alimentos com IG baixo.
• Queijos brancos e iogurtes desnatados podem ser consumidos com moderação;
• Carnes magras (como frango e peixe) também podem fazer parte da dieta desde que sejam assados ou cozidos; 
• Café e chá são bem-vindos desde que consumidos sem adoçar; 
• Deve-se preferir sempre o consumo da fruta inteira em relação ao suco.
• Pessoas com hiperglicemia são aconselhadas a evitar carboidratos refinados, bem como bebidas alcoólicas e açucaradas (refrigerantes e sucos, por exemplo);
• Frituras e óleos em excesso também devem ficar de fora do cardápio.
• Os doces devem ser consumidos com moderação.Contar com as orientações de um (a) nutricionista pode ser muito bom para desenvolver um plano alimentar saudável, gostoso e nutritivo.

Leia mais em: Dieta para diabetes: alimentação para regular a glicemia | MS (minutosaudavel.com.br).

Tome água

O consumo de água deve ser feito diariamente por todas as pessoas para o bom funcionamento do organismo. Tomar entre 1,5 e 2L todos os dias ajuda a evitar a desidratação causada pela micção frequente (fazer xixi mais vezes que o normal) - que é comum quando a glicemia está alta.

Siga as orientações médicas

Todas as dicas acima não substituem o acompanhamento médico. Além disso, o uso de remédios será necessário em quase todos os casos e as doses desses fármacos podem ser aumentadas ou diminuídas ao longo do tempo.

Uma nova dieta, prescrita por um (a) nutricionista, a realização frequente de exames e o uso correto dos medicamentos também devem ser medidas adotadas continuamente.

Existem valores específicos para os níveis de açúcar no sangue. Então, é importante verificar a glicose regularmente para prevenir ou controlar o diabetes, garantindo mais qualidade de vida.

Aqui no Minuto Saudável você encontra muitos conteúdos como este sobre saúde e bem-estar. Por isso, siga nos acompanhando!

 Fontes consultadas:

• Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); 
• Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD);
• Atlas do Diabetes — Sociedade Brasileira de Diabetes; 
• Dados epidemiológicos do diabetes mellitus no Brasil — Sociedade Brasileira de Diabetes; 
• Dia Mundial do Diabetes: entenda tudo sobre a doença e saiba como se proteger — Saúde Brasil/Ministério da Saúde.