No final de 2021, os casos de gripe influenza H3N2, causada pela variante Darwin, aumentaram de forma expressiva em todo o mundo. Isso se deu, principalmente, pela baixa adesão à vacinação contra a gripe e a maior exposição das pessoas enquanto a vacinação contra a Covid-19 avança.
Em meio a essa situação, de avanço da H3N2 em um cenário pandêmico de Coronavírus, foi descoberta a dupla infecção por ambos os vírus (Covid-19 e Influenza H3N2). Batizada de Flurona, a infecção viral dupla pode desencadear uma série de sintomas que debilitam o organismo, especialmente o trato respiratório e o sistema imunológico do (a) paciente.
Por isso, para saber como identificar, proceder e prevenir a dupla infecção, continue lendo o artigo.
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
O termo Flurona vem da junção das palavras flu, que em inglês significa gripe, e corona de Coronavírus. A condição é uma doença viral causada pelos vírus Influenza A e Sars-Cov-2 e que pode ocorrer em simultaneidade (ao mesmo tempo).
Alguns estudos mostram que, quando a infecção dupla acontece, a Influenza e o Coronavírus podem afetar, inclusive, a mesma célula. Desde o começo da pandemia de Covid-19, alguns casos de infecção simultânea por ambos os vírus foram diagnosticados, portanto, o quadro já é conhecido e estudado por especialistas há algum tempo.
A principal forma de se contrair ambos os vírus é por meio do contato desses patógenos com áreas como boca e nariz. Após esse contato, o vírus é levado ao trato respiratório, por isso grande parte dos sintomas estão ligados a essa região específica.
Portanto, o uso de máscara ao longo da pandemia e a higienização frequente das mãos com água, sabão e álcool gel 70%, pois muitas vezes levamos as mãos aos olhos, nariz e boca, é essencial para impedir a infecção. Além disso, o distanciamento social em um quadro de epidemia e pandemia também é de extrema importância.
Não. O Flurona não é uma variante do Coronavírus e nem da gripe Influenza A. O termo é usado quando a (o) paciente contrai, ao mesmo tempo, ambas as infecções, ou seja, tanto a gripe H3N2 quanto a Covid-19.
Alguns especialistas acreditam que essa coinfecção não é capaz de gerar um novo vírus ou uma mutação em ambos os patógenos. O que pode acontecer, de fato, é uma piora no quadro de saúde do (a) paciente e uma debilitação maior do sistema imunológico, especialmente em pessoas não vacinadas para ambas as infecções.
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Os sintomas relatados até agora pelos (as) pacientes que contraíram ambos os vírus são, especialmente, no trato respiratório. Falta de ar, dificuldade para respirar e sintomas característicos de Covid-19 ou gripe, como fadiga, dor no corpo e febre também podem aparecer.
Pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19 e com a vacina da gripe (Influenza A e B), tendem a manifestar sintomas leves, semelhantes a de um resfriado. Mas é importante lembrar que, mesmo manifestando sintomas leves, o teste é a melhor forma de evitarmos a propagação da doença e de manter os números da pandemia de Covid-19 e de epidemia de gripe o mais próximos da realidade.
Portanto, com sintomas graves ou não, procure imediatamente um (a) médico e solicite um teste para ambas as infecções. Fique em casa e isolado (a) até que o resultado saia e siga todas as instruções do (a) seu (a) médico (a).
Além de levar em consideração os relatos dos sintomas manifestados pelo (a) paciente, o (a) médico (a) pode solicitar um exame tanto para a Covid-19 quanto para a Influenza A para confirmar o diagnóstico.
É possível realizar o teste em farmácias, postos de saúde e laboratórios especializados nesse tipo de exame, com valores médios de acordo com a região e o exame escolhido. A rede pública realiza também o teste para detectar Covid de maneira gratuita, é preciso se informar na secretaria da Saúde do seu município.
Alguns testes foram adaptados e conseguem diagnosticar tanto a Covid-19 quanto a Influenza A e B. Vale lembrar que esse teste 3 em 1 não é capaz de identificar a variante, para isso, é necessário fazer um sequenciamento genético em laboratório e por especialistas, que ainda não está disponível na maior parte do país
O tratamento para a coinfecção varia de acordo com os sintomas manifestados pelo (a) paciente e seu quadro atual. Isolamento social (quarentena) por, no mínimo, 15 dias após o diagnóstico, repouso, alimentação leve e ingestão de água (pelo menos 2 litros ao longo do dia) são comumente recomendados pelos (as) médicos (as).
Caso sintomas como febre e dor estejam presentes, pode haver a recomendação de antitérmicos e analgésicos para aliviar esse tipo de sintoma.
A automedicação sem prescrição e sem acompanhamento médico não é recomendada, pois pode agravar ainda mais o quadro e causar outras complicações de saúde, como intoxicação.
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As medidas de prevenção são as mesmas que recebemos ao longo da pandemia para ambas as infecções. A seguir, você confere algumas das mais importantes:
As medidas de prevenção são simples, não exigem muito de nós e diminuem drasticamente as chances de se contrair tanto o Covid-19 quanto a Influenza.
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A preocupação maior com relação ao Flurona é, sobretudo, nos não vacinados. Mas isso não quer dizer que, mesmo vacinado (a) contra a Covid-19 e a Influenza, você está livre de contrair ambas as doenças e de desenvolver um quadro mais grave. Isso porque, quanto maior a carga viral recebida, maiores as chances de haver sintomas mais graves.
Portanto, além da vacina, mantenha uma rotina de cuidados que fortaleça sua imunidade e saúde e sempre use máscara!
Para mais informações sobre saúde e prevenção, continue acessando o Minuto Saudável e suas redes sociais.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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